A Virgem Maria e o Concílio Vaticano II

[Música] em nome do pai e do filho e do Espírito Santo amém inspirai ao Senhor As Nossas ações e ajudai-nos a realizá-las para que em Vós comece e para vós termine tudo aquilo que fizermos por por Cristo senhor nosso Amém Santa Maria mãe de Deus rogai por nós em nome do pai do filho e do Espírito Santo amém uma boa noite a todos é uma alegria estarmos juntos mais uma vez no nosso programa ao vivo e hoje gostaríamos de falar a respeito de mariologia você vai dizer assim mas Padre Paulo O senhor já tratou este

assunto tantas vezes sim só que eu hoje gostaria de eh colocar um pouco critérios teológicos para tentar resolver uma série de controvérsias que a gente vê não é não somente na internet mas às vezes no dia a dia por exemplo eh fiéis que resolvem seguir o método da eh consagração Total a nossa senhora por pelo método são luí Maria gron de montfort não é E essas pessoas de repente vão lá falam pro seu pároco Olha eu vim aqui fazer a minha consagração Total queria que o senhor eh abençoasse aqui a minha correntinha minha cadeiazinha etc

o pároco fica escandalizado diz que são exagero é o fim da picada etc Por que é que existem essas diferenças não é existem essas dificuldades dentro eh da igreja Eh Ou seja eu gostaria de fazer uma reflexão teológica que ajudasse na reconciliação de ambos os lados não é ambos os lados que eh podem ser católicos não é Ou seja não é que necessariamente um lado é herético desequilibrado e de onde é que vem esta essa controvérsia bom para começarmos eh com um dado histórico nós poderíamos colocar como uma data histórica fundamental o ano de 1958

no ano de 1958 houve um congresso Mariano e mariológico em Lurdes na França nesse congresso cujas atas estão publicadas em inúmeros volumes Acho que uns 13 ou 16 volumes uma coisa assim enorme nesse congresso eh os teólogos daquela época veja que nós estamos antes do Concílio Vaticano I né 58 nesse congresso os teólogos os teólogos estudiosos eh de mariologia se deram conta de que havia duas escolas bem definidas duas formas de se eh falar da Virgem Maria e essas duas eh formas de se falar da Virgem Maria pareciam eh antagônicas entre si de tal forma

que aparentemente cada um tinha que tomar partido ou seja nós tínhamos que tomar partido de que escola que você é porque as duas escolas São incompatíveis e quais eram essas duas escolas incompatíveis não é uma nós poderíamos chamar de abordagem escola de abordagem eclesiológica e a outra nós poderíamos chamar de escola de abordagem cristológica Em que sentido eh em primeiro lugar a escola de abordagem eclesiológica eu digo desde já parece aquela que depois triunfou não é e que é a mais comum hoje em dia nos nossos seminários e que a gente vai ouvir com mais

frequência os pregadores Em que consiste se coloca Maria como membro da igreja então a Virgem Maria ela é um membro da igreja mas é um membro da igreja com uma função especial ou seja ela tem a função especial de como que eh resumir nela mesma aquilo que a igreja é então ela tem só essa função especial mas no fundo no fundo Maria digamos assim seria de forma eminente de forma mai muscula de forma melhor aquilo que os outros membros da igreja São e que a igreja mesma é então quando a gente ouve pregadores dessa tendência

eclesiológica falar de Nossa Senhora o que que eles vão dizer eles vão dizer de Maria aquilo que dizem de todos os outros Santos exceto o fato de que vão Maria é maior do que esses Santos Então é só questão de e grandeza por exemplo Eh sei lá você tem uma devoção por Santa Rita que é uma grande intercessora bom Maria é muito maior intercessora do que Santa Rita Santa Rita era santa maria é muito mais Santa entende e assim por diante Então quando você vê que um santo eh membro da igreja ele tem uma função

de interceder de ser modelo para nós discípulo de Cristo etc Maria é muito mais ela é a grande discípula ela é a grande intercessora ela é a eh o grande exemplo e etc vejam de certa forma é esta forma de enxergar Nossa Senhora que nós vemos eh mais comum e eu devo dizer já desde já desde o início que eu pertencia a essa linha pertencia a essa forma de enxergar a Virgem Maria eh essa forma de enxergar a Virgem Maria ela tem algumas vantagens sobretudo por exemplo a vantagem ecumênica né Por quê Porque Nossa Senhora

como membro da igreja com uma função é muito mais fácil não é de se aceitar por exemplo entre os protestantes né quando um protestante de boa vontade aceita algum papel relevante de nossa senhora vai aceitar enquanto ela é membro da igreja então ela seria simplesmente como os outros Santos só que com uma função especialíssima uma função né mais eminente bom tô tentando aqui resumir né quase que eh de forma eh caricatural para que você entenda melhor por quê Porque é claro que a tendência eclesiológica ou eesi é muito mais articulada do que isso não é

mas para você entender de tal forma que isso soe parecido com algo que você ouve no dia a dia por outro lado existe uma outra tendência uma outra tendência que vê Maria não somente como membro da igreja mas como algo como uma realidade que está ligada de forma única com o seu filho Jesus portanto eh se nós quisermos entender Maria nós temos que entender não como um membro da igreja que ela é de fato mas ela tem um outro lado uma outra realidade importante que ela está ligada ao Cristo vamos usar linguagem teológica eh depois

quem sabe a gente se tiver tempo a gente explica o que é que ou seja Maria está ligada ao mistério da União hipostática ou seja a a união entre Deus e o homem em Cristo Maria está ligada a isto Então ela tem algo de único por exemplo nenhum dos Santos foi mãe de Deus quando você olha para o Deus que se fez homem Jesus e você pergunta quem ele é ele é Deus então Maria é mãe de quem é de Deus é claro que ela gerou não a divindade ela gerou uma humanidade mas a pessoa

é Divina Então ela é mãe de Deus e esta realidade faz com que ela seja única porque ela participou de forma única na obra da Redenção Então nós não temos somente Maria que intercede nós temos Maria que de alguma forma gera o Cristo em nós isso Nenhum Santo faz então nós estamos falando aqui de eh ações funções podemos dizer vamos usar a palavra poder né missão salvífica da Virgem Maria que nela é algo de único e singular Então você já entendeu onde é que tá a atenção não é nós temos aqui duas escolas teológicas que

já em 1958 se apresentaram onde uma apresenta Maria eh como membro da igreja eminente Sem dúvida mas inferior à igreja e um outro título que é de Nossa Senhora enquanto é mãe de Deus que os eclesiológico não negam mas porque Mãe de Deus ela tem uma eh obra singularíssima na redenção por isso nós podemos dizer que Maria não somente intercede não não somente age por intercessão mas que ela Age de outra forma porque assim como Deus nos quis salvar através de Maria não é eh assim ele quer permanecer no mundo através dela já dá para

você perceber aí não é que as ênfases são bem diferentes enquanto você tem a teologia ecl uma mariologia eclesiológica puxando Maria mais pro lado da igreja Maria tende a ser menor do que a igreja enquanto você puxa para o lado de de Cristo cristológico Maria tende a ser maior do que a igreja por o título por exelência que e digamos assim transmite essa tendência Cristo voltada para Cristo é chamar Maria de mãe da igreja ou seja Maria era é mãe da igreja não somente mãe dos fiéis tidos singularmente isso todo mundo aceita também o o

pessoal de tendência eclesiológica né eese típica eles aceitam que Maria é a mãe dos fiéis Mas eles têm dificuldade de aceitar o título Maria Mãe da Igreja porque isso dá impressão de que Maria está acima da igreja está fora da igreja e tem uma função um papel maior do que o da igreja então lá estavam os dois eh eh as duas tendências teológicas uma mais moderada e mais ecumênica mais aceitável mais palatável pro homem moderno outra eh mais digamos assim eh acentuada onde se dáva uma relevância enorme a Maria na linha daquela tradição que eh

se diz de Maria nunc saatis ou seja eh quando a gente fala de Maria nunca está falando o suficiente pode exagerar pode carregar nas tintas porque é isso mesmo ela é enorme assim ela é grande ela é magnífica né então aqui duas eh tendências bem distintas bom se terminou o congresso e as pessoas que estavam presentes no Congresso eh mesmo atestam que a a a tensão não foi resolvida não é o que acontece é que depois do congresso passados quatro anos desse congresso veio o Concílio Vaticano I em 1962 E durante o Concílio ainda se

vivia muito claramente essa tensão dessas duas correntes teológicas inicialmente então o Concílio não é eh começou a escrever um esquema a respeito da Virgem Maria o Papa João 23 não é e publicou um esquema este esquema tinha um título específico ele era a respeito de Nossa Senhora Mãe de Deus e atenção mãe dos fiéis vejam que ali claramente se evitava o nome Mãe da Igreja antes de morrer no entanto o Papa João X3 mandou publicar um segundo esquema e o título já estava modificado ou seja Maria mãe de Deus e mãe da igreja isso parecia

para o pessoal e eh devoto Mariano de tendência eh Cristo né cristocêntrica cristológica uma vitória da tendência teológica deles bom o fato é que João 23 morreu e veio então Paulo VI se colocou uma houve uma uma grande um grande debate no Concílio Vaticano segundo então durante o Concílio Vaticano i dois padres conciliares O Cardeal de vien perdão cardeal de Viena na Áustria e o Cardeal Santos de Manila nas Filipinas os dois foram encarregados para representar essas duas tendências o cal de Viena defende eclesiológica ele vinha de uma área eh também de forte presença Protestante

e portanto atenuar a a a missão de Maria colocá-lo mais colocá-la mais dentro da igreja de forma mais ecumênica mais aceitável mais palatável e depois a Áustria Alemanha mundo moderno etc tudo isso então ele defendeu o quê que não houvesse um documento a respeito de Nossa Senhora mas H esse esse documento de Nossa Senhora a respeito da Virgem Maria fosse introduzido no documento sobre a igreja na constituição dogmática sobre a igreja por Para que houvesse uma vitória exatamente desta tendência eesi ou seja Maria sendo colocada como membro da igreja por outro lado O Cardeal Santos

das Filipinas que vha eh de uma área de maior influência Latina né As Filipinas foram colonizadas pelos eh espanhóis evangelizada pelos espanhóis grande devoção Mariana etc etc como todos nós latinos temos eh ele defendia o contrário defendia nãoé e acentuou fortemente que Maria deveria ser proclamada pelo Concílio como mãe da igreja pronto estava aí colocada a tensão né veja então que as duas tendências teológicas estavam bem e colocadas logo depois da colocação desses dois cardeais quase que assim a queima roupa foi feita uma votação ou seja vamos incluir ou não vamos incluir a Virgem Maria

na constituição sobre a igreja vai ser um documento só para ela ou vai ser um documento dentro da Constituição da igreja ali os padres conciliares Se mostraram claramente divididos no meio ou seja 50% de cada lado eram mais de 2000 padres conciliares votantes 2000 e quase 200 né 21 e alguma coisa pois bem a votação foi no fio da navalha e por 17 votos veja bem por 17 votos de 2000 e tantos se decidiu que o esquema o texto que estava sendo escrito sobre Nossa Senhora fosse incluído dentro da Constituição da igreja por 17 votos

então aqui você já vê uma coisa quando você ouvir alguém dizer ah o Concílio introduziu Maria dentro da Instituição da igreja porque esta é a visão do Concílio que houve uma vitória desse desta visão eclesiológica Quando você ouvir isto saiba esta pessoa está dizendo a verdade mas é uma verdade sem algumas notas de rodapé ou seja não é que eu Concílio de forma esmagadora clamorosa e unânime decidiu isso por 17 votos sobre 2200 não é por 17 votos se decidiu que seria um capítulo então é evidente que depois na hora da redação os padres conciliares

tiveram que produzir um texto que era um texto de compromisso ou seja um texto de negociação para contentar as duas alas porque os a a assembleia consiliar estava claramente dividida Então veja embora o documento sobre Nossa Senhora esteja na constituição dogmática Lumen genum como o último Capítulo Capítulo oavo portanto não há um documento do Concílio sobre Nossa Senhora foi incluído dentro do documento da igreja sobre a igreja nós não podemos dizer que isso foi um triunfo da linha eclesiológica Porque como você vê o próprio título do capítulo diz o seguinte a bem-aventurada Virgem Maria mãe

de Deus aí vem no mistério de Cristo e da igreja Então veja que o título é um título claramente de negociação no mistério de Cristo para satisfazer a linha cristológica e no mistério da igreja para satisfazer a linha eclesiológica e o Concílio declara para vocês não entender não pensarem que isso é interpretação minha ele declara no número 54 o seguinte intenção do Concílio não é no entanto sua intenção ou seja intenção do Concílio propor a doutrina completa sobre Maria ou dirimir questões que as investigações dos teólogos ainda não conseguiu deluci plenamente ou seja isso é

o digamos assim o critério hermenêutico desta desse documento conciliar Ou seja quando você for ler alum engen você deve ler alumen sabendo que aqui duas escolas com duas visões plenamente católicas e aceitáveis as duas não é estão ali sentadas negociando o que nós poderíamos chamar de o mínimo denominador comum mas não no sentido pejorativo o mínimo denominador comum aqui seria no sentido de que ou seja aquilo que é o mínimo que um católico deve crer nesse Campo tá então eh vejam que é um texto de Equilíbrio como muitos textos conciliares mas que depois que terminou

o Concílio o pessoal mais liberal da linha eclesiológica raptou o texto Dizendo ele é nosso ou seja o Concílio optou por uma mariologia eclesiológica e não por uma mariologia cristológica Então vamos ter que ler o texto outra vez depois de passar 50 anos do Concílio nós vamos ter que redescobri e vamos ter que entender que o texto do Concílio Vaticano i é um texto equilibrados nessas duas tendências mas que atenção de certa forma diz muito mais de Nossa Senhora do que aquilo que os atuais e modernos ecumenas 50 anos depois gostariam de admitir ou seja

essas duas tendências há 50 anos atrás eram muito muito mais ousadas e católicas e mariológico Mariano eh comum ou o teólogo não é estudante de mariologia gostaria de admitir nós vamos ver já já não é quando nós citarmos algumas frases do Concílio A esse respeito mas não termina por aí a história o Concílio no dia 21 de novembro de 1964 né portanto nós estamos aí eh comemorando No próximo dia 21 de novembro né o aniversário desta constituição lêncio a Constituição foi promulgada mas uma declaração de Paulo VI solene durante o Concílio durante a sessão em

que estava sendo promulgada lêncio Paulo VI então declara Maria Mãe da Igreja vejam Aqui nós temos que dizer o seguinte os padres conciliares fizeram um texto de compromisso de de equilíbrio mas Paulo VI não é empurrou as coisas para o lado da tendência cristológica Ou seja a tendência de considerar a Virgem Maria ligada a Cristo como mãe da igreja porque veja quando você chega e diz que Maria é mãe da igreja não é eh você cria ali uma certa dificuldade Porque se ela é mãe da igreja ela está gerando a igreja toda é como se

ela estivesse um pouco fora da igreja mas aqui é que está a a riqueza da teologia Mariana e é por isso que nós não precisamos optar por uma das duas linhas nós podemos ficar com as duas e pegar a riqueza das duas a riqueza está no seguinte que de fato Maria enquanto membro da igreja ela é menor do que a igreja se olhar no Prisma da igreja mas mas enquanto ligada a Cristo a igreja é o corpo de Cristo e se se foi ela quem gerou o corpo de Cristo é ela que de alguma forma

gera o Cristo em nós não é então Eh dentro desta destas questões nós vemos aqui que Paulo VI de alguma forma já se pronunciou e rompeu o equilíbrio nós poderíamos dizer conforme eh o Papa Pio 12 disse na humeris ou seja vocês debatam teólogos mas quando o papa se pronuncia e se pronuncia magisterial evidente que aqui o magistério da igreja pendeu para um lado não houve declaração infalível é claro mas o teólogo deve considerar essa manifestação do magistério pontifício como sendo alguma coisa eh respeitável não é para lermos algumas eh noções do que nós estávamos

falando eu gostaria de eh que você pegasse o catecismo da igreja católica em casa né e o catecismo quando fala de Nossa Senhora não é na profissão de fé Maria mãe de Cristo mãe da igreja ele usa abundantes citações da lum engen portanto eu vou ler aqui tá no catecismo mas na verdade é o texto da lum ência só que por que que eu tô lendo no catecismo porque o catecismo ele faz uma espécie de resumo então ele diz assim Veja só o número 967 contemplando a linha eclesiológica diz que Maria é um a realização

exemplar da igreja ele é o tipus da igreja tip Apologia eclesiológica né eclesio Mas aí isso ele diz no 967 mas logo em seguida no 968 o catecismo cita o Concílio dizendo assim mas o seu papel em relação à igreja e toda a humanidade vai ainda mais longe não é só ecles de modo inteiramente singular pela obediência Fé esperança e caridade ela cooperou na obra da salvação para a restauração da vida Sobrenatural das Almas então nós estamos falando aqui que Maria tem algum papel salvífico por esse motivo ela se tornou para nós mãe na ordem

da Graça Então essa maternidade de Maria no número 969 na economia da Graça perdura ininterruptamente a partir do consentimento que ela fielmente prestou na Anunciação e que sob a cruz resolutamente Manteve até a Perpétua consumação de todos os eleitos Então vai ser para todo sempre essa missão materna de Nossa Senhora então vejam que eh o Concílio de forma equilibrada contempla as duas coisas não quis optar por nenhuma das duas mas afirma muito mais do que a maior parte dos teólogos de tendência protestante mais do que e comunistas gostariam de afirmar ou seja Maria não é

somente discípula de Cristo ela não é somente modelo de Cristã ela não é somente uma mulher que intercede por nós ela é mãe na ordem da Graça ela gera algo e ela faz parte da obra de salvação o próprio Concílio diz né com toda a clareza lá no no final do Capítulo oitavo depois que ele falou do culto a Maria etc Não antes perdão antes de falar do culto a Maria ele diz assim né que no número 62 que há uma função salvífica subordinada ou seja Maria Tem uma função Salvadora aí você vai chegar e

dizer não mas isso aí é dedução teológica desses teólogos barrocos né esse pessoal mais modernoso é são assim mais recente nós somos da patrística nós somos da época dos Apóstolos né com Santo Agostinho com os padres da igreja os padres da igreja não eram tão exagerados com relação a nossa senhora como esse São Luís de montfort essa espiritualidade Barroca essa espiritualidade mais recente assim não nós somos da patrística eu tô falando isso aqui porque eu pensava assim só acontece o seguinte o que acontece meu irmão é que se fosse você for ver a oração mais

antiga a respeito de Nossa Senhora o subt um presidium é uma oração do século io Veja a Bíblia ainda estava o cân da Bíblia não tinha sido ainda nem e definido uma oração do século sego ou seja recitado por gente que tinha conhecido doos Apóstolos podemos considerar até uma oração e Apostólica e o que que essa oração Diz ela não diz assim ó Maria intercede por nós não esse tipo de Oração tá lá nas Catacumbas de Roma a respeito de São Pedro São Paulo né ó Pedro Ora por Fulano Paulo reza por ciclano etc e

tal isso daí tá lá intercessão dos Santos tá lá desde a época das catacumbas mas quando você olha o subt presídium o que essa oração diz é o seguinte debaixo de vossa proteção nos refugiamos Santa Mãe de Deus não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades Mas livrai-nos de todos os perigos veja está dando a Maria reconhecendo que Maria não é somente uma intercessora que ela protege que ela livra ela tem um poder salvífico e isso está lá no segundo século ou seja meus irmãozinhos a igreja nasceu católica Então essa realidade de considerar Maria não

somente membro da igreja mas como papel salvífico especial singular único irrepetível que não pode ser comparado aos santos Maria não é simplesmente igual aos outros Santos só que maiúscula não ela é diferente ela tem Algo de diferente porque ela está unida ao Cristo ela está unida a Jesus nessa realidade da União hipostática ou seja na Encarnação Salvadora e na União dela aos pés da cruz na redenção então é algo que nós vemos que eh resolve aqui e e esclarece não é a controvérsia teológica acho espero que essa minha explanação histórica e teológica tem um pouco

esclarecido você mas O que é importante o que é que eu gostaria aqui de colocar como mensagem eh principal que é o seguinte se você eh como eu um dia fez parte desta eh visão Mariana puramente eclesiológica ou seja Maria como membro da igreja igual aos outros só que maiúsculo e você cresceu para esta outra opinião teológica mas voltada para Cristo em que Maria ela tem um papel especialíssimo que nenhum outro membro da igreja tem porque ela gerou na história o verbo eterno coisa que só o pai fez no céu ela fez na história enquanto

o filho está no seio do pai aqui na na terra o filho esteve no seio de Maria pois bem essa realidade única de Maria não é se você cresceu nisso se você evoluiu para esta posição como eu fiz como eu mudei não vamos agora criar uma Terceira Guerra Mundial dividir as nossas paróquias condenar pessoas como herges simplesmente porque elas fazem parte de uma outra tendência agora cuidado esta outra tendência ela é aceitável plenamente católica poro estas duas tendências estejam correspondam à aquilo que está lá no no documento da luming que é digamos assim o o

mínimo denominador comum mas não vamos confundir essas duas tendências sadias e católicas com a terceira tendência que no fundo no fundo é protestantismo disfarçado de catolicismo Ou seja que é e simplesmente eh considerar Maria nossa companheira e Maria mulher do povo nãoé Maria igual a nós em tudo e pronto bom isso é de uma dessacralização né de uma eh vulgarização da pessoa da virgem santíssima que tem muito pouco de de de católico não é em que você aceita Maria simplesmente como um personagem mas não com alguém que realmente tem um papel especialíssimo na obra da

salvação isto todo católico deve aceitar então ficamos por aqui fazemos um breve intervalo e daqui a pouco Voltamos para tentar eh responder às perguntas que vocês porventura tenham com relação a esse tema até já retornamos então para responder algumas perguntas de vocês né a primeira pergunta pergunta do Alex O Alex Pergunta assim Padre qual bibliografia o senhor utilizou para encontrar esses dados históricos muito bem Alex eu estava quase esquecendo de citar o livro não é você fez muito bem de me lembrar a bibliografia é do padre Cândido Poo né Cândido pozo com z um padre

Jesuíta espanhol não é que escreveu um livro chamado Maria nueva Eva esse livro para você adquiri-lo tem duas possibilidades A primeira é você eh clicar no link que tá aí no nosso site e você baixa o pdf né do livro que tá aí à disposição circulando na internet não fomos nós quem copiamos alguém colocou na Internet tá aí então Eh Bom proveito porém valeria a pena comprar o livro Ok então por quê Porque é um autor eh de confiança o padre Cândido posso é um homem eh que participou da comissão teológica Internacional e participou da

redação do catecismo da Igreja Católica homem de confiança do eh Cardeal hinger e do Papa eh Bento 16 portanto eh vale muito a pena não é esse livro de Maria nueva Eva é da bac biblioteca de autores cristianos não é da da série história salutis não é uma série monográfica de teologia dogmática então Eh dedicada a livros de dogmática eh do padre posto também para aqueles que quiserem quem um bom livro de escatologia né tem o livro do Padre Poo que é teologia del mas né também aí disponível para ser adquirido Então mas todos os

casos tá aí o o pdf comecem eh a ler não é trata-se do capítulo isso que eu coloquei para vocês é o capítulo primeiro né que fala e na primeira parte fala da dogmática mariológico Concílio Vaticano I né e o capítulo primeiro são as tendências existentes na mariologia Católica né então parte primeira capítulo primeiro é o que foi exposto aqui para vocês de forma muito artesanal e simples né assim popular é evidente que o padre Poo apresenta isso de forma mais articulada e eh teológica tá muito bem colocando algumas outras perguntas a estter Letícia Padre

Paulo qual é a posição da Igreja Ortodoxa sobre Maria e sobre o Dogma da Assunção da mesma Então veja eh est Letícia os ortodoxos Eles são de uma forma geral mais Marianos do que nós em muitos aspectos não é a dificuldade dos ortodoxos está exatamente nos dogmas que foram proclamados usando a infalibilidade papal ou seja os Dogma da Imaculada Conceição e o Dogma da de do século XIX né Papa Pio X e o Dogma da Assunção século XX Papa pi 12 bom o fato é que essa dificuldade deles não é tanto uma dificuldade eh de

conteúdo quanto uma dificuldade de que eles acham que o Papa fez mal de proclamar um dogma eh sem que a igreja estivesse unida Oriente e ocidente e tivesse um Concílio ecumênico eles acham que o papa não pode fazer isso então é um problema mais eclesiológico de qualqu do que mariológico né E aí a partir disso por desculpa dizer uma certa eh birra né alguns autores começaram a criar eh controvérsias dizendo que não aqui a Igreja Ortodoxa nunca acreditou né na Assunção de nossa senhora desse jeito como os católicos acreditam então começaram a questionar a ressurreição

da Virgem Maria dizendo que no dia 15 de agosto só se Celebra a dormição de Maria ou seja a morte dela e não a sua ressurreição como e subida aos céus como nós católicos de fato celebramos não é eh Mas isso também não é verdade porque isso tá presente nos padres da Igreja São João Damaceno fala do Túmulo Vazio de Nossa Senhora de que ela estaria ressuscitada Então as coisas são bem Claras eh então a Assunção de Nossa Senhora não constituiria Teoricamente uma dificuldade dogmática a dificuldade é que foi um papa ou seja que em

1950 P 12 proclamou a Assunção né Então aí se cria essa dificuldade bom e Angel Javan perguntam Padre Paulo sua benção algumas pessoas rezam o Santo Rosário sem os mistérios Luminosos Santo Rosário está completo desta forma veja eh Angelina E Javan eh essa questão da da a forma de se rezar o Santo Rosário ela foi de alguma forma estabelecida pelos Papas mas trata--se sempre de uma devoção não é como o costume era Celebrar eh rezar perdão o Santo Rosário com 150 ave Marias para imitar os 150 Salmos Então se tinha né os mistérios eh gozosos

Dolorosos e gloriosos João Paulo I não é em 2002 acrescentou os mistérios Luminosos algumas pessoas têm dificuldades eu não vejo dificuldade quanto aos ao conteúdo dos mistérios não é agora trata-se sempre de uma devoção Então se se a pessoa eh reza somente e três os três teros ou se ela reza quatro né Isso daí é uma uma realidade que o papa não impôs nenhuma obediência se você for olhar né a o documento Rosário Maria virgens que que decreta essa realidade não se trata de uma imposição mas se trata de completar o mistério da vida de

Cristo porque você vê de fato que existe uma lacuna ali no meio então trata-se de eh aumentar de enriquecer por exemplo eh Coisas extraordinárias que estão nesses eh mistérios as Bodas de Caná que eu acho interessantíssimo o próprio mistério da Eucaristia a instituição da Eucaristia num num mundo que contesta a presença real né Eu acho que são coisas muito boas e positivas agora se você quer rezar só 3/3 nada te proíbe de rezar só os 3/33 né Muito bem eh assim as perguntas são muito numerosas então vamos lá Tentando escolher um pouco aqui eh Juninho

Oliveira Padre Paulo eh sua bênção Cadê perdi a pergunta aqui isso qual é o papel de Maria na Santa Missa então Eh veja Juninho aqui nós podemos fazer especulações teológicas não é como a santa missa é o sacrifício da Cruz e Maria estava presente no sacrifício da Cruz participando da sua forma aqui eh nós podemos Então associá-la à Santa Missa de duas maneiras primeiro pensando no papel de Maria no Calvário aí entra to entram todas as reflexões a respeito da corred ou seja existe essa possibilidade de que um dia talvez a igreja proclame o Dogma

da corred de Nossa Senhora Ou seja que ela foi assim como Jesus teve a sua paixão a Maria Maria teve a compaixão Ou seja a correção que ela ofereceu um sacrifício na cruz que Cristo não poderia oferecer que foi o sacrifício da fé já que Cristo não tinha Fé ou seja Jesus é o próprio Deus ele não pode ter fé né então Eh Maria teria a fé e que ela uniria o sacrifício de Cristo na cruz a sua fé perfeitíssima pela sua pureza de coração de tal forma que o sacrifício de Cristo não era incompleto

mas que tinha uma participação eh dessa criatura extraordinária que estava unida ao mistério da União hipostática então eh eh aqui não vou aqui explicar toda a questão da da a da ideia da corred enção em que ela consiste né mas evidente que isso ainda não é dogma Então as pessoas podem também contestar um segundo ponto que nós podemos pensar da Virgem Maria na missa é por analogia teológica o fato de que na missa está presente o corpo e sangue de Cristo Então como a própria devoção da igreja durante séculos cantou aquele eh famoso famosa antífona

famoso hino né a verum corpos natum de Maria virg né ave verdadeiro corpo nascido da Virgem Maria então o corpo que nós adoramos na na missa que corpo sangue alma e divindade n nasceu da Virgem Maria então ali nós temos a o corpo que foi por ela exagerado então ali nós podemos dizer que existe de alguma forma eh uma ação da virgem santíssima eh analógica à aquela que o padre realiza no Altar então o padre digamos assim eh Poderíamos analogicamente simbolicamente dizer ele gera o corpo de Cristo ali no Altar então Maria também gerou ela

estaria ligada a esta realidade de alguma forma e aí se pode também refletir teologicamente com relação a isso além disso a Virgem Maria está sem dúvida alguma unida ao sacrifício da missa através daquilo que todo fiel faz quando se Celebra a Santa Missa ou seja através daquilo que é a Súplica a reparação ação de graças e a adoração tá bom muito bem Paulo José Padre Paulo sua benção rapidamente O que quer dizer que Nossa Senhora gera Cristo em nós então Paulo José veja eh O que é que nós entendemos pela palavra Santidade não é eh

se você for ver os teólogos da igreja tanto na época dos Padres da igreja como Santo Tomás e Aquino eh a santidade ou seja a nossa salvação plena Nossa ela é uma configuração a Cristo ou seja a nossa divinização incorporação a Cristo participação do corpo de Cristo então de tal forma que uma pessoa que atingiu a santidade eh no grau de perfeição é uma pessoa que pode dizer como São Paulo vivo mas não eu é Cristo que vive em mim ou seja Cristo de alguma forma foi gerado naquela pessoa como isso se dá aí nós

precisaríamos né Eh de uma outra aula para explicar o que é realmente o Em que consiste essa essa realidade que nós podemos expressar dessas com essas várias ideias ou seja incorporação a Cristo configuração a Cristo eh Santificação divinização tudo isso né Faz parte dessa ideia de eh perfeição que nós poderíamos colocar nesta analogia Cristo é gerado em nós então se se Cristo é gerado em nós nós temos aí esta realidade muito concreta e perfeita de Nosso Senhor que está presente mas como é que Deus gera Cristo em nós aí São Luís Maria região de monfor

diz com toda clareza e Deus quando gerou Cristo a primeira vez gerou através de Maria ele continua gerando e se continua gerando continua gerando através de Maria não é e se você for ver é toda a a história da salvação de alguma forma nós poderíamos resumi-la a um a esta geração de Cristo por quê Porque quando você vê por exemplo a obra dos sacramentos não é os sacramentos são o quê você pega o batismo bom o batismo de alguma forma o Cristo é gerado em mim eu sou incorporado a ele não é eu sou membro

do corpo de Cristo Cristo é gerado em mim o filho é gerado em mim então é o Deus pai que envia o Espírito Santo para gerar o filho se isso acontece Maria é o ventre no qual tudo isso se dá pega a crisma o que é que é gerado em mim é o Cristo enquanto ungido de Deus Deus Pai envi o Espírito Santo para gerar o Cristo ungido Maria está lá quando eu faço a a a Eucaristia né Deus Pai enviou o Espírito Santo para que o pan e o vinho sejam se Gere ali o

Cristo bom Maria tem que estar presente de alguma forma porque ela é o útero no qual isso se dá e assim por diante os vários sacramentos né Eh a confissão gera o o Cristo santo de Deus a unção dos enfermos gera o Cristo ressuscitado saudável o a ordenação gera o Cristo sacerdote e cabeça o matrimônio gera o Cristo esposo e assim por diante então nós poderíamos ler um pouco toda a história da nossa salvação enquanto à geração do Cristo Ora se existe essa geração do Cristo existe Maria que é aquela que gera o Cristo na

história porque Deus não muda a sua forma de agir então por isso a grandeza eh da Virgem Maria bom acho que aqui eh tratamos já vários temas né Vocês evidente que aqui caberia todo um curso de mar não é mas eh por enquanto fica aí esta reflexão para vocês eh Tá aí a bibliografia do padre Cândido Poo para vocês poderem eh estudar um manual que a gente pode tranquilamente confiar é realmente um bom um ótimo teólogo Nós deveríamos dizer tá bom e gostaria antes de concluir o programa de Recordar que em várias cidades do nosso

país está em cartaz um filme muito importante que vocês deveriam assistir chama-se Blood Money né dinheiro de sangue dinheiro sangrento que é sobre a realidade é um livro um filme PR vida né de defesa da vida contra o aborto que fala de toda esta realidade que é o dinheiro que está por trás das Clínicas de aborto nos Estados Unidos eh o movimento prov vida lutou para levar este dinheiro eh perdão esse o filme dinheiro sangrento né para levar esse filme para os cinemas do nosso país e eh é importante que a gente vai assistir né

então você procure saber se na sua cidade na sua capital no nos cinemas da sua capital esse filme Blood Money está sendo exibido tá aí o o no nosso site você encontra embaixo o banner né desse filme depois façam propaganda na internet tá Para que as pessoas vão assistir por quê Porque se as pessoas não forem assistir o filme sai logo de cartaz e se sai logo de cartaz ou seja vocês sabem que o negócio é movido né a partir do interesse Então se as salas vem que não tá rendendo se não tá dando dinheiro

né eles não vão colocar o filme em cartaz aliás em algumas cidades inclusive eh os cinemas que eh se dispuseram a exibir esse filme Blood Money estão recebendo represálias eh e recebendo pressões né para retirarem o o filme de cartaz nós em algumas as cidades precisamos fazer o trabalho contrário não é telefonar paraas salas de cinema ó Escuta vocês não vão exibir não disseram que iam exibir e como é que fica o contrato aí que vocês assinaram Vamos lá gente vamos Então vamos fazer essa pressão por qu para que esse filme Fique em cartaz e

no nosso país aconteça verdadeiramente a liberdade de imprensa porque é só um lado pode fazer propaganda do aborto pode fazer propaganda do morticínio de crianças e nós que somos providos não podemos nem ter um filme no cinema não é então Eh nós temos que romper essa espiral do silêncio e as pessoas assistirem né esse filme que é muito importante Tá bom então eu recomendo aí a que vocês assistam esse filme Blood Money e que façam propaganda por Twitter Facebook Instagram aquilo que vocês tiverem nas redes sociais não é eh façam propaganda desse filme para que

as pessoas realmente vão Ass tá bom Deus abençoe vocês e até a semana que vem se Deus quiser com mais um programa ao vivo que Nossa Senhora Nossa mãe e mãe da igreja abençoe a cada um em nome do pai do filho e do Espírito Santo amém