Um bom dia a todos vocês, meus irmãos! Peçamos a Deus a sua bênção no início deste dia, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Pai Nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.
Ave Maria, cheia de graça! O Senhor é convosco; bendita sois vós dentre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte.
Amém. Amém! Que o Senhor todo-poderoso nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo mal.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Muito bem, meus caros, no dia de hoje então vamos seguir pelo Capítulo 34 do Caminho de Perfeição de Santa Teresa.
Vamos ver o que Santa Teresa nos diz. Pensais que esse Santíssimo manjar – aqui ela fala da Eucaristia – não sustenta, inclusive, esses corpos, sendo um grande remédio mesmo para os males corporais? Eu sei que assim o é e conheço uma pessoa cometida por grandes enfermidades, que, padecendo muitas vezes de graves dores, as tinha tiradas de si e ficava de todo boa, graças a Ele.
Aqui ela está falando dela mesma, né? Que várias vezes, quando ela comungava, suas dores físicas eram retiradas, né? Uma experiência da própria Santa Teresa.
E isso acontecia muitas vezes, sofrendo ela, a meu ver, de males evidentes que não podiam ser resultado de fingimento. Como as maravilhas que esse Santíssimo pão opera nos que o recebem com dignidade são muito conhecidas, não vou me referir a outros prodígios relativos a essa pessoa de que falei, pois sei de muitos e verdadeiros. Mas essa pessoa recebera do Senhor uma fé tão viva que, quando ouvia algumas pessoas dizendo que desejavam ter vivido no tempo em que Cristo vivia, o nosso bem, quando Ele habitava o mundo, ela ria de si para si, por lhe parecer que, estando Ele presente tão verdadeiramente no Santíssimo Sacramento como naquela época, o que mais se poderia querer?
Também é do meu conhecimento que essa pessoa, durante muitos anos, embora não fosse muito perfeita, quando comungava, tentava reforçar a fé, agindo como se visse com os olhos corporais o Senhor entrar em sua casa. E como acreditava que o Senhor, de fato, estava em sua pobre morada, ela deixava de lado o pensamento de todas as coisas exteriores, no limite de suas possibilidades, e entrava junto. Ela procurava recolher os sentidos para que estes compreendessem que grande bem recebiam, quer dizer, para que não atrapalhassem a alma quando esta busca conhecê-lo.
Ela se imaginava aos pés do Senhor e chorava como Madalena, como se visse os olos de novo na casa do fariseu; porque, embora não sentisse, tinha pela fé a impressão de que Ele, de fato, estava presente na sua alma. Porque se não queremos ser bobos, cegando a nossa inteligência, não podemos duvidar. Não se trata de representação da imaginação, como quando consideramos o Senhor na cruz ou em outra passagem da Paixão, representando em nós o que se passou.
Aquilo de que falo ocorre no presente e é inteira verdade, não havendo porque buscar o Senhor em algum lugar mais longe. Mas isto, visto sabermos que, enquanto calor natural não consumir os acidentes do pão, o Bom Jesus está conosco. Então, aproximemo-nos dele, pois se Ele, quando andava no mundo, curava os enfermos sem que estes precisassem mais do que tocar-lhe as vestes, por que haveríamos de duvidar que faça milagres, estando tão dentro de nós, se tivermos fé, e que nos dê o que pedirmos, visto que está em nossa casa?
Sua Majestade não costuma pagar mal a hospedagem quando encontra boa acolhida. Então, paramos aqui no oitavo parágrafo do Capítulo 34. Amanhã, começaremos a partir do nono parágrafo do Capítulo 34.
Esse trecho, essa página do Caminho de Perfeição que nós acabamos de ler, né, ela tem que ser uma riqueza espiritual, né? Que nem se eu ficasse aqui toda a manhã falando disso que Santa Teresa trata, eu não esgotaria o tema. Mas vamos pegar aqui alguns pontos.
Eh, primeiro ponto: quando ela fala do testemunho dela mesma, várias vezes Santa Teresa estava com problemas físicos, dores físicas, problemas físicos corporais e, ao comungar, ela pedia a Jesus que estava dentro dela a graça da cura. E muitas, muitas vezes ela era curada de suas dores físicas. E aqui ela começa a falar um pouco da experiência dela mesma.
Quando ela não era muito perfeita, ela fala: "eu conheço uma pessoa. " Geralmente, quando Santa Teresa começa a contar histórias falando "eu conheço uma pessoa que viveu isso, aquilo", ela está falando dela mesma, né? Por humildade, ela não refere o nome dela, mas ela está falando dela.
E é interessante que ela diz aqui, né, que mesmo quando essa pessoa não era muito perfeita, ela mesma, antes da sua grande conversão – Santa Teresa teve uma grande conversão, uma grande guinada na vida dela aos 40 anos de idade – então veja, Santa Teresa morreu com 68. Somente aos 40 anos de idade é que ela teve essa grande conversão. Essa grande conversão!
Então, ela viveu os últimos 28 anos de vida numa íntima união com Deus, mas ela viveu a maior parte da vida lutando com os próprios pecados e defeitos dela mesma. Então, Santa Teresa vai dizer que, mesmo quando essa pessoa não era muito perfeita, o que que ela fazia ao comungar? Ela reforçava os seus atos de fé, ou seja, ela dizia para ela mesma: "Meu Senhor, eu creio, eu quero crer, me dê a graça de crer, me dê a graça.
. . " De acreditar, eram essas as graças que ela pedia: uma renovação da própria fé, né?
E ela vai dizer que, então, durante muitos anos, quando comungava, ela reforçava os atos de fé. E aí ela tentava, ela fazia um esforço de representar na imaginação dela Jesus. Ela ficava imaginando, como ela imaginava Jesus entrando dentro da casa dela.
Santa Teresa ensina a fazer isso; ela diz que aqueles que estão começando no caminho da perfeição, aqueles que estão começando a buscar a perfeição, devem rezar usando a imaginação. Então, ela representava na imaginação dela Jesus entrando na casa dela. Quando Jesus entrava, ela entrava junto.
Como que ela fazia para entrar na casa dela? Ela imaginava: a casa dela é a própria alma. Jesus está entrando na comunhão, é isso que acontece mesmo.
E aí ela fazia o que? Ela procurava organizar a casa. De que maneira?
Aquietando os sentidos, ela procurava não dar atenção a nenhum barulho, a nada exterior, para poder rezar aqueles minutinhos ali com Jesus. E não era simplesmente imaginação; ela dizia para ela mesma: "Jesus está entrando mesmo, ele está aqui". Porque na Eucaristia ele está tão vivo quanto estava há 2000 anos atrás.
E aqui ela fala de algumas pessoas que, nas suas conversas, ficam dizendo: "Ah, se eu vivesse no tempo de Jesus! Se eu tivesse visto Jesus! " E aí ela vai dizer que essa pessoa ri interiormente quando ela ouve as pessoas dizendo: "Se eu conhecesse Jesus!
Se eu visse Jesus! " Por quê? Porque Jesus está aqui; o mesmo Jesus que andou há 2000 anos atrás, nesse mundo, ele está aqui.
Nós o comungamos, é ele. E aí ela diz que ela ficava pensando: se é o mesmo Jesus que andou há 2000 anos atrás, se é o mesmo Jesus que abençoou, que curou, que tocou tanta gente, se é o mesmo Jesus em quem bastava tocar a barra do manto para ser curado, se a fé das pessoas, ao terem contato com esse mesmo Jesus há 2000 anos atrás, produzia curas, por que que comungar hoje não produz curas? Pela falta de fé, pela falta de fé, porque é o mesmo Jesus!
Olha que coisa! Então, isso aqui é profundíssimo. Às vezes a gente fica pensando: "Ai, eu preciso de tantas graças; eu preciso de tanta coisa; Deus precisa me ajudar nisso, naquilo, naquilo, naquilo.
" Pois é, nós tocamos Jesus! Só que ela diz uma coisa importante: se nós o tocamos de maneira honesta, o que isso significa? Eu tenho de estar em estado de graça, eu tenho de me confessar, eu tenho de me desvencilhar do pecado que está em mim.
Se eu estiver em estado de graça, se o meu coração tiver uma fé renovada e eu for fazendo atos de fé e pedindo ao Espírito Santo que me dê a graça de crer, o Espírito Santo vai me dando esta graça. Eu já confessei, eu estou com as portas abertas para receber Cristo no meu coração. Então, é o mesmo Jesus de 2000 anos atrás, e aquilo que ele fez lá ele pode fazer agora.
Então, tudo dependerá do quê? Da minha fé. É o que Jesus dizia a todas as pessoas que ele curava: "Vá em paz; a tua fé te salvou.
" E aqui serve bem como um exame de consciência para nós. As pessoas naquela época tocavam Jesus e eram curadas. Hoje, nós tocamos Jesus e às vezes não somos curados.
Falta-nos a fé. Por isso, a nossa imaginação pode ajudar muito; pode trabalhar a nosso favor para que a gente tenha mais fé, para que a gente entenda que Jesus está aqui, está ao nosso alcance. E, quando entendermos isso, até mesmo as enfermidades físicas que nós temos poderão ser curadas, se isso for para o nosso bem e para a nossa salvação.
Então, que nós aproveitemos esse conselho e aproveitemos melhor as nossas comunhões, o tempo em que estamos com Jesus. A Igreja nos ensina que a presença real de Jesus dura o tempo que durarem as espécies eucarísticas; é coisa de 10 minutos, é o tempo do processo comum, né? Da digestão do nosso corpo, né?
Uma partícula, uma hóstia consagrada, leva mais ou menos 10 minutos para ser inteiramente absorvida pelo nosso organismo. Então, durante 10 minutos, Jesus, o mesmo Jesus que há 2000 anos atrás era buscado pelas multidões, e as pessoas se apertavam para tocá-lo, o mesmo Jesus, ele vem pessoalmente, individualmente, falar com você, comigo. Quando nós comungamos, nós somos mais felizes do que aquela multidão que procurava Jesus, que naquela multidão tanta gente às vezes não conseguia tocar Jesus.
Nós não só o tocamos, mas o recebemos dentro da nossa casa. Então, vamos aproveitar melhor as nossas comunhões! Que Nossa Senhora, nossa Mãe, que carregou dentro de si o Verbo eterno de Deus, nos ajude a portar dignamente o Verbo eterno de Deus a cada vez que comungamos e que nós possamos tirar disso muitos frutos para a nossa vida.
Peçamos esta graça! Se entendermos bem isso, nós vamos, inclusive, desejar participar da Santa Missa mais e mais. Que Nossa Senhora nos ajude.
A vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos. Ó Virgem Gloriosa e Bendita, amém. Senhor Todo-Poderoso, nos abençoe, nos guarde, nos livre de todo mal.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Meus caros, não deixem de curtir esse conteúdo; não deixem também de enviar esse conteúdo para outras pessoas.
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É uma maneira de evangelizar, é uma maneira de aproximar as pessoas de Deus. Deus abençoe! Ótimo dia para vocês e até a nossa meditação de amanhã, se Deus quiser.