Redes de Atenção à Saúde (RAS) - FOP UNICAMP

você sabe o que são as ras redes de atenção à saúde no Sistema Único de Saúde a ideia desse vídeo é falarmos sobre elas como elas podem ser tecidas e quais as características que as compõem Pense nas redes como rendados cujas linhas se interconectam integrando os estabelecimentos de saúde de um determinado território os pontos formados se organizam em diferentes níveis e densidades tecnológicas de atenção articulando-se para o atendimento ao usuário e para a promoção de saúde segundo Silva em 2008 dentro dessa malha as redes apresentam os seguintes componentes fundamentais primeiro um espaço territorial e uma

população que é a população adscrita na atenção primária saúde segundo serviços e ações em saúde com diferentes densidad tecnológicas diferentes características como o apoio diagnóstico e terapêutico e a assistência farmaceutica e o [Música] transporte Nesse contexto Mendes em 2011 chamou a atenção da importância em diferenciar desde o princípio os termos complexidade e densidade tecnológica na atenção primária saúde tem-se maior complexidade porque trabalha-se com mudança de comportamento com estilos de vida como hábito de fumar alimentação saudável e atividade física já Quando falamos em densidade tecnológica as atenções secundárias e terciárias apresentam uma menor complexidade em relação

à atenção primária Mas tem uma maior densidade tecnológica [Música] Silva ainda destaca a logística que vai orientar o usuário sobre o caminhar dele no mapa desenhado na rede destacando a importância dos mecanismos de Identificação do usuário com a acessibilidade dos prontuários nos vários pontos da rede a que ele está vinculado por último tem-se como indispensável em uma rede de atenção à saúde os sistemas de regulação cujas normas e protocolos sejam capazes de orientar o acesso do usuário definir as competências e as responsabilidades e a coordenação dos processos de decisão e planejamento pois bem articulando-se território

serviço logística e regulação tem-se o que chamamos de modelo de atenção modelo de atenção é um modo de ver as coisas é uma visão de mundo assim como um paradigma fazendo-se uso de uma analogia podemos dizer que o paradigma o modelo é como se fosse um aquário onde estamos inseridos a gente nem sempre se dá conta que é mais um peixinho dentro deste aquário expandindo a forma de pensar o processo saúde doença e as formas de intervenção muda-se o paradigma mudando-se Portanto o modelo de atenção a mudança de paradigma nos fala mohan é difícil e

lenta pois essa mudança de premissas implica colapso de toda uma estrutura de ideias Mendes diferencia a concepção hierárquica e piramidal da rede para aquelas desejáveis que estão num arranjo poliárquico em que a atenção primária em saúde está em seu centro assim Silva nos propõe que devemos continuar diferenciando o modelo hegemônico vigente no SUS do proposto pelas redes de atenção e saúde no primeiro as condições agudas são as mais importantes a oferta portanto se dá preferencialmente para elas sendo assim a atenção se dá em relação à demanda espontânea o que importa é a solução pontual dos

problemas os aspectos biomédicos são determinantes já na proposição das redes de atenção e saúde o modo de pensar já não é o biomédico A diferença é que além das condições agudas agora se pensa em Como enfrentar as condições crônicas assim ao invés de puramente pontual a ideia principal é a de continuidade da atenção Mendes Mais Uma Vez ressalta Outra diferença que é a diferença entre as condições agudas e as crônicas onde as agudas são dependentes do binômio tempo resposta enquanto que as condições crônicas exig uma resposta social proativa e contínua então pensando na continuidade da

atenção à saúde Silva se refere às linhas de cuidado para cada diagnóstico ou condição crônica tem-se uma orientação são desenhados caminhos preferenciais dentro da rede para que seja usuário atendido integralmente importante que a equipe de atenção básica esteja sempre olhando o caminhar desse paciente de um ponto de atenção a outro as linhas de cuidado devem incluir a prevenção a cura e a reabilitação na prevenção deve-se agir nos fatores de risco tais como tabagismo alimentação saudável e prática de atividade física e também no diagnóstico precoce para isso se olhar o paciente de maneira mais integral possível

ou seja um paciente com hipertensão não é uma hipertensão arterial sistêmica que por acaso carrega um [Música] paciente também no caso da atenção à saúde bucal o profissional não pode considerar que é um dente carregando uma pessoa que o dente é o protagonista como o único foco das ações do profissional em relação ao usuário porque ele não [Música] é o dente corresponde a uma parte do indivíduo uma parte indubitavelmente [Música] importante de um indivíduo que pertence a uma família [Música] e que pertence a um território e cuja saúde bucal como afirmado na primeira conferência nacional

de saúde bucal é considerada parte integrante inseparável da saúde geral do indivíduo e está diretamente relacionada às condições de alimentação moradia trabalho renda meio ambiente transporte lazer Liberdade acesso e po de terra e acesso aos Serviços de Saúde e a informação o todo aqui é certamente maior que a soma das [Música] partes isso acaba por nos remeter a duas conotações do conceito de integralidade uma que diz respeito a uma condição integral e não parcial a necessidade de escuta e do entendimento do contexto social para que haja de fato um atendimento às demandas e às necessidades

reais das [Música] pessoas e outra em que a integralidade norteia a ideia das redes de atenção à saúde como um conjunto articulado de ações e serviços preventivos curativos individuais e coletivos exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema então A rede vai sendo tecida a população vai se vinculando à rede através da atenção primária à saúde Existem os pontos de atenção secundários e terciários em função da divisão técnica do trabalho Existem os sistemas de apoio a teleassistência o sistema de informação em saúde os sistemas de assistência farmacêutica os sistemas de apoio

diagnóstico e além dos sistemas de apoio Existem os sistemas logísticos o sistema de acesso regulado o sistema de registro Eletrônico em saúde e o sistema de transporte segundo Mendes a governança sobre o conjunto da rede se dá transversalmente nas interrelações entre população a atenção primária os pontos de atenção secundária e terciária e os sistemas de apoio e [Música] logísticos já que estamos falando em redes Você já ouviu falar de Coap Coap é o contrato organizativo de ação pública em saúde com o decreto 7508 de 2011 que regulamentou a lei orgânica da saúde a conhecida 8080

o Coap foi instituído como figura jurídica em relação aos compromissos de cada ente Federado no que Tang aos seus objetivos comuns em estudo desenvolvido por Silva Motta sobre o atual estágio da conformação das regiões e redes foram identificados diversos desafios na organização das redes o fluxo da informação a continuidade do Cuidado a participação dos Gores estaduais a configuração das redes a atuação das comissões intergestores regionais o desconhecimento do Coap pelos gestores e ainda a percepção negativa dos gestores a respeito do co nos lembra que a rede tem que se redesenhar o tempo todo não há

modelo então aado stiva o desenho vai ser um [Música] só apesar disso é possível visualizar os avanços do esforço conjunto na busca da integralidade do cuidado quando falamos que a atenção primária em saúde é o centro da comunicação da rede deve ser lembrado que a exceção é feita à urgências e emergências que T regulação própria o importante é que o paciente deve estar sempre sendo olhado cuidado em seu caminhar por essa equipe da atenção primária em [Música] saúde e que tipo de cuidado que se quer produzir um cuidado capaz de produzir antes de tudo [Música]

autonomia mas esse cuidado segundo Mendes torna-se Um Desafio no Brasil porque além da transição epidemiológica o Brasil vive uma situação de transição demográfica acelerada em que notamos um aumento da número de população de pessoas idosas e o que representa mais doenças crônicas esse desafio se estabelece pela tripla carga de doenças que é uma agenda não concluída de doenças infecciosas desnutrição problemas de saúde reprodutiva um crescimento das causas externas em decorrência da urbanização e da violência e uma forte predominância relativa das doenças crônicas e também de seus de risco como tabagismo sobrepeso inatividade física uso excessivo

de álcool e Outras Drogas e alimentação inadequada por isso a importância da rede para dar continuidade ao cuidado e dentro da rede Vale destacar os sistemas logísticos pois esses são os que conectam os fluxos e contrafluxos dentro do sistema através do registro Eletrônico em saúde com um bom prontuário por exemplo com o sistema de acesso regulado e o sistema de transporte em saúde nesse contexto mendas evidencia os desafios de acelerarmos as mudanças do sistema há um descompasso entre os fatores contingenciais do sistema de atenção à saúde que são uma forte transição demográfica e a transição

epidemiológica e a capacidade do sistema em se adaptar a essas mudanças diz ele é como se os fatores contingenciais se movessem numa Red Bull 2011 e a capacidade do sistema de se adaptar num Fusca [Música] 64 tecer redes é um trabalho de arte que exige paciência criatividade e obstinação unindo diversos pontos em linhas que guiam para o cuidado integral o bordado que vai surgindo é belo porque representa o quanto podemos nos