meu nome é alessandra kanepi lin e vim aqui fala com celso hoje sobre os impasses da nossa existência na linguagem mim acho que foi muito bom e usar esse espaço pra poder falar um pouco sobre isso ai pessoal bem vindo ao quem somos nós o que eu gosto chamado slow toque pra quem tem prazer em conhecer se você tiver curiosidade sobre todas as conversas que a gente já fez vai lá no quem somos nós ponto com.br e escolha a plataforma que você preferir no youtube no som cláudio spotify você quem sabe hoje nós vamos fechar
a série sobre linguagem eo quanto ela nos determina ou não nós vamos falar sobre filosofia da linguagem confesso que é 11 não sabia muito bem o que era isso e nem como isso existia mas o guilherme é que o nosso curador como sempre sugerir um negócio interessante ea gente resolveu fazer é interessante pra gente tentar entender nós vamos conversar com a psicóloga clínica doutor em filosofia pós doutorado em linguística alessandra caneppele [Música] quem é você viu me chamou luís andré kanepi n né ii atualmente eu estudei muito a filosofia na minha vida e atualmente o
trabalho como psicanalista e é desse lugar um pouco de quem tem uma formação em filosofia e que trabalha com ligada à linguagem hoje a partir da psicanálise que eu posso falar um pouco né aqui então assim em primeiro lugar queria agradecer o convite e esse é o que agradecer e se esse agradecimento não é retórico né porque depois que eu recebi o convite e eu fiquei pensando se não surgir na linguagem que eu vou falar é que eu percebi que tinha uma relação muito grande com o que ouve quem está em faz o que o
que eu sou hoje né eu me reconheci nisso que houve quem está em falar no final do primeiro ano porque ele chama o primeiro neves de quem está aqui que foi um filósofo da linguagem em que ele fala num determinado momento bom a filosofia é uma escada não é a gente constrói os conceitos que a gente sobe né até lá em cima pra gente sair do senso comum e olhar de um outro lugar né a realidade alidado e depois a gente jovens cada fora né é e eu isso ele falou justamente por causa da concepção
de linguagem que ele tinha sequer uma linguagem que não podia falar de tudo né então assim você acaba usando a linguagem né pra falar algumas coisas né pra conceitualizar algumas coisas mas depois você tem que jogar fora isso né então se imagina se instalar no alto porque você conseguiu sair né disse que o exercício da filosofia é um exercício agente saído sem escola desde platão é assim é e aí você chega lá em cima e você fala bom e eu não posso me manter nesses conceitos né eu tenho que manter se manter sozinha é e
abandonar então 11 inicia neste momento é de que quando você me chama pra falar de filosofia da linguagem falou pra academia escada não é porque eu me reconheço esse momento como alguém que abandonou não que a gente não querer meio difícil abandonar o hotel em bonito como imagem mas é difícil exatamente mas o que que é isso é o que eu vi quem está em tratamento dado a ele está falando que não é não é que de fato não é uma imagem que queremos não é que de fato você vai conseguir ficar lá em cima
boiando sem nenhum conceito mas você tem que colocar essa escada é não como aquilo é que você não pode viver sem a conceituadas a conceitualização filosófica construção dos conceitos sobre a linguagem ela é um caminho não fim nem mesmo é então a gente tem que caminhar por ela mas ela não é o fim é ela nos ajuda a chegar em algum outro lugar mas a gente vai ter que o tempo inteiro ficar indo e voltando em rodando de que não é isso o que não é um caminho fins se não tem não sei então qualquer
coisa exatamente mas é uma imagem importante pra gente pensar que a gente não precisa se apegar a conceito filosófico é que ela é um meio é isso é muito importante porque o que a gente está pensando no vídeo está nessa época é que ele ele é de momento da filosofia o que é muito próximo do prot muito próximo do do marco que são pensadores fundamentais para a nossa cultura hoje e que também fala isso não é que eles querem se a se afastar da filosofia concebida como metafísica e fazer uma filosofia que não precisa mas
dessa conceitualização metafísica é que ela possa é que ela possa se aproximar da ciência né froid max militar eles querem o que é um pensamento sobre outras questões que não são objeto da ciência mas eles querem algo que é da ordem desse tipo de pensamento que eles atribuem assim que daí acho que é uma coisa que a gente vai ter que discutir também é que o mundo é que é o saber dessa ciência e se realmente o que aconteceu e né é uma vontade de reconhecimento também não é essa idéia de isso aqui que eu
faço e ciência aconteceu com vários saberes vamos assim tentando dizer o meu a ciência meu também a ciência meio também é ciência - eu quero lá começou virou uma né não teve 1 então a gente volta um pouco assim né a gente você começou com essa pergunta de quem sou eu né então é eu dê novamente essa pergunta que você coloca quem sou eu através dela é justamente usuário o que é assim né você vá a gente vai procurar a ciência é para uma certa a legitimação de se saber porquê a metafísica estava totalmente desacreditado
ninguém mais acreditava em nada aquela que amamenta física falava então eu também senti isso porque quando eu era adolescente e aí aquela coisa é k emitir na sua mão ray meu deus que maravilha esse cara entende tudo eu quero estudar esse cara é e eu fui na verdade a minha graduação foi de psicologia não foi filosofia fiz mestrado doutorado em filosofia e pós doutorado em lingüística é mais o homem a graduação em psicologia porque eu falava eu não quero e prometa física eu quero estudar isso mas eu quero estudar de uma outra maneira eu quero
estudar é não é isso que não pode ser verificado isso t mac é um um maluco para a construção eu quero ir lá eu me lembro que eu conheci na ainda no ensino médio que a gq fazer as experiências sobre como quer o conhecimento formação da linguagem do pensamento simbólico e eu fui lá e fazer as experiências do piaget é porque eu falava carriço é um modo de conhecer esse objeto é esse que eu perceber que eu queria é sobre a linguagem sobre a percepção sobre a construção do pensamento todas essas coisas o que aconteceu
foi então escolhi psicologia justamente nesse mesmo movimento que a gente está dizendo há dias se aproximar de algo que seja sem saber verificável e aí eu cheguei na psicologia e iniciou o seu e mail e com isso eu fiz um bom tempo a gente se decepciona porque a gente chega lá e eles não têm uma reflexão sobre os objetos e eles trabalham com 6 com um né é a maior parte das vezes você está trabalhando com uma construção de saber que não sai dos pressupostos 106 como um trabalho com noções de linguagem de de objeto
de realidade continua sendo a essência e eu precisei então começar já na graduação a estudar filosofia porque a psicologia essa ciência não me dava à ostrom lentos que ele não me dava escada pra sair do senso comum para conseguir chegar em algum lugar em que você fosse bom a coisa não é assim né porque é interessante que o que é o que essa imagem na estada do viking está em coloca é que você tem que admitir um lugar que é um lugar de volta de ausência é que não você vai estar lá e não vai
ter certeza não vai ter um uma objetividade ali que vai ter garantido aquilo que você está fazendo é então uma certa aceitação de um não saber ea isso é fundamental que a gente pensava que a linguagem não é aí a gente começa por que então por que por que será que é esse e se não saber ele é o preso é um pressuposto fundamental de línguas é porque a gente vai pensar o que que é a linguagem que chegamos aí no tema que você você né que foi a gente combinou de conversar hoje a linguagem
bom frente vai lá no no último texto dele que eu considero um dos últimos a que o considerado uma o testamento dele ele vai falar a linguagem é uma complicação o que que é a linguagem uma complicação porque que a linguagem é uma complicação porque a linguagem o que acontece é você tem a percepção né e você tem que suportar subjetiva de janeiro ele a percepção assim a percepção é lá ela é uma percepção o objeto é incógnito cio o ensino floyd ele o cantinho da fora não tem não vai se chegar objeto que a
gente tem é uma experiência perceptiva nossa cada um apoiando aquela daquilo ali que a gente não sabe não consegue definir o que é que seria o fora da gente certo só vale o que é o que a gente consegue perceber mas o que acontece com a linguagem o que acontece o brasil vai falar assim então com isso daí tem uma implicação enorme no pensamento é de tudo que a gente da questão da verdade na psicanálise tudo mais porque você tem a percepção e você tem um pensamento por forte só que o que acontece com a
linguagem a linguagem ela eu não vou deixar aqui o que é pensamento é tudo questionar se esse pensamento esse negócio vamos vamos primeiro entrar por aí pra gente começar a ver como as coisas são embrenhados aí você tem uma linguagem da eo pensamento só você tem a percepção eo pensamento quando entra linguagem porque linguagem faz a linguagem ela é também percepção porque ela é um sonho então o que acontece eu quero ele vai desde isso desde o frágil lado do de 1991 ele estudava a fazia se existir a imagem acústica a linguagem é uma imagem
acústica tá então ela é o que o que depois vai se associava o dodô tem gente que tinha que sentar e gente que não quer seria o significante do possível né então quem acontece a linguagem é um sujeito ele tem uma percepção e supostamente têm o pensamento aí o que acontece bem a linguagem e ela permite que algo que nós que não é externo se apresente pru organismo o sujeito como realidade se você tem uma outra percepção e isso é a complicação que o site vai falar porque o que acontece aí é o aparelho psíquico
ele pode anunciar a linguagem então ela funciona como alucinação né ela é uma recolocação da percepção que não tem nada a ver mais com a realidade no mundo não necessariamente ela é assim aí a gente vai ter que pensar tal essa questão da teoria da linguagem é como tem aí entra um pouco na questão de que é a repúlica uma rede uma teoria da linguagem comum a representação é uma teoria da linguagem como convenção não essas duas oposições aí mas o que eu faço está falando ele vai dizer essas duas coisas e ele vai dizer
o seguinte então então o que a gente vai ter nada essa configuração é a linguagem ela cria uma realidade nova por que ela não é mais é desprovida de uma matéria ela é ela é uma matéria ela é a matéria do da imagem a custo zero ou seja é a palavra é claro tudo bem da galera também é isso que ela é também adnet que tem a nossa percepção fun e ela é uma em uma manifestação dessa percepção podemos chamar ciência e que isso também tem uma imprecisão um que é uma tentativa de manifestação dessa
percepção subjetiva que eu tenho as coisas não é a linguagem olha vamos fazer o seguinte pra gente tentar depois a gente volta aí pro mas vamos voltar vamos tentar pegar um pouquinho é lá atrás no crato título do batom não é é o que não sei se você já alguém já vem aqui falar do cat luz você já tem alguma coisa sobre isso bom enfim mas eu não sou especialista em platão mais eu acho fundamental a gente retomar esses texto porque ele vai ser assim seminal para tudo a tudo que existe de filosofia a favor
do encontro e depois vai girar em torno disso é então o que é esse diálogo do do plantão do do crato tem mó genes e tenho crédito e oh oh oh oh oh hermógenes chega pro platão e fala olha é platão o platão não para o sócrates é que é o personagem já é então que acontece em bonn sócrates socrático diz que eu não deveria me chamar que é errado me chamar porque enfim depois você a gente vai pelo pelo diálogo sabem é que o tipo hemorrágico e seria o filho é o que no de
origem jeremy 001 do deus do comércio e ele não poderia ser um cara pobre é pobre e não poderia se chamar um ótimo porque o imóvel deveria ser um cara rico e o que o sócrates vai fazendo ele primeiro então quer dizer o que o que ele vai dizer bom no final que ele vai dizer pro prático é o seguinte bom como esse é errado no more genes como é que você vai dizer que ele é mó genes não pode se chama imagina né não existe né você você vai ter que chamar o diógenes pra
dizer que é adicionado de imóvel então vocês acham então o que no final essa e se esse diálogo ele vai mostrar seguinte o enormes ele representa uma relação da linguagem que é a seguinte que no seu limite vai vai ser representada pelos sofistas é o seguinte você pode falar qualquer coisa a palavra inteligente notaria seguinte um criativo não é sobre a linguagem em geral é um em um texto sobre os nomes tá aqui na filosofia da linguagem tem uma função muito específica então o que acontece o o o sócrates ele vai pegar o hermógenes e
que tem essa idéia de que a palavra não tem tanta force one tem nenhuma relação a qualquer outro qualquer então o que vai ser você a convenção vai ser o hábito qualquer um qualquer país não tem nada nem uma palavra e o coisa não tem relação nenhuma né o que acontece nesse caso quer dizer a gente chama que ser uma relação esse princípio é a palavra e objeto de uma relação extensa não tem nada a ver com o outro e o crat não é o representante do outro lado da relação entre si que deveria terço
não devia ter mais tem porque aí a gente está no nível do mito da palavra a palavra é da tradição do mito ainda ele é que o que é o que é o que é dito o que é dito é que não tem essa falsa no então o que é o que vai acontecer a gente tem um montão de um lado uma palavra que qualquer uma e do outro lado você tem uma palavra é só uma e não pode ser nada além dessa então o que você tem de um lado a não existe verdade certo
do lado de moggi e não existe verdade você tem assim tudo é possível qualquer coisa é aquela coisa com qualquer coisa qualquer com qualquer coisa do lado do crato você tem é soma então se no dourado demóstenes você não tem a verdade do lado do trabalho você não tenha a mentira você não tenha calcinha alfa saudade você não tem falso então o que acontece do lado do hemose mas você não pode dizer que está certo e do lado do crato ou tudo está certo ou tudo está mais mas nunca que qualquer coisa tá certa aqui
só tem uma coisa santo então e aí por exemplo o pru a a construção do diálogo platônico ele vai fazer o que ele vai falar você vai vai trabalhar é essa relação quer dizer de que é você está num entre dois pólos um pólo em que é tudo tudo volúvel arbitrário emocionou arbitrado por isso que o surfista pode falar qualquer coisa ele foi sair qualquer ponto de vista pois ele pode fazer qualquer coisa qualquer coisa né do outro lado não pode fazer nada é porque você não pode falsear uma afirmação não pode então é entre
esse tudo e nada quer dizer que você está trabalhando aí né e aí o que que o sócrates vai fazer ele vai pegar e vai começar a mostrar pro hermógenes como as palavras você pode pegar uma pena ele vai fazer vários ensaios e etnológicos de reconstrução de tom e tecnologia completamente doida o de vários mãos de várias palavras começa pelo nome dos deuses e vai até o final em que ele vai estar lá fazendo e tecnologia a partir das letras ele está querendo e aí vai mostrando por enormes que a palavra ela não é qualquer
coisa ela tem uma materialidade né ela tem uma materialidade que se apresenta nesse nesse nome né e quando o sujeito escolhe essas palavras ela não não tá fora né então que o que o o outro está mostrando é que não não é uma uma materialidade de um objeto mas existe uma materialidade da própria palavra e depois você pode ler como significant é mais tarde é mais um jogo de qualquer maneira então o que o plantão vai falar a gente não pode ficar nem com um nem com o outro a linguagem é então ele não vai
dizer o que é a linguagem mas ele vai dizer ela não pode ser nem um nem outro não pode ser nem vagner love e nem lucrativo ela ela tem que ser alguma coisa que seja aí é interessante é que seja a boa palavra ela não é qualquer uma é mas ela também não é absoluta o que isso quer dizer serve para muita coisa isso né não a palavra no final as coisas são um pouco assim elas não são qualquer qualquer assunto que a gente quer colocar aí não é nem qualquer coisa e nem também é
absoluto fazer tudo tudo se transforma de alguma maneira mas também isso não quer dizer que ela não tem uma uma consistência exato quer dizer é que a palavra ela pode ser com a arbitrária e ela pode ser toda cabe a nós da à medida das duas né e essa questão da medida é fundamental no pensamento grego é que então a o bom né o belo justo é aquilo que está na medida certa que não é nem um extremo nenhum outro é então a gente vai ter que aprender a viver se nós queremos é ser justos
com o que é a nossa linguagem nós vamos ter que aprender a viver no meio desses dois é o que transforma né agora o que vamos caminhar um pouco mais porque essas duas correntes a convenção na lista ea representação é a correspondência a linguagem como correspondência linguagem como convenção que deu mole não reverbera em toda a história da filosofia até o próprio de quem está em que no primeiro videogame está em você vai ter um uma teoria da linguagem que é uma teoria que vai colocar como critério é a correr com um não é exatamente
a correspondência mas vai trabalhar com a idéia de que existe ali por isso que ele vai dizer jogue fora estada porque o pensamento filosófico as concepções filosóficas elas não tem objeto então você joga fora porque você tem que falar o que você pode falar né e não não de tudo aí você não pode falar de tudo porque nem tudo é a linguagem ela permite que você fala um monte de coisas que não existem é então é moderno né o seu uso mas você joga fora esse é o primeiro vídeo quem está em segundo e último
ensaio vai ser mais para o lado da convenção ele vai fazer não o que nós temos são jogos de linguagem não existe uma verdade semana é uma verdade construída semanticamente ali naquele jogo ele vai mais pressionado também pediu e ele mesmo transita entre esses dois né então porque o trânsito entre os dois é a nossa existência a linguagem é porque não dá né o é mas se manter é tanto de um lado quanto do outro primeiro porque é impossível e segundo que é na verdade uma como se fosse um ato de má fé eu acho
que aí entra se segura em um dos cantos legal outro isso porque o que o que esse meio né ele é uma posição ética é que aquilo que pode ser falado é aquilo que você diz o que eu posso não é nem tudo nem nada mas o que eu posso é isso é uma posição ética enfim acho que é uma coisa muito importante pra gente pensar porque daí o que vai acontecer com o fred e ele vai depois a partir desses duas concepções de que eu falei de linguagem é dada dessa alucinação que entra no
meio ele também ele vai com construir certamente floyd leocádio é e sabia grego e um homem culto do seu tempo e ele vai no texto que eu citei antes que o esboço da psicanálise ele vai construir dois conceitos de novo é de de saber de conhecimento e ele vai falar bom de um lado a gente conhece através do espelhamento do mundo tá então é a questão ali do do não é a mesma coisa claro porque ali é você tava numa questão numa numa relação e da no colocar aquilo que é mítica tanna inumano floyd ali
essa relação é uma relação da ciência que ele é um mundo né mesmo que o objeto esteja perdido é e você vai ter de um outro para ele falando bom mas por outro lado a gente também tem um saber que é um saber cheio de lacunas que espelha nada e que trabalha sob a sua própria consciência que é não é arbitrário mas ele é o que ele é rígido sobre si mesmo ele não tem uma um fora algo que faça referência e se mantenha e que o sustente fora como verdade tá então o fred vai
retomar esses dois o que ele vai falar entre esses dois ele vai conceber o inconsciente como objeto que ele vai estudar é o que é essa idéia de que a gente não pode nem ficar só de um lado nem ficar do outro mas que nós somos neco pela própria natureza do que a gente acabou de falar sobre a linguagem que ela é um pensamento que ganha uma associação uma percepção uma imagem acústica a linguagem ela é esses dois lados ela tem tanto essa existência no mundo é de percepção de como é essa essa volatilidade de
uma de uma de construção mental então quer dizer que a gente vai ter que se adequar a viver aí em 32 línguas então nesse sentido a linguagem determina a maneira que eu enxergo mundo 1 e ao mesmo tempo eu determino ou eu enxergo mundo de acordo com a cima de algo não o objetivo é isso quer dizer a dependendo por exemplo eu sou brasileiro enxerga o mundo determinado jeito diferente de uma outra língua que não é mas também sua linguagem mas que é assim e tem um lado interior meu que constrói em cima disso não
é então eu sou o partido se quer ser parte do que eu sou o partido o que eu consigo ser tem a ver com aquilo que eu ando com minha com a minha língua barra linguagem certamente é na europa apreensão na capacidade de compreensão das coisas mas falha de percepção das coisas então eu diria um sim só que mais do que isso é porque é porque a gente tá passa a gente está pensando né de uma maneira como se a gente pudesse falar a linguagem é né então a linguagem e aí a gente vai falar
da linguagem as línguas é as línguas da linguagem mas isso não é verdade é é o modo como os lugares que podem ser ocupados nesse nível deixou tentar escolheu explicar isso pra você um pouco assim eu vou contar uma história por exemplo você todo mundo conhece só a há aquele livrinho do do chico buarque chapeuzinho amarelo não sabe que a menina vai ela tem medo de lobo e aí o que que ele vai mexendo nesse significante que é lobo desconstruindo repetindo e esse logo vira bolo e o que acontece é a menina como bola e
não tem mais medo isso é uma relação com a linguagem que quer ela ela está ali num mundo construído e que se soluciona e que que se que provoca medo e por provocar apaziguamento a partir de uma certa relação com significante tá vai vou contar pra você uma outra uma outra história é que uma vez eu estava no alto rio negro no barco e eu estava descendo o rio negro no barco em sentou de lá no meu lado e foi correndo sinto o reino a cadeira e começou a falar de externa sobre o que é
sobre eu estava no meio da amazônia querem ver quero ver coisas que era um mero lê vai fundo em 1896 ele falou assim para mim então não quero dizer nada não quero ver nada porque eu não quero nada porque foi assim porque os meus pais quando quando a minha mãe estava grávida eles viram nossa e até hoje ela vem toda a noite e me pega ele começou a falar daquilo que eu olhava aquino e eu que sou trabalho com essa desconstrução é que você vai pegar o significante desconstruir porque não tem referência o sujeito aprender
que quer dizer que ele vai se transformar na medida em que ele consegue se e se reconhecer na sustentação de significante que essa história da chapeuzinho e ele falou falou e eu falei pra ele mas você já foi num padrão é justo porque é o modo de curar next vai você é enfeitiçado pelo menos pela fala da onça né ea fala do pajé e vai fazer o que eu falar do passageiro vai te desinfectantes a você já foi a ele e eu já fui à minha vó gelo já é pajero não é para já me
benzeu não sei que não resolve a noite eles bem à noite a minha mãe que me trancar em fechar a janela porque eu sei que eles limitem aí o que você se dá conta é o que você está falando quer dizer o que é esse mundo feito construído só quem imagina que a posição desse sujeito é isso é muito importante pra gente pensar porque aí ele tá dentro de um funcionamento mítico da linguagem e nesse nesse funcionamento mítico a natureza fala à gente nova que ocidentais a filosofia da linguagem todo ninguém vai dizer que a
natureza fala a gente vai dizer que a natureza fala isso fala a gente gostaria que tivessem corrido é mais assim e que é porque daí olha isso é interessante falar que eu tenho um texto que ele chama a ciência é verdade que ele vai partir vai mostrar é que têm essas posições da vida do sujeito a linguagem tem no momento não é tem um saber que a verdade no mito a verdade da religião a verdade da ciência verdade e da psicanálise é ele vai a rebater esses quatro lugares da linguagem com as quatro causas do
aristóteles né e no caso então do do mito que você tem a causa eficiente ou seja o sujeito é o sujeito falante então o jeito falante é não é não só eu ela frisa ela frisa que fala é é um mundo que fala né o menino então que não desista anda porque eu percebi que ele estava descendo o rio ele estava indo morar longe da tri no morar na cidade porque ele estava indo com a família procurar a cura mas sem nunca encontrar isso que é interessante porque a persiste a causa da dor mas ele
já não tem mais a culpa será não nesse menino entendeu é nesse menino quer dizer a você precisa ouvir aquilo que constrói se então por que que a gente consegue desconstruir o sintoma porque ele foi construído esse jeito né agora no caso dele ele foi construído de uma maneira que nós perdendo é que está indo embora e que num mundo globalizado que a gente vive e se essa maneira de de de olhar o mundo pela linguagem neta desaparecendo então é isso quer dizer é muito triste é é um agora é por exemplo aí bem né
tem uma coisa eu acho muito importante e tem 11 antropólogos que chama viveiros de castro não sei se você conhece ele escreve um livro lê e metafísicas canibais então e que ele vai dizer justamente é isso não quer dizer que a nota é dodô quando os espanhóis e os ameríndios encontraram que os os os espanhóis ficavam investir criando tribunais e investigando para descobrir se os índios tinham alma e os índios ficavam afogando os espanhóis e vendo seu corpo se decompunha para saber se eles tinham um corpo e é isso é transformar a linguagem nesse caso
quer dizer você tem um uma uma antes né pra nós é assim tem mundo a linguagem e vai lá e olha o mundo aí então a gente fala se na tem várias linguagens diferentes né e essas essas línguas diferentes línguas línguas diferentes bom olhar o mundo de maneiras diferentes então a gente faça então tem uma natureza que é anterior a tudo e que você vai ter o que o último turismo então tentações sobre isso mas no fundo quer dizer é tudo em cima de uma coisa teoricamente legítimo e no caso é do pensamento mítico é
é o contrário o que essa é a anedota dos índios mostra é que pra eles o que vem primeiro é a cultura todo mundo tem alma todo o tempo a pedra tem a alma chocado tenha alma o viagra tem alma todo mundo real e todo mundo olha o mundo e tudo não tem guaje e nesse livro muito interessante porque ele vai falar justamente sobre o o o jaguar vai vai vai olhar para o sangue e ele vai ver cerveja por quê bom enfim é mais ou menos assim porque eu vejo que é ter o sangue
do jaguar o sangue para o jaguaré a cerveja pra mim pro equivalente à sua então tv ea nós existe uma comunicação né entre entre o homem ea natureza que é totalmente diferente e que estabelece uma relação completamente diferente da linguagem com o mundo o que acontece nesse caso é que o que é bom nós como achamos que está lá na natureza esse objeto e o homem chegou lá com a minha cultura com a minha linguagem e me debruço sobre esse objeto não isso é um objeto isso pode vir a mercadoria até eu posso usar do
jeito que eu quiser isso é então essa queda é a questão de uma partida não somos parte disso a gente está fora disso analisando utilizando seja qual for a palavra enquanto que o no caso dos the city dom a tribo eles são parte que é e aí a gente chega uma questão extremamente interessante né porque a linguagem as concepções de linguagem é que a gente entende como linguagem que a gente constrói com uma linguagem elas trazem consigo uma certa relação com a austeridade não é que no caso do modo como a gente construiu né a
nossa linguagem é assim é o mundo e eu aqui e vamos preservar as identidades não nos misturamos se ver com o dedo da criação não é ou seja deus criou o primeiro tudo e depois criou o homem todo da criação do mito da criação e depois o homem pra cuidar de estudo de olhar essa maneira se você for por for é acompanhar o ler alguns mitos indígenas dodô deu lhe um pouco mais do rio do rio negro mas eles vão fazer justamente o contrário né existe tudo dá isso aqui vai vai vai vai corporificando as
entidades um existe mais a elas vão virando o corpo mas que começa jael juros é o turismo não é natura é é uma cultura é um mundo de pessoas grande deuses de entidade dá e que daí vão ganhando corpo entende essa é certa nós não vivemos no mesmo lugar que eles não é isso infelizmente no mundo de hoje a gente diz ressentida diferença não viveu em 2011 estão enxergando o mundo a então é isso trazendo assim uma como também não enxerga o mundo como um chinês não é chegando num não é exatamente a mesma distância
já que as coisas estão acontecendo mas toda a história chinesa toda a história da cultura chinesa a história da linguagem a também dá a china está usando a china como exemplo tá mas é assim que é porque é um outro lado né assim tem um outro vive também um outro mundo não é é é esse tal depende mais das camadas e não sei se há camadas assim não quero colocar assim são camadas né onde se existe essa realidade objetiva é como a gente e os animais os animais também vivem em outro mundo as borboletas não
vive no mesmo mundo que a gente vive elas compreendem de outro jeito enxergam de outro jeito sente cachorro é tj que for agora falando só da gente a gente talvez viva em camadas nem no universos separados pela lançar em linguagem pelo que a gente aprendeu pela maneira que a gente percebe o mundo não é então é e sim no caso da china é eu do chinês duque que é uma cultura oriental que tem uma relação com isso que a gente tava começando agora nem na da dualidade da alteridade muito diferente do silent é então é
eu não sei não poderia dizer bandido de maneira objetiva a gente sabe que hoje a china é o único país de fato no mundo que faz alguma diferença em relação ao ao resto do mundo é que ela é uma experiência de países diferente é de fato ela ela traz para nós uma possibilidade completamente diferente do que a gente enfim mil avaliações e é bom se não é meu mas é diferente ela ainda persiste sendo o lugar de diferença para o ocidente então e eu pelos pelas pessoas pelo conhecimento que eu tenho de pessoas e da
china e tudo mais é é é uma maneira completamente diferente está no mundo agora eu não sei se chega nesse nesse estranhamento é porque eu acho que a que eu coloquei aqui em relação ao álcool talvez a distância não seja no ema então mas eu acho que não é só uma questão de distância na questão mesmo de de estrutura não é porque eu acho que no caso ele dodô dos ameríndios você tem de fato uma o que eles chamam é que o as culturas ameríndia celas são 11 11 de virar cena quer dizer que essa
relação que o que o que o enfim não é a minha área mas eu tô um pouco que eu acho que assim a minha interpretação disso é de que existe uma uma relação com a alteridade que é completamente diferente tanto que é por isso que eles são extremamente frágeis porque a idéia de que o outro vai trazer como isso não é o animal eles nem todo mundo parceiro é então essa relação com a alteridade é muito diferente é do que a gente estabelece com com através da linguagem é se bem que os índios se pegavam
de porrada né sim seja lá qual é o nome dele te dá os nativos ué brigavam controle leandro e tal então tinha tudo mais então tudo uma animosidade também né então mas ela também a gente tem que pensar um pouco né porque isso foi muito explorado né no quando os europeus chegaram nas américas e foi foram foram feitas parcerias entre os europeus ea determinadas tribos o choque brasil já que faz a acelerar esse processo é para incrementar esse processo de de usar nessa rivalidade é pra de fato é que neste caso específico acho que é
muito humano mesmo né é caso da rivalidade eu de poderes de coisa mesmo que seja um pouco diferente acho bastante semelhante é nesse caso é não assim na minha tribo se sobrepor à sua tribo que hoje nas coisas funcionam mais ou menos assim ainda né é inclusive tentar extrapolar ser como está funcionando no país hoje no brasil minha tribo a tribo a tribo está ganhando a sua tribo estados unidos é então um mundo está entrando um pouco de novo né se nesse clima de rivalidade um contra o outro é a guerra é é inerente ao
humano leva agressiva a tendência tentar dominar o outro não é isso que também faz parte da nossa construção sim bom então vamos usar esse momento aqui pra gente é fechar essa parte da conversa quem você acha que nós sons os outros olhos quem nós somos então voltando à questão na ética né eu acho que a gente tem que mudar um pouco essa pergunta eu acho que a gente está cada vez mais percebendo que a gente não tem que perguntar quem nós somos né mas quem nós queremos ser eu acho que se a gente hoje não
parar e pensar escrever que é que o que a gente falou sobre as duas coisas que eu não tenho que partir do que eu sou pra pra quem eu quero cena um tempo quem não fica um pouco fora se não souber quem eu sou assim saber a gente já sabe que não vai saber mas se não tiver a noção de onde eu estou quem eu sou num fim facilita mas vamos voltar sim mas não voltará a história da linguagem é quando a gente fala uma linguagem totalmente arbitrária stream sica a linguagem total totalitária é que
de estudo entre seca e aí você fala bom não dá não é pra não não é eu não posso viver senão no meio então é não certo sentido você sabe né o que você não pode ser é e o que daí você vai construir né aí este é um espaço de liberdade e é então que nós então nesse sentido eu entendo é importante a gente saber o que nós somos ou talvez que nós não somos é o que nós não podemos ser né e aí sim né como a escala do vídeo quem está em vamos
lá é isso aê se escala é isso né mas existe esse passo que é o passo eu acho que é ético eu digo isso no mundo probabilidade hoje né não está vivendo um momento em que o boi o que a gente não tinha falado que já seria interessante falar sobre o funk music é porque eu acho que o seguinte a gente está passando por um momento e aí é uma discussão muito longa sobre o que a ciência o que que o que é o saber da ciência e não só saberá ciência mas ele sequer sabe
esse fato de que um bacana esse texto que eu citei ele ele vai falar que a ciência trabalha com a verda haver dará com a causa a verdade como causando formal quer dizer ou seja que é como assim você vai prescindir não quero saber do da linguagem do sujeito de nada e eu vou ali não é trabalhar e se esse objeto da ciência né e o que acontece é o seguinte que é o embora práxis do cientista seja uma práxis que sabe que não sabe um monte de coisa e que e que o serviço vai
ser revisto que o documento daquele momento é a tecnologia que tinha que se retira disse não saber de você que é um saber e não sobre deficiência corre o mundo é totalmente despregando é desse trabalho que é o trabalho da proxis do cientista é então quer dizer da maior parte das pessoas usam sei lá sabe tudo que o celular faz né mas não sabe que o cientista sabe que tem um monte de coisa dentro do celular quem não sabe como funciona lá funciona e não sabe por que funciona então esse não saber é que a
práxis cientista mesmo vídeo foi perdido a gente tem então um mundo que é o mundo de um certo sentido até porque vai no médico hoje fala para o médico a ele vai falar e você vai fazer um monte de exame ele vai te falar você tem mais remédio falar para ele que você não vai tomar o médico vai passar então tá bom você vai morrer ele não vai discutir isso com você ele não vai discutir o que que ele recebeu dada na formação de lino no laboratório que vai visitá lo toda hora não é o
que ele tem que prescrever e vai prescrever pronto é isso a sua cura fora disso é a morte é então que nós vivemos numa sociedade em que acabou caindo nenê se nesse lado de que o que é dito é né já nem sem esse e com a não é a ciência e sim mas eu digo assim ela se presta a isso que depois constrói nossa sociedade desse jeito né então existe que parece que assim o sujeito é totalmente chapado por uma uma verdade dita por alguém que não é ele a gente tem aí por outro
lado um monte de gente agora dizendo o seguinte não isso não vale nada né eu quero dizer o que eu quero e aí essa proliferação de fica nisso então a gente num certo sentido a gente tá repetindo essa passagem da imagem do craque do prédio por módulos branca com outras roupagens completamente diferentes e enquanto a gente não se dê conta de que o que pode ser diferente disso é o que a gente quiser construir entre esses dois lugares acho que a humanidade está fadado ao fracasso absoluto [Música]