[Música] bem vindos ao nosso falando nisso hoje nesse canal youtube com uma pergunta dupla te débora magri nery tem direito sobre o assunto morte e luto as fases minuto tem o livro elizabeth clube ross mas gostaria de saber sua opinião sobre o assunto e se tem alguma referência para ler também à pergunta de antonina sicupira gostaria que você falasse sobre o luto e as redes sociais boo box da questão para o momento a gente tem um texto de base para essa questão na psicanálise que é luto e melancolia esse trabalho que recebeu recentemente uma publicação
é em tradução da miley carone é pela cosac naify e que é de fato é um trabalho muito bem estudado muito bem delineado pelo próprio fred mas onde ele fala no fundo pouco ele só usa a expressão uma vez né e do trabalho do look do trauma e arbeitman de que quando a gente perde alguém né a gente tem que fazer um trabalho para não dizer assim superar esta perda que significa então superar essa perda significa passar por um conjunto de de ações psíquicas que terminam por integrar no interior do eu por introjetar simbolicamente no
interior do eu aquilo e aquele que foi perdido o luto ou então se encerra com essa integração e ele produz também uma abertura para o que novas possibilidades de amar novas possibilidades de se vincular novas possibilidades e caminhar nessa jornada é como se a gente fosse pegar essa massa de coisas que alguém quando é querido para nós representa e fosse comprimindo isso restando ao final uma espécie de pedra é de núcleo duro que cabe no nosso bolso que não nos atrapalha na viagem doura e que no fundo nos ajude a encontrar a e produzir encontros
mais ricos e desejantes no que se seguirá mas isso tudo só se a gente consegue fazer esse trabalho esse trabalho ele começa diz o fred não é pela realização da perda há muitos só muitas pessoas que diante de uma pena se comportam assim olha nada aconteceu é tão doloroso é tão angustiante que substituem esse momento de realização da perna por uma identificação é o caso que eu concorde menciona aqui nesse trabalho de uma criança que tinha um gato muito querido e da ilha o gato morre e no dia seguinte ele está própria criança miando embaixo
da mesa ou seja ela se substitui ao objeto perdido e aí a gente fica nessa primeiro momento em que a perda ela não é realizada também em casos por exemplo aqui mencionados e pacientes psicóticos que perdem um filho e que andam né é com uma boneca com um pedaço de madeira com um objeto é mantendo aquele filho perdido substituído aí por um objeto concreto então são os exemplos de como a gente pode recusar a realizar uma pena mas o que significa realizar uma perda né e significa realizar o estatuto simbólico do que foi perdido porque
objetiva mente next e se pega um gato e põe o comprou outro lado o pet shop você substituir não teve perda é perda zero o que está acontecendo se você aja assim você está destituindo aquele animal de estimação no seu valor simbólico que é singular que tem aquele nome que tem aquela história que representa aquele percurso que existiu naquele momento ou seja aquele gato que a opção gato único que não pode ser substituído imaginariamente por um outro portanto esse trabalho ou se prime no momento do luto tem que ver com o que como o momento
do real é um momento do impacto é em que o real e simbólico precisam se articular o segundo momento do luto ele é equivale o que fred chama de uma identificação alternante uma identificação que ela ela não é só uma posição é um é um trabalho é um trabalho que a gente poderia que parasse um espécie de julgamentos em um julgamento que é indicado indiciado por dois afectos fundamentais é derivado o seguinte se esta pessoa me deixou se ela foi embora se ela morreu por mais que eu sabia que ela estivesse doente que ela precisa
fazer isso e eu subjetivamente sinto que eu não amei suficientemente se eu tivesse amado suficientemente se eu tivesse sido o melhor filho se eu tivesse sido melhor empregado se eu tiver sido o melhor namorado e lá não teria me deixado ele não teria me despedido ele não teria ido embora então o que eu sinto quando o suprimento esta posição identificatória eu sinto culpa eu sinto que o outro me deixou porque eu não fiz a minha parte porque eu não cuidei dele direito porque eu não amei corretamente mas essa posição é alternada com aquela que seria
oposta em que algo em mim diz o seguinte mas peraí e eu não amei o suficiente mais ela também não me amou o suficiente ela ou enfim aquela que foi objeto perdido não lutou suficientemente não teve fé suficiente não quis ficar me abandonou ou seja eu sinto ódio daquele que me deixou isto é particularmente difícil para algumas pessoas é que ficou então a retidas no momento e infinito da culpa ficam se imaginando se inserindo se penalizando se punindo porque o outro foi e isso então às vezes está apoiado no can um recalque numa repressão numa
impossibilidade de sim de raiva daquela que nos deixou de sentir por exemplo às vezes sentimentos agradáveis porque o outro nos deixou por exemplo quando a gente recebe uma herança puxa perdida a pessoa mas ela me deixou esse objeto aquela pessoa que não consegue lidar como como essa com essa dimensão de de ódio por ter sido deixado muitas vezes disse eu não quero ser essa porque quer segurança não substitui aquela pessoa que você foi e aí começam uma teia de intrigas familiares de heranças que nunca se resolvem faça-lhe volta é quantas famílias não têm disputas né
de herança que estão em torno disso tem em torno da impossibilidade de receber ou então da rivalidade de quem é que ele gostava mais gostava mais de mim então até cantar mais não gostava tanto do outro então ele tem que ter menos ou seja isso reaviva as disputas mais é primitivas dos irmãos quando eles eram pequenos e disputavam justamente o amor do pai o amor da mãe e que em alguma medida tem que fazer o luto desse processo então aí a gente entra em um terceiro momento do luto que é o quê como este luto
se infiltra se articula com os lutos anteriores é com as perdas que antecederam aquela perda específico então se nesse trabalho é a identificação alternante a gente está entre imaginário e o simbólico no terceiro momento a gente vai do simbólico ao que há algo que se repete é as perdas que se repetem ao real ao real como traumático né então muitas pessoas aqui podem ser levadas para a melancolia podem ser levadas para uma espécie de de luto acumulado que às vezes se desencadeia uma coisa assim menor a perdi o meu olho motivação perdi o meu emprego
a perdi isso que uma coisa relevante aparentemente e aquilo leva o sujeito para a devastação porque porque é parte do processo de luto se articular com os outros anteriores e às vezes um dos lutos mal elaborados anteriores em algumas peças de sobrecarga em cima daquele acontecimento o quarto momento do luto é feita essa essa articulação dupla né e vertical o que é que eu perdi no que foi perdido é o que é que eu realmente posso me comparar a ele reconhecer e me apropriar e o que eu posso deixar para lá né o que eu
posso deixar cair é o que o autoriza e esse é o quarto momento né eu autorizo o outro me deixar eu não só é concedo né que ele que ele pode ir como algumas áreas nativas religiosas na insistem deixa aquela sua pessoa amada e deixe por que isso é um ato de amor em segundo grau deixa essa pessoa e ao mesmo tempo né deixar o outro ir e deixar se perder é muito importante é aí que é que aparece o ditado popular que é preciso saber perder saber perder é isso é fazer essa renúncia dentro
de si não só em relação ao outro é então a aes quarto tempo do luto ea gente teria um quinto tempo eu estou pesquisando esse ponto a partir da do samu tese a partir do perspectivismo animista e que me parece que essa teoria do freud sobre o luto é uma teoria muito tenista é uma teoria muito baseada no que nada o mito de que os irmãos matou pai e ingerem o país se tornam representantes né desse pai e colocando esse subordinando a lei simbólica e essa troca aquisição nista seja no fundo o luto é um
bom negócio o luto é uma maneira de a gente pegar para nós há uma herança simbólica que vai ser um significante que vai ser um traço do objeto que vai ser algo que vai ficar conosco é e por isso fred dissoluto termina quando a gente que se dedica se enriqueceu com aquela perda a gente sente que aquilo que foi pedido faz parte de nós a gente pode ter saudades dessa lei diz é um nome para o desejo porque a gente consciente que aquilo se foi estava dizendo e essa é uma teoria um pouco a crise
se unisse tampouco truques do luto me parece que há casos de luto que principalmente nessa última parte né lutos que não se abrem para novos amores no luto que parecem se infinites a lutas que que não são propriamente melancólicos mas são assim minutos congelados e eles têm que ver com esse quinto momento em que a gente teria que imaginar que o luto não é só uma integração de algo a mais no eu mas ele envolve um momento de dissolução do próprio de renúncia o próprio erro de devastação do próprio erro se a gente pensa no
conceito de gozo feminino e silva pesquisa que está em curso um ou dois artigos vão sair no próximo ano sobre isso enquanto isso nenhum luto e melancolia enquanto isso leio o trabalho lindo da maria rita que é o tempo eo cão é que é sobre as depressões mas que tem um capítulo excepcional sobre o trabalho de luto recomendo também um o texto muito interessante já a luz é chamado erótica do luto né texto autobiográfico ele fala da perda filha ele onde ele percebe que bom nossa época é uma época onde não não confiamos mais tanto
narrativas religiosas ela se vê assim e sem palavras para a elaborar coletivamente é a dimensão da perda enquanto recuperação de histórias enquanto recuperações de narrativas enquanto algo que que possa fazer um novo laço social a partir da perda é também respondendo a essa problemática levantada pelo hoje a amigos que estou escrevendo sobre ouça lutosa o eterno então gente quem quiser mais fragmentos de luto de bolinhas e depressão mas também de renovação não maníaca em cima do perdido essa é uma das respostas ruins produto nem invertê lo e mania é clique aqui na volta a pilotar
lá embaixo a novela lá as profundezas a pergunta movimento é bem devagarinho o que você faz no seu próprio tempo não aparece [Música] [Música]