parte um o chamado do Mistério Você acredita em lendas aquelas histórias que parecem tão absurdas que só podem ser mentira ou será que não eu achava que eram só contos para assustar crianças achava até que a amazônia me mostrou que algumas lendas são tão reais quanto o ar que você respira meu nome é Lucas sou biólogo e passei anos estudando os segredos da floresta mas nada absolutamente nada me preparou para o que eu iria encontrar essa história não está nos livos nem nos documentários é algo que você só entende quando vive e sobrevive tudo começou
com uma ligação de um instituto internacional eles queriam explorar uma área inexplorada da Amazônia um pedaço da floresta tão isolado que nem os satélites conseguem mapear direito o objetivo encontrar espécies raras e estudar a biodiversidade parecia a oportunidade da minha vida eu estava animado pronto para desbravar o desconhecido só não sabia que o desconhecido estava me esperando de braços abertos quando cheguei ao pequeno Vilarejo que seria nossa base conheci Jair nosso guia local um homem robusto com o olhar marcado pela sabedoria da selva ele me alertou assim que ouviu nosso destino vocês não deviam ir
para lá a mãe das águas não gosta de visitas mãe das águas Esse era o nome que os nativos davam a anaconda gigante Jair jurava que ela era mais que um animal era um espírito uma força viva da floresta Claro claro eu ri quem não riria mas Jair não riu e aquele silêncio dele me deixou desconfortável na primeira noite enquanto o vento soprava e o rio sussurrava histórias que ninguém queria ouvir comecei a sentir que talvez só talvez Jair tivesse razão algo na floresta parecia vivo Consciente e ela nos observava e você está pronto para
descobrir o que realmente aconteceu Segure firme Porque a floresta nunca esquece quem a desafia Parte Dois O Chamado do Rio a madrugada foi longa o vento parecia carregar sussurros e o silêncio entre os sons da selva era quase ensurdecedor Apesar do calor eu me peguei arrepiado mais de uma vez não sei se era só a excitação de estar ali ou algo mais algo que parecia me chamar na manhã seguinte a Expedição Começou cedo Jair liderava o caminho seguido por mim e o resto da equipe cada passo era um mergulho mais fundo na Floresta o cheiro
da terra úmida misturado com o perfume das Árvores era quase hipnotizante mas havia algo estranho naquela trilha Jair parou repentinamente e apontou para o chão era uma marca enorme um Rastro que parecia ter sido feito por algo gigantesco deslizando pela terra é ela Jair murmurou com a voz grave e baixa como se a própria menção fosse uma invocação ela quem perguntou Mariana a fotógrafa da equipe tentando esconder a inquietação na voz Jair olhou para nós olhar sério como nunca a mãe das águas Claro a maioria riu era o típico folclore local certo Pelo menos era
isso que eu pensava até que começamos a seguir aquele Rastro ele nos levou até o Rio onde as águas escuras e calmas pareciam esconder mais do que mostravam ali Jair parou novamente ele não queria continuar se atravessarem estarão entrando no território dela ele disse e ela não perdoa invasores a floresta que até então parecia acolhedora agora parecia estar nos observando era como se cada folha cada galho cada respingo de água estivesse Atento cada movimento nosso e o mais estranho um som baixo quase imperceptível começou a ecoar não era vento não era água era algo profundo
rítmico como uma respiração Vocês ouviram isso sussurrei mas ninguém respondeu Estavam todos fixados no Rio e foi aí que Mariana apontou pra água os olhos arregalados de puro terror ali o que que é aquilo e então como um aviso algo gigantesco rompeu a superfície parte TR o primeiro contato superfície da água estourou com um som abafado como se o rio tivesse acabado de soltar um suspiro profundo Mariana recuou quase tropeçando em suas próprias pernas enquanto todos ficavam Imóveis como estátuas Jair foi o único que não tirou os olhos do Rio uma sombra enorme passou sob
a água lenta quase preguiçosa mas assustadoramente grande era como se o próprio Rio ganhasse vida movendo-se com propósito ela está nos avisando Jair disse em um tom baixo carregado de uma certeza que gelou o meu os ossos eu queria acreditar que era só uma íngua gigante ou alguma ilusão causada pela luz e pela correnteza Mas aquela sombra era algo diferente algo que não pertencia a nenhum catálogo ou estudo que eu já tivesse visto isso foi um peixe não é só um peixe grande tentou Rodrigo especialista em fauna aquática da equipe mas a hesitação em sua
voz era óbvia peixe grande não tem olhos que te seguem Jair retrucou apontando para um ponto próximo à margem dois círculos brilhantes como faróis emergiram da água eram olhos olhos enormes que pareciam sondar nossas intenções era impossível não sentir que eles estavam avaliando cada um de nós Mariana tentou levantar a câmera para registrar mas Jaira impediu rapidamente Não provoque ele disse com um tom que mais parecia uma ordem o som retornou aquela respiração rítmica e grave que agora parecia vir de todos os lados a água começou a se mover em círculos como se algo imenso
estivesse nadando logo baixo da superfície cada segundo parecia uma eternidade até que de repente Tudo parou o Rio ficou imóvel silencioso como se a própria Floresta estivesse prendendo a respiração ela está decidindo Jair murmurou se somos ameaça ou presa Foi então que algo surgiu na margem oposta uma pele escura e escamosa brilhando com a umidade da floresta não era só uma sombra ou um reflexo era real e estava vindo para mais perto a parte quatro a presença na na margem a criatura emergiu lentamente Como se quisesse garantir que todos nós a víssemos primeiro veio a
cabeça um colosso alongado e escamoso com olhos que brilhavam como faróis Sob a Luz filtrada da selva a água escorria de sua pele refletindo o verde da vegetação ao redor era maior do que qualquer coisa que eu pudesse imaginar um ser que parecia pertencer à outra era Talvez um remanescente de um tempo em que Monstros Reinavam absolutos ninguém se atrevia a se mover até mesmo Jair o homem que parecia inabalável ficou parado olhos fixos naquela figura ela veio nos medir ele disse num tom quase irreverente e eu juro naquele momento parecia que a floresta inteira
estava assistindo junto conosco os pássaros silenciaram os insetos pararam de cantar até mesmo o rio parecia congelado como se soubesse que aquela criatura era a verdadeira dona daquele território Rodrigo Ainda tentando racionalizar o que via murmurou isso não é possível não pode ser real anacondas não crescem assim Mas sua voz era um sussurro trêmulo Como se até ele estivesse tentando convencer a si mesmo Mariana com a câmera nas mãos estava presa em um dilema aquele momento era único o tipo de coisa que poderia ser capa de revistas documentários estudos mas ao mesmo tempo havia algo
errado não era apenas um animal gigante não era só uma anaconda descomunal Aquilo tinha algo mais era como se o próprio Rio estivesse vivo através dela como se carregasse o espírito antigo das águas e então o som retornou não o ruído baixo e ritmado que havíamos ouvido antes mas algo muito mais profundo quase ensurdecedor como Trovão de uma tempestade distante de repente a criatura ergueu a cabeça mais alto olhando diretamente para nós e foi aí que percebi ela não estava apenas nos observando ela estava esperando esperando por algo ou por alguém parte C O Chamado
do Rio cabeça da criatura balançava levemente como se seguisse um ritmo que apenas ela podia ouvir o som grave e ritmado voltou mas dessa vez parecia vir de dentro de mim vibrando em meus ossos era como se o rio inteiro estivesse sussurrando Segredos antigos diretamente para minha alma Vocês estão sentindo isso perguntei tentando esconder o tremor na minha voz Mariana sentiu lentamente mas seus olhos estavam vidrados fixos na criatura que parecia dançar ao som de um ritual invisível Jair finalmente quebrou o silêncio mas não olhou para Nenhum de Nós Ela não está aqui por acaso
há algo que a trouxe algo que pertence a ela essas palavras pairaram no ar pesadas como a umidade da floresta Rodrigo deu um passo para trás mas tropeçou e caiu de joelhos na lama o som fez-se virar abruptamente como se Esperasse que a criatura fosse atacá-lo Mas ela não se moveu apenas nos encarava como se pudesse ver através de cada um de nós foi então que percebi algo na margem ao lado lado do Rastro que a criatura havia deixado era um objeto ah algo pequeno brilhante mais antigo parcialmente enterrado na lama uma corrente dourada com
um pingente que parecia representar o sol sem pensar me aproximei ignorando os protestos de Rodrigo e o olhar de advertência de Jair abaixei me e peguei o objeto quando meus dedos tocaram o metal frio uma onda de calor percorreu meu corpo e uma sensação indescritível tomou conta de mim era como seesse conectado ao Rio à floresta e a criatura isso é dela Jair murmurou e havia um tom Sombrio em sua voz que me fez estremecer de repente o som aumentou quase ensurdecedor como se a própria Terra estivesse vibrando a criatura ergueu sua cabeça ainda mais
soltando um som baixo profundo que parecia uma ordem e então sem aviso a floresta começou a responder parte se o Eco da floresta a resposta veio como uma onda invisível uma sinfonia de sons que pare surgir de todos os cantos da Mata Galhos estalavam folhas farfalhavam como se dançassem ao comando de uma brisa Fantasma e até os pássaros que antes estavam em silêncio começaram a gritar em uníssono desordenado a floresta inteira parecia viva pulsando como um organismo único que respondia ao chamado da Anaconda Rodrigo cobriu os ouvidos gritando algo que foi abafado pela cacofonia Mariana
estava paralisada com a câmera trêmula nas mãos Jair ao contrário parecia imperturbável como se já Esperasse por aquilo ele apenas sussurrou o Rio está falando e ela é a voz dele eu queria largar o pingente cada fibra do meu ser dizia para jogá-lo de volta na lama e correr mas meus dedos não obedeciam era como se algo me segurasse e me prendesse aquele pequeno objeto eu podia sentir sua história um peso antigo uma energia que transcendia o tempo a criatura finalmente se moveu deslizando lentamente pela água cada movimento dela era deliberado quase gracioso mas carregava
uma força esmagadora ela não veio em nossa direção em vez disso começou a contornar o grupo como se nos cercasse ou talvez nos testasse ela sabe Jair disse mais mais para si mesmo do que para nós ela sabe quem está com o que é dela As palavras dele cortaram o ar como uma lâmina subitamente Mariana gritou Eu Me virei e vi que o som não vinha de medo ou Pânico mas de algo mais profundo seus olhos estavam arregalados fixos em algo além da criatura no fundo da floresta olhem ela disse apontando com o dedo trêmulo
lá entre as sombras algo se movia era como se a própria Floresta te começado a se contorcer criando formas que que não pertenciam a aquele lugar algo mais estava nos observando algo tão antigo quanto a anaconda talvez até mais e então uma voz ou seria um sussurro pareceu ecoar em minha mente devolva o que não é seu parte S sussurro das sombras meu coração disparou a voz Parecia ter vindo de dentro da minha cabeça meso tempo ecoava a nosso redor como se a própria Floresta tivesse falado Mariana segurava o braço de Rodrigo com tanta força
que seus dedos estavam brancos ele por sua vez olhava para o vazio como se tentasse entender o que estava acontecendo Vocês ouviram isso perguntei com a respiração entrecortada Jair sentiu lentamente o rosto sério não é apenas ela ele disse apontando para anaconda maiso muito mais antigo quei fo ainda mais ante do que o barulho anterior a floresta parecia conter a respiração esperando por algo a anaconda parou de se mover levantando a cabeça novamente seus olhos brilhando como dois faróis na penumbra ela não parecia ameaçadora pelo menos não diretamente era como se fosse apenas uma peça
de um quebra-cabeça maior o mensageiro de algo mais sombrio Foi então que percebi as árvores ao nosso redor suas sombras começaram a se estender como se ganhassem vida própria contorcendo e dançando em um ritmo irregular não era possível que aquilo fosse apenas o movimento do sol ou da luz era algo vivo Mariana finalmente conseguiu articular uma frase não estamos sozinhos ela sussurrou os olhos arregalados fixos nas sombras Rodrigo deu um passo para trás tropeçando em numa raiz isso isso não pode ser real ele murmurou tentando convencer a si mesmo mas todos nós sabíamos que era
Jair se ajoelhou na lama pegando um punhado dela nas mã mãos e esfregando entre os dedos Como se buscasse alguma conexão com a Terra se o rio e a floresta estão falando é porque querem algo de nós ele disse quase em transe nesse momento senti o pingente esquentar em minha mão quase como uma Brasa tentei soltá-lo mas era impossível era como se ele estivesse preso a mim e então de dentro da Mata Um Novo Som emergiu um grito não humano mas algo primitivo e aterrorizante vindo diretamente do coração da floresta parte oito O Chamado da
floresta o grito era impossível de descrever não era apenas um som mas uma vibração que atravessava a pele e sacudia os ossos como se a própria Floresta estivesse berrando em desespero ou Fúria Mariana largou a câmera que caiu na lama com um baque surdo enquanto Rodrigo praticamente se encolhia os olhos fechados com força Jair por outro lado não parecia assustado ele se levantou devagar os olhos fixos em algo que apenas ele podia ver é O Guardião ele murmurou mais para si mesmo o verdadeiro o espírito do Rio eu não sabia o que ele queria dizer
mas o medo em meu peito dava lugar a algo mais uma sensação estranha de estar sendo observado não por uma criatura qualquer Mas pela própria Floresta cada folha cada galho cada pedaço de sombra Parecia ter olhos que me perfuravam o pingente em minha mão queimava mais forte Agora quase insuportável era como se estivesse tentando me dizer algo uma mensagem que eu não conseguia decifrar o que está acontecendo Jair perguntei minha voz tremendo antes que ele pudesse responder as sombras começaram a se mover de novo mas desta vez não eram apenas sombras algo emergia delas formas
indistintas como figuras feitas de pura escuridão altas e isgi sem rostos mas com uma presença esmagadora uma delas se aproximou de mim mesmo sem olhos eu podia sentir seu olhar diretamente sobre o pingente meu instinto me dizia para correr Mas minhas pernas estavam enraizadas no chão incapazes de se mover devolva a figura sussurrou sua voz um Eco carregado de uma agonia milenar Rodrigo finalmente quebrou o silêncio gritando devolver o kek o que vocês querem de Nós antes que qualquer resposta Viesse a anaconda deslizou novamente bloqueando nosso caminho de saída seu corpo ondulava lentamente como um
rio Vivo e seus olhos pareciam mais humanos do que nunca foi Jair Quem Quebrou o momento não é apenas o pingente ele disse sua voz cheia de um misto de medo e é algo muito maior algo que foi tirado deste lugar e que exige reparação nesse instante O Grito voltou mais alto mais próximo e dessa vez parecia estar vindo de todos os lados parte nove O Enigma da Anaconda a floresta parecia apertar ao nosso redor sufocante como se ela própria conspir asse com a criatura que agora nos cercava a anaconda Colossal e imponente movia-se lentamente
seu corpo escorrendo pela lama como um rio Vivo cercando o pequeno espaço onde estáva cada movimento dela parecia carregar uma mensagem como se tentasse comunicar algo que ninguém além de Jair conseguia compreender Mariana começou a chorar baixinho Rodrigo por sua vez ficou imóvel olhos arregalados fixos na criatura isso isso é impossível ele balbuciou ela é inteligente era mais do que inteligente o olhar da Anaconda frio penetrante quase humano transmitia um misto de desafio e advertência Jair com sua habitual calma deu um passo à frente suas mãos levantad em um gesto De rendição é O Guardião
ele repetiu sempre foi eu segurando o pingente que agora parecia pesar como uma pedra senti a peça pulsar uma última vez antes de esfriar quase como se tivesse cumprido seu propósito o que você quer de nós perguntei minha voz quebrada pelo medo e pela adrenalina a resposta veio de uma forma Inesperada Jair se ajoelhou na lama os olhos fixos na criatura e começou a sussurrar palavras que pareciam serem um idioma antigo algo que nunca víamos ouvido antes era como se ele estivesse falando diretamente com anaconda de repente a floresta se encheu de som não apenas
o sussurro de Jair mas também o estalar de Galhos o farfalhar de folhas e um rugido baixo e constante que parecia vir da própria terra a anaconda ergueu a cabeça seus olhos brilhando com uma intensidade Sobrenatural Foi então que Jair nos virou para falar vocês não entendem ele disse sua voz cheia de urgência não estamos lidando com animal isso é algo ancestral algo que protege a Amazônia desde tempos imemoriais e nós violamos sua terra antes que eu pudesse processar suas palavras a anaconda abriu a boca não para atacar mas para revelar algo algo que brilhava
profundamente em sua garganta como uma joia escondida Nas Profundezas de um abismo e então tudo ao nosso redor começou a tremer a própria Terra parecia despertar e com ela um segredo que estava prestes a ser revelado parte 10 o Guardião da floresta o chão tremia debaixo de nós e a sensação era avassaladora como se a própria Amazônia estivesse viva reagindo a presença daquele ser Colossal a anaconda ergueu sua cabeça imponente suas escamas reluzindo a luz trêmula do luar que escapava pelas Copas das Árvores em sua garganta o brilho se intensificava E então como se fosse
um portal o objeto começou a emergir era uma pedra ou pelo menos parecia ser mas não era comum transbordava de uma energia inexplicável pulsando com o ritmo da floresta Jair ainda ajoelhado Estendeu as mãos e anaconda em um gesto quase reverente deixou a pedra cair suavemente diante dele era como se a criatura tivesse decidido poupar nossas vidas mas não sem antes nos advertir O que é isso perguntei minha voz tremendo enquanto Jair segurava o objeto ele não respondeu de imediato apenas ficou lá olhando para a pedra como se ela contivesse os segredos de milênios finalmente
ele se levantou e nos encarou isso é um presente e uma Maldição disse ele a Amazônia nos dá tudo mas não tolera Nossa ganância Esse é o aviso dela se não respeitarmos não haverá segunda chance antes que pudéssemos dizer qualquer coisa a anaconda deslizou para trás seu corpo imenso desaparecendo entre as sombras da floresta O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor a Terra Parou de tremer e a noite retomou seu curso natural como se nada tivesse acontecido Voltando à Vila com a P em mãos mas eu nunca me senti tão pequeno diante da grandeza daquela
Floresta desde aquele dia nunca mais fui o mesmo cada passo que dou na Amazônia Cada história que conto carrega o peso desse encontro e a certeza de que a selva é muito mais do que aparenta ela é viva é guardiã é mistério se você chegou até aqui significa que também sente a força dessa história então inscreva-se no canal para mais relatos sobre os mistérios da Amazônia ah deixe seu comentário sobre o que achou Ah E compartilhe com quem ama histórias intensas e cheias de significado a selva ainda guarda muito segredos e juntos podemos desvendá-los