[Música] [Aplausos] Olá, pessoal. Eu sou a Leia Mendonça e este é o Crente Pod, o podcast da Leia Mendonça. Eu tô muito feliz porque eu consegui trazê-lo. Coisa mais difícil é trazer essa pessoa aqui no meu podcast, mas graças a Deus eu consegui. Ele é um espetáculo, né? Ele é conhecido como o poeta do meio evangélico, compõe como ninguém, tem uma estrada lindíssima, muitos sucessos, muitos rits, é um homem de Deus, compõe com sentimento, com emoção. Vocês já devem saber de quem eu estou falando, mas antes de dizer o nome dele, eu quero pedir para
você curtir esse podcast, compartilhar, comentar. dá o seu, ó, o seu joinha, né, como dizem aí, porque eu tenho certeza que vai ser um podcast muito edificante, tá bom? A gente conta com vocês, porque vocês fazendo assim, o YouTube vai considerar este podcast relevante, tá bom? Bom, com quem que eu estou? Com Sérgio Lopes. Leia, tudo bem, Leia? Você que tá ligado aí no podcast também da da Le >> não o crente >> crente pod crente pode. >> Um prazer estar com vocês aqui. Um prazer estar te reencontrando. E não é tão difícil assim me
agendar, não >> é? Sim. Você é muito difícil. >> Eu achava que fosse até fácil. >> Sérgio Lopes é difícil. >> Eu achava que fosse até fácil. >> Mas e aí, como é que você tá? Fala >> que as duas vezes que você me agendou >> Uhum. Aliás, a primeira vez eu cometi um erro de esquecer de de marcar na agenda ou de comunicar o Fábio. >> Me empolguei demais falando com você. Falei, olhei na agenda, claro. Olhei, olhei, tava livre, mas só esqueci de, eu tava dirigindo na hora, esqueci de marcar depois. >> Nossa,
você não imagina como é que foi eu ter que correr atrás de alguém para colocar no seu lugar. >> É, mas depois fui eu corri atrás de você para ver se a gente remarcava essa data. Até que fim conseguir. Foi. >> Tá bom, tá bom. Bate aqui, bate aqui. Estamos de bem. tão de bem, muito sempre. >> Bem, mas Sérgio, eh antes da gente começar a conversar, falar sobre seu ministério, sua vida pessoal, porque muitas pessoas têm curiosidade, Sérgio Lopes, eh, família, sentimentos, ministério, igreja, carreira, é muito tempo, né, de estrada. você começou praticamente junto
comigo. Então, antes da gente conversar sobre tudo isso, é como amigos que nós somos, que a gente já se conhece muito tempo, eh, para você o que que crente pode fazer e o que que crente não pode fazer? >> Olha, o crente pode fazer tudo que o Espírito Santo que habita nele não coloque uma trava, uma barreira. >> Uhum. Uma vez eu escutei uma uma história muito interessante de um moço que todo dia ele ia no boteco perto da casa dele e tomava uma pinga. Pedia lá uma pinga e ficava conversando com os amigos lá
sobre futebol, sobre um monte de de babozeiras. E um dia esse esse senhor teve um encontro com Jesus e ele foi no outro dia, ele se converteu num dia, no outro dia ele voltou para aquele botiquinho ainda inocente, não tinha eh ainda precisava ser discipulado. Mas ele voltou pro btiquim no mesmo horário de sempre para tomar a pinga de sempre, porque no culto onde ele esteve no dia anterior não foi falado nada sobre isso. >> Então vou tomar minha pinga. >> Foi uma mensagem que tocou no coração dele, ele chorou e naquele dia ele resolveu
entregar a vida dele para Cristo. E no dia seguinte ele com toda alegria foi lá pros amigos de sempre, pro btiquinho de sempre, tomar pinga de sempre e falar da novidade, que ele tinha ido numa igreja maravilhosa no dia anterior. que tinha entregado a vida dele para Jesus. Ele foi contar isso pros amigos dele e chegou lá, ele pediu a pinga dele. E ele contando o testemunho dele, ele já depois de um tempo já tinha sido discipulado, ele passou, ele falou que quando pediu a pinga e colocou na mesa e falou pros amigos que tinha
ido para uma igreja maravilhosa na noite anterior e que tinha entregado a vida dele para Jesus, falou do jeito dele e ele falou que quando foi colocar a pinga, ele foi beber. Ele foi travado e ele não entendeu porquê. Ele tava feliz, conversando com todo mundo. O assunto era futebol, o time dele tinha ganhado e quando ele, a pinga foi colocada no balcão, que ele foi pegar a pinga, alguma coisa falou para ele que ele não devia fazer aquilo. Na hora ele não entendeu. Na hora ele não entendeu e ele não bebeu naquele dia, continuou
conversando, jogou sinuca, tal, mas o copo de pinga ficou lá em cima do balcão. E somente muito tempo depois é que ele foi entender que a conversão dele tinha sido genuína, tinha sido de fato uma conversão eh espiritual. E quem travou ele não foi a palavra que o pastor falou na noite anterior. Eu entendo que foi o Espírito Santo que falou para ele que agora ele não podia mais compactuar com aquele ali e ele parou de beber aquela cachaça que ele bebia todo dia. Então o crente pode tudo aquilo que o Espírito Santo não trave
ele. Se tiver alguma dúvida, para. >> Uhum. >> Né? O que não tiver dúvida, vai em frente. >> Que maravilha, né? É assim que deve ser a nossa vida. Desde que a gente tem essa aliança com o Espírito Santo, né? >> É, em vez de ser conduzido por homem, ser conduzido pelo Espírito Santo, né? Mas Sérgio Lopes, eu tô muito feliz de estar aqui com você. Você a gente não se vê sempre, mas você é uma pessoa muito especial. Ah, a gente começou junto no grupo Altos Louvores. Você veio do da Paraíba, não foi? >>
Campina Grande, Paraíba. >> Veio da Paraíba. Mas você veio para o Rio de Janeiro porque você eh tava servindo na Marina, né? Fala um pouquinho sobre essa época aí, porque eu lembro que quando você entrou no grupo Altos Louvores, você fez uma música que maravilhou todos nós, chamada chamada "Para onde vão as aves?" E eu um dia eu lembro que você me falou que você tava assim na praia vendo aquela revoada, né, de pássaros. E aí você começou a compor, né? Como é que foi essa sua chegada no Rio de Janeiro? Você sempre foi cristão?
Como é que foi? fala pra gente um pouquinho. >> É, eu passei num concurso para, eu fui fuzileiro, fui recruta lá em Natal, no Rio Grande do Norte, e fiz um concurso, passei, a Marinha me mandou pro Rio para fazer o curso. E aqui o curso foi feito na Ilha do Governador, no bairro chamado Bancários, onde fica o corpo de de fuzeleiros navais. E morei, o primeiro lugar onde eu morei foi no quartel, porque eu não conhecia a cidade do Rio. Depois, indicado por um amigo, fui morar na vila do João. Morei na vila do
João durante uns se meses. >> Ali não era tão perigoso como hoje. >> Não era, não era, não era. Hoje você falar pr as pessoas no dia de hoje que que você vai morar na Vila do João é outra situação, >> é outra coisa. Mas era uma época de um rio bem diferente, eu não tinha muito recurso, o salário de soldado era muito baixo e era onde eu podia morar. E depois que eu comecei a me ambientar melhor no Rio, conheci outros lugares, foi que eu fui eh paraa Copacabana. Eu morava numa vaga no centro
do Rio. Não sei se você sabe o que é vaga, morar em vaga. Sabe o que é isso? >> Sim. Mora todo mundo junto, né? >> É um quarto. E a sua vaga é aquela cama. >> Aquela cama mesmo. >> E as coisas que você tem, você bota embaixo da cama. embaixo cama embaixo da minha cama tinha um violão e minha minha mala, né? >> E a comida era feita pela dona da casa. Eu tinha que pagar por aquela comida. Ela é juntando os valores. No final do mês eu paganheiro era de todo mundo. >>
O banheiro era tudo de todo mundo. >> Tinha hora para tomar banho. Era um sufoco. Meu Deus. Você já passou por isso, né? S >> passei e fazendo faculdade de direito na Santa Úrsula. Eu eu trabalhava no centro do Rio, morava nessa vaga que também era no centro do Rio, na rua 7 de setembro e à noite fazia direito na faculdade de Santa Úrsula. E nesse apartamento nós recebemos a visita de um pastor. Eu tava no quarto com o meu violão e o pastor conversando com a dona da casa e de repente eu comecei a
cantar um hino e o pastor perguntou lá, tem algum crente aqui? Fi: "Ah, tem um rapaz aí da Marinha que tem o violão aí e eu tá incomodado?" Não, não tô gostando. >> Quantos anos você tinha? >> Eu tinha 23 anos. 23 22 23 anos. Aí o pastor foi falar comigo e me convidou para ir na igreja dele em Copacabana, a Igreja Batista Central de Copacabana, Avenida Nossa Senhora de de Copacabana 542. Meu Deus, sabe tudo ainda >> sobre loja. É. E ali, eh, no domingo eu me enturmei com o pessoal da música, comecei a
tocar baixo na igreja. Eu já tocava baixo em Campina Grande, na igreja congregacional de Campina Grande. E fui tocar baixo nessa igreja, nos enturmamos, conheci você, conheci o Diógenes através de >> Foi lá que a gente se conheceu na Igreja Batista Central. >> Exatamente. Estava na igreja Batista Central. você na ilha do governador, eu na Batista Central. Edivaldo fez aquele grupo, né? >> Que maravilha. >> E ali nós começamos o o grupo A Louvores. E nessa época eh eu recebi o convite do cantor Iraquitã. >> Uhum. >> Que cantava no trio Iraquetã, cantava músicas latinas.
Eles viajavam muito para pro México. >> Vozeirão. >> É, Texas. Hoje ele é pastor em Niterói e ele me convidou para morar com ele em Copacabana. Olha que salto. Eu morando em Vila do João e agora vou paraa Copacabana. Ipanema, aliás, não foi nem Copacabana, foi Ipanema. E fui morar na Visconde de Pirajá em Ipanema, no quinto andar de um prédio lá com o Iraquitã. E foi nesse prédio que eu comecei a ter contato com a praia. Eu ia todo dia pro Arpador, quando eu chegava do quartel. levava meu violão. Era uma época um pouco
mais tranquila para se andar com violão pela rua. >> E numa dessas tardes ali no arpuador, nas pedras do arpuador, foi que eu compus essa música para onde vão as aves, olhando as gaivotas voando na direção do oceano, escurecendo elas indo cada vez mais, até que eu percebi que elas sumiram e a noite chegou. Falei: "E agora? Como é que essas gavotas vão acertar no escuro?" você conseguiu retratar muito bem essa canção do início ao fim. Ela é uma poesia, né, que você escreveu visualizando. Que coisa linda, Sérgio. >> Exato. Eu fiz uma comparação com
uma coisa que acontecia comigo todos os domingos pela manhã naquele prédio lá em Ipanema. Tinha um senhor que morava num apartamento do lado, que todo domingo pela manhã ele ia pra praia. E ele começou a me encontrar eu de roupa eh para ir pra igreja com Bíblia na mão. Ele me encontrava com uma toalha no ombro, sunga, olhava para mim de cima embaixo. Eu com 23 anos. E ele: "Meu filho, para onde você tá indo?" Falei: "Tô indo pra igreja". Que história de igreja, meu filho. Você tá perdendo sua juventude. Esse negócio de céu inferno
não existe não, meu filho. Tira essa roupa. Vamos pra praia comigo. Larga esse livro aí. >> Até então você não tinha ido à praia? >> Não. Não, ainda não. >> Morando em Ipanema não tinha ido à praia. >> Não, eu tinha ido, mas não no domingo. No domingo eu ia pra igreja. >> Mas o domingo era o dia que esse senhor encontrava comigo >> na hora que eu tava indo pra igreja. E ele começava a insistir, larga essa Bíblia, larga essa roupa, entra aí, eu espero você. Vai lá, entra aí. Não, senhor, não, eu tenho,
eu era professor escola dominical e ele insistindo comigo para eu ir pra praia com praia. >> E eu muito constrangido, desci aquele elevador e lá na calçada nós nos despedíamos, né? Eu ia para um lado, ele ele ia pro outro e balançando a cabeça assim, olhando para mim, perdendo a juventude. Todo domingo eu encontrava com ele. E eu não conseguia evangelizar ele, porque quando eu começava a falar de Jesus, falar de Bíblia, ele me cortava e dizia: "Você tá pensando o quê? Isso é besteira, meu filho. O céu inferno não existe. Está na sua imaginação.
Vamos praia, meu filho. Vamos pra praia". Tem um monte de garota lá que vai gostar de ver você na praia. Vamos lá. Ele insistia comigo com esse com esse argumento. E quando nesse dia eu estava no arpuador vendo essas aves voando que eu não vi voltar e a noite chegou, eu fiquei intrigado pensando como é que essas gaivotas vão voltar pra terra firme, vão se perder na noite, como é que elas vão voltar? Vai vão olhar para vão dar meia volta e olhar aquele monte de luzes acesas na orla? Como é que elas vão saber
o lugar onde elas passam a noite todo dia, todas as noites, né? Fiquei com aquilo na minha imaginação e alguns dias depois eu tive um sonho. O que foi que eu sonhei? Olha que sonho interessante que eu tive. A psicologia chama isso de restos diurnos, interrogações que a gente guarda na nossa mente e elas ficam ali guardadas até que um dia, através de um sonho, elas são >> desabrochas, >> ejetadas da nossa mente, né? No meu sonho, aquelas gaivotas que estavam lá em cima, elas estavam avistando uma ilha que embaixo onde eu estava, eu não
conseguia ver por causa da linha do horizonte marítimo, mas havia uma ilha depois que lá de cima elas viam e eu daqui não via. E eu fiz uma comparação muito interessante depois que eu tive esse sonho. Eu considerei que aquele senhor que me encontrava no elevador era como eu naquelas pedras. Eu não conseguia ver aquela ilha. Eu dei para essa ilha o nome de Jesus. >> E aquelas gaivotas que estavam voando num voo aparentemente sem destino, como ele falava para mim que a vida, vocês estão uma indo para esse negócio de igreja, isso não tem
destino nenhum, isso não tem futuro, céu, inferno não existe. Ele falava isso para mim. Eu considerei que ele estava na terra sem enxergar a ilha. E as gaivotas seriam aqueles que confiam em Cristo, em Deus, aqueles que se convertem, que aceitam a Jesus, que seguem o evangelho. Eles estão vendo uma ilha que o homem sem Deus não vê, porque ele tá embaixo. E nós somos chamados para estar no alto. Mas os que confiam, os que esperam no Senhor, renovarão suas forças, subirão com asas como águas. Então, a gente tá lá em cima e a gente
consegue ver algo que o homem sem Deus não consegue ver, que é Jesus. Então esse voo que ele considerou que era um voo cego, sem destino, eu considerei que é o voo que o crente faz em direção a essa ilha chamada Jesus. Surgiu essa música para onde vão as árvores desse sonho, >> Sérgio? Hoje, né, a gente vê muitas, claro, hoje tem muitas composições boas, mas hoje o pessoal tá muito preocupado em rimar luz com cruz, cruz com Jesus, Jesus me conduz e não tem uma história tão profunda e inteligente como essa, porque isso daí
não é não é pegar um violãozinho e começar a rimar, né? E você não, você você consegue trazer eh tornar tão vívido na nossa mente o que você viu lá, né? Então, em frente ao mar, no crepúsculo, eu pude contemplar. >> Quando de aves marinhas no último revoar, iam encontrar horizonte sem nem se preocupar. Se quando a noite chegasse, teriam ondeus. Vamos descer o tom. Meu mundo também, >> meu mundo também era assim. Não ter para onde ir, não ter certeza de voltar, não saber se tinha onde chegar. Eu queria ir com as aves e
saber onde elas vão chegar. >> Sérgio, já disseram para você que você tem uma voz muito bonita? Não, >> a sua voz ela é >> Eu vou mentir. Não, a sua voz. Eu eu gosto de vozes meio roquinhas. Você é o quê? Barítono, tenor, barítono, né? E a sua voz é gostosa e junta com a com a com a letra, que as suas letras são maravilhosas. Por exemplo, entre nós outra vez a gente participou de um festival. Não, não foi festival, foi, foi lá em Copacabana, como é o nome daquele teatro que que nós >>
ali na estrada do Galeão. >> Ah, mas não foi com entre nós e outra vez não. Qual foi a música que >> foi agora pós cria, >> mas foi em Copacabana, Teatro Princesa Isabel. >> Não, Teatro Vila Lobos, na rua na Avenida Princesa Isabel em Copacabana. >> E era um festival secular, né? é católico e o altos louvores se inscreveu e a gente ganhou com a música >> Agora posso crer. >> Canta um pedacinho, Sérgio. >> Eh, quando ele expirou, >> o céu escureceu. Era mesmo tá muito baixo. Tum tum tum tum tum tum tum.
Quando ele expirou, o céu escureceu. Era mesmo o filho de Deus. Seu sangue em minhas mãos me fez entender que por mim um inocente estava lá. Pode um mortal perante o próprio Deus serreverente a teu rosto não pude contemplar, pois ali um justo estava em meu lugar. Posso agora crer que o preço do perdão ele pagou na cruz >> e minha gratidão será amar Jesus e amar a cruz porque vazia está. >> Uma partezinha da letra aí que eu errei. Os meus seguidores aí vão saber onde foi. >> Vou escrever aqui embaixo que como é
que era. Mas é lindo. É lindo. Quem foi que te deu esse apelido de o poeta? Eliel do Carmo. >> Eliel. >> Eliel do Carmo. Grande Eliel do Carmo. É por causa de uma música minha chamada A Cruz, em que eu trago um diálogo com a Cruz. >> Hum. >> Eu imaginei ali que a cruz, que é madeira, que é uma criação divina, criação de Deus, a madeira, ela foi violentamente sequestrada e lapidada. Ó, >> para prender aquele que o criou. >> Meu Deus. >> Naturalmente a madeira não pode expressar a sua vontade. Eu não
quero fazer isso. Eu não quero servir de cruz pro meu criador. >> Mas o homem, >> com sua inclinação pro mal, pra crueldade, foi lá, lapidou a madeira, transformou numa cruz e colocou o criador da madeira preso nela. Se a madeira tivesse vontade, claro que ela não aceitaria fazer aquilo. >> E eu num insite assim, eu falei: "Se a madeira pudesse falar como criatura de Deus, será que ela não iria se revoltar de tá sendo usada para prender o seu próprio criador?" E nessa, nesse inscrevi essa letra chamada A Cruz. O Eliel do Carmo percebeu
a poesia, teve a sensibilidade de entender a letra da música e me chamou de poeta assim, eh, espontaneamente e acabou ficando isso aí. >> Como é que você compõe? Porque tem gente que primeiro faz a melodia, aí fica [Música] por exemplo faz isso. >> Sijo, começa pelo sofijo. >> Aí chega em casa e vai bolar uma letra. Já tem gente que escreve a letra primeiro e depois tenta colocar uma melodia. Como é que você consegue casar tão bem as suas melodias que são toca na alma da gente? com essas letras assim riquíssimas, Sérgio, que a
gente não consegue mais ver composições assim. >> O meu processo de composição começa com um tema. Eu preciso ter um assunto, >> hum, >> para tratar numa música, né? Eh, a música é uma ideia. A música é uma ideia. Como existem ideias para qualquer coisa, existe uma ideia musical. Então, a ideia começa, no meu caso, pelo tema. Um assunto que me chamou atenção, como por exemplo esse da cruz que eu falei, o reio ladrão, que é uma outra música que eu compus, eh, a própria música agora posso crer que nós cantamos aqui do festival, que
foi um insight meu sobre o momento do centurião, quando ele fala assim: "Verdadeiramente esse homem era filho de Deus". Então eu entrei naquela cena ali e fui roubar e no bom sentido, >> aquele momento ali do centurião para compor a música. Agora eu posso crer, eu me investi no no centurião para conseguir entender o contexto e fazer aquela letra. é um mergulho que eu faço, é a minha forma de compor. Eh, então eu componho eh normalmente começando por um tema, um assunto que eu acho relevante. Quando eu acho o assunto, eu acho o estilo de
música que vai se adequar aquele assunto. É uma música rápida, alegre, é uma música mais reflexiva, uma música mais triste? É, se eu vou retratar um momento que foi triste, sempre tomando cuidado e no final da composição ter um momento de esplendor, de explosão, em que a tristeza se transforma em alegria. Mesmo que a música comece triste, ela não deve ser triste até o final. Ela deve terminar com algum algum como um final de filme, né? >> O final do filme tem que ser feliz. >> Então o meu processo começa pelo tema. Quando eu descubro
o assunto, aí eu posso ir pro segundo passo, ou através de uma melodia ou através de uma letra que depois eu coloco a melodia. Normalmente vem a melodia primeiro. Eu acho a melodia que vai eh combinar com aquele tipo de tema. E depois que eu acha a melodia e gravo um celular, em algum lugar que possa gravar o o solfeijo, que é esse larará que você fez aí. Lararã. Aí guardo, jogo o telefone para lá, continuo fazendo tava fazendo e depois num dia qualquer na cama normalmente eu vou lá no meu celular e vejo as
coleções de rascunhos, que eu chamo de rascunho. Eu numero eles, tá aqui tudo. Rascunho 01, rascunho 02, rascunho 03. Aí eu de posse desse rascunho e do tema eu começo a desenvolver a letra. >> Nossa, é uma obra mesmo. >> É, é uma obra. >> É uma obra. >> Então, normalmente, inclusive tô preparando um curso de composição. >> É mesmo, >> preparando um curso, já tá bem avançado. Tô esperando concluir o curso para depois fazer os os takes de vídeo e vou lançar esse curso, curso de composição método Sérgio Lopes. >> Maravilha. Eu não posso
ser chamado e deixar de compartilhar eh aquilo que Deus me me ensinou, que que me deu. >> Hoje Hoje as pessoas estão evitando aquelas notas naquelas aqueles acordes dissonantes, aqueles acordes. >> É porque eles, o acorde dissonante ele, >> eu não digo só o dissonante não. Eu não digo só o dissonante, não. digo aqueles acordes que que são que que que mexe lá dentro da da alma da gente, os tons menores sensíveis são os que a gente usa. Normalmente você usa, eu uso, >> o Anderson Freire usa os acordes sensíveis, né? >> Isso é maravilhoso.
>> Agora os acordes dissonantes >> não existe mais, né? >> Existe não, eles existem, mas é para um outro tipo de apreciador de música. São pessoas que apreciam mais a música técnica mesmo. Quem fica impressionado com o acordonante são os músicos. >> Entende? Uhum. >> Se você for para um show eh de boossa nova e você colocar aqui um show do Roberto Carlos, os públicos são diferentes. Um vai atrás de sentimento, de sensibilidade, de arrepio, >> o outro vai em busca de técnica de Nossa, você viu que acorda o cara colocou uma nona com a
quinta. Mão do cara chega a mão do cara fica. você fez uma inversão de acorde, você viu aquela quinta aumentada que ele botou ali, é outro tipo de público. >> Então, eh, eu já curti muito isso também, porque eu era estudante de baixo e tinha um baixista aqui no Rio chamado Nico Assunção e também Artur Maia, os dois já falecidos, mas eles organizavam muitos shows instrumentais e eu amava ir naqueles shows, mas eu ia nesses shows para ver a profundidade desses acordes, para ver os acordes dissonantes que eles faziam. a os intervalos musicais que eles
faziam, nos solos que eles faziam, mas quando eu queria sentimento mesmo, aí eu ia para ia ver outras coisas, outros shows. >> Uhum. >> Naquela época, por exemplo, quando eu queria ver sentimento, eh nós éramos do grupo Altos Louvores, transpirava isso, as nossas músicas transpiravam sentimento, né? muito sentimento. >> Então, mas a música que explodia sentimentos na época, vamos lá colocar aqui, Roberto Carlos, >> é >> eh quando a gente fala de sentimentos, Fábio Júnior, >> é não tem aquele, como é o nome dele? É Dalto, né? Não tinha menina aquele os acordes daqu é
é de doer lá dentro. >> É, mas são acordes simples, são acordes sensíveis. >> Mas é engraçado, né? Sensível, simples e é o que o pessoal >> é o que o a multidão gosta. E hoje em dia com o o worship, >> sim, >> né? São poucos acordes também. Qualquer um toca com mais facilidade, não é, Serra? >> É, facilitou para quem tá iniciando no no eh na música >> na música, né? No no instrumento musical, porque são poucos acordes, né? >> Mas tem como você fazer uma música simples com muitos acordes também, desde que
eles sejam sensíveis. >> Uhum. E a gente foge um pouco do dissonante, porque o dissonante é um acorde complexo, né? Ele não é sensível, ele é apenas complexo. Ele ele impressiona quem trabalha com música, porque é uma construção que muitas vezes a escola não ensina. Se você for ver o o trabalho do Dejavan, eu tenho um songbook do Javan, feito pelo Almiredia, >> os acordes que o Djavan criava, porque ele não aprendeu aquilo com ninguém, eram acordes dissonantes fantásticos. E ele conseguia a magia de colocar em acordos dissonantes também sensibilidade. >> Meu Deus. É >>
isso é uma arte que tem como pouco. >> Aquela música dele, oceano, né? Né? Né? Oceano. >> Uma música simples, né? Mas tem alguma tem alguns algumas músicas dele que tem mais dissonância e ao mesmo tempo tem sensibilidade. Isso é uma é uma coisa ímpar que acontece com algumas poucas pessoas são iluminadas para isso. E o Javan nem aprendeu em escola, ela aprendeu sozinho. >> Então eu tenho esse trabalho com ele lá. Agora, a música que mexe com a multidão é a sensível mesmo. São as músicas simples. A música, O Amigo, é uma música simples,
mas ela tem muitos acordes. Ela tem acordes, >> mas o amigo também arrebentou >> com a boca do balão, né? >> O amigo, como é que você escreveu aquele amigo, hein? Eu tava preso na >> O amigo que eu encontrei me surpreendeu. Aí você vai vai surfando nessa onda e daqui a pouco tá todo mundo com as mãos levantadas. >> Ah, é muito lindo >> essa música. Eh, eu tive uma uma passagem pela Marinha maravilhosa, mas o desfecho dessa dessa minha passagem pela Marinha foi um pouco dramático, porque quando eu estava me preparando para ser
oficial, estava estudando para ser oficial, tava fiadaço para ser oficial, para passar na prova de oficial, foi trabalhar comigo no centro do Rio um comandante de um oficial superior que não me conhecia. O quartel todo sabia que eu era focado nessa coisa de ser oficial, que eu tava estudando para isso, meus metais viviam brilhando, minha bota sempre brilhando. Era conceito cinco, que era o conceito máximo na vida militar, é conceito cinco. O conceito da vida militar, ele vai de zero a cinco, né? E esse conceito que vai te abrindo portas para outras coisas que vão
te fazendo aspirar coisas mais altas. você tem que ser conceito cinco. E o meu conceito era cinco. E de repente esse oficial foi para lá trabalhar comigo e numa sexta-feira ele me deu uma tarefa para fazer que eu precisaria ficar no quartel sábado e domingo para concluir, para entregar para ele na segunda-feira pela manhã, como ele me pediu. Eu comecei a fazer esse trabalho na sexta-feira à noite e entrou um outro oficial na minha sessão e me pediu para fazer um trabalho para ele também, um trabalho longo que ia me pedir também uns dois dias
de trabalho. E eu falei para ele: "Comandante, eu sinto muito, eu não vou poder fazer o seu trabalho porque eu já recebi uma tarefa do meu chefe para concluir até segunda-feira pela manhã e por causa dessa tarefa vou ter que ficar no quartel sábado e domingo." Ele falou: "Quantos galões seu chefe tem no ombro?" Eu falei: "Tem três". Uhum. >> Quantos eu tenho? O senhor tem quatro. Então cumpra a minha ordem. >> Uhum. >> Eu bati minha continência, deixei o trabalho do meu chefe para lá. Não existia celular nessa época. Não podia nem acioná-lo para
dizer o que tava acontecendo. Eu tive que cumprir a ordem do oficial superior que era capitão de Mariguerra e o meu chefe era capitão de Fragata. É um posto abaixo. E quando chegou na segunda-feira, o meu chefe me pediu para subir com o trabalho que ele me mandou fazer na sexta-feira. Eu subi de mãos vazias. Quando eu entrei de mãos vazias, ele deu um soco na mesa. Cadê o trabalho que eu mandei você fazer? E eu expliquei para ele. Não deu para fazer. >> Ai meu Deus. >> Porque o oficial tal pediu para me deu
uma chave de galão. Chave de galão que o pessoal da Marinha sabe bem. É quando o oficial faz aquilo que ele fez. Quantos galões eu tenho? Tenho quatro. Então o outro tá baixo e eu não sabia, não podia desobedecer que eu era cabo, era, era inferior dos três, eu era inferior, mais inferior. >> E ele revoltado por não ter o trabalho dele pronto e por não poder fazer nada contra o outro que era superior a ele. Também tem um ditado na Marinha que diz: "O cortão sempre arrebenta pro lado mais fraco". >> Descontou em você.
>> O cordão sempre arrebenta pro lado mais fraco. Descontou em mim. Mandou me prender na hora. >> Meu Deus. Prende agora. O sargento ainda tentou me ajudar, falou com ele. Ah, chefe, esse é o cabo Sérgio. Ele tá estudando para ser oficial, conceito cinco. Prende ele, senão eu prendo você também. E eu fui pra cadeia. >> Nossa, uma guerra de ego ali, né? >> Fui preso, eh, numa cela terrível. Eh, não existe mais essa cela. Acredito que já deve ter sido interditada, mas era uma cela subterrânea, >> meu Deus. sem luz do sol, sem água.
Tinha um filete de água que saía da parede, que servia pra gente tentar tomar um banho, porque era um filete fino mesmo, que jorrava o tempo inteiro. Aquilo ali, a céa fedia muito, era escura. E foi naquele calabolça ali, 15 dias depois que eu fui condenado há 20 dias naquele lugar. >> 15 dias eu compus a música o amigo ali. Um um sargento da guarda tava com violão lá em cima. Na hora que foram me levar o jantar lá embaixo, eu perguntei pro Sentinela, tem alguém com violão lá em cima? Ela falou: "Tem o sargento
da guarda tá com violão". Aí eu falei: "Você pode pedir ele para deixar o violão comigo uns 15 minutinhos?" Ele falou: "O senhor tá em prisão rigorosa? Se >> Uhum. >> O oficial souber que o sargento lhe deu um violão, vai preso o sargento também. Mas daqui a pouco ele desce aquelas escadas e traz o violão e falou para mim o seguinte: "O sargento pediu, falou pro senhor ficar com violão a noite inteira e na hora da alvorada, quando amanheceu o dia, ele vem buscar o violão e foi nessa madrugada que eu fiz o amigo.
>> E saiu a música toda, >> toda. Eu tive que gravar frase por frase. Eu tinha que fazer a primeira frase, decorar >> e sem computador, né? Não, papel caneta e no escuro. Eu só tinha o escuro e o violão. Meu Deus. >> Ela foi composta no escuro. >> Aquela sua prisão foi proposital. >> Eu acredito que sim. >> Para você escrever essa música >> no plano de Deus aquela, porque foi uma prisão injusta, né? Porque veja bem, o sujeito foi preso por ter cumprido a ordem certa. >> É, >> eu fui preso por um
rompante de de eh >> Foi ego mesmo, né? Ego, ego inflamado, inflado. >> É, mas ele não sabia que ele estava sendo usado por Deus para fazer aquilo. >> É, aquilo ali foi proposital. Foi, >> foi céu purinho. Porque canta um pedacinho dessa música. >> O amigo que eu encontrei me surpreendeu. Quando todos me deixaram, ele me acolheu e sarou minhas feridas. Das algemas me livrou. Lhe falei do meu dilema e ele me escutou. Eu vai, veja o que eu escrevi das algemas me livrou. Eu não tava mais nem ligando para aquela prisão, porque eu
percebi um propósito naquilo, né? >> Depois que o comandante que me deu aquela cadeia percebeu que cometeu uma injustiça, ele ficou com tanto medo que eu saísse da cadeia e fosse fazer alguma coisa contra ele, que ele saiu de férias. E eu saí com um espírito completamente livre, barbudo, feliz, com essa música eh produzida, decorada já na na minha mente e em seguida gravei essa música. >> Um sucesso, não é, Sérgio? Um dos seus maiores sucessos é o Amigo. Agora, de todas as canções que você gravou e e foram muitas, muitos hits, muitos sucessos, né?
Depois nós vamos falar do lamento de Israel, que essa daí foi o boom, né? Agora, não tem nenhuma que eu goste mais do que aquela que diz assim, ó: "Senhor, não mereço o teu perdão como teu serv mais humilde quero ser o filho pródigo." Ai, como é que foi que você compou aquelas? Porque eu não sei, ela tem uma melodia que mexe com a minha alma, me dá vontade de chorar, seja onde eu estiver e em qualquer momento, ela mexe comigo mesmo. Principalmente esse sonho, esse couro. >> O que tem de de especial nessas músicas
que eu componho Lé é que elas retratam de uma maneira poética uma situação muito dramática que eu vivi. E nesse caso da música Filho Pródigo, eu tô contando, na verdade, a história minha com o meu pai. >> Hum. Quando eu entrei pra Marinha, eu tinha uma mágoa profunda do meu pai, porque eu culpava ele pela morte da minha mãe. A minha mãe, depois de sofrer uma traição, ela ficou muito triste, com muita mágoa e ela começou a definhar e tal, aí veio, pá, o câncer >> e ela acabou falecendo de câncer. Eu tinha 15 anos
e eu culpei o meu pai por aquela morte, por ter perdido minha mãe. E eu fiquei durante 11 anos da minha juventude ignorando que tinha pai. Eu não queria contato com meu pai. E somente 11 anos depois, aos 26 anos de idade, foi que o Espírito Santo, num culto que eu fui na Assembleia de Deus São Cristóvão, no Rio, e Deus falou comigo naquela noite, e naquela noite foi que eu me converti de fato, até então eu era acostumado ao evangelho. Eu >> eh eu aceitava o evangelho, eu cria no evangelho. >> Você nasceu no
evangelho? Nasci num no lar mãe era cristã. Meu pai não era, mas a minha mãe era muito dedicada. >> Mas naquele dia em São Cristóvão eu me converti de fato. E a primeira coisa que o Espírito Santo fez comigo, lembra que a gente começou no começo desse podcast falando que tem coisas que o Espírito Santo te trava, >> você não sabe o que é? É ele. >> É ele. >> E quando eu me converti naquela noite, antes de sentar no banco, ele já começou a me incomodar. você tem que ir pedir perdão ao seu pai.
E eu comecei a brigar com o Espírito Santo. Como que eu pedi perdão? Foi ele que matou minha mãe. >> Ele que tem que me pedir perdão, mas eu nem quero perdão dele. Não quero nem que ele chegue perto de mim. E o Espírito Santo continuou aquela voz: "Você tem que ir pedir perdão ao seu pai". Isso foi uma coisa que me incomodou tanto, que chegou um ponto que eu não aguentei mais. Eu saí de férias e fui pro Nordeste procurar meu pai que não sabia nem onde ele morava. Só consegui a informação de que
ele morava em João Pessoa, num conjunto chamado Valentina Figueiredo. E eu fui para João Pessoa, desci na rodoviária, cheguei para um taxista e falei: "Você vê quando quando o Espírito Santo faz uma pressão, que que a gente faz?" E eu não sabia para onde tava indo. Eu cheguei para um taxista e falei: "O senhor sabe onde fica o conjunto Valentina Figueiredo?" "Hum, nunca ouvi falar. Veio aquele outro ali, saí procurando." Até que um taxista falou: "Eu sei onde é". E me levou lá nesse lugar. E lá no conjunto Valentina Figueiredo, ele falou: "Em que rua
o senhor quer ficar? O senhor me deixa em qualquer rua aqui". >> Meu Deus. E eu comecei a procurar rua por rua. Um dia que morava o meu pai era radialista, era muito conhecido. Eu falava o nome dele até que cheguei numa rua em que uma pessoa me disse: "Ah, o radialista moro naquela casa ali e esse reencontro que eu tive com meu pai em que ambos choramos, né? Eu parei no no portão, ele ficou me olhando lá de dentro, eu sem saber o que fazer, ele olhando para mim também saber o que fazer, um
olhando pro outro. E o Espírito Santo mais uma vez chegou aqui e falou: "Vai lá você, >> meu Deus, >> porque o entendimento que eu te dei, eu não dei para ele ainda. Vai lá você e pede perdão." >> Eu joguei minha bolsa no chão, abri o portão, fui caminhando em direção pro meu pai, ele parado, ficou estátua, não sabia o que eu ia fazer. E eu cheguei para ele e falei: "Pai, eu vim aqui te pedir perdão por esse tempo que eu fiquei sem falar com você". Aí ele desabou, >> meu Deus, >> me
abraçou. Eu abracei ele também. Começamos a chorar, de sacudir, balançar o corpo, os dois ali. E naquele encontro nós nos reconciliamos. E naquela semana já no Rio, depois de ter reconciliado com o meu pai, foi que eu fiz a música O Filho Pródigo. >> É linda demais. Então, essas minhas músicas surgem de dramas que eu viviais. Ótimo. A melhor coisa que tem é quando a gente compõe as nossas experiências, né? Então, como é que ela começa mesmo, hein? O mundo me deu flores quando lá cheguei. Todos os prazeres lá eu encontrei. Não pude ver os
laços enquantos embaraços me esperavam. e me entreguei. Um dia eu acordei sem paz meu coração, jogado à própria sorte e a solidão, lembrando do meu pai e a dor no seu olhar. Quando eu parti, eu resolvi voltar e aos seus pés me humilhar, dizendo: "Senhor, não mereço o teu perdão, como o teu servo mais humilde quero ser. Teu amor. Só agora percebi é a riqueza que de todas mais preciso ter. Com ternura me abraçou, >> os meus erros esqueceu que foi o que meu pai fez naquele dia. >> E em festa meu regresso anunciou. >>
Teve um grande jantar naquele dia na casa dele. >> Meu Deus. Quem no mundo pode dar sem recompensa e esperar uma tão marcante prova de amor. >> A gente canção é linda. Se eu fosse você, eu corria daqui a pouquinho, né? para para o YouTube, para o Spotify, para Dieser e ouço essas canções do Sérgio Lopes, porque realmente esse reencontro com o meu pai surgiram duas músicas, uma foi o filho pródigo e a outra foi a força do perdão. >> Ah, >> perdoar é muito mais que estender a mão e dizer: "Eu te perdoo". Meu
irmão tem uma parte da música que eu falo: "Como vou falar de amor se eu não souber amar?" Eu tive que amar o meu pai depois de todo aquele ódio daqueles 11 anos. Sérgio, eh, saindo um pouquinho da música, daqui a pouco a gente volta. O que que você acha, Sérgio, de filhos que que ficam com raiva por causa de certas atitudes dos pais, que a gente não tá vivendo o que que ele tá vivendo e a gente fica com raiva e só depois quando a gente fica adulto, que a gente talvez comece a entender
como é que você, o que você falaria para esses filhos que hoje estão eh culpando se afastando de pais, porque houve um problema entre o pai e a mãe e os filhos achavam que tinham que agir do jeito que eles queriam. O que palavra você falaria para um filho que hoje, de repente está com raiva do seu pai? >> Primeira palavra eh seria uma palavra do próprio Cristo, né? Eh, perdoando que nós somos perdoados. Então, é uma palavra de Cristo. O perdão é uma ordenança divina para autenticar o que nós oramos todos os dias. Perdoe
os nossos pecados, assim como nós perdoamos os nossos devedores. Nós não falamos isso na nossa oração. >> Então, falta a gente viver isso. >> Se você considera que o seu pai lhe deve, >> Uhum. Hum. >> Então ele é seu devedor. Então segue a ordem de Cristo. Perdoe os nossos devedores. Perdoa os nossos pecados, >> assim como nós perdoamos os nossos devedores. E a segunda palavra para ficar num num plano mais terreno, eu chamo eh o grande insite do Renato Russo quando ele disse: "Você diz que seus pais não lhe entendem, mas você não entende
seus pais". >> É. >> É. Então fica com essas duas palavras aí para você que tem problema, tem conflito com o seu pai. Começa pelo perdão. Depois que você perdoar, você vai entender os seus pais. Eu eh durante muito tempo fui inimigo do meu pai por erros que ele cometeu que eu também cheguei a cometer depois. >> Olha aí. >> Porém eu perdoei o meu pai antes dele morrer. >> Hum. Graças a Deus. Três meses depois que eu pedi perdão ao meu pai, ele faleceu. >> Três meses. >> Três meses depois. E se eu não
tivesse pedido perdão? >> Nossa. Aí ficou >> como é que eu estaria falando de perdão na minha música hoje? >> É verdade. >> Sem ter autoridade para falar sobre isso. >> Com certeza. Então, se você tem um conflito contra o seu pai, você que tá me ouvindo, seja jovem, adolescente, adulto, ele tá vivo, aproveita, >> aproveita, >> reconcilia com seu pai, porque essa reconciliação, eu te falo por experiência própria, faz com que a vida da gente ela decle. >> Glória a Deus. a gente fica com coisa presa na nossa alma, no nosso espírito. Essas coisas
nos aprisionam e nos nos desconcentram no que de fato é importante na vida. Porque você tá preso a uma coisa mesquinha, a uma falta de perdão, a um rancor que você tá guardando, que tá tomando um espaço muito grande no teu coração, onde deveria estar sendo ocupado por outras coisas que fossem trazer uma vida melhor. Aquela mágua, aquele rancor, tá ocupando um espaço ali. Joga isso fora, >> joga fora. Não vale a pena, né, >> perdoa. Recupera esse espaço para que outras coisas boas entrem no lugar. Perdão. >> Ai, delícia. Você você sabe que eu
eu paro e fico te ouvindo o tempo inteiro, né? Porque você é uma bênção. Agora, antes da gente falar de do lamento de Israel, vamos falar um pouquinho do Alto dos Louvores, Sérgio. O que que você traz na memória ali? Porque a gente fazia também uma baguncinha gostosa, né? A gente era tudo jovem, era tinha o quê? 20 poucos anos, né? Você tinha quantos anos quando >> 20 e poucos 20, 25, 26 anos >> por aí. Acho até acho até menos. E o Edivaldo Novais que foi ele que nos descobriu, né? Eu, >> Edivaldo era
um Zagalo, né? Era um técnico, né? Do jeito que Zagalo formava uma seleção de futebol, Edivaldo formava uma seleção de músicos e dava sempre certo. >> Dava tudo certo, mas só nós é que sabíamos como eram os bastidores, né? >> É. É, mas era muito bom. Foi um tempo muito divertido. >> E quando a gente brigava, Sérgio falava não sei o que. Daqui a pouco Sérgio virava, >> eu sempre fui pacificad, >> virava as casacas e daqui a pouco não, tá tudo bem, tá tudo certo. A gente ficava tudo com raiva. >> É, >> só
assim até hoje. Só assim até hoje. As pessoas me fazem mal, eu fico chateado ali. Daqui a pouco eu tô me reconciliando. >> Daqui a pouco tava você considerando as coisas do Edivaldo. Ah, mas era muito bom. Eu eu tenho uma profunda admiração pelas pessoas com quem eu brigo. >> É, >> é porque as pessoas que brigam comigo, elas estão sendo sinceras e honestas comigo. Ao contrário de pessoas que deveriam brigar comigo por alguma coisa errada que estou fazendo, elas silenciam e me deixam continuar no erro. Então eu prefiro as pessoas que brigam comigo. Por
isso que eu sempre dou um jeito de me apaziguar com elas depois, porque eu preciso delas na minha vida. Tem um filme que eu assisti, eh, Lisbela e o Prisioneiro. Não sei se você viu esse filme. >> Já vi, já vi. >> E tem uma hora que o Marco Nanini, que interpreta um personagem de um pistoleiro, >> Uhum. >> Ele vai atrás do, eu esqueci o nome do personagem, >> é o, é o Diogo Vilela, não é? >> Não, não, eu esqueci o nome do personagem de Lisbo Prison. Não, o ator que eu tô falando.
>> O ator não é não é Ah, não é o Celton Melo. >> Celton Melo, exatamente. Ele chega pro Celton Melo e ele quer prestar um favor pro pro para aquele personagem porque ele foi livre de uma chifrada de um boi. >> Humum. O boia para cima dele do pistoleiro e o Celton Melo entra na frente que esqueci o nome do personagem. Ele entra e segura o boi. E esse pistoleiro em gratidão fala pro Celton Melo: "Me diga qual é seu inimigo. Eu quero matar ele, rapaz. Eu mato de graça. E o Celton Melo disse:
"Mexa com meus inimigos, não. Deixo todos eles vivos". >> Hum. >> Nossa, aquilo foi um insight que >> mexeu com você. >> Os nossos inimigos t que ficar vivos. >> Tem que ficar. Os que nos corrigem tem que ficar vivos. Os que nos dão bronca tem que ficar vivos porque eles nos orientam a fazer coisa certa. Os que compactuam com nossos erros é que são os nossos problemas, porque eles fazem a gente se confundir e pensar que tá certo. >> Nossa, essa palavra é forte, hein? >> Quem te corrige, mantenha essa >> Por isso que
a Bíblia fala que a correção só eu só corrijo quem eu amo. >> É exatamente quando Deus falou isso, né? Mas Sérgio Lopes, eh, fala mais um pouquinho do nosso Alos Louvores. >> Foi um tempo de aprendizado. Eu aprendi muitas coisas. Foi uma escola no Eu não sei se vocês que >> eu acho que quando você entrou no Altos Louvores, você achava que você que iria parecer com aquele menino do paralambas do >> Nada, não. Pelo contrário, eu usei um óculos redondo antes do Herbert Viana. Antes do Herbert Viana eu tive a ideia aparecer com
Herbert Viana. Eu sou antes dele, Lé. Eu sou mais velho que ele. Nada a ver. Se eu te falar quem é que eu queria imitar, você não vai acreditar. >> Então ele então ele te Então ele te imitou porque vocês >> não foi casual, foi coincidência mesmo. Sabe quem eu curtia que usava um óculos redondo e eu gostava daquele óculos redondo? Era o Silvio Brito. >> Eu usava óculos redondo. O Silvio Brito. Nada a ver. >> Nada. Não. E outra coisa, você cada dia aparecia com óculos de uma cor. >> Sim. Tinha esse tinha esse
cacoete também, né? Tinha essa mania na época. >> É. E quando foi que você começou a usar chapéu? >> Foi em 97. >> Mas foi porque você foi perdendo o cabelo ou porque você quis criar um tipo? Não, não, não. Essa, esse lance do uso do chapéu começou numa viagem que eu fiz para Jerusalém e eu fiquei curioso com aquele negócio dos judeus usarem chapéu, porque eu criei um conflito disso com aquela palavra de Paulo que o varão não deve ter sobre a sua, não deve ser a deve ter a cabeça coberta, aquela palavra dele
em no, nas cartas aos Coríntios. >> Eu fiquei encuccado. Por que que vocês usam chapéu? o tempo todo eu perguntava pro Guia e o Guia não me falava nada, só olhava para mim e não me respondia. No dia seguinte eu perguntava de novo, não me respondia. Foi 20 dias perguntando para aquele guia por que eles usavam chapéu equipar. Até que um dia ele cansou de me ouvir perguntar e ele me chamou num canto. Você quer mesmo saber? O chapéu para nós é uma demarcação de poder. Nós temos uma promessa de prosperidade que foi feita por
Deus, a descendência de Abraão, que somos nós. Tá lá em Gênesis 12:3. Abençoarei os te abençoarem, sobre ti serão benditas todas as nações da terra. Eh, e nós usamos eh como sim, como um divisor para nos mostrar o que é prosperidade terrena e o que é soberania de Deus. Chapé uma divisão. Nós somos prósperos aqui, somos, somos ricos aqui, onde botamos a planta do nosso pé, prosperamos, mas nós temos que lembrar que tudo que nós somos aqui embaixo, nesse plano, está desse chapéu aqui para baixo. Acima do nosso chapéu, do nosso equipá, tá infinitude, a
soberania do poder de Deus sobre nossa vida. Esse chapéu nos lembra o quanto nós somos pequenos. Ele falou para mim: >> "Nossa, que forte!" >> É, aí eu >> simbólico, né? simbólico. Aí quando eu cheguei aqui no Brasil, na época tava muito em evidência um programa da Record chamado Gospel Online. E eu resolvi fazer uma homenagem aos judeus a partir daquele entendimento que eu tive da do da simbologia do chapéu. Achei lindo aquilo, fantástico. Daqui para baixo sou eu. Com toda a prosperidade e riqueza que possa ter nesse mundo, sou essa porcaria daqui para baixo.
Olha o que tá acima desse chapéu. Uau. Não tem fim. >> Poderoso. >> Aí fui homenagear os judeus. Gravei um programa com o chapéu e a roupa de rabino. Aí no na no final de semana seguinte, a Record pediu para eu repetir com a mesma roupa e no terceiro final de semana de novo, no quarto final de semana de novo. E eu tive que na época minha agenda tava cheia de show pelo Brasil inteiro e aonde eu chegava as pessoas perguntavam: "Você trouxe o chapéu?" trouxe o chapéu e eu tive que comprar chapéu de tudo
que é cor para combinar com as roupas que eu viajava com elas e tal, porque as pessoas queriam, porque queriam tirar uma foto minha com chapéu. Acabou ficando. curti. Eu gostei também da peça do vestuário, me adaptei muito ao chapéu porque ele me lembrava muito meu avô por parte de mãe, eh, seu Raimundo Sabino de Lima, que era o pai da minha mãe, com quem um tinha um um vínculo afetivo muito forte e ele usava chapéu assim. E eu acabei me identificando e me me levou a à minha infância na época do meu avô. E
fui ficando ficando ficando. Virou uma marca. Hoje esse chapéu é minha identidade. >> Com certeza, né? Onde que você chega? Um dia a gente tava numa padaria, né? Uhum. >> Tomando um café e as meninas todas lá querendo tirar foto com o Sérgio Lopes de chapéu, não é isso? Agora, Sérgio, você falou aí de Israel, eu também sei que você eh gosta muito de Israel, da cultura de Israel e fala um pouquinho como é que você e compôs a canção Lamento de Israel, porque você lembra até do bichinho de Jacó, você vai pro fundo, você
fala e tem a, eu não sei se é nessa música ou no outro que você fala do Monte Gilbo Boa. Você fala do nossa, você vasculha Israel. >> É uma outra música que chamada Le Shalom em em hebraico e paz em português. Aí eu falo do Monte Golã. >> Monte Golã. No alto do Golã. Coisa linda. >> Onde você avista uma grande parte da nação de Israel lá do >> Mas como é que foi isso? Inclusive você parece que você esteve em Israel e você se perdeu e não tinha não tinha não sabia falar hebraico.
Aí começou a cantar. Fala, conta aqui pra gente, pra gente. >> Interessante. Essa experiência é muito interessante. Você quer mesmo saber isso? >> Eu quero. >> Você lembra do estúdio do Pedro Bracon na toneleira? Você chegou a ir lá? >> Não. >> Em Copacabana? >> Não, mas conheço o Pedro. onde eu gravei é uma boa parte do meu primeiro trabalho. Depois gravei o segundo trabalho também com ele. Gravei o terceiro com o Pap. Você lembra? Um peruano? Peruano ou chileno, não sei. >> Sim, chileno. Eu inclusive gravei um um LP com ele. >> É. Aí
gravei o quinto disco com o produtor de São Paulo. Gravei o sexto disco com o produtor da Praça Sans Penha, é, na Tijuca, no Rio. E no sétimo disco eu voltei para Tonelejo para fazer a gravação com Pedro da música O Lamento de Israel e as demais músicas que compuseram aquele disco e resolvi gravar em hebraico. Tive um site assim, vou gravar em hebraico, porque eu tinha um sonho que talvez um dia eu pudesse ir a Israel e cantar aquela música, o Lamento de Israel, em hebraico para algum judeu. Um sonho. A gente sonha muito,
né? Nós somos sonhadores, nós somos compositores, a gente sonha muito. >> Bom. E quando eu tava gravando a música em hebraico, no estúdio, entrou uma banda muito famosa naquela época e eles não perceberam que o que eles falavam ali no estúdio eu tava ouvindo, porque eu tava com fone lá do outro lado e eles não tiveram esse essa sacação. Eles me ouviram cantando em hebraico, o Pedrinho lá gravando. E eles começaram a comentar: "Poxa, por que que esse cara tá gravando em hebraico? Os cara nunca vai para Israel, vai passar de Nova Iguaçu aqui. >>
Gravando hebraico para quê? E eu ouvindo aquilo tudo fingindo que não tava ouvindo lá do outro lado com fone de ouvido. O Pedro cabeça baixa morrendo de rir, se escangalhando de rir, porque ele sabia que eu tava ouvindo. E e aquela palavra, ela provocou um efeito no meu coração naquele dia. Eu voltei para casa preocupado. Falei, será que eles têm razão? Será que não tá sendo muita petulância minha ficar querendo gravar em hebraico, dando trabalho, gastando dinheiro com a professora Isabel Arcoverde da ERGE, que cobrou para traduzir a música, para me treinar no hebraico? Será
que tudo isso é em vão? Será que eles têm razão mesmo? Será que eu deixo essa música no CD ou tiro? E resolvi fazer um teste. Fui na line no dia seguinte. O diretor da line era o bispo Marcelo Silva e eu pedi para ele descer até o meu carro que eu queria mostrar como tava ficando a música no estúdio. Ele desceu, entrou no carro, sentamos, eu botei a música para tocar em português, ele amou a música, puxou da música e eu em seguida falei para ele, eu vou colocar uma versão em hebraico para o
senhor ouvir, >> qual era a minha intenção? Se ele desse uma palavra boa, deixava no disco. Se ele falasse, não, deixa para lá, gravação. Eu tirava na hora. >> Quando eu botei a música para tocar e fiquei quieto lá esperando a música terminar, quando eu olhei pro homem, o homem tava chorando, >> meu Deus. >> E ele falou para mim: "Você vai para Israel gravar o clipe dessa música?" Eu falei: "Tomara, dia eu vou, vou guardar minhas economias, vou juntar meu dinheirinho. Acredito que em dois anos, 3 anos, no máximo, eu tô indo para lá,
se Deus quiser." E ele ficou calado. Na semana seguinte lá, ele me chamou, quando entrei na sala dele, ele jogou o pacote em cima da mesa. Tá aqui as passagens, >> meu Deus. >> Você vai para Israel semana que vem com uma equipe de cinegrafistas para gravar o clipe dessa música lá >> em Israel. E eu fiquei em choque, né, porque eu tava planejando ir para Israel com meu próprio recurso daqui a uns dois ou três anos, com dinheiro que eu fosse juntar. E uma semana depois eu tava em Israel gravando essa música lá, o
clipe da música. No final da tarde fomos pro muro das lamentações fazer um take dessa música lá. E quando terminamos de gravar o take da música lá no muro das lamentações, tivemos que ir correndo pro Monte das Oliveiras para finalizar o clipe lá. Por que tivemos que ir correndo? Porque o dia já ia, a noite já ia chegar e a cinegrafista gosta de luz de dia, né? >> Uhum. >> Não gosta de fazer nada com a luz, a luz da noite em lugar aberto. É muito complicado para eles. E eles falaram: "Vamos correndo pro Monte
das Oliveiras". E eu tava vestido de rabino. Falei: "Mas vou com essa roupa mesmo. Vai com essa roupa mesmo. Não tem tempo de trocar de roupa. Se você for trocar de roupa, a gente vai perder tempo." Entramos na van, fomos direto pro Monte das Oliveiras, cheguei lá com aquela roupa de rabino, peguei o violão, fui lá pra frente, lá em cima do monte, comecei a gravar e um sentinela começou a passar de um lado pro outro me olhando. Estranho. >> Hum. Porque eu tava vestido de rabino, um chapéu de rabino, mas eu não tinha costeleta
de rabino, não tinha aquelas barbas que eles costumam ter, costumam ter. E ele começou a desconfiar de mim. Ele se aproximou e me viu falando um outro idioma que não era hebraico, que também não era inglês, que lá eles falam, são bilínguas, falam hebraico, inglês. Eu tava falando português que ele não entendia. E eles sem saber o que tava acontecendo ali. E eu também não sabia que naquele mesmo lugar, uma semana antes, tinha havido um atentado e duas pessoas tinham morrido. >> Meu Deus, >> um ataque de de de bomba. Eu não sabia que tinha
acontecido aquilo ali. Ele vai, chama mais sete sentinelas e voltam e me cercam e começam a me fazer perguntas em hebraico. >> Meu Deus. E eu não sabia falar hebraico. Eu sabia cantar aquela música em hebraico, mas eu ainda não sabia falar nada em hebraico. E me comuniquei com ele num inglês sofrido lá, mas eu consegui e falei que era um cantor brasileiro que estava ali gravando um clipe de uma música que eu tinha feito e tava gravando, ia gravar ela em hebraico. Aí eles mandaram que eu cantasse a música em hebraico. E quando eu
comecei a cantar [Música] e comecei a cantar e eles começaram a baixar o cano dos das metralhadoras que estavam apontados para mim ainda na banduleira, mas apontando para mim. Eles começaram a baixar em sinal de, imagino eu, que sinal de respeito. >> Uhum. Dois deles tiraram a cobertura, ficaram olhando para mim e eu cantando. Quando terminei de cantar a música, eles abriram aquele círculo e me mandaram ir em paz. Aí foram pro lugar deles e eu fiquei tranquilo ali. E somente quando eu cheguei no hotel, algumas horas depois, já tomando meu banho, já tranquilo, tinha
terminado as tarefas do dia, tava com espírito mais sóbrio, foi que eu me liguei que naquele dia eu tinha acabado de cantar em hebraico, em Jerusalém e para judeus ouvirem, >> meu Deus. E lá no Rio, em Copacabana, quando eu tava gravando a música, eu ouvi eles falar: "Nunca vai cantar para judeu, nunca vai cantar em Israel, >> vai ficar em Nova Iguaçu, >> vai ficar em Nova Iguaçu". >> Eu comecei a chorar, botei o joelho no chão, falei: "Senhor, tu tens, tu vais conduzindo teus planos do teu jeito, Deus. >> E quando a gente
não percebe, o sonho que a gente teve se realiza. >> Se nós esquadrinharmos do nosso jeito, não acontece. Se a gente deixar Deus fazer do jeito dele, acontece. Então, realizei meu sonho. >> Bate aqui. Você, eu tenho orgulho de ser sua amiga. >> Obrigado. >> Canta um pedacinho aí. >> Em português, >> em português, em espanhol, eh, em hebraico, pra gente terminar deixando esse esse gostinho, né? Redundância total. Mas >> te levaram de Sião e os seus sacerdotes prantearam de aflição. Foi como morrer de vergonha e dor. Caminhava triste o povo forte do Senhor. [Música]
Israel, Babilônia não é teu lugar. Clama ao teu Deus, ele te ouvirá. Do inimigo te libertará. [Música] ישראל בבל הוهم [Música] ai meu Deus que coisa linda. tua voz, a tua inteligência, a capacidade, a unção que Deus te deu. Que você nunca perca, Sérgio, que você seja essa simplicidade. Você já foi na minha igreja várias vezes, você abençoa a nossa igreja, porque você é uma bênção. Deixa uma palavra aí pro nosso povo, deixa também seus contatos, porque levar Sérgio Lopes na sua igreja é bênção pura. a minha palavra de de que nós como cristãos sejamos
tão apaixonados por Jesus como muçulmano é por Maomé, >> é >> como o judeu é pela Torá, >> é >> por Abraão, pelo pai Yahé. Que nós sejamos assim também apaixonados por Cristo. >> Amém. que sejamos tão entregues a Cristo como eles são paraa religião deles, para que eles não olhem para nós nos discriminando, porque eles se dedicam tanto e nós somos tão lexados. Então, essa minha palavra e as minhas redes eh no Instagram, Sérgio Lopes Poeta me dê a honra de me seguir. É um Instagram completamente orgânico. Eh, no YouTube, como seu, o seu
também é, >> meu também é totalmente orgânico. >> Eh, no YouTube, Sérgio Lopes oficial, eh, o meu site, onde tem todas as minhas músicas, a discografia, as partituras das minhas músicas estão no meu site sergilopes.com.br. br www.sergielopes.com.br. Acho que o www nem precisa mais a gente falar, já vai no automático quando coloca pesquisa. Nem fala mais www. >> Isso aí, Léo. Muito obrigado. >> A, obrigada, Sérgio. Um abraço. Um abraço. >> Gente, foi bom, não foi? Comenta aqui, curta e compartilhe. Deus abençoe. [Música] [Aplausos]