estamos começando mais um luts podcast e hoje para conversar aqui com a gente temos Fernanda landeiro e aí que prazer tá aqui muito bom adorei o convite obrigada muito honrada de ficar aqui com você né que tem muito psicólogo e psicólogo que segue a gente aqui e o que teve de mensagem falando [ __ ] Fernanda vai e tal Teve muita mesmo então foi bem interessante isso é legal ver o público que você tem né o tipo de público interessante para caramba e antes eu vou pedir para você se apresentar pra gente pra gente conhecer
melhor o seu trabalho deixa só dar um recado pra galera que é o seguinte galera se vocês quiserem interagir aqui com a gente ao vivo mandar sua pergunta seu elogio qualquer coisa é o super chat de r$ 10 Tá bom então quando a gente for olhar as perguntas a gente vai ler a sua super chat r$ 10 tá bom interage aqui com a gente ao vivo e é isso Mande sua pergunta pra Fernanda para mim enfim Fernanda Então se apresenta um pouco aí pra gente falar um pouco do seu trabalho qual que é a sua
linha Enfim então para quem não me conhece eu sou Fernanda landeiro psicóloga tem um doutorado pela Universidade Federal da Bahia tenho formação pelo Beck institute e pela Oxford University em terapia cognitivo comportamental hoje basicamente eu trabalho muito né assim nas redes sociais com a psicologia baseada em evidências que é o grande foco do meu trabalho hoje nas redes sociais principalmente tentando mostrar para o público tanto leigo inclusive psicólogos também que eu acho que muita gente ainda se confunde com isso né tentando separar um pouco que é pseudociência o que é Ciência tentando O que é
não ciência também né muita gente fica confuso não entende bem enfim Então tem um canal no YouTube tem um Instagram que é onde a maioria das pessoas me acompanha mesmo e é isso né tem o meus cursos atendo também né Sou psicóloga Clínica ainda hoje eu atendo só online tive consultório por muitos anos né mas enfim eu tenho uma filha também de 10 anos a Betina que me acompanha sabe bastante sobre ela também e o atendimento online acabou sendo uma forma né de eu conseguir estar mais próxima dela também e consegui dar mais atenção também
para os meus projetos na internet então Enfim conciliou tudo né E aí eu fiz um espaço na minha casa adaptado para isso com isolamento e tal então ficou bem bem organizado eu acho que ainda existe uma demanda presencial sabe eu não acho assim que o Eu acho que o online veio para ficar né a gente teve a pandemia que acabou precipitando isso eu não acho que a gente vai retrocedendo online mas eu também acho que existe uma demanda sabe para o presencial eu acho que tem pessoas que gostam né Eu acho também que com a
esse processo de afastamento e do total digital que a gente teve com a pandemia tem algumas pessoas que estão buscando um pouco isso né eu confesso que eu mesma tô com saudade sabe eu tô com saudade de aula presencial de ver tanto que eu vou ter um evento presencial né em Salvador agora em dezembro para em novembro os meus alunos e provavelmente em janeiro aqui em São Paulo também para os outros alunos daqui porque eu de fato estou com saudade né assim de encontrar as pessoas sabe de olhar no olho das pessoas Então esse convite
aqui podcast também foi bacana para poder né a gente se aproximar um pouco Enfim então eu acho que assim o online veio para mas eu acho que o presencial vai sempre ter um espaço sabe eu sinto aqui no podcast pelo menos que a conexão é outra se a gente fosse fazer uma live por exemplo e onde também acho uma conversa aqui é muito diferente é muito diferente é mas eu acho ainda que assim o online ele facilita muito a vida né facilita muito porque primeiro você pode escolher um psicólogo de qualquer lugar então você não
se limita ali a sua cidade e o paciente a mesma coisa né você enquanto paciente você pode escolher né E você enquanto profissional também tem a o mundo todo né como como demanda assim você não se limita pessoas que moram em cidades pequenas por exemplo que era uma dificuldade muito grande né para quem trabalha com psicologia clínica então hoje essa dificuldade né basicamente não existe mais a gente não tem mais essa Fronteira né então eu acho que isso é muito bom assim isso ampliou muito o trabalho do psicólogo né eu converso com profissionais de outras
áreas médicos por exemplo que a medicina telemedicina né teleconsulta é liberada mas assim tem especialidades que é impossível né como que você vai fazer uma tela e consulta em dermatologia né como que a dermatologista vai olhar a sua pele se tiver um procedimento para fazer como que ela vai fazer entendeu então assim a gente tem sorte né muita sorte de que essa essa Fronteira ela ela é permitida para a gente na psicologia né a gente como a gente trabalha com psicoterapia né enfim que é basicamente pela fala então assim você pode falar lá do outro
lado e eu vou estar te escutando aqui e vai funcionar faz sentido eu pessoalmente fiz toda a minha terapia até receber alta tudo online e foi muito bom no começo tinha um preconceito tipo assim Ah tem que ser pessoalmente mas foi muito muito normal muito de boa e explica pra gente o que que é tudo isso de de Psicologia baseada em evidência da TCC eu pessoalmente ainda tem uma dificuldade em entender todos os nomes é um monte de Terapias Diferentes né Tem um monte de linha diferente da do TCC podemos começar então o que que
é a psicologia baseada em evidência porque que você acha que ela porque você escolheu justamente essa linha e não outras como as ensinadas nas faculdades e tal então vamos lá primeiro esclarecer né a psicologia baseada em evidências não é uma linha não é uma abordagem né a psicologia baseada em evidências seria uma lente uma lupa né que auxiliaria a gente a fazer melhores escolhas dentro do caso do nosso paciente tá então digamos você recebe um paciente com depressão tá E aí você vai ter que tomar uma decisão clínica de que forma você vai tratar esse
paciente qual vai ser a sua escolha para tratar aquele paciente então você pode tratar aquele paciente com a psicanálise Você pode tratar aquele paciente com a Gestalt Você pode tratar aquele paciente com abordagem Guiana você pode trabalhar com abordagem comportamental enfim você tem uma uma gama né de possibilidades dentro da Psicologia para você abordar né e trabalhar e tratar aquele paciente A grande questão nas faculdades de Psicologia Até hoje ainda 2022 aqui no Brasil a gente ainda escuta a seguinte questão você pode escolher a sua abordagem baseado na sua visão de homem na sua visão
de mundo naquilo que você se identifica né e a partir daquilo que você se identifica Então você vai trabalhar com isso então eu me identifico com a Gestalt eu me identifico com a Jung eu me identifico com a psicanálise então eu vou escolher eu vou abraçar isso como abordagem como linha teórica o grande ponto e De onde surgiu essa ideia de que eu posso escolher baseado na minha visão de homem baseado na minha visão de mundo né É de uma pesquisa lá da década de 70 onde foi feita uma uma pesquisa e essa pesquisa mostrou
que todas as abordagens elas tinham igual eficácia isso ficou conhecido como veredito de Dodô que é uma alusão né a Alice no País das Maravilhas que é aquele pássaro de Dodô que ele faz uma corrida maluca né e não tem chegada não tem largada e no final fica todo mundo correndo parecendo doido e aí no final ele diz não tem vencedores e não tem perdedores todos ganharam né Então essa pesquisa ficou conhecida como veredito de Dodô porque na verdade você não sabia para onde você tava indo para onde você tava chegando né enfim não precisa
nem comentar que a pesquisa tem um monte de problema né do ponto de vista científico mesmo e aí a partir daí então né se passou a adotar essa ideia de que era tudo igual né então se você quisesse trabalhar com carro Roger se você quisesse trabalhar com Gestalt se você quiser trabalhar com psicanálise tanto fazia então a gente precisava ter algum critério de escolha qual seria esse critério de escolha a sua vontade o seu desejo o seu querer né a sua identificação com aquela determinada abordagem bom assim esse evoluiu né a gente saiu lá da
década de 70 a gente está em 2022 hoje o que a gente sabe aí a gente tem sei lá mais de 3 mil ensaios clínicos randomizados mostrando que não é bem assim né que as abordagens não são todas iguais nem termos de eficácia nem termos de efetividade tem muitas diferenças né e a psicologia baseada em evidências vem justamente para dar essa lupa para gente né e separar Olha isso aqui tem evidência mas não é a melhor escolha não é padrão ouro né Por exemplo isso aqui é padrão ouro então se chegar um paciente com depressão
no seu consultório a sua principal escolha o padrão ouro né O que deveria ser a primeira linha de tratamento é terapia cognitivo comportamental clássica Mas se chegar um paciente por exemplo no seu consultório com transtorno de personalidade borderline aí já não é mais TCC clássica né aí já não é mais a terapia cognitivo comportamental Beck clássica né A Criada lá pelo Arão Beck na década de 70 aí a gente já tem a comportamental dialética Ou seja a partir de cada demanda a partir da necessidade do paciente a gente tem abordagens Diferentes né que são a
primeira linha de tratamento aí para a gente entender um pouco isso que é que seria a primeira linha de tratamento imagine por exemplo que eu estou com câncer Ah descobri um câncer e tal Pode ser que existam a abordagens alternativas para tratar o câncer mas a primeira linha de tratamento para o câncer Qual é a quimioterapia né então via de regra se você tá com câncer dependendo do estilo de tumor do tipo de tumor a orientação vai ser Faça queimioterapia Ah mas eu não quero fazer quimioterapia eu acredito que beber água com limão e tomar
glutamina vai me curar do Câncer tudo bem né é uma escolha sua Porém você tem menos chances de tratar e de ser bem sucedido né no seu tratamento para o câncer Ah mas a prima da filha da minha vizinha tratou com limão e Glutamina e ficou curada Pois é mas né quando a gente tem uma maior quantidade de estudos mostrando que aqui a quimioterapia é o tratamento padrão ouro e você escolhe fazer outra coisa talvez a chance de você se tratar fazendo essa outra coisa reduza muito entende então é a mesma coisa por exemplo se
a gente tem um paciente deprimido esse paciente como transtorno depressivo Ele Decide se tratar com psicanálise por exemplo pode ser que ele melhora da depressão pode ser que sim mas qual é a maior probabilidade porque quando a gente fala em ciência a gente sempre fala de probabilidade a gente nunca fala de certeza né então qual que é a maior probabilidade daquele paciente melhorada da depressão é se ele fizer terapia cognitivo comportamental tá então isso já é muito Claro hoje na literatura que as abordagens não são todas iguais que não tanto faz né E que você
não deveria pelo menos escolher a sua abordagem baseado na sua visão de homem e na sua visão de mundo Porque a terapia não é para você a terapia é para o seu paciente né Então imagina que você é oncologista Mas você gosta de Glutamina com limão mas aí você vai matar todos os pacientes porque você gosta de tratar todo mundo com Glutamina e limão é justo entendi é quase que algumas moral do profissional seguia baseado em evidência passa por uma questão ética né inclusive isso está no nosso código de ética né que você vai tratar
o seu paciente né você vai utilizar com o seu paciente abordagens que tenham respaldo científico né mas aí A grande questão é a ciência é mal compreendida eu acho né então assim muitas vezes o que as pessoas entendem consciência o próprio Conselho Federal de Psicologia entende por ciência não é bem né o que a gente fala dentro da Psicologia baseada em evidências e isso gera às vezes eu acho uma dissonância sabe assim um GAP entre o que a gente está falando e o que as pessoas entendem né jornal por exemplo postando estudos confirmam logo assim
né E nem sempre aquele estudo é bom é bem feito para tudo né se você vai provar aqui Glutamina limão cura câncer você vai achar um estudo Com certeza né então assim tem estudo para tudo então é a gente não tem uma formação adequada na faculdade de psicologia são fato a gente não tem metodologia da pesquisa eu fui professora de metodologia da pesquisa em universidades né E a ementa que é aquilo que o MEC passa para Universidade que você enquanto o professor é obrigado a dar a ementa da Psicologia né da metodologia da pesquisa em
psicologia é regras da ABNT você passa um semestre aprendendo Tab espaçamento um e-mail Arial times né então assim sabe como citar no final quer dizer uma coisa que você não vai usar Não vai usar e a gente teria esse seis meses ou 5 meses né de aprendizado ali onde a gente podia entender o que a ciência O que é pseudociência fazer essa discussão dentro da Psicologia né então acho que é tão importante assim a muitas vezes eu eu sou acusada na internet né de dizer que uma coisa não tem evidência e É como se eu
tivesse digamos assim falando mal daquilo sabe quando na verdade não é quando na verdade o que a gente precisa entender é que a gente precisa dessa discussão na psicologia se a gente silencia essa discussão e se a gente segue nessa vibe de é tudo igual tanto faz a gente pode escolher pela nossa visão de homem pela nossa visão de mundo a gente não vai avançar na psicologia do você entende quanto você grave Sim a gente vai ficar parado no tempo a gente vai ficar lá na década de 70 no veredito de Dodô é tudo igual
escolha o que você quiser a gente gosta de falar eu sou freudiano sou eu guiano é legal ter uma um grupo uma tribo para você estar né a gente gosta disso não que seja bom é não que seja bom exatamente né Eu sempre brinco né que eu não sou terapeuta cognitivo comportamental eu estou terapeuta com algum motivo comportamental né Freud não é meu back não é meu Deus né Assim como Freud não deveria ser o Deus de ninguém né gente não deve ter uma Bíblia tá até porque os livros eles ficam muito defasados né então
a ideia não é a gente ficar pegando as obras completas de Freud para sempre para a gente se basear no tratamento do nosso paciente Isso foi em 1900 imagina né o tempo que a gente tem de lá para cá então assim a obra de Aaron Beck Em algum momento ela vai ficar defasada que acabou de morrer né morreu agora então assim ele deixou a última contribuição que foi para o tratamento da esquizofrenia mas assim isso vai ficar defasado Então assim se a vida toda eu ficar abrindo os livros do Iron Beck para basear o tratamento
do meu paciente em algum momento eu vou estar distante da ciência né então eu acho que a gente ter Ídolos dentro da Psicologia como eu acho que muitas vezes eu vejo né a gente com o quadrinho do teórico o caderninho do teórico bonequinho do teor Eu até tenho um bonequinho de Freud né que me acompanha aqui já deve ter visto mas assim enfim eu acho que essa esses Ídolos né dentro das abordagens da Psicologia aqui no Brasil eu acho que isso atrapalha bastante a gente falta uma atualização de grade curricular Você acha ou se falta
falta muito eu não fiz faculdade de psicologia tá mas eu trago muito psicólogos e eu converso muito com esse pessoal aí parece que na faculdade mas parece que a faculdade de psicologia é ignora um pouco assim a parte biológica a parte mais científica Vai um pouco mais para humanas né sem falta muito isso né falta muito neurociência a gente tem uma base fraquíssima de neurociência O que é inconcebível né como é que é um psicólogo não vai saber do cérebro sabe a gente tem um semestre de neurociências assim um semestre e às vezes é muito
fraco então falta toda essa base né de fisiologia de neurociências falta metodologia da pesquisa para a gente entender isso melhor e falta principalmente essa discussão da gente olhar criticamente para psicologia sabe da gente dizer olha isso aqui não é falciável a gente não tem como falsial inconsciente né a gente não tem como testar isso a gente não tem como provar isso entende a gente tem certos conceitos que assim né felizmente a gente não tem como provar então ah mas se não tem como provar não é que não existe é mas assim né a gente precisa
adotar algum critério para a gente conseguir estabelecer as coisas senão fica tudo muito muito aberto muito complicado né às vezes ele dá esse nome de inconsciente era o que dava para fazer na época né é muitos de nomenclatura né exatamente eu até assim fico eu não gosto de chamar a psicanálise e as outras abordagens da Psicologia de pseudociência por exemplo né tem colegas que que trabalham com psicologia baseada em evidências na internet que falam abertamente sim a psicanálise é uma pseudociência eu confesso que eu não gosto né Apesar de que ela se enquadra em muitos
critérios mas assim eu prefiro dizer que a psicanálise é a história da Psicologia é Freud teve uma importância muito grande a psicanálise foi a primeira psicoterapia estruturada não tinha outra estruturada antes dele né uma forma de você abordar o seu paciente que tivesse um mínimo de relacionamento não tinha então a importância dele para a Psicologia é inestimável sabe então eu acho que a gente tem que olhar com um olhar crítico racional e sem apaixonamento né Eu não odeio Freud Pelo contrário né Eu fui no museu de Freud Eu tenho um bonequinho de Freud eu tenho
as obras completas de Freud eu admiro demais eu acho que o legado dele para psicologia é incontestável né agora o ponto é a gente vai a vida toda Abrir a Bíblia sabe a vida toda a gente vai pegar e vai tratar os pacientes daquela forma que era feita em 1900 né a gente já avançou mais a gente já tem outras coisas né a terapia cognitivo comportamental e a terapia comportamental que fora do Brasil já são muito mais fundidas digamos assim né já estão muito mais juntas do que a gente vê aqui mas de todo mundo
elas são mais manualizadas né ou seja ela tem protocolos isso claro facilita muito a pesquisa é óbvio né a gente é negar isso mas por outro lado vamos voltar para o exemplo do Câncer você prefere se tratar por uma coisa que tem a probabilidade maior de dar certo ou por uma coisa que é um estudo experimental você vai tentar você vai ver se de repente funciona né a gente viu isso com a vacina na pandemia Eu acho que o melhor exemplo de todos é a pandemia né na pandemia as pessoas elas ficavam escolhido vacina Ah
não eu acho que essa daqui tem mais evidência do que essa daqui não eu quero essa daqui porque os estudos dessa foram melhores que bom seria se a gente fizesse isso na psicologia né que bom seria se a gente conseguisse que o público leigo assim como a se conseguiu na época da pandemia com a vacina que até questionável né mas enfim se a gente conseguisse fazer com que as pessoas tivessem essa consciência né de olhar para psicologia e dizer bom para o meu tratamento isso aqui tem mais probabilidade de funcionar porque porque que a TCC
a terapia cognitivo comportamental ela para a maioria das coisas ela funciona tão bem por que que ela é tão padrão ouro assim o que que é tão interessante o que que faz ela ser tão boa então a gente tem alguns fatores que contribuem para isso né o primeiro eu já falei que a questão da manualização Isso facilita muito né você ter protocolos estruturados para tratar Na minha opinião a TCC chegou onde chegou do ponto de vista de evidência científica Justamente por isso justamente porque é manualizada justamente porque é estruturada porque tem um protocolo porque você
consegue seguir ali é um script Então eu acho que isso alavancou muito a TCC nesse sentido né e isso facilitou a pesquisa então a gente tem uma quantidade imensa de ensaios clínicos randomizados de revisões sistemáticas dentro da TCC justamente por conta dessa facilidade né se eu tenho aqui uma estrutura que é replicável né Ou seja eu aqui enquanto terapeuta tenho aqui um protocolo que eu faço Maria faz Francisco faz Pedro faz Joana faz Otávio faz todo mundo Faz igual na psicanálise já não funciona assim né na Gestalt na logoterapia no humanismo é muito mais uma
coisa intuitiva é quase um feeling né na verdade eu vou eu vou sentir ali com o paciente na hora e aí como é que você faz pesquisa assim né fica muito mais dá para fazer dá para fazer eu acho que todas as abordagens da Psicologia precisavam entrar né isso e fazer pesquisa isso é um fato para sobreviver inclusive mas é inegavelmente mais fácil então por essa manualização né para essa questão do protocolo acabou favorecendo um número gigantesco né de pesquisas e hoje a gente tem um escopo né e assim agora é minha opinião Total tá
até que outras abordagens Batam né no sentido de superem a terapia cognitiva comportamental talvez a gente vá precisar aí de um intervalo de 10 15 anos para isso Ou mais né porque imagina que desde a década de 70 estudos e mais estudos sendo produzidos né Tem gente que fala até que é daqui a 30 anos que a gente pode ter um outro padrão ouro assim tão geral e talvez nunca tenha talvez a TCC de fato é se perpetua E aí né como padrão ouro para a maioria dos transtornos talvez algum dia haja uma junção já
com a neurociência vir uma coisa meio só né Isso já é um caminho na minha opinião sem volta né a gente tem hoje a neurociência muito forte e a gente tem a Talvez um processo de mudança aí na psicoterapia né que é a diminuição não é a exclusão dos protocolos tá os protocolos vão continuar existindo Na minha opinião por mais um bom tempo também porque é a mesma ideia né até você conseguir bater essas pesquisas que alcançaram esse alto nível de evidência né manualizados Desse modo vai levar um tempo mas hoje a gente tem uma
tendência né E muito por conta dessa junção com a neurociência é de estratégias modulares né de componentes modulares na psicoterapia ou seja cada vez mais o interesse pela psicologia cresce das pessoas né do senso comum das pessoas em geral Então se antes a gente tinha muitos pacientes que vinham procurar psicoterapia com depressão grave com ansiedade grave com quadros É psicopatológicos mesmo né com transtornos mentais hoje cada vez mais a gente tem pessoas sem transtorno vindo procurar terapia né pessoas que têm uma dificuldade do dia a dia eu não consigo me relacionar bem com o meu
marido com a minha esposa eu tenho uma dificuldade no trabalho aí eu procrastino muito eu queria procrastinar neles eu queria conseguir estudar melhor eu queria sei lá enfim ele demandas no dia a dia de relacionamento de procrastinação enfim e aí o que que a gente faz com essas pessoas né a gente vai aplicar protocolo em todo mundo não tem sentido então o que que a gente vai fazer a gente vai aplicar técnicas estratégias né que a gente chama de componentes modulares que são validados cientificamente mas específicos ali para o tratamento daquela pessoa então a gente
vai fazer o que a gente chama de conceitualização cognitiva ou formulação de caso dependendo da Estratégia específica que a gente vai usar e por exemplo você tem um problema tá Ah eu tenho um problema aqui de relacionamento aqui na minha empresa né Tem umas pessoas que eu não consigo me relacionar bem não tô conseguindo resolver esse problema então eu vou procurar um psicólogo da TCC para resolver esse problema então Chegando lá você vai passar né Qual é a sua dificuldade e de repente o psicólogo vai te dizer olha nesse caso aqui a gente vai aplicar
uma técnica de resolução de problemas tá Qual é o seu problema a gente vai identificar as possíveis soluções a partir daí a a gente vai identificar a melhor estratégia para resolver o seu problema e pensar nas consequências né então tem passos e essas técnicas que a gente tem dentro da TCC para auxiliar nesses problemas Gerais elas também têm evidências isoladamente entende então esses componentes modulares eles vem sendo quebrados eles vem sendo estudados né dentro da própria TCC é Inclusive a própria estrutura da Sessão da terapia cognitiva que é bem estruturada né para fazer uma redundância
que é bem fechadinha isso tem sido estudado também então até o momento a gente tem o seguinte a agenda a gente faz mas assim até o momento ela não se mostrou outra necessária ajuda o paciente organiza né o próprio terapeuta consegue ter uma organização melhor do tempo mas parece que é mais para isso mas assim para o tratamento em si não não tem grandes finalidades fazer agenda com o paciente ou não fazer agenda agora por exemplo a tarefa de casa né que a gente chamava muito de tarefa de casa Chama plano de ação Isso aí
é um dos componentes mais importantes da terapia cognitiva e é imprescindível né isso auxilia o paciente a saltar no tratamento então se ele não fizer de pensamento assim isso analisar no dia a dia quando eu vim percebia né eu tinha um problema de raiva assim sabe comigo mesmo e aí quando vinha e eu percebia que pensamento que situação que gerou tal pensamento e depois analisava aquele pensamento se aquele pensamento fazia sentido ou não com o tempo eu tinha literalmente escrevi aquilo né mas com o tempo aquilo ficou automático né É muito legal isso essa é
a ideia né A ideia é que você consiga automatizar isso E com o tempo você não vai mais precisar escrever mas por um tempo você vai precisar ver né é igual aprender a dirigir quando a gente está aprendendo a dirigir a gente não faz mais nada né Fica ali tenso travado no volante você não consegue ouvir uma música você não consegue conversar com quem tá do lado não consegue fazer nada com o tempo aquilo vai ficando mais automático passar marcha freio embreagem vai ficando mais automático você vai conseguindo né fazer outras coisas vai conseguindo ouvir
uma música conversar aqui com quem tá no carona às vezes até relaxar demais pegar o celular né pode trocar fazer enfim mas a ideia é essa né então assim a tarefa de casa os estudos tem apontado né de que é um componente fundamental dentro da terapia assim que aquilo o terapeuta ele não pode prescindir disso sabe ele não pode tipo ah não deixa para lá não precisa meu paciente não quer fazer Ah então tudo bem né não meu paciente não quer fazer eu preciso explicar para ele porque que ele precisa fazer porque o nosso comportamento
ele é motivado por reforço e consequência então ou eu faço alguma coisa porque eu sou reforçada imediatamente né Por exemplo a gente come que é gostoso porque você tem um reforço Imediato do prazer de comer agora por que que a gente escova o dente Por exemplo porque que é tão automático para a gente escovar o dente porque em algum momento da vida a gente entendeu qual é a consequência de não escovar o dente é ficar bem dela e fica banguela é uma consequência terrível demais então a gente passa a fazer mas quando a gente é
criança a mãe da gente tem que ficar perturbando né Vai escovar o dente vai escovar os dentes escova o dente vai escovar o dente escovou não volte escove melhor eu não vi a torneira eu faço isso com minha filha né escovar o dente filha aham não escovou não a torneira ficou ligada a três segundos não é possível eu volte lá e escova de novo né Em algum momento ela vai se dar conta da consequência de não escovar o dente aí ela vai passar fazer automaticamente uma dor absurda ou até não mas assim ela vai entender
né tipo assim poxa se eu não escovo eu vou ter cárie se eu tiver cárie eu posso perder meu dente e se eu perder meu dente né meio que complicou então assim vou passar a escovar tá então o nosso comportamento é motivado por isso é motivado ou por um reforço imediato que a gente tem né dali do comportamento uma gratificação imediata ou então quando a gente entende a consequência como preencher registro de pensamentos né como você falou não tem um reforço imediato ou seja não sai um chocolate do Papel né pra gente comer e ficar
feliz não não tem nada de reforçador ali imediatamente eu sou chato chato chato é Vou notar aqui meu pensamento Nossa que chato né mas a gente precisa entender Qual é a consequência de não fazer ou a consequência de fazer nesse caso né a consequência de fazer é eu vou ficar menos tempo em terapia eu vou melhorar mais rápido né Eu vou ter uma resposta melhor para isso aqui então eu vou fazer então a psicoeducação ela costuma resolver né o problema dos psicólogos dos terapeutas de quando o paciente não faz né esse esse componente da terapia
que é tão importante até porque se a gente não sabe o motivo das coisas é dificilmente a gente vai querer fazer né exatamente que é a consequência né Eu não sei para que eu vou fazer com que objetivo né gente precisa ter um objetivo para fazer as coisas por isso que certos com são tão difíceis como por exemplo a atividade física não é porque que a atividade física é tão difícil porque ela não tem um reforço imediato pelo contrário ela tem quase que uma punição imediata né é chato dói muita gente vê academia como um
ambiente aversivo né então assim é quase uma punição imediata para algumas pessoas e a consequência vem quando você vai começar a malhar hoje amanhã você tá forte semana que vem você tá forte mês que vem vamos lá não pouca coisa muito pouco então assim para você ver um resultado efetivo disso você vai ter que treinar todos os dias certinho durante talvez você otimista tá seis meses seis meses treinando certo né para você começar a ver um resultado daqui seis meses é muito ruim isso para nosso cérebro sabe muito ruim então a gente desiste a gente
não faz essas ferramentas da TCC assim como você tinha falado que era uma modelação componentes modulares quando ela tava sendo desenvolvida ele já foi tendo ideias de como fazer essas ferramentas ou isso foi Indo aos poucos assim então é uma coisa a história contada né Outra coisa como as coisas de fato aconteceram né na verdade o arambeck ele era psicanalista e ele começou né os estudos dele ele queria provar a questão do luto e melancolia de Freud né Freud tem um escrito né que chama-se luto e melancolia e ele queria provar isso ele queria estudar
pacientes depressivos e queria provar a questão do luto e da melancolia que Freud fala né que a melancolia seria o retorno do objeto voltado para si mesmo Enfim uma coisa ela complexa E aí eu era um beck ele começou nesse sentido ele falou não eu vou provar isso aqui que o Freud falou E aí a medida em que ele foi avançando né nesses estudos sobre sobre luto sobre melancolia sobre depressão no final das contas é ele percebeu que os pacientes deprimidos eles tinham uma certa característica em comum que era a forma de pensar então todos
eles tinham um pensamento muito negativo né um pensamento muito para baixo em relação a si mesmo em relação aos outros né em relação ao futuro então ele percebeu que os pacientes deprimidos de maneira geral se colocavam para baixo diziam Ah eu não sirvo para nada eu sou inútil eu não presto né Mesmo quando eram pessoas muito bem sucedidas mas ela se colocavam para baixo percebiam também que tinha uma desconfiança em relação aos outros aos outros não são confiáveis os outros querem me prejudicar em relação ao futuro também que é o que o a um beck
chamou depois de desesperança o futuro não vai ser bom eu não vejo como eu sair dessa situação eu não vou conseguir melhorar então ele começou a identificar essas características em muitos pacientes depressivos dele né em muitos pacientes deprimidos e aí ele começou a pensar então e foi daí que surgiu né o primeiro esboço de ideia ele começou a pensar que se ele conseguisse manejar esse pensamento disfuncional se ele conseguisse mudar isso então talvez o humor do paciente melhorasse e aí ele se baseou numa o estoicismo né uma base importante da TCC uma base filosófica importante
e ele se baseou numa frase do epíteto né que diz os homens são influenciados não pelas coisas em si mas pelas interpretações que extraem delas né então eu e você aqui estamos vivendo a mesma situação e talvez a gente esteja pensando coisas diferentes sobre essa situação né eu tô pensando Nossa que legal tô adorando conversar aqui e você pode estar pensando Nossa que saco que horas essa mulher para de falar né a gente tá vivendo as mesma situação mas a nossa interpretação da situação pode ser completamente diferente a situação em si não faz você não
um valor nenhum né assim para você não tem o mesmo valor não tem vai depender de como você interpreta aquilo e você pode interpretar de uma maneira positiva ou extremamente negativa né como é o caso de um paciente que tá por exemplo com humor deprimido E aí então ele começou a tentar criar estratégias para modificar isso né do ponto de vista cognitivo né porque o Aron back ele ele criou inicialmente a terapia cognitiva ponto aí outros pesquisadores vieram começaram a estudar e começaram a perceber que de repente se a gente agregasse técnicas comportamentais a essas
estratégias cognitivas que o arumbk criou né então talvez a gente potencializasse e aí eu acho que é onde eu respondo melhor a sua pergunta assim eu acho que foi já nessa nessa segunda fase vou chamar assim da TCC né quando o comportamental entrou junto com cognitivo que a galera começou a pensar mais assim sabe essa estratégia aqui funciona muito bem já tem evidência lá que funciona já tem estudos mostrando aqui por exemplo que a exposição para fobia específica né para pessoas que têm medo de elevador para pessoas que têm muito medo fobia de barata né
a gente já sabe que a exposição funciona então assim ao invés da gente tratar uma fobia específica só com pensamentos e crenças Por que que a gente não pega isso e agrega Então eu acho que foi nesse sentido que que a pesquisa foi auxiliando a TCC se desenvolver mas eu acho que no início lá não tinha eu acho né não sei infelizmente não tive eu até tive a chance de assistir algumas aulas doaram Beck mas nunca tive a chance de conversar com ele né Mas eu sempre acho que a história contada é diferente da história
vivida né então eu imagino que lá no Inicial ele tava ali né enfim tentando fazer as coisas mas não tão preocupado em vou tornar a minha que ele nem sabia que ia ser uma abordagem né vou tornar isso aqui padrão ouro para que não acho que ele foi fazendo né Isso é muito louco como a galera do stuartismo lá atrás já tinha alguma noção de como que funcionava Uma emoção né Fantástico né doideira Isso né e sem sem recurso né Nenhum assim Fantástico dito isso então o que O que exatamente significa o cognitivo e o
comportamental no nome da TCC exatamente significa isso então cognitivo diz respeito ao pensamento as crenças essa é uma crítica inclusive que a TCC recebe porque assim o que a crença na verdade localiza a crença aqui no cérebro para mim né Se a gente for assim nesse é uma metáfora na realidade né então assim eu cognitivo diz respeito a sua cognição aos seus pensamentos a sua forma de pensar né e o comportamental respeito ao seu comportamento né aquilo que é observável é aquilo que eu consigo ver então eu consigo ver que você está com a mão
no queixo mas para eu saber o seu pensamento eu preciso que você me fale né isso é possível óbvio né a gente não tá trabalhando com uma entidade que não possa ser mensurável é uma entidade mensurável Eu só preciso que o paciente anote me fale né então eu posso perguntar para você o que que está passando pela sua cabeça agora e aí você vai me dizer e aí a gente vai poder trabalhar em cima disso quando você tinha falado de conceitualização cognitiva é você pegar o paciente e entender quais os caminhos que ele que ele
faz né para chegar nas conclusões que ele tem e isso é mais ou menos um mapa né tanto de como o paciente se comporta pensa sente mas também um direcionamento do tratamento para o terapeuta né ou seja qual é o diagnóstico daquele paciente Quais são os comportamentos mais frequentes Quais são as formas de evitação que aquele paciente faz para se preservar entende tipo assim vou te dar um exemplo eu tenho uma fobia específica de palhaço se aparecer um palhaço aqui ou se você colocar um filme de palhaço de um it a coisa né você vai
ver a transformação eu choro entre desespero real Assim entre desespero real e aí né eu ia falar o que mesmo eu tento até H também E aí é o que que acontece por exemplo se eu sei que tem uma festa que o tema é circo uma festa infantil eu não vou porque porque a chance de ter alguém fantasiado de palhaço lá é relativamente alta já que o tema circo então quando minha filha era pequena eu recebi o convite do aniversário dos coleguinhas se o tema fosse circo eu dava uma desculpa dizia olha vamos poder ir
na na e tal ou então eu mandava ela com alguém né com alguma mãe conhecida ou com a minha mãe ou com meu pai enfim mas se fosse círculo eu não ia então isso é o que isso é o que a gente chama de evitação eu estou evitando uma situação que é desconfortável para mim que é aversiva para mim porque eu não quero entrar em contato com a minha ideia com o meu pensamento com a minha crença de que eu sou incapaz de lidar com aquilo enquanto a gente tá falando de uma fobia por exemplo
né de palhaço porque é isso não é nem que atrapalha pouco minha vida que não atrapalha minha vida né eu não vou no circo Ok qual prejuízo que me traz não ir no circo nenhum Agora imagina um indivíduo que tem fobia social né que tem ansiedade social que é uma pessoa que tem dificuldade de se apresentar de falar em público de estarem situações sociais com outras pessoas né se não for um pequeno grupo ali muito restrito se esse grupo se ampliar um pouco a pessoa já não quer ir Ah imagina o prejuízo que isso traz
né profissionalmente a pessoa não consegue apresentar um trabalho não consegue não podcast não consegue e não congresso né é socialmente ela está sempre restrito a um pequeno grupo ali às vezes só o núcleo familiar mesmo quem mora na casa né em casos mais mais graves assim então aí essa evitação já traz um prejuízo muito grande então a gente precisa identificar esses essas questões do paciente né e a gente faz isso através dessa formulação de caso ela é ruim Depende do que que ela tá evitando nenhum comportamento nenhum pensamento é ruim em si tudo a gente
vai ter que avaliar dentro do contexto sabe então assim você não ir para algum lugar é ruim é depende que lugar com quem né pode ser ótimo inclusive se aquele lugar digamos é um lugar que todo mundo vai usar droga vai beber vai ficar Talvez seja burro você evitar aí né Você tá se protegendo então assim a gente vai para um lugar onde tem leões e não tem nenhuma proteção e a gente vai ficar lá exposto ao Leão os leões vamos Não obrigada eu vou evitar então assim a evitação em si não é ruim nem
boa depende né tudo depende na realidade de basicamente três coisas frequência intensidade E o que a gente chama de prejuízo clinicamente significativo que é o quanto isso atrapalha a sua vida o quanto te prejudica o quanto traz implicações negativas para você então a ansiedade atrapalha a vida da pessoa muito né porque porque ela evita coisas que ela precisava aí que seriam importantes para a vida dela né como por exemplo e é um congresso apresentar um trabalho apresentar na empresa o relatório que ia dar uma projeção para essa pessoa e essa pessoa de repente poderia ser
promovida de cargo né E aí ela disse não eu não vou apresentar não apresenta você para mim e aqui é promovido a você mas quem fez o relatório fui eu né mas Quem apresentou foi você então quem levou a o louro da Vitória foi você você foi promovido né então assim isso atrapalha muito a vida da pessoa então um comportamento um pensamento uma uma comissão Uma emoção em si ela não é boa nem ruim a gente vai ter que por isso vem a formulação de caso não é a gente vai ter que avaliar dentro daquela
situação específica no contexto do paciente dentro daquele quadro ali essa evitação tá te ajudando tá te atrapalhando Então é isso muito interessante isso E como que você tinha falado estoicismo né Eu eu tenho um canal sobre estoicismo E aí eu tinha um vídeo específico que eu queria eu sabia pouca coisa sobre sobre a TCC e tal eu queria trazer né dar o exemplo de que a TCC é uma terapia padrão ouro e tal e que bebeu da fonte de estoicismo aí eu fui ler o livro da Judith back lá e o que eu achei mais
interessante assim que talvez o que eu lembro que na minha terapia foi o que mais me ajudou foi entender como é que como é que as emoções são geradas ali no momento sabe que não necessariamente uma emoção ela é um pensamento desculpa Ele é verdadeiro ou não Sim e Isso mudou muito minha vida assim de entender Pô nem sempre tudo que eu tô pensando é real entender isso é muito engraçado porque às vezes eu ficava presente com raiva de algumas situações específica depois com analisava aquilo e perceber que o pensamento não era real não fazia
sentido a raiva simplesmente diminuia então entender isso foi muito fora eu falei caramba isso aqui é muito absurdo então explica pra gente assim como é que como é que as emoções são geradas E aí uma pessoa que percebe que ela tá vivendo muitas emoções negativas na vida dela sabe por onde eu tô muito ansioso demais tô passando muita raiva ou tô muito triste ela tá vivendo muitas emoções negativas assim como é que ela pode entender melhor esse sistema então a coisa do que a gente pensa não ser verdade né Isso é muito importante para a
gente entender todo o nosso sistema de pensamentos e de crenças Então imagina que eu estou pensando que embaixo dessa mesa tem um leão isso não materializa o Léo aqui embaixo né Se eu olhar aqui embaixo não tem Leão nenhum mas eu estou pensando que tem um leão eu acredito que tem um leão né então o fato de eu pensar uma coisa não torna isso verdade só que o meu pensamento faz com que eu tenha emoções né então por exemplo Imagine que eu estou pensando agora que a minha fala está chata que você não está gostando
né E aí eu começo a buscar no seu rosto coisas que confirmam o meu pensamento e o pior eu acho né então já aconteceu comigo eu acho certeza certeza que eu eu vou sair convencida de que você não gostou na minha fala né Então olha ele tá com a mão no queixo ele tá olhando assim quando a pessoa tá olhando assim é porque ela não tá gostando né então a gente vai encontrando vieses né para confirmar aquilo que a gente pensa e quanto mais eu olho para você e acho que você não tá gostando mais
nervosa mais ansiosa eu vou ficando e quanto mais ansiosa eu fico mais eu me atrapalho na minha fala óbvio né Qualquer pessoa então aí eu tô nervosa e aí eu acho que você não tá gostando E aí eu é o que é mesmo tá falando ai esqueci e aí começa a falar coisa com coisa né E aí de fato vai ficar confuso e Em algum momento você vai ver toda essa confusão e você vai dizer então é isso muito obrigada vamos encerrar por aqui e tal e eu vou dizer Nossa foi horrível foi horrível né
então enfim a a forma como eu penso vai acabar fazendo com que aquilo de certa maneira se confirme hum Caramba entendi então esse esse é a grande questão deu e e eu sempre falo isso né nas minhas aulas pros meus pacientes assim você tá com pensamento muito forte isso tá te gerando Muita ansiedade tá te cheirando muita raiva tá tirando muito medo pede cinco minutos entende se eu começar a pensar aqui que tá muito ruim e que eu tô muito perdida e que você não tá gostando que as pessoas não estão gostando eu te digo
você me consegue cinco minutos eu preciso beber uma água eu preciso ir ao banheiro e aí eu vou no banheiro e aí eu posso reestruturar a minha forma de pensar né E aí eu posso pensar da seguinte forma para para substituir esse pensamento de que tá muito ruim que ninguém tá gostando pode ser até que ninguém tenha gostado até aqui pode ser até que até aqui eu não tenha ido bem mas eu posso voltar lá agora e fazer melhor né eu posso voltar lá e eu posso conseguir mostrar aquilo que eu sei para as pessoas
e ajudar alguém que tá lá do outro lado Enfim então daí eu volto mais calma mais tranquila menos ansiosa e aí de fato eu consigo me sair melhor entende então assim a dica basicamente é não tem nenhuma situação que você não possa pedir cinco minutos para se acalmar não se mantenha ali naquele looping de pensamentos e raiva e medo e ansiedade cinco minutos vá no banheiro lave o rosto respire né reestrutura e seu pensamento tem de pensar de uma outra forma e volte para a situação Daí você volta diferente já as emoções elas são geradas
pelo nosso pensamento então o Iron becke ele acreditava inicialmente que sim ele acreditava que um pensamento gerava Uma emoção que gerava um comportamento depois ele mesmo review né a sua teoria e falou olha as coisas didáticamente são assim né didaticamente É muito legal a gente explicar isso assim você pensa uma coisa por exemplo esse exemplo que eu acabei de dar aqui eu pensei que não tá bom que as pessoas não estão gostando aí eu fiquei ansiosa e o meu comportamento foi me atrapalhar mais ainda e realmente fazer com que não ficasse bom então assim didaticamente
fica muito lindo né mas na prática Não é bem assim que acontece e ele próprio review isso né e falou olha não é uma relação tão causal assim Pode ser que você esteja com emoção né Por exemplo ansiedade digamos eu já cheguei aqui Ansiosa eu já cheguei aqui nervosa esbaforida meu Uber Também quebrou no meio do caminho E aí lá no Uber digamos Eu já pensei Nossa tá dando tudo errado vai dar tudo errado né E aí eu já cheguei aqui muito ansiosa e por estar muito ansiosa eu comecei a me atrapalhar na fala e
aí depois disso né Depois do meu da minha emoção e do meu comportamento então eu comecei a pensar que estava muito ruim então na verdade não é assim né não é é tão didático assim um pensamento gera uma emoção que gera um comportamento mas Seria lindo se fosse né porque para explicar é muito legal mas na prática não na prática entender dessa forma ajuda a gente né ajuda ajuda Até porque assim é de maneira bem prática e objetiva O que é mais fácil da gente manejar são os nossos pensamentos eu não tenho botão para ligar
e desligar a emoção sabe tipo Vou parar de ficar ansiosa agora desliguei aqui o botão da ansiedade Ufa Tô tranquila não não tem esse botão Ah o que que eu posso fazer para melhorar a minha ansiedade eu posso ter um determinado comportamento que é respirar corretamente e eu posso manejar o meu pensamento que é Tá tudo bem Tá tudo certo né tô aqui no ambiente tranquilo controlado eu vou me acalmar eu vou conseguir falar direito e vai dar tudo certo e também se não der tudo certo também né se eu falar umas besteiras tipo assim
né OK não era bem o que eu queria não era bem o que eu planejei mas assim morre quem né quem é que quem é que acaba tudo não depois eu vou lá meu público digo Olha gente naquele dia eu não tava legal aconteceu uma série de coisas né eu eu quebrou enfim eu vim direto do aeroporto e não tava bem sei lá e vou dar uma justificativa Ok as pessoas não compreender né E vão entender a situação e Vida que Segue tudo bem também então assim pensar desse modo ajuda a gente a manejar a
nossa emoção né o nosso sentimento que a gente não tem como ligar e desligar né Então essa forma didática que o arambeck criou inicialmente né ajuda Inclusive a gente pensar dessa maneira se eu consigo reestruturar o meu pensamento então a minha emoção e tem um impacto ali também tá eu consigo diminuir a ansiedade a partir do momento que eu penso diferente essa racionaliza a situação e eu senti muito isso assim ah as emoções literalmente baixando a intensidade na mesma hora exatamente e você pensa assim nas evidências que confirmam aquilo nas evidências que não confirmam aquilo
né então qual que é a evidência que eu tenho que ninguém tá gostando nenhuma eu não tô vendo chat né Eu não tô vendo lá no chat se as pessoas estão dizendo Nossa que porcaria Nossa quem é essa doida que tá falando eu não tô eu não tô lendo isso eu não tô tendo acesso aqui ao chat então neste momento eu não tenho nenhum evidência concreta que é confirma o meu pensamento de que não tá bom né e quais são as evidências que eu tenho de que talvez esteja bom ah sei lá já falei sobre
esse assunto muitas vezes é um assunto que eu domino né Eu Sou professora disso a 450 anos então assim né Tem uma chance de eu estar falando alguma coisa certa então assim quando você vai para esse racional né para essa evidência que confirma evidência que não confirma a chance de eu falsiar o meu pensamento né de dizer ué mas se eu não tenho nada que não confirma se eu não tô tendo acesso ao chat se ninguém me der um feedback negativo se eu não sei nada então talvez não seja né Talvez o meu pensamento não
seja tão verdadeiro assim quanto eu acho que ele é isso muda Isso muda muito eu sinto muito isso e como é que então pessoas diferentes elas têm tipos de pensamentos diferentes de acordo com cada situação por que que uma pessoa vai ter uma um pensamento x a outra vai ter o y e aquilo vai gerar são as crenças dela o que que é isso nossa a pergunta é bem interessante assim na verdade é um conjunto de fatores né É multifatorial porque porque a gente tem questões genéticas que determinam o nosso comportamento que determinam a nossa
forma de pensar que determinam as nossas crenças mas a gente tem interessante mas a gente tem uma coisa que é fundamental que se chama ambiente o ambiente que você cresceu né o ambiente que você é se formou ali né que formou a sua personalidade Então imagina que você foi uma criança que sofreu bullying na escola que os seus pais diziam para você que você não prestava para nada que os seus professores diziam para você que você seria um completo inútil e arruinado na vida né E você cresceu escutando isso Qual é a chance de você
ser um adulto que acredita muito em você e no seu potencial entende aí se você soma e são as questões genéticas que você já tem né Há uns fatores de personalidade que são mais genéticos como temperamento por exemplo né se você soma isso se você na sua personalidade tem a gente tem hoje uma teoria científica né para personalidade que é o que a gente chama de Big five né os cinco grandes fatores um desses fatores se chama neuroticismo e o neuroticismo ele tá diretamente associado com uma maior probabilidade de desenvolver psicopatologias como por exemplo depressão
ansiedade pânico ansiedade social Enfim então é que é o que é o neurotismo no final das contas né o neurotismo é essa forma de pensar que eu era um beck falou lá atrás né Essa forma negativa de ver as coisas desesperançada de ver o futuro né é uma forma mais negativista digamos assim de enxergar o mundo então isso para dispõe a transtorno Então imagina que você é essa criança que passou por tudo isso né bullying validação dos Pais né invalidação dos professores e aí você tem né fatores temperamentais você tem esse esse fator de personalidade
neuroticismo mais alto do que os outros e aí você junta tudo isso junta o ambiente que você cresceu e como é que você vai transformar essa criança num adu saudável né num adulto que vai acreditar em si mesmo no potencial entende aí por outro lado você pega uma criança que foi super validada né que os pais disseram Nossa vai lá você é bom olha tirei uma nota baixa não vamos estudar mais você pode você consegue super querido na escola Popular né os colegas todos adoravam existe uma chance desse cara lá na frente né Tem uma
questão com autoestima ter problemas de não se achar bom existe né porque porque existem fatores genéticos existem fatores temperamentais existem fatores de personalidade que vão além do ambiente mas que o ambiente é fundamental para isso não resta dúvida Principalmente quando a gente está crescendo Principalmente quando a gente está crescendo né porque a nossa personalidade está se formando ali o nosso sistema de crença está se formando ali né então quando a gente é adulto não é que as nossas crenças elas não possam se modificar ou ser reestruturadas ou a gente não possa formar novas crenças a
gente pode mas a proporção é muito menor entende normalmente aquilo que você constrói ao longo da vida que você né se eu acredito que eu sou capaz se eu acredito que eu posso via de regra eu vou levar isso para minha vida por outro lado se a vida toda eu escutei que eu não podia que eu não era capaz que eu não ia conseguir eu vou ter que trabalhar muito lá na frente para poder mudar isso entende trabalhar com terapia e trabalhar em termos de comportamento mesmo né porque a nossa autoestima né que é um
conceito do senso comum assim a psicologia né em termos de ciência não existe o que é autoestima né autoestima é um conceito quase que filosófico né mas assim em termos de autoestima nesse conceito do senso comum tem muito do que a gente chama de Alto conceito ou seja aquilo que eu penso sobre mim mesma e como é que eu mudo o meu Auto conceito não é ficar olhando no espelho dizendo eu sou linda eu sou maravilhosa Eu vou conseguir infelizmente isso é ótimo né mas não para eu me sentir capaz para eu me sentir útil
para eu me sentir o sentir é parte do ser né ou se não tá desconectado senão a gente tem aí sei lá um quadro Psicótico né Eu sinto que eu sou Deus né Eu sinto que eu sou Cleópatra não Então aí tem um quadro Psicótico aí tem uma desconexão com a realidade né então se eu sinto que eu sou muito maravilhosa que eu sou Espetacular mas na prática eu não faço nada então das duas mãos a gente tem um quadro psicopatológico né um quadro por exemplo de mania dentro do transtorno bipolar onde a pessoa que
é uma fuga da realidade que é uma desconexão da realidade de toda maneira né um quadro Psicótico enfim fora isso se a pessoa não tá no quadro Psicótico no quadro de desconexão com a realidade ela vai avaliar o que ela tem de concreto né O que que eu tenho de concreto o que que eu construí até hoje o que que eu fiz até hoje bom eu fiz isso isso Ah então tá bom então eu consigo eu sou capaz porque eu já fiz isso e isso mas assim eu não fiz nada eu não construi nada eu
não consegui nada né então eu vou me achar maravilhosa eu vou me achar sensacional incrível novamente tem uma desconexão da realidade aí então eu preciso fazer coisas para que meio alto conceito melhore E aí a gente vai auxiliar o paciente no processo de psicoterapia é isso né você não vai começar você você foi essa criança que passou por toda essa invalidação e sofreu bullying etc e hoje chegou na idade adulta e não tá conseguindo avançar na vida não tá conseguindo fazer as coisas se sente paralisado incapaz então aí eu vou dizer para você tá bom
agora você vai colocar o seu currículo para ser sim ou da grande empresa Nacional não não vai dar certo né não vai dar certo por um motivo muito simples porque primeiro você não realmente neste momento não tem competência e capacidade para chegar lá a gente vai ter que começar de lá de trás né a gente vai ter que construir isso aos pouquinhos para que você não tenha um outro baque na sua vida para que você não tenha uma outra pancada que te invalie demais ainda é você chegar e colocar um currículo numa multinacional e a
multinacional olhar para você e dizer assim ô moleque vai né Vai estudar vai vai depois você volta aqui quando você né tiver alguma coisa assim para me apresentar você volta então você vai tomar outro baque na sua vida então é muito melhor a gente e construindo esse seu autoconceito aos pouquinhos né bem do básico assim bem simples Olha você vai dar uma caminhada na pracinha por 15 minutos todos os dias para você conseguir fazer alguma coisa você vai ler uma página de um livro todos os dias né E se você ler uma página de um
livro todos os dias muitos dias você lê um livro Exemplo né então assim começar bem aos pouquinhos mesmo para ir reconstruindo esse processo no paciente muito interessante isso porque pode ser que às vezes a pessoa tem uma tá com uma autoestima baixa e muitas vezes a pessoa não deveria ter aquela auto-estima baixa Claro ela tá tendo uma visão dela mesma errada mas às vezes a pessoa realmente não conquistou nada não assim não posso ser polêmica agora Dificilmente uma pessoa que realmente assim tem grandes pode ser um quadro depressivo tá aí vamos excluir as psicopatologias Ok
não tô falando de nenhum quadro depressivo de nenhum quadro Psicótico nenhum quadro psicopatológico mas assim uma pessoa que está em etnia como a gente chama né que é humor eu tímico humor normal como é que você tá agora você tá muito feliz nem muito triste né Tipo você se definiria como normal normal não tá ai meu Deus que coisa maravilhosa né tá tristíssimo tá normal isso que a gente chama de normal é Tecnicamente a gente chama de otimia então a pessoa que está em etnia né Ela nem está eufórica que é um quadro de mania
e nem está com mor deprimido que é um quadro de depressão Dificilmente uma pessoa nesse estado de etnia ela vai ter imensos feitos na vida né E ela vai dizer assim eu sou completamente inútil Isso só acontece com humor deprimido quando o paciente está com um morro rebaixado e aí ele não consegue enxergar esses grandes feitos que ele fez na vida né aí a gente vai estabilizar o humor dele e aí tudo bem aí fica tudo né ele consegue enxergar de novo na verdade A grande questão né da terapia cognitiva e de qualquer trabalho dentro
desse processo psicoterápico é equilibrar as crenças do paciente então se eu me acho maravilhosa perfeita Espetacular e capaz de tudo Possivelmente eu tô num quadro de mania Possivelmente eu tô me superestimando me avaliando mais para cima do que a realidade né E se eu tô num quadro depressivo eu estou me depreciando Ou seja eu tô me colocando para baixo mais do que a realidade agora se eu estou em etnia A grande maioria das pessoas e de fato conseguem enxergar a realidade né consegue dizer assim olha eu realmente fiz muita coisa né eu realmente não conseguia
eu tive muitas oportunidades na vida mas assim não soube aproveitar as oportunidades né E hoje tenho 30 40 50 anos e tô aqui né Depende do meu pai da minha mãe e da minha mulher do meu marido enfim não por escolha né porque enfim tem pessoas que por escolha acabam né fazendo um casamento onde isso é OK tá tudo acertado ali não tem problema mas não por escolha mas por realmente não ter conseguido fazer aquilo que queria na vida tá então para trazer uma polêmica né Dificilmente uma pessoa em altimia que não esteja num quadro
depressivo e conquistou muitas coisas na vida ela vai ter um alto conceito tão ruim entende interessante isso é interessante isso né porque eu imagino que tem muito livro de auto-ajuda e zona de pessoal e acho que talvez até linhas terapêuticas que vão tentar de colocar numa posição às vezes assim para você se sentir bem sabe bem que resolveu o problema logo não tem algo assim é autoajuda né Principalmente É mas você sabe que é isso uma das coisas que eu mais gosto na TCC é assim é a racionalidade eu pessoalmente sou uma pessoa muito racional
e eu acho que você olhar para as coisas da forma como elas são né Eu acho que te dá uma outra visão da vida das coisas então assim não é que você vai chegar para uma pessoa que realmente não construiu nada realmente né tá com muitas dificuldades na vida porém razões que sejam inclusive de transtornos né mentais inclusive questões psicopatológicas e você vai dizer para ela olha Se olha no espelho e diz que você é lindo que você é maravilhoso o que você consegue e sua vida vai mudar não não vai né não vai então
assim a TCC tem muito isso né eu olhar para as coisas como elas são eu estou aqui nesse lugar de fato eu não construir mas não significa que daqui para frente eu não possa fazer entende não significa que daqui para frente eu não posso Superar as minhas dificuldades e eu não consigo avançar e É nesse sentido que a terapia vai te ajudar né é eu estou aqui de fato eu não construir não é passar a mão na cabeça não é ser Poliana aquele aquele livro antigo né da minha época de criança Poliana era uma menina
que todas as desgraças do mundo aconteciam com ela mas ela brincava de uma brincadeira que era o jogo do contente ela sempre achava uma coisa boa dentro da pior tragédia então assim terapia cognitiva não é jogo do contente da Poliana entende aí você olhar para as coisas como elas são hoje tá ruim significa que vai ser ruim para sempre não quais são os passos que eu preciso dar para melhorar né então é bem objetivo assim eu tô aqui aqui eu quero chegar aqui como é que eu saio daqui para cá quais são os passos que
eu preciso dar para chegar aqui entende e aí o processo é construir esse espaço construir essa escadinha para o paciente chegar lá sabe para ele conseguir Alcançar aquilo que é o objetivo dele e diga-se de passagem esse objetivo ele tem que ser realista né ele tem que ser um objetivo alcançável se não for alcançável a gente vai ajudar o paciente pelo menos quebrar isso em metas menores para que a gente consiga pelo menos alcançar alguma coisa entende porque não adianta Ah eu nunca trabalhei no mundo corporativo Eu Não Sou formada em administração engenharia nada nesse
sentido mas agora eu decidi que eu quero ser se ou de uma grande empresa multinacional e eu vou botar meus currículos qual a chance real de eu conseguir isso entende talvez nenhuma né Ah tá bom eu tô aqui mas eu quero chegar aqui eu quero ser CEO da empresa quais são os passos que eu preciso dar para chegar aqui ah sei lá você vai ter que aprender inglês você vai ter que fazer uma outra graduação que é essa que você fez não vai te ajudar você vai ter que fazer uma graduação ou uma pós-graduação x
você vai ter que fazer uma emiliei você vai ter que ah ok então até onde eu consigo ir quais são os passos que eu tô disposta a dar para alcançar esse objetivo Ah não tô disposta a dar esses Passos Ok então vamos diminuir o objetivo não precisa ser CEO pode ser funcionar na empresa né pode ser sei lá enfim pode montar uma micro empresa não sei então é muito assim eu tô aqui eu quero chegar aqui os passos que eu tenho que dar são esses tô disposta a dar banco né esse objetivo banco Ok então
vamos lá vamos quebrar em metas menores né E vamos chegar lá Não não banco é muito para mim não não nesse momento da minha vida eu não tenho como fazer outra graduação fazer MBA estudar inglês estudar alemão francês então tá bom então Vamos diminuir o objetivo Vamos botar um objetivo que seja possível né Então essa racionalidade [Música] essa conexão com a realidade é muito muito legal isso mesmo a gente pode fazer uma pausa rapidinho só para ir no banheiro ali e tal tomar café café na hora já voltamos e Fernanda eu vou já já ler
as perguntas da galera mas antes eu tenho uma dúvida quando eu tava lendo o livro lá da TCC inclusive ele tá ali Eu fiquei em dúvida assim eu não cheguei na parte ainda mas olhei por cima assim por que que ele dá nomes porque que tem nomes para diferentes tipos de crenças né crenças nucleares intermediários o que que é tudo isso que que é esse universo aí das crenças então lembra que eu falei para vocês sobre a formulação de caso né que é uma coisa que guia a gente assim né no tratamento do nosso paciente
e para a gente entender claro que essa divisão toda é didática né na prática assim aquilo que eu falei localiza a crença intermediária aqui no cérebro para mim né Uma metáfora uma uma forma didática da gente conseguir esclarecer tanto para o paciente como também a gente se guiar Mas você falou da diferença de crenças né intermediária e as crenças nucleares são essas duas que existem dois tipos é basicamente as crenças intermediárias elas são na verdade pressupostos São Regras que a gente vai criando ao longo da vida então por exemplo se eu não me apresentar bem
no podcast Então significa que eu sou um fracasso significa que eu não posso mais ir em nenhum podcast eu serei derrotada para sempre entende então essa essas regras que a gente vai estabelecendo ao longo da vida por exemplo eu falei da ansiedade social né da fobia social é uma pessoa que que tem ansiedade social ela pensa o seguinte se eu falar alguma coisa né Se eu por exemplo levantar a mão na sala de aula para tirar uma dúvida as pessoas vão perceber que eu não sei nada né que eu sou incompetente que eu sou incapaz
então o que que a pessoa faz o processo de evitação que eu falei eu tenho uma dúvida mas eu não pergunto eu guardo essa dúvida para mim né porque porque a pessoa tem essa regra que a gente chama de crença intermediária se eu falar então as pessoas vão saber que eu não sou bom que eu não sei nada que eu sou incompetente que eu sou incapaz etc Então a gente tem muitas regras né n regras que a gente vai estabelecendo ao longo da essas regras que a gente chama de crianças intermediárias é elas na verdade
vão sendo criadas ou situações né que a gente vive e em determinado momento Elas podem até ser funcionais aquilo que eu falei não tem nada que seja totalmente disfuncional ou que seja disfuncional por si só depende do contexto né então em algum momento talvez não fazer uma pergunta ficar calado ajudou aquela pessoa de fato ela escapou de uma situação difícil de um embaraço de fato ajudou mas aí criar o problema não é a regra O problema é a regra rígida entende tipo então já que eu criei eu me livrei de uma situação embaraçosa então eu
chego à conclusão de que eu não posso nunca mais falar porque assim não toda vez que eu falar vai ter uma situação embaraçosa e eu vou me meter nessa situação embaraçosa e aí eu criei uma regra entende a gente é igualzinho e isso a gente vê muito isso no paciente com toque né pa que eu mais gosto de tratar na vida é toque primeiro que tem um resultado muito bom né e segundo porque é muito legal você ver esse mecanismo de crenças assim no paciente sabe então o que que acontece com o paciente com toque
imagina que eu tô aqui conversando com você e aí por alguma razão em algum momento eu bato na madeira e aí quando eu bati na madeira alguma coisa boa aconteceu ou sei lá eu evitei que alguma coisa ruim acontecesse Tipo eu falei que com você falei ah não Deus o livre bati na madeira e aí bati no meu celular mas ao invés meu celular caiu no chão esse spotifar eu consegui segurar Segurei o celular opa peguei né E aí então eu começo na minha cabeça social Olha se eu bati na madeira naquele dia e o
celular ia cair no chão e ia quebrar a tela toda e eu consegui segurar eu impedir então talvez seja bom eu bater na madeira né eu tô falando aqui didaticamente Claro o paciente ele não tem essa consciência ele vai fazendo né Ele vai fazendo enfim e aí vai se estabelecendo essas regras rígidas na cabeça do paciente então toda vez que eu pensar que alguma coisa ruim vai acontecer eu vou lá e vai bater na madeira toda vez que eu pensar que algo de ruim pode acontecer eu faço um sinal da cruz e aí ele vai
criando essas regras rígidas né que a gente chama de crenças intermediárias e ele vai criando comportamentos para lidar com essas regras né então eu preciso bater na madeira para se eu não bater na madeira algo de ruim vai acontecer né E aí eu faço o comportamento de bater tá Então essas são o que a gente chama de crenças intermediárias né que são essas regras e essas crenças intermediárias elas estão diretamente ligadas ao que a gente chama de crenças nucleares tá que aquilo que a gente acredita que mais forte sobre nós mesmos então por exemplo se
eu levanto a mão para tirar uma dúvida na sala de aula as pessoas vão achar que eu não sei nada e o que que isso significa sobre mim aí cai na minha crença nuclear significa que eu sou incompetente que eu sou incapaz que eu sou burro né então sou alguma coisa é a expressão da nossa crença nuclear as nossas crenças nucleares elas podem ser positivas ou negativas em tese todo mundo tem crenças nucleares positivas e negativas e aquilo que eu falei antes o objetivo é equilibrar então se eu me acho linda maravilhosa Espetacular outra inteligente
Isso é um problema também faz sentido você não vai mais estudar né eu não vou mais estudar e assim isso está desconectado da realidade né então qual que é o objetivo é equilibrar por exemplo eu sei que eu tenho capacidade de dar uma boa aula sobre terapia cognitiva foi professora muitos anos sou professor ainda né estudo bastante o tema então eu sei que eu consigo Pode ser que um dia a aula sai melhor Pode ser que um dia de aula saia Pior né vai depender de como eu tiver problema em casa então vou estar mais
dispersa e aí já não vai ser tão bom mas via de regra eu consigo falar os alunos conseguem me compreender eu consigo passar o recado consigo explicar as coisas OK agora se você me dizer assim Fernanda na semana que vem vai ter aqui na sala São Paulo né que inclusive eu adoro um conserto de violino você pode tocar violino fazer um conserto você sozinha na Sala São Paulo eu vou te dizer Poxa obrigada pelo convite mas certeza que você trocou a Fernanda não sou eu né porque eu nunca peguei não violino eu não tenho condição
de aprender a tocar violino para semana que vem então esse equilíbrio de crenças ele protege a gente entende porque Qual que é o problema se eu me acho perfeita maravilhosa super inteligente capaz de tudo eu vou aceitar o seu convite para tocar violino na semana que vem na Sala São Paulo o que que vai acontecer comigo vou passar um vexame né vou passar uma grande vergonha porque eu nunca peguei não é não dizer que eu nunca toquei eu nunca peguei num violino assim pegar na minha mão nunca peguei entende como que eu vou tocar não
conserto sozinha numa sala né super especial com um som maravilhoso com toda acústica perfeita mas vai ser um vexame né então assim ter esse equilíbrio protege a gente por outro lado se eu penso que eu sou ruim em tudo que eu não sei nada que eu sou incapaz de tudo eu também não me exponho a situações que eu poderia me sair bem entende mas talvez essa crença dias eu sou burro por exemplo não pode fazer você querer estudar mais e isso ser de certa forma funcional para alguma pessoa é mas na prática não funciona assim
entende na prática quando a pessoa se acha burra Ela nem tenta verdade eu não vou conseguir verdade é isso que a gente vai mudar na terapia ok Você se acha burro tudo bem Pode ser que seja verdade mas o que que a gente precisa fazer na terapia aí eu acho isso tão lindo ou ficou eu me empolgo quando eu falo disso a gente precisa desafiar sua crença entende você precisa provar para você mesmo e para mim que você é burro Pode ser que você seja e se você for não tem problema a gente fala assim
mesmo para o paciente né Pode ser que você seja burro mesmo pode ser que a gente Confirme sua crença essa é uma possibilidade daí a gente vai trabalhar para melhorar a burrice não tem problema né quem é burro aprende então a gente vai trabalhar para melhorar sua burrice agora pode ser que você não seja tão burro quanto você pensa Pode ser que você seja menos burro e quem sabe assim talvez no melhor dos mundos pode ser até que você seja um pouco inteligente sabe como que a gente vai saber se a gente testar como que
eu vou aprender a andar de bicicleta na teoria vendo vídeo no YouTube até posso né inicialmente mas em algum momento eu vou ter que subir na bicicleta eu vou ter que andar né como que eu vou aprender a nadar vendo vídeo pode ser existe Eu não sei nadar né então não sei como é mas assim deve ter uma técnica né que você aprende e tal mas eu vou conseguir nadar fora da piscina não em algum momento eu vou ter que entrar na piscina né então qual que é o problema da gente se achar burro incapaz
incompetente inútil o que quer que seja de crença nuclear negativa O problema é que a gente nem tenta O problema é que por eu não saber nadar e eu achar que eu sou incapaz de nadar eu não pulo na piscina então eu nunca vou aprender eu nunca vou saber né Eu nunca vou saber nem se eu sei boiar se eu sei nadar cachorrinho se eu consigo chegar de um lado para o outro porque eu não pulo na piscina né então o que a gente vai fazer com o paciente é ajudar ele a pular na piscina
e dizer olha pode ser realmente que você seja burro mas a gente vai tentar se você for ok a gente vai ver como a gente lida com isso depois mas primeiro a gente tem que tentar entende então é isso que a terapia vai fazer isso é lindo você deve ter visto vários exemplos legais disso mas é muito legal é muito legal muito bom isso cara e como é que você escolheu psicologia como é que você chegou nessa conclusão e pois você tá cada vez estudando mais se aprofundando mais enfim eu tenho TDH Eu tenho um
transtorno Déficit de Atenção hiperatividade Então eu ia muito mal na escola muito mal muito mal real assim minha mãe é professora meu pai também é estudioso lê muito Enfim então assim eu era eu era a decepção da família assim sabe eu estudava um pouco mas assim eu ia muito mal principalmente nas matérias de exatas né matemática física coisas que tinham cálculo uma vírgula muda tudo né redação história eu conseguia me sair melhor porque eu sempre falei bem Lia muito não Lia nada que era da escola mas ele é outras coisas né muita filosofia gostava muito
e eu vivia na biblioteca da escola né eu estudava numa escola uma escola de Padre Jesuítas lá em Salvador uma escola muito grande e tinha uma biblioteca imensa imensa então muitas vezes na hora do intervalo ou quando acaba a aula eu biblioteca E aí numa dessas passeadas pela biblioteca eu encontrei dois livros de Freud interpretação dos sonhos um e interpretação dos sonhos 2 é a continuação e adolescente 14 anos oitava série atual nono ano né Na época chamava oitava série E aí eu falei para bibliotecária eu falei pode levar os dois ela falou mas por
que que você quer levar os dois tipo você não vai ler os dois ao mesmo tempo mas eu falei porque ele falou Miú e volume 2 eu já quero ficar com os dois na mão Aí como eu era assim eu era muito habitué da biblioteca assim ela me conhecia muito né ele falou tá bom vai vamos liberar para você os dois e tal e aí toda semana eu ia lá e renovava né assim para uma menina de 14 anos era uma leitura difícil né mas enfim o que eu li e o pouco que eu consegui
entender né eu fiquei fascinada eu falei nossa isso aqui é muito legal né É muito legal e a leitura de Freud é maravilhosa assim é inegavelmente né Eu já falei que eu gosto muito eu sou fã do froid mesmo né a leitura dele é Freud escreve assim talvez nenhum outro autor da Psicologia escreva tão bem quanto para escrever a leitura dele é muito boa então eu fiquei fascinada por aquilo né E aí eu cheguei em casa com os dois livros de Freud botei na mesa assim e falei tudo bom família Bom dia para vocês é
o seguinte eu vou fazer faculdade de psicologia aí minha mãe me olhou assim Faculdade de Psicologia psicóloga é tudo maluco Fernanda minha mãe é professora né E ela falou todos os meus alunos mais problemáticos são filhos de psicólogo não não não não pode escolher outra coisa psicologia você não vai fazer e naquela época tinha um estigma muito grande assim né psicólogo realmente eu era doido né a visão social não que fosse né mas a visão social ou era doido né fatalmente pobre ou então era aquele cara viajadão assim entendeu aí minha mãe falou não não
não não pode ser o que você quiser agora psicologia não sei aí meu pai endossou né falou é não que maluquice psicologia vai fazer o quê vai cuidar de maluco não não não não não vamos escolher outra coisa E aí assim na rebeldia adolescente né Essa negativa talvez até eu nem tivesse feito Psicologia de fato talvez se com 14 anos ele tivesse entendido aham tá bom Ok eu sei o que você quiser talvez eu tivesse até escolhido outra coisa mas aí eles eram não não e eles levaram essa negativa até o terceiro ano e eu
dizendo você psicóloga sim porque é o sonho da minha vida é ser psicóloga eu olho para trás e digo da onde filha sonho do que né eu não sabia eu nunca fiz terapia nessa época né nesse período da escola eu não tinha um diagnóstico ele deve ter atenção tipo assim não tinha nenhum nenhum motivo real concreto porque eu acho que muita gente escolhe a psicologia assim ah eu passei por um processo né terapêutico né na escola no ensino médio que me ajudou muito E aí eu vi naquela profissional ali que me atendeu e tal não
eu não tive né pelo menos eu acho que sim pelo livro mas muito pela rebeldia adolescente assim sabe de dizer meus pais não querem que legal então é isso que eu quero entendeu e eu lembro que o padre né que era o diretor da da escola que eu estudava né talvez tem alguém que fosse da escola e me ouvindo era padre darlina na época e eu era engajada assim eu participava de grupo de jovens e tal e aí Padre Darling me chamou e falou olha Fernandinha deixa eu conversar uma coisa com você você fala tão
bem você escreve tão bem eu consigo ver você assim um advogada bem sucedido uma juíza Vamos colocar direito em alguma opção E aí eu falei não Não vamos não vamos colocar psicologia em todas as opções né então assim foi meio que assim né mas aí aconteceu um processo comigo que foi interessante o que que aconteceu eu passei dos 14 Até os 17 quando eu prestei vestibular dizendo que eu não era uma boa aluna porque eu não precisava daquilo eu não precisava de física eu não precisava de matemática eu não precisava nem de história que eu
gostava eu não precisava de geografia eu não precisava de nada porque porque eu ia ser psicóloga então eu considero que essa escolha tão cedo me atrapalhou Até porque eu não estudava nada da escola nada eu li a filosofia e o livro de Freud basicamente né também atrapalhou muito e aí quando eu entrei na faculdade o que que aconteceu eu me vi diante da seguinte situação a vida toda eu disse que eu não era boa né que eu não conseguia tirar notas boas e porque não era nada daquilo que eu queria agora chegou a coisa que
eu quero né que eu disse a vida toda que eu queria e que eu iria fazer bem quando chegasse esse momento esse momento chegou então agora estamos aí né ou eu vou provar para mim mesmo e para todo mundo que eu realmente sou burra né que eu realmente não consigo nada e essa essa crença vai se confirmar ou então agora eu vou ter que provar em paralelo a isso veio o diagnóstico deve ter atenção e é um professor da faculdade que era psiquiatra e eu me acabei me tornando monitora dele ele falou Olha você tá
falando assim do nada você para e fica que nem aconteceu aqui agora né é o que mesmo que eu tava falando e entre outras coisas né que a gente convivia assim mais próximo porque eu era monitora dele ele falou porque você não faz uma avaliação de Déficit de Atenção eu acho que você tem e aí eu fiz deu confirmou E aí assim isso correu em paralelo né A minha vontade de estudar aquele assunto para provar para mim mesma que eu conseguia que eu era capaz e o diagnóstico de Déficit de Atenção que foi um salto
na vida né assim poder tomar medicação poder entender o que era fazer o tratamento e conseguir de fato resultados melhores porque muitas das coisas que aconteciam comigo era a falta de atenção né era uma dificuldade de me concentrar ali presta atenção e entender o que eu estava lendo E aí a partir de que momento você percebeu que a baseado em evidência TCC tal era interessante Ah então aí a psicologia baseada em evidências eu só conhecia Eu me formei em psicologia em 2005 e aí fui fazer especialização mestrado e aí entrei no doutorado E aí no
doutorado eu consegui uma bolsa para fazer um sanduíche na universidade de Oxford o sanduíche significa que você faz uma parte no Brasil faz o recheio lá fora e você tem que voltar para o Brasil para terminar o seu doutorado se você não voltar tipo você perdeu o diploma né era a forma que foi pela Ciência sem Fronteiras era a forma que o governo tinha na época de trazer o pesquisador de volta né uma vez que muito se perdia né da pesquisa no Brasil porque o governo financiava você a vida toda né pagava mestrado para você
bolsa pagava bolsa de doutorado aí você terminava doutorado você ia fazer um pós Dog fora do Brasil não voltava nunca mais E aí você perdia né aquele pesquisador aquela pessoa que poderia dar um retorno para o país então eles criaram essa essa forma né de amarrar o pesquisador Ou seja você vai mas se você não voltar tudo para o problema é seu mas também diploma você não tem né E aí eu consegui essa bolsa para fazer o doutorado na universidade de Oxford E aí quando eu cheguei lá eu era professora de graduação aqui eu comecei
a dar aula aqui no Brasil como professora no mestrado e aí quando eu cheguei lá na universidade de óculos para fazer essa parte do doutorado eu fui olhar grade curricular da Faculdade de Psicologia de Oxford né eu falei professora né cara eu quero ver quem é quem são os professores daqui que dá um sei lá de repente a mesma disciplina que eu dou lá no Brasil de repente a gente consegue conversar e tal aí eu abri a grade da Universidade de Oxford e comecei a procurar as disciplinas e falei ué mas tá faltando muita coisa
aqui nessa nessa grade curricular né da Universidade não tem Gestalt não tem humanismo não tem psicanálise Então tá voltando tudo aqui esse cara isso tu não quer aqui né E até então eu tinha aquela ideia de que é tudo igual porque foi o que eu aprendi aqui no Brasil é tudo igual você pode escolher qualquer abordagem Todas têm a mesma efetividade e você escolhe aquilo que é faz mais sentido para você eu já era né já tinha escolhido a TCC porque fazia sentido para mim mas não fazia a menor ideia sobre prática baseada em evidências
aí eu coleciono vergonhas né porque eu já passei muitas na vida aí eu fui colecionar mais uma né Aí cheguei para o meu professor lá do doutorado e falei tudo bom professor Deixa eu te falar uma coisa eu sou professora de Universidade lá no Brasil e tal e eu tava olhando a grade curricular de vocês mas eu acho que no site está com um erro tá com algum problema aí o inglês né o inglês assim sempre muito sério muito ele já olhou para mim assim tipo que a gente está fazendo errado aqui eu falei não
não não não que vocês estejam errados mas assim eu acho que na hora de colocar no site não saiu tudo aí ele falou tudo o que tudo disciplinas assim tipo psicanálise gestal tio humanismo ele assim me olhando Aí eu falei não não consta na grade curricular de vocês ele falou sim não custa porque não tem Meu mundo caiu eu falei oi não consta porque não tem eu falei mas como não tem aí ele falou você viu lá no primeiro e no segundo semestre história da Psicologia eu falei ele falou tá tudo lá aí eu falei
oi não pera aí você não entendeu eu tô falando assim psicanálise froid ela cansa essas coisas tal de humanismo ele falou tá tudo lá história da Psicologia o que aplica hoje é terapia cognitivo comportamental e análise do comportamento e foi saindo eu não sabia se eu ia atrás dele e se eu ficava né enfim e foi aí que eu fui no doutorado né foi que eu fui tomar pedra essa situação e o que era prática baseada em evidências e que de fato né na Inglaterra e nos Estados Unidos principalmente muitas abordagens da Psicologia que a
gente vê aqui no Brasil são história né que loucura isso Pois é loucura imagina como eu fiquei né tipo assim eu já tava no doutorado né Ou seja eu falei meu Deus como que ninguém nunca me falou isso eu descobrindo isso agora né E aí é que eu fui me dar conta tipo a psicologia no Brasil pois é pois é tem muita gente que descobriu isso me seguindo na internet eu comecei no Instagram em 2016 quando eu comecei não tinha ninguém falando sobre isso na internet da Psicologia especificamente das outras áreas tinha mas da Psicologia
especificamente não tinha ninguém falando sobre isso então você tem ideia do quanto que eu fui apedrejada chamada de louca desconectada da realidade psicótica e tudo né Como assim psicanalizar a história da psicologia tá louca essa menina tá louca Então assim hoje já tem muita gente falando sobre isso as pessoas já estão mais informadas né a gente já tem um posso considerável mas em 2016 Comecei em 2016 era tudo mato né quando eu comecei a vender o primeiro curso final de 2016 início de 2017 eu vendia no Direct Você tem noção como é vender um curso
no Direct tipo oi vagas abertas aí a pessoa mandava mensagem oi quanto custa eu dizia custa x deposita aqui na época nem pix tinha né era dockpad faz o depósito aqui nessa conta aí a pessoa me mandava o comprovante aí eu ia lá incluía ela no grupo era era tipo tudo manual né não tinha nada cheguei Quem começou a trazer essa essa visão da Psicologia aqui para o Brasil Você tem alguma noção disso assim mas antes de divulgar assim pra pra galera é eu acho que uma divulgação na internet sim né Considero que foi eu
que trouxe isso para o Brasil que eu acho que é muita assim né muita é tem pesquisadores que escreveram sobre isso né que publicaram livros artigos Enfim então mas assim eu acho que uma divulgação Científica na internet tal aí aí eu acredito que que se eu não fui a primeira mas tipo entre as primeiras ali a falar sobre isso na internet né quando eu comecei a falar de psicologia na internet em 2016 É claro que eu fiz uma pesquisa né para ver o que que já se falava de Psicologia nas redes sociais e era muito
uma psicologia mais autoajuda assim né se ame se aceite você é linda não não que isso não seja bom mas enfim era um tipo de Psicologia que eu não queria né tipo não é isso que eu quero falar para as pessoas eu não quero ajudar as pessoas dessa maneira eu quero ajudar de uma outra forma eu quero ajudar com conhecimento mais técnico e o meu raciocínio foi eu posso trazer um conhecimento técnico para o leigo né você explicar para o leigo essa arquitetura das crenças né digamos assim e isso pode ser feito de uma maneira
didática pode ser feito de uma maneira que uma pessoa que não é psicólogo compreenda e isso vai ajudar essa pessoa no meu entendimento muito mais né do que ela acreditar que ela é linda e que ela pode fazer as coisas mas né Se ela entender o mecanismo desse processo e ela entender como ela pode mudar esse mecanismo eu acreditava e acredito ainda que isso pode ser muito mais efetivo né então foi nesse sentido que eu pensei eu falei eu quero fazer uma coisa na internet mas eu quero fazer uma coisa que de fato gera impacto
na vida das pessoas que não seja mais um tá que não seja mais assim uma espécie de autoajuda uma espécie de tinha um processo sem cientificidade né E daí eu comecei imagina que nesse tempo você passou por muitas coisas eu queria saber a tua a tua visão sobre um assunto que é que é muito falado e talvez a gente ainda entende muito errado sobre o que que é não sei nem se tem uma definição certa disso mas como é que se enxerga a felicidade assim o que que você sente que aproxima mais a gente de
ser uma pessoa mais feliz do que Afasta a gente então esse assunto filosófico né a ciência tem certos conceitos que a gente tem dificuldade porque é o amor né como é que eu posso mensurar se o meu companheiro se o meu parceiro me ama não dá comportamentos observáveis né então vou te dar um exemplo hoje por exemplo o meu namorado né eu sou separado do pai da minha filha e eu eu tenho um outro relacionamento E aí o meu namorado ele foi se despedir de mim mas ele tinha que ir para o hospital ele é
médico ele tinha que ir para o hospital e eu tinha que ir para o aeroporto E aí enquanto eu tava me arrumando ele ligou para um colega e falou oi irmão você quer um galho aí para mim Segura as pontas aí que eu vou chegar um pouquinho atrasado para que para me levar no aeroporto né então isso é um comportamento mensurável de entre aspas amor né porque porque ele poderia ter dito olha vim aqui te dar um beijo um beijo para você boa viagem tudo de bom pega seu Uber aí e vai para o aeroporto
tá tudo certo né OK teria sido legal também mas esse é um comportamento observável a gente consegue mensurar mensurar de que maneira do esforço que a pessoa faz né para ter um cuidado com você para ter um carinho com você Enfim então o amor é um exemplo disso a gente só consegue perceber o amor de outra pessoa através dos comportamentos dela às vezes fala ok né aí eu te amo mas só eu te amo vazio em algum momento né se a pessoa não faz nada concretamente se eu te amo vazio uma frase só exatamente vai
cair né Eu te amo mas eu não faço nada por você né Eu te amo mas quando você me pede para pegar um café ali na cozinha eu digo Ah eu não posso agora não dá né então assim coisa simples a pessoa não faz então você começa a questionar que eu te amo é esse a felicidade é a mesma coisa a felicidade ela é é auto relatada né então eu te pergunto você é feliz E aí você vai me dizer sim ou não Eu talvez com alguns comportamentos seus eu consigo Observar isso mas eu não
vou conseguir mensurar isso de Fato né o quanto que você é feliz observando você aqui no seu trabalho eu vou ver você sorrindo Mas talvez se eu perguntar para você você tá feliz você é feliz você vai me dizer não eu tô aqui meio que fingindo no trabalho isso acontece né então a felicidade ela só pode ser mensurada através do alto relato assim como a dor assim como várias coisas a dor também a gente tem como medir dor Vamos fazer um exame para medir a dor né A dor é alto relato de 0 a 10
quanto tá doendo Aí você vai me dizer tá doendo 10 tá doendo oito tá doendo eu tenho que aceitar o seu relato né então a felicidade é a mesma coisa existem fatores né existem questões dentro da Psicologia que facilitam ou dificulta uma pessoa ser feliz por exemplo o estado de humor dessa pessoa Talvez o principal se a pessoa tá em depressão se ela tá num quadro depressivo ela nunca vai dizer para você que ela é feliz Entendi então trazer ela para eutimia para esse humor normal é o primeiro passo tá outros fatores essa questão do
senso comum que a gente chama de autoestima né que a gente já falou bastante aqui sobre isso ou seja como eu mesma me avalio isso também tem um impacto na felicidade se eu me acho inútil incapaz incompetente burra tudo isso que a gente comentou até aqui como que eu vou ser feliz né se o meu alto conceito é tão ruim então assim melhorar esse autoconceito também é outro ponto para felicidade e aí entrou outras questões ainda mais subjetivas do tipo relacionamentos né uma rede de relacionamentos Então você ter com quem contar isso também né parece
ser algo que impacta na felicidade da pessoa você se sentir útil você sentir que você tem um impacto ali naquele ambiente que você vive né que você consegue ajudar alguém que as pessoas te procuram imagina que você tá aqui no seu trabalho e tem sei lá 10 pessoas aqui trabalhando com você e os funcionários todos eles se procuram entre si para resolver problemas mas ninguém procura você ninguém nunca te consulta para resolver um problema Ninguém chega para você e diz assim vem cá é me ajuda aqui como que eu faço com essa garrafa de água
aqui eu ponho Onde eu ponho aqui eu ponho o que que você acha ninguém pergunta nada para você Como você vai se sentir né então assim ser útil ser é ajudar as pessoas de alguma maneira né contribuir para aquele ambiente ali também parece ser um fator que impacta nessa percepção de felicidade né que na verdade é uma percepção é uma percepção subjetiva né a gente não tem como eu falei como mensurar isso concretamente mas esses fatores né parece que são os principais os que mais contribuem para essa percepção subjetiva de eu sou feliz ou eu
não sou feliz né E claro existem outros outras coisas também fatores socioeconômicos né que a gente não eu tô falando dos fatores psicológicos especificamente Mas é claro se uma pessoa tá num estado de pobreza extrema né Se ela não tem comida se ela não tem lugar para morar se ela não tem então assim não tô nem entrando essa questão né dos fatores socioeconômicos que Óbvio isso vai impactar também né perfeito e uma tá de boa de tempo posso fazer mais uma pergunta ali que eu queria eu fiquei curioso daquela questão do Big five que você
falou eu nunca tinha eu não sabia que tinha alguma alguma coisa de personalidade que a ciência já estava envolvida como é que é isso tem né durante muito tempo a gente tinha muitas teorias da personalidade baseadas em teorias da Psicologia então por exemplo a psicanálise ela tem a teoria da personalidade dela né o humanismo tem uma teoria de personalidade Enfim então as abordagens da Psicologia foram tentando explicar a personalidade a sua maneira né da forma na sua visão de homem e visão de mundo Então como que eu posso explicar a personalidade a partir da perspectiva
freudiana por exemplo E aí o grande ponto é a gente não tinha uma uma perspectiva uma teoria da personalidade que de fato a gente pudesse misturar isso de uma maneira mais científica e a gente pudesse né validar isso de uma maneira mais científica E aí aconteceu um fenômeno interessante existe um uma medida estatística né que se chama análise fatorial é quando você pega um grupo de coisas e esses esses elementos desse grupo se juntam conforme afinidade digamos assim né então você tem lá um grupo imenso de frutas por exemplo E aí é como se todas
as bananas Se juntassem todas as maçãs Se juntassem todas as peras se juntassem e elas formam subgrupos dentro desse grupo maior assim de uma maneira muito simplificada e bem leigamente é isso que a análise fatorial faz ela pega um grupão grande de coisas e ela agrupa em subgrupos as coisas que tem afinidade E aí o que que aconteceu diversos pesquisadores né ao longo da história e em diferentes lugares do mundo começaram a estudar personalidade a partir de análises fatoriais e o mais interessante disso tudo é que esses distintos pesquisadores em vários lugares do mundo sem
se comunicar chegaram nesses cinco fatores sensacional né Que [ __ ] pois é de maneira independente sem comunicação sem trocar ideia Eles chegaram nos cinco grandes fatores de personalidade que a gente tem hoje né então é esses esses cinco grandes fatores que a gente chama de Big five eles têm subfatores dentro deles né e explicam a nossa personalidade de maneira geral né eles eles dão para a gente um parâmetro uma noção de agrupamentos de personalidade de formas da gente se expressar por exemplo existem pessoas que são mais extrovertidas né então extroversão é um fator de
personalidade tá E aí você tem a extroversão de um lado e a introversão do outro nenhum fator é bom ou ruim necessariamente é aquilo que eu falei tudo tem que ser analisado dentro do contexto você ser extrovertido demais pode ser ruim né pode ser sei lá invasivo sem noção né você chegar no lugar que você não conhece ninguém e aí uh Cheguei né pode ser uma coisa muito ruim inclusive então é você ter um pouco de introversão Em alguns momentos né você não chegar no enterro dando gargalhada adequação ali é importante mas assim a extroversão
é um desses fatores então tem pessoas que são mais extrovertidas como que isso é formado por exemplo aquilo que eu falei existem questões genéticas e existem questões ambientais né então a pessoa Ela traz alguns fatores né alguns pontos ali temperamentais e o ambiente vai favorecer ou não a expressão daquilo então Digamos que você até tem ali né a extroversão ali tem esse componente mas o seu ambiente lipodou a vida toda quando você se expressar as pessoas não não fala né seus pais os professores da Escola sempre que você falava os seus colegas Riam de você
então o que que vai acontecendo com você você vai limitando né a sua expressão de fala a sua expressão Mais espontânea né espontaneidade que é característica do extrovertido você vai limitando isso em algum momento isso deixa de ser uma característica expressiva em você né você deixa de expressar isso de maneira tão assim aparente então A genética e o ambiente sempre né terminando um dos né a extroversão é introversão a gente tem um neurotismo né que é esse que tem uma predisposição maior digamos assim para alguns transtornos né como depressão ansiedade etc a gente tem abertura
A Experiência né que a capacidade que a pessoa tem de gostar de novas experiências né de se abrir para novas experiências novas possibilidades né Tem pessoas que gostam mais tem pessoas que gostam menos Então dependendo da pessoa isso né vai vai ser uma característica maior dela ou ou não né aí a gente tem o que mais a gente tem Lembrar de todos agora extroversão neuroticismo abertura experiência [Música] mas eu vou lembrando já E aí esses fatores eles vão determinar a partir de questões genéticas e a partir da expressão né dessa dessa desses fatores no ambiente
se você vai ter mais aquilo você vai ter menos aquilo então é sempre multifatorial né em psicologia a gente sempre fala que as coisas são multifatoriais não é um único fator que vai determinar o resultado é um conjunto de fatores genética ambiente a história familiar sua história de vida né Às vezes você tem uma história de vida que é mais difícil que é mais sofrida né então isso vai se manifestar na sua personalidade também né vai ter algumas dificuldades que outra pessoa que teve uma vida mais tranquila né que teve uma vida mais mas amparada
ali ela ela vai ter menos dificuldades em relação a certas coisas é óbvio né pronto faltaram duas aí né realização e socialização socialização e Isso muda né durante a vida Eu imagino né ou não então a personalidade é um componente relativamente estável né então assim muda pouco depois que a personalidade está formada e ela se forma até por volta dos 18 anos 20 anos por ali ela tá mais ou menos formada então meio que você tem uma estrutura né você tem a sua espinha dorsal ali é impossível mudar não mas assim ninguém gira assim de
80 graus entende então você não vai deixar de ser super introvertido e passar a ser essa pessoa que vai chegar uh Cheguei galera não né você vai alguns tons ali tá então uma pessoa muito introvertida ela nem consegue falar ela chega no ambiente ela faz ela né de tanta vergonha que ela tem isso é prejudicial Então a gente vai trazer ela um pouquinho mais para cá agora a gente vai levar para o outro extremo muito difícil né abertura novas experiências por exemplo essa é o meu fator meu fator de personalidade mais baixo eu não gosto
muito de novas experiências né até Ok me arrisca em algumas coisas mas assim ah vamos ali escalar uma montanha Não obrigada tô bem aqui né eu não gosto assim via de regra a minha o meu primeiro impulso a dizer não sempre né eu gosto de rotina eu gosto de tudo estruturado então assim eu vou ser essa pessoa que vai querer escalar montanha pular de paraquedas e não né se isso me prejudicasse muito na vida trouxesse um prejuízo muito grande poderia melhorar um pouquinho né poderia trazer um pouco mais para cá agora 180 a personalidade não
muda né a gente consegue alguns tons né mas 180 graus difícil possamos perguntinhas da galera a Natasha abriu mandou um super-hertz de 10,90 Muito obrigado e mandou o seguinte tudo que tem a Nanda eu tenho que ver ela é incrível Obrigada Natasha beijo boa o Gabriel Nobre mandou um super chat de r$ 10 também muito obrigado e disse o seguinte em meio a busca por calçarmos nossa atuação calcarmos Nossa atuação em evidência científicas Você acredita que possa que seja possível ter nosso autenticidade na atuação ainda que seguindo as evidências sou fã do seu trabalho Claro
que sim essa é uma pergunta muito frequente também né a psicologia baseada em evidências vai fazer a gente perder autenticidade a subjetividade da Psicologia não de maneira nenhuma acontece isso não não a ideia eu acho que as pessoas elas talvez associem muito né a coisa da evidência científica com o protocolo né e trazendo a ideia de que o protocolo é algo muito engessado e algo que não tem espaço para você trazer nada seu né e não é assim porque Entenda eu aplicando um protocolo por exemplo de toque ou de pânico mas ser diferente né de
certa maneira de um outro psicólogo aplicando porque porque existem questões ali que são minhas né não que o protocolo vai ser diferente em si mas a minha subjetividade a minha forma de falar a minha forma de explicar né A minha autenticidade no sentido da pergunta dele isso Óbvio vai aparecer ainda sobre espaço para você dar sua pincelada quase que artística ali na coisa sempre sempre até o modo de falar é diferente né imagina uma pessoa muito introvertida um psicólogo muito introvertido vai ser como eu falando gesticulando não né vai ser uma pessoa mais contida ali
então é tudo isso gera espaço tanto para identificação do paciente né Para que o paciente goste mais de um profissional por exemplo como eu né que já esticou mais que fala mais que fala o alto né É E outra pessoa goste mais de um profissional que seja mais né contidinho que Fale Baixinho naquela naqueles estereótipo do psicólogo né o psicólogo Fala Baixinho é sempre muito equilibrado Fala devagar eu sou o oposto disso eu falo rápido eu falo embolado eu me atrapalho né Eu já estímulo então assim existe espaço para subjetividade tanto do terapeuta quanto do
paciente também né a gente não é podar subjetividade do paciente até porque isso nem tem lógica né nem faz sentido a pessoa tá ali certa forma e como dizer Skinner né todo o processo de psicoterapia tem por base o autoconhecimento Então esse não deve ser o objetivo em si da psicoterapia porque isso já é inerente tipo assim né Você vai para psicoterapia naturalmente você vai se conhecer não tem não tem como você não se conhecer então a gente precisa de um objetivo porque isso vai ter esse aí já o ganho secundário né digamos assim perfeito
Fernanda Muito obrigado muito bom Parabéns aí por todo o seu trabalho pelo quantidade de pessoas que te admiram aí deu para ver e é isso muito obrigado a você se quiser dá uma divulgada nas suas coisas nas suas redes sociais fica à vontade Então quem quiser conversar comigo eu tô todos os dias todos os dias de domingo a domingo no Instagram na caixinha de perguntas então se você tiver alguma dúvida também manda para mim lá eu arroba Fernanda landeiro e no meu canal do YouTube também que a gente sempre faz séries né agora a gente
tá fazendo uma série com outros nomes da prática baseada em evidências né então a gente teve Léo Costa teve o Doutor José Neto né a gente vai ter o Alencar que tem livro muito legal também de Psicologia baseada em Evidente de prática baseada em evidências a gente já teve o psicólo cancelada né que foi que a gente falou de temas polêmicos assim Enfim então tem um canal do YouTube também que a Fernanda landeiro e é isso se quiser conversar comigo eu tô sempre por lá boa todos os links da Fernanda tão aí na descrição Então
vamos lá acompanhar ela é isso mais uma vez muito obrigado obrigado todo mundo que acompanha a gente até aqui até a próxima e tchau