primeiro painel foi assim um ponto pai para cima vocês entenderem que subiu a barra e segundo painel vai ter que se virar estão preparados porque olha o calibre e eu quero a gente sabe que a gente vai deixar de escapar gente não é só o calibre presta atenção nos modelitos a primeira que tá aqui eu ia deixar por último mas já tá aqui primeiro vou ter que segir os chefes GR Mendes ela é R de diversidade pessoal conhece diversidade inus América [Música] Latina eu vou sair da frente mas né não fica de pé pessoal vai
fotografar mod to espera um pouquinho de pé aguenta presta atenção eu vou sair da frente quando entrar gente já entra quem vier não me não me né vem já desfila vem até aqui em mim e volta pra cadeira tá bom E vocês gritam porque cada um tem o palestrante que merece né faz barulho prepara que a segunda não é ninguém nada mais nada menos do que a indispensável a irresoluta a poderosa a barraqueira [Aplausos] Car Olá Olá Olá gente diz [Música] capricha Viu quanto mais arrasar deixa bar vamos lá agora V com vocês é a
v Pereira Ger daidade ela gostar gente é de graça de bo todo mundo e finalmente Barra em caal [Música] vem e [Aplausos] volta você sou ningém gente é de vocês não atrasa Boa tarde para todo mundo É uma honra estar nesse painel com pessoas tão queridas maravilhosas e que dispensam mais apresentações depois do que esse mestre de cerimônias já fez com a gente eu me chamo vuza Pereira eu vou fazer minha áudio de inscrição Já conto um pouquinho mais quem eu sou depois vou convidar minhas colegas a se apresentarem também eu sou gerente de diversidade
do grupo Heineken atualmente eu sou mãe da Sofia de 3 anos que vai amar essa bonequinha que tá no meu colo eu sou de Salvador então vocês vão perceber um sotaque aqui na minha fala bora bae tem bae aí e eu tô fazendo papel de mediação nesse painel aqui hoje eu sou uma mulher negra de pele clara eu tô usando meus cabelos trançados com coque bem alto gente eu t com ado cor-de-rosa mentira minha maquiadora tá comigo é fuxia é um vestido preto e branco tô de bota preta eh e um brinco bem babadeiro babadeiro
branco e preto também vocês se apresentam Pra gente chamar Nossa convidada também para esse bate-papo que vem mais gente aqui para essa roda quem é você na fila do pão grz Mendes então para quem me escuta mas não me vê eu sou uma mulher negra de pele parda com cabelo bem curtinho Meu sobrinho me ensinou que não é mais louro pivete então é nevu para eu ficar mais atualizada né vou por tá descolorido tô usando óculos de armação dourada com brincos Eles são diferentes né em dourado também tô usando um terninho bem discreto mentira mas
cheio de brilho com com traçados eh usando um colar também bem dourado que falaram que estava balanceado com o brilho então tô acreditando nisso espero não ofuscar essa essa luz aí no olhar de vocês tô com um top dizem Alguns podem dizer Amarelo fluorescente outros Verde florescente Mas é uma cor bem florescente tênis branco também meus pronomes são ela e dela e o meu sinal em Libras é um movimento da mão em direção à orelha como se fosse um formato de uma franja mais fazendo ondinhas assim esse pouquinho da minha autodescrição eu estou ao lado
de mulheres [Aplausos] belmas eh eu sou a Carol conk eu tô com tranças ruivas porque eu acho que esse que era o cabelo da princesa da Disney lá sereia que eu achei horrível aquele cabelo que tava lá no filme enfim eu acho que esse que devia ser o cabelo polm não senão né senão não sou eu mas a trança naag no no tom ruivo minhas unhas são douradas eh no formato amendoado tô com um um macacão eh como que eu posso dizer ele ele é de lã mas ele é texturizado em vermelho branco e azul
Marinho e tenho a pele negra H ah eu tô tenho que falar do sapato tô com um sapatinho bico fino vermelho bem de enjoadinha com saltinho 4 cm porque já não posso mais usar salto alto e e estou com uma maquiagem feita por mim mesma não tem muitas cores aqui mas o batom combinando com o sapato é vermelho e tdo lado de uma mulher maravilhosa que vai se apresentar agora também Boa tarde vou falar sem o microfone eu sou Tânia Chaves sou uma mulher negra de cabelos crespos acima do ombro hoje eu joguei eles para
um lado é um penteado que eu costumo fazer em eventos eh Hoje eu tô bem mangueirense tô com macacão Verde tô com macacão verde e um casaco Rosa me falaram no Instagram que eu tô mais para Natal do que PR verde rosa mas são os inimigos tá haters os haters são os haters e calço um sapatinho preto de verniz eh sou a mãe do Ismael um garoto de 17 anos o mais lindo que vocês possam imaginar sou de Belo Horizonte Assim como gras e mineira Olha tem os mineiros também aí ó e é isso tô
muito feliz de estar aqui eu tô Super ansiosa para fazer um monte de pergunta para vocês mas antes disso tem uma pessoa que quer bater um papo com todo mundo vem para cá Gabriela Augusto Olha aí esse luxo Nossa esses dias eu peguei um elevador com essa saia e eu comecei a ver umas coisas mexendo assim nele e aí eu falei o que que tá acontecendo e era eu que tava brilhando é muito brilho é muito brilho né é impressionante mas eu vim aqui para fazer uma pergunta rápida aliás duas perguntinhas para vocês todo mundo
ainda tá com as suas fichinhas né Eu queria perguntar o seguinte quem aqui já veio em outros encontros da maratona do orgulho Levanta a plaquinha do lado a quem nunca veio e a primeira vez levanta do lado B caramba Olha isso tem muito roxinho novo aqui e olha eu queria dar um spoiler Tanto para quem tá vindo pela primeira vez quanto também para quem já nos acompanha um tempo que esse é só o comecinho de algo muito maior ainda nós teremos vários outros eventos ao longo do ano que vem com vários outros temas relacionados à
diversidade inclusão e tá todo mundo convidado e convidada mas além dessa primeira pergunta eu disse que ia falar uma outra coisinha né a gente tá num painel sobre saúde mental e eu que queria dizer que esse ano nós tivemos uma novidade que é a lei da saúde mental que foi publicada em Março agora para quem tem curiosidade em ver com mais calma do que se trata essa lei é a lei 14611 que criou uma certificação para as empresas que possuem programas de suporte psicológico capacitação de lideranças e combate ao assédio Além disso essa lei ela
estimula a transparência nas políticas desenvolvimento de metas e também a prestação de contas periódicas sobre saúde mental considerando isso queria fazer uma pergunta Tá qual que vocês acham que é o melhor caminho para incluir a saúde mental na pauta de diversidade e inclusão das organizações vai levantar a plaquinha a quem acredita que a gente deve investir em campanhas e treinamentos pontuais sabe uma coisinha só para dizer que tá respeitando a lei ou vai levantar a plaquinha B quem acredita que ter saúde mental a gente deve ter saúde mental como um pilar da Estratégia da empresa
com metas e com apoio contínuo não só para lideranças mas também para colaboradores em geral quem é b aqui e quem é a caramba todo mundo Bê a gente entende que diversidade inclusão E especialmente Saúde Mental é algo que deve caminhar conosco sobre isso queria até perguntar para você grz é uma pergunta que a gente vai explorar ao longo do o painel mas eu queria ouvir a sua opinião sobre isso você acha então que saúde mental deve est presente o ano todo nas discussões na estratégia das nossas empresas sim e que bom né que que
a gente compartilha dessa crença o Brasil é o segundo país do mundo em Burnout o primeiro em ansiedade isso mostra o tamanho do nosso desafio eu tive em 2019 fui uma das idealizadoras do programa cuidado eh da t para exatamente para que a gente pudesse pensar em como os ambientes de trabalho poderiam ser mais saudáveis e daí a gente colocar isso como parte da Estratégia entendendo que cuidado e a escolha do nome foi até português tem essa belezura né cuidado pode ser uma interjeição então cuidado num bom mineres presta atenção né nos desafios nas distrações
nos trecos que que a gente fica mergulhado o tempo inteiro nessa Sociedade do Cans eh mas cuidado também vem desse lugar do circuito pional do Cuidado que requer três dimensões indissociáveis cuidar de si cuidar de alguém e aprender a receber Cuidado então quando a gente coloca isso dentro da Estratégia do negócio e a gente fala mais abertamente sobre as questões que nos atravessam isso faz com que a gente possa criar um ambiente para fomentar as saúdes então a gente tá falando não eh eh existe tem cinco tipos de saúde tem cada um pode puxar para
um lado mas você tem não dá para falar sobre saúde mental emocional sem falar da saúde financeira então a gente precisa trabalhar com temáticas de educação financeira dentro das organizações a gente precisa olhar para essa saúde espiritual olhar também para essa saúde relacional eh tem tem mais um monte de saúde aí eu não vou lembrar todas mas na hora que a gente faz isso Eh você tem a dimensão individual também mas você tem um impacto no coletivo O que é super importante é estratégia do negócio e a gente consegue mensurar por exemplo o impacto que
tem nos negócios a partir desses adoecimentos também então é é importante que a gente Considere isso todos os dias como parte do nosso dia a dia para que a gente finalmente possa construir ambientes mais saudáveis para que a nossa história não seja como a gente vem contando desses índices aí que a gente começou falando bom esse é um tema que dá pano pra manga eu vou deixar vocês aqui sobre o comando da vetus que tem perguntas também muito importantes mas antes de ir eu queria dizer o seguinte gente não é todo dia que a gente
vê um painel com mulheres potentes desse jeito né Essas Mulheres [Aplausos] merecem foto aqui desse painel me marquem lá depois hein quero ver nossas nós somos sonhos ousados das nossas ancestrais que sonharam com o painel em que tivéssemos aqui né um painel de mulheres negras numa discussão como essa isso é revolucionário né mas bom muito obrigada [Aplausos] BC Cadê o sua boneca gabela Augusto produção quando trou boneca climão não saio não sairei sem a boneca eu tô doida para fazer um monte de pergunta para vocês mas eu queria ler uma estatística antes e depois vou
fazer umas perguntas retóricas para vocês Vocês não precisam levantar plaquinha dessa vez mas pensem junto comigo as as estatísticas são 86% dos Trabalhadores já enfrentaram problemas de saúde mental relacionados ao trabalho 65% relatam estress 54% relatam ansiedade e 40% Insônia ou alguma dificuldade para dormir 57% das empresas oferecem suporte a saúde mental com destaque para conversas flexibilização programas específicos e por aí vai 70% dos colaboradores se sentem mais motivados quando percebem o interesse da empresa em seu bem-estar E aí a pergunta retórica para vocês é vocês se viram nessas estatísticas Alguma delas bateu em vocês
eu acho que sim né eu vou começar a pergunta do painel com a Carol para descontrair eu pesei agora na estatística né Carol vou falar de música Então é comum que a gente veja as pessoas usando a música Como uma ferramenta para expressão emocional é possível a gente visualizar a música como instrumento mesmo de cura pra saúde mental Como que você vê esse essa conexão de música e Arte Com saúde mental é eu costumo dizer que música ela é oração né Quanto mais você ouve eh você decora a letra você canta ela você vibra com
aquela música e ela acaba virando um mantra eu tenho muito cuidado com o que eu escuto em casa aparentemente as pessoas não fazem ideia do que que eu escuto na minha casa elas acham que eu escuto muito é música agitada batidão não eu escuto coisas que realmente traz uma sensação de cura então eu gosto de ouvir um álbum da Linck entendeu É verdade tem o meu álbum Urucum que ele foi feito toda nessa visão de cura que ele foi feito eh na em 2021 mas foi lançado em 2022 eu escrevi ele depois daquele momento lá
que a gente cansou já de falar mas n ai E aí foi muito bom aquele momento né E aí foi bom porque eu usei a música eh sempre usei a minha música Como uma forma terapêutica para mim né que era como se fosse uma fuga né na minha na minha adolescência na minha infância eu escrevia como uma forma de fugir também de me afirmar para mim mesma e de me afirmar pro mundo né que eu pensava daqui um tempo as pessoas vão ouvir minhas minhas músicas e eu consigo entender que a música ela faz parte
também ela também é uma ferramenta de cura ela é uma ferramenta pra saúde mental desde que essas canções Tragam coisas vitaminas né então assim a gente tem a liberdade de expressão cada um canta o que quer eu sempre refleti muito sobre as minhas letras do que eu tô passando e o que eu vou passar pra minha cabeça enquanto eu escuto música por isso eu preservo muito eh os meus ouvidos e gosto de manter a atmosfera da minha casa com aquela música que preenche eu Eu amo ouvir o álbum do tinco é de 1976 Esse álbum
é é maravilhoso eu acho que é é um álbum perfeito para você começar o dia assim você já começa com tin Eu não costumo ouvir muita música do eh da moda como fala assim e eu produzo música da moda né mas lá no fundinho embora eu sei muito bem quais são os ingredientes para fazer essa música é estourar ou viralizar eu também tenho um mega cuidado com o que eu tô passando naquela pelas linhas então se você tirar batida tirar essa parte estética visual e só ouvir ou só ler a minha letra você vai ver
que é uma coisa bem mais profunda eu tô em busca da cura eu tô em busca de trazer vocês também pro meu universo e e vocês através do aplauso do reconhecimento vocês mostram para mim que eu não tô sozinha nos meus pensamentos então sim a música Ela é uma ferramenta muito importante porque todo mundo aqui hoje ouviu alguma música em algum lugar ela não para a música Ela Não Para e o que não para também é a nossa busca incansável de Equilíbrio então eu uso a minha música Como uma ferramenta tanto para mim quanto para
quem vai ouvir coisa linda obrigada a Carol falou de Palmas e reconhecimentos Mas vamos tacar streaming também né likes e compartilhamentos marca a Carol aí quero ver na retrospectiva das isso ajuda já vou até lincar aqui que o que faz o artista a gente é meio depressivo né vocêes já estão cansado de saber artistas são incompreendidos Mas eles têm aquela predisposição pro desânimo porque é difícil ter reconhecimento não sei o que aí quando tem também ele vem de um jeito que a gente não entende e eu acho que quando eh a gente recebe o reconhecimento
de vocês aplauso é muito bom receber likes é muito bom mas os Plays junto com a Palma é a melhor coisa que a gente pode ter na vida é melhor que elogio entendeu Play porque a gente escreve para ser ouvida né então não é para deixar aquela Aqua música lá no no ultimamente a gente tem deixado até de produzir clipe porque os clipes é né a gente tem que acompanhar a evolução da sociedade Mas como que eu faço para não para não ferir a minha saúde mental porque a cada seis meses aparece uma coisa nova
pra gente artista ter que desafiar e isso deixa a gente um pouco eh descrente sabe mas é só um pouco no meu caso um pouquinho porque eu tenho um público muito lindo muito fiel que não me deixa nem um pouco pensar em existir então eu quero agradecer aqui os meus fãs admiradores que colaboram para minha saúde mental em toda a minha carreira muito obrigada Deus abençoe vocês Axé Laro maravilhosa Tânia eu vou pular para você e vou dar um duplo Twist carpado na pergunta agora porque eu vou pro mundo das instituições corporativas mesmo como que
a gente olha para esse tema de maneira estruturada procediment processual dentro das instituições corporativas é responsabilidade do setor privado falar de saúde mental dos seus colaboradores funcionários empregados excelente pergunta com certeza né é responsabilidade das das organizações cuidar das pessoas né que é o principal ativo que as empresas têm as pessoas são aquilo que faz com que essa mola Rode né que as coisas acontece se a gente cria um ambiente que adoece as pessoas um ambiente que eh eh eh agride diuturnamente as pessoas primeiro a gente perde né o negócio perde então ter pessoas saudáveis
nas nossas companhias e é é é bom pro negócio né Nós vamos reduzir o absenteísmo e todas as outras questões quando se tem uma pessoa adoecida no ambiente eh o que eu vejo é que muitas empresas estão pensando em Saúde Mental muito eh ofere melhorando o plano de saúde para que ele tenha terapia eh oferecendo plataformas de terapia mas poucas vezes eu vejo empresas com coragem de tomar decisões difíceis eh eu acho que pra gente cuidar da saúde mental dos colaboradores a gente tem que ter coragem de eh resolver questões difíceis sensíveis também se eu
tenho uma empresa que tem um gestor que performa muito bem que entrega muito bem mas queer cedia as pessoas e que faz entregas a Qualquer Custo esse gestor Não serve e as e as companhias T que ter coragem de tomar a decisão de mudar de fazer ou ou que aquela pessoa mude ou então fazer o desligamento se preciso for porque não dá pra gente ter cada vez mais companhias que estão adoecendo as pessoas e a maioria dos adoecimentos das pessoas em termos mentais é por conta da gestão então a gente precisa muito olhar quem estão
nas quem estão nas posições de liderança E como que essas pessoas estão lidando com as pessoas e um outro uma outra boa prática Que Eu Acho ótima é é quando você tem uma uma área que cuida mesmo de pessoas mas aí não é para terceirizar e entregar para essa área as questões que são de liderança não é para entregar para essa área questões que são da cultura organizacional porque são o trabalho tem que ser junto tem que ser paralelo Então eu acho que é muito importante ter uma área que cuide da cultura que acompanhe a
evolução dessa cultura mas assim não é no PPT não é no PPT e a gente tem muitas formas de ver se a a nossa empresa está adoecendo pessoas Inclusive a gente olhar os índices de absenteísmo os índices de afastamento os índices de doenças relacionadas à saúde mental fora ou eh promover a escuta genuína né que muitas vezes a gente não faz a gente fica sentado nas nossas cadeiras atrás dos dados atrás dos números Mas a gente não conversa a gente não olha no olho das pessoas a gente não pergunta a gente pergunta como como você
está mas a gente não quer ouvir ou às vezes a gente nem cria ambiente onde as pessoas que não estão bem tenham coragem a gente falar não eu não tô bem eu preciso de ajuda né a gente fala muito né e eu amo toda a obra da da Renê da da berney Brow onde ela fala muito né da questão de a gente se vulnerabilizar mas para eu ser vulnerável eu preciso ter um ambiente que favoreça essa vulnerabilidade e nós vi nós o que a gente tem visto é empresas se tornando máquinas de mu gente empresas
se tornando lugares onde as pessoas sequer tem coragem de dizer que não tão bem alguém aqui já teve coragem por exemplo de virar D pro chefe falar olha eu não tô bem não tô não consigo trabalhar hoje tão somente porque meu cachorro morreu ou tão somente porque eh meu amigo tá com problema e eu tô sofrendo muito com a questão dele eu preciso parar eu preciso parar para cuidar do meu filho que eu tá me dando sinais normalmente a gente só tem coragem de falar apresentando um atestado né porque os ambientes são esses ambientes que
exigem apenas esse essa questão mas o o ideal para as organizações é que você tenha um de acolhimento e de escuta e de interesse Genuíno pelas pessoas que passa por ter coragem de falar com seu gestor hoje eu não vou trabalhar porque meu cachorro morreu sem medo de sofrer Retalhação Então o que eu Resumindo né o que eu queria trazer é isso a gente precisa criar ambientes que favoreçam essa saúde mental dos colaboradores a gente precisa ter mecanismos para que essas pessoas se cuidem então sim precisamos ter plataformas de terapia precisamos ampliar o plano de
saúde incluindo isso mas vai para muito além A saúde mental E mais uma vez repito que tá muito na mão da liderança criar um ambiente saudável em termos mentais pras pessoas então a gente precisa olhar para essa liderança e Cuidar dessa liderança também porque senão a gente só terceiriza só joga para liderança mas as lideranças também precisam ser cuidadas né então Cuidar dessa liderança e preparar essa liderança para de fato lidar com pessoas e pessoas com todas as amplitudes e Complex cidade que elas tmi eu como típica pessoa de RH adorei quando ela falou que
isso não é a prática de um setor nãoé tipo ah vai passa lá no RH lá com time de pessoas e resolve né esse é uma questão de todas as pessoas eu vou fazer uma pergunta para GR agora acho que a Tânia trouxe muito fortemente que é preciso por é preciso eu queria te perguntar tal o como Quais são os elementos fundamentais pra gente garantir segurança psicológica saúde mental e de de fato ter práticas assim de cuidado Genuíno com as pessoas dentro das organizações dos ambientes de trabalho é possível já ter exemplos do como fazer
isso tá eu eu só queria falar uma coisinha antes de responder que eu tô muito feliz e emocionada de estar aqui Já compartilhei porque foi através do C que eu consegui meu primeiro emprego né Na década de 90 então eh a importância de estar nessa casa que que abre espaço né Eu como adolescente lá da Periferia de Belo Horizonte quando eu fui aprender a consertar computadores E aí aí já revela né A idade toda a aprender a trabalhar com dos Olha isso gente olha isso quem tem muito colágeno depois é só olhar no YouTube O
que que isso significa então tô muito feliz né e a responsabilidade que que essa organização tem na empregabilidade de jovens como a jovem GR foi então obrigada por esse espaço o Como é o que todo mundo quer né Tá todo mundo em busca acho que a primeira coisa que não existe uma receita de bolo não tem um modelo que criado eu posso pegar o programa cuidado todo que a gente desenhou e entregar na mão de vocês E ele simplesmente não fazia nenhum sentido paraa organização Então acho que tem um primeiro lugar que é um lugar
de olhar para dentro né entendendo o que que são estressores dentro do meu ambiente de trabalho então eu trabalho com tecnologia por exemplo existem e com consultoria né de tecnologia Então tem estressores que estão conectados com essa dinâmica de trabalho Qual que é o universo de trabalho de vocês e cada organização tem um conjunto de estressores que tá ali um outro lugar que Tânia trouxe muito ela falou da questão da escuta é entender como nós estamos coletivamente né Quais são os principais por exemplo eh o time de RH consegue ter acesso às informações a sinistralidade
do plano de saúde para poder entender Quais são os principais fatores né as pessoas da nossa organização estão procurando um plano de saúde para quê né Quais são os principais pontos pra gente poder ajudar e fazer esse endereçamento Então tem um olhar de imersão e de Diagnóstico que vai trazer pra gente qual que é o contexto né onde estamos Essa é a fotografia e a partir dali a gente vai desenhar coletivamente onde queremos chegar então como como organizar porque não tem recursos infinitos porque a gente vai ter que fazer priorização tudo que a dinâmica de
um uma organização requer a gente precisa colocar e usar todas as alavancas que a gente usa para endereçar qualquer outra questão então quando a gente quer fazer o alcance de novos mercados lançamento de Novos Produtos a gente não trabalha com todas as alavancas endereçando um bom planejamento aqui a gente vai usar as alavancas de planejamento também para ver essas Quais são as nossas prioridades como que a gente trabalha isso de uma forma muito mais integrada para sair das práticas pontuais e que muitas vezes tem o foco na questão individual Tânia trouxe ah Tom aqui um
três sessões de terapia para vocês como parte do plano eh isso é importante também a gente pensar políticas processos benefícios que vão servir de apoio para esse contexto né E a gente vai precisar também você trouxe brene bral trouxe vulnerabilidade e às vezes a gente confunde vulnerabilidade com o eu chegar aqui e chorar na frente de vocês e que isso é tô sendo vulnerável eh isso pode ser uma exposição e e às vezes uma exposição desnecessária pode ser várias coisas mas a vulnerabilidade ela tem uma conexão com a criação de um espaço de segurança psicológica
em que a gente vai conseguir endereçar e melhorar a qualidade das nossas conversas a gente vai falar abertamente sobre os assuntos que nos incomodam e criar uma forma de não ter represália por conta disso a gente vai fazer esse exercício junto com as lideranças com a forma como a gente tá liderando né com o impacto que a gente tem então tem você perguntou como e eu tô aqui dizendo alguns caminhos possíveis que não tem receita como é uma questão que ela é multifacetada Ou seja a organização não é uma bolha fora da sociedade e a
gente vi uma sociedade de Poli crises Ou seja eu não sei vocês mas todo dia a gente acorda e tem e tá inundou um determinado lugar guerra no outro ponto eh gente jogando outras pessoas de ponte são são várias questões que nos atravessam de forma coletiva e que isso vai afetar dentro da organização também Então como que a gente dá uma olhada para essas grandes questões traz essas conversas traz esses espaços de acolhimento né permite um ambiente de diálogo Mas tem uma cocriação desses caminhos possíveis que precisa fazer sentido para as pessoas que estão ali
dentro né que precisam tomar decisões a partir da identidade do contexto da capacidade de cada organização porque senão vira espasmo sabe aquela coisa que você faz aí depois deixa de fazer eh então a gente precisa de continuidade coerência e é longo prazo não é visão encurtada conectada com objetivos financeiros de curto prazo do próximo quáter então esse exercício dessa visão alongada de um investimento que ele é contínuo ele não pode ser para ganhar um prêmio ele não pode ser para sair numa Manchete ele precisa trabalhar essa ideia da continuidade e numa visão muito mais coletiva
sem desconsiderar os diferentes atravessamentos que as as diversas populações que estão como parte do nosso grupo tem então não posso falar de saúde mental e emocional sem discutir as camadas racial de gênero eh as questões das pessoas com deficiência então a gente precisa ter algumas conversas com especificidades também com essa interseccionalidade pra gente garantir que um programa ele seja abrangente o suficiente para endereçar toda a a comunidade que tá inserida dentro daquela organização existem bons exemplos que tão por aí o programa cuidado é um desses exemplos a gente tem por exemplo empresas como a mental
Clean que faz esse trabalho de diagnóstico de estressores que desenha coletivamente a gente tem consultorias que podem trabalhar e devem a gente tem aqui né Eh Consultores que podem trabalhar no desenho dessas iniciativas também E aí eu vou fechar com uma frase de um mineiro também Guimarães Rosa que diz que é junto dos bão que a gente fica melhor ou seja se você nunca fez isso você não sabe como fazer isso Cola em quem tá fazendo né traz pede ajuda com quem entende para fazer isso porque aí você consegue fazer um programa bacana Arrasou Palmas
vocês três me deram um gancho paraa última pergunta do nosso painel que eu tô de olho ali no tempo e o tempo tá acabando mas todo mundo trouxe na sua resposta uma preocupação muito grande com o coletivo Carol fala que pensa quando ela escreve uma música que que conteúdo tá entrando na casa dos outros eh Tânia fala dessa preocupação do coletivo né não é só a terapia O cuidado individual que vai resolver como que as empresas vão pensar nos mecanismos e gras termina brilhantemente falando de Passos né do diagnóstico até onde a gente vai chegar
qual é a preocupação no setor privado nas organizações para pensar eh segurança psicológica e saúde mental só que nem sempre é isso que é vendido pra gente por exemplo nos comerciais nos podcasts de autoajuda né Quantas vezes a gente viu Eh o autocuidado sendo comercializado como se fosse uma SK é um creme que você passa e se sente melhor tá estressado né faz uma yoga uma meditação passa um creme e tá tudo certo e aí tome aqui o meu curso tome aqui o meu creme e a gente foi acreditando nisso ao longo do tempo e
vocês me trazem perspectivas diferentes quando a gente fala no mundo mais eh do trabalho das organizações e eu queria ouvir uma rodada rápida por último de todo mundo como que vocês associam autocuidado a essa preocupação de saúde mental no coletivo não é o creme que a gente vai passar na cara que vai resolver os nossos problemas de que maneira que a gente enxerga essa esse link entre os dois temas de autocuidado com saúde mental numa perspectiva de comunidade coletivo parece complexo mas eu sei que vocês têm aí as respostas certas quem quer começar quer puxar
posso eu achei essa pergunta bem difícil tá eh desde que a gente falou sobre ela eh mas o que eu penso é o seguinte a gente primeiro tem que entender cada vez mais que o exterior nos impacta muito mas a gente é claro a gente fortalece o nosso interior para dar conta desse exterior que tá aí o tempoo sobretudo pessoas que fazem parte de grupos sub representados né Eu por exemplo há pouco tempo vi uma foto minha de criança que na minha geração foto era uma era um luxo ter foto né e eu achei uma
foto minha de criança e eu sempre falei com todo mundo assim eu porque eu não tenho problema de autoestima tá gente vocês viram eu desfilando aqui eu não tenho problema mas eu eu sempre falei assim nossa eu fui uma criança muito feia Sempre falei isso como maor tranquilidade foi uma criança feia eh eu melhorei na adolescência Sempre falei isso aí Achei uma minha mãe achou uma foto esses dias e eu olhei para aquela foto e falei Caraca assim eu não era tão feia podia est mal arrumada mas feia não era uma criança feia e aí
isso me fez ver o tanto que o exterior nos nos impacta e a gente compra né Por que que eu falei por muito tempo até os hoje eu tenho 53 anos não tenho problema nenhum de falar isso até os 53 anos eu falei que eu fui uma criança feia eh porque o exterior me disse isso o tempo todo e eu acreditei e intj isso então eh acho que a gente precisa cada vez mais olhar para esse externo e pensar muito mais em rede muito mais em roda acho que e também se juntar a quem se
parece com a gente né esse esse o aquilombamento Né que é é é tão saudável pra gente então ter pessoas como a gente e nos ajuda nesses momentos porque elas vivenciam as dores que a gente vive Claro que não é aqui eu não tô querendo dizer que agora a gente vai conviver só com gente igual a gente Definitivamente não é isso mas em alguns momentos a gente tem que ter esses fóruns também com os nossos porque isso nos garante aquele você sabe o que que eu tô vivendo né e por último Porque você falou que
é bem rapidinho por último eh a gente precisa cada vez mais nos alimentar da do outro para que a gente fique bem Eu preciso ver o meu Impacto enquanto sociedade como que eu chego e como que eu Impacto Essa sociedade e aí sim essa o que que que que ela devolve para mim por que a via de Mão Dupla por mais que eu possa ter uma saúde mental maravilhosa mas se eu tem uma mulher que tá me obrigando a ter que ceder o meu lugar o meu assento no avião porque a criança dela não foi
não teve educação gente aqui eu não tô falando pode ser uma criança neurodivergente não tô falando sobre não é sobre isso mas assim é atitude da mãe Eh de obrigar uma uma mulher e outra vir e filmar enfim a gente tá nessa sociedade né que faz esse tipo de coisa então e a gente precisa pensar nessa sociedade porque essa sociedade vai impactar por isso que quando eu preocupo em como eu tô criando meu filho é uma preocupação que eu tenho todos os dias é porque eu sei o que que o quanto que ele pode impactar
a sociedade e vice-versa então a gente precisa criar um mundo melhor para quem tá aqui e a gente precisa cuidar da gente para que a gente possa dar conta de tanta coisa que a gente vive né eh acho que nada mais lindo do que a teoria umbo e só para fechar nós principalmente quem faz parte de grupos sub representados e aqui eu quero fazer um recorte que é o que me atravessa que é de mulheres negras a gente não pode não deve aceitar a posição de token por muito tempo as empresas pegaram pessoas negras para
serem esses tokens para serem esses símbolos isso adoece muito quem topa isso por mais que isso possa conferir um outro benefício O que traz de carga de adoecimento é muito maior então se eu pudesse resumir seria isso pensar no outro pensar no coletivo pensar em roda pensar em rede cuidar de si cuidar do outro e não e no mundo corporativo não se se se colocar em posição de to porque isso vai certamente adoecer di OB também queria te ouvir Gabriela gente eu tô de visitante aqui nesse painel Ainda não recebi minha boneca produção por favor
providenciem produção Maravilha já vou receber meu boneca Acabei de ouvir ali e bom eu queria traçar só um parênteses aqui sobre esse assunto que ele é particularmente valioso para que a gente entenda que inclusão não é só sobre o outro né eu vejo muitas pessoas quando o assunto é diversidade falando Ah eu vou contratar pessoas da diversidade né vou vou olhar para aquele outro lado e quando a gente tá falando aqui dessas ações de saúde mental a gente percebe por exemplo assim ess até um número um pouco sensível né gatilho para algumas pessoas mas a
cada cinco pessoas que tiram a própria vida quatro são homens e por que que isso acontece com essa frequência com homens porque homens estão particularmente vulneráveis a alguns estereótipos de gênero também né existe o estereótipo do homem que não chora existe o estereótipo do homem que não fala sobre as suas emoções né e e falando amarrando aqui ligando le con creb a gente percebe que é importante que os homens também falem sobre igualdade de gênero esse não um assunto só importante para as mulheres da mesma forma que o racismo ele também não impacta só as
pessoas negras né quando a gente fala eh da questão LGBT pessoas não lgbts também podem receber um benefício num ambiente onde todo mundo se sinta livre para ser quem é inclusão é sobre todo mundo aqui e a gente só vai transcender esses desafios na medida em que a gente entender isso eh vou ser breve porque por causa do tempo nem posso ficar olhando aqui senão Fico nervosa não consigo nem falar o tempo que tá aqui ó correndo na minha cara gente essa coisa a questão do autto Cuidado Eu amo quando você trouxe isso do autocuidado
não é só um creminho porque realmente foi vendido isso pra gente que autocuidado é você fic ali tal tal tal eu tenho eu cuido muito de mim principalmente depois de 2021 eu tenho cuidado muito meu autocuidado mudou assim juro eh entre terapia é uma forma de autocuidado e a terapia as pessoas acham que é só ir no escritório falar com o profissional da Saúde Mental e acabou eu descobri que não é bem assim você vai ali ouve o que o profissional tem para te falar às vezes esse profissional não vai falar ele só quer que
você fale para você se escutar para você se enxergar e o o que eu faço no meu autocuidado é sai dessa terapia e aplica o que foi percebido ali naquela sessão e a minha terapeuta falou para mim que é ótimo isso que eu poderia falar que eu faço para incentivar outras pessoas eu tenho um grupo de amigos esclarecidos que é importante isso também você saber escolher quem são esses amigos mas eu tenho amigos e e a gente faz toda semana a nossa sessão de terapia coletiva Isso é uma forma de autocuidado não existe autocuidado sem
você tá no coletivo né a gente já até Bateu essa figurinha ali atrás antes de entrar no palco e uma coisa muito legal que funciona para mim que tem me ajudado muito eh quando eu falo com essas pessoas são quatro amigos ou cinco eh a gente conversa a gente bota a nossa fragilidade sabendo que um não vai julgar o outro e que saindo daquela chamada ninguém vai cancelar ninguém e que tá todo mundo ali para entender e e se encaixar ou não na percepção do outro o importante é botar para fora e aí o que
que eu faço eu falo ali alguma coisa que eu tô incomodada alguma coisa que tá me deixando coisas que eu não falaria numa entrevista porque iram me julgar porque eu sou artista porque não pode chorar porque não pode ser tem que estar o tempo inteiro forte eu tenho tá o tempo inteiro forte e e as pessoas já sabem que eu sou muito forte né mas eu tenho o meu lado de vulnerabilidade e eu adoro escancarar ele assim pros meus amigos eu me sinto muito humana e a minha mãe a minha melhor amiga e tem uma
amiga também de 70 anos a gente se fala nós três a gente fala que é a chamada das Bruxinhas porque uma vai incentivando a outra eu falo cara muito obrigada por esse momento de escuta é graças a a esse carinho essa empatia e compaixão que eu não vou lá no Twitter falar besteira ai mas vocês sabem que eu não sou muito de falar besteira no Twitter né Eu falo no ao vivo geralmente é verdade no Twitter ainda tem um tempo de segurar tem uma equipe que fala não que sabe o que eu faço também eu
mando no grupo gente que vontade de twitar isso eles falam não eu falo já tweetei aqui já já foi prende o verbo Car mandei no grupo e isso é muito legal então hoje quando vocês saírem daqui saiam refletindo sobre isso sobre o tempo que a gente pede PR os outros ouvirem a gente se a gente também para para ouvir o outro Ah eu não quero ser julgada Mas você julga porque eu aprendi isso na dor vocês viram você vocês viram eu aprendi da dor hoje o que me alivia é que eu não ofendi ninguém não
Magui ningém não desmoralizei ninguém [Aplausos] Obrigada adoro adoro pior que agora eu tô lembrando as coisas nossa Ai ai se comporte GR se comporte Vamos lá eh voltar os ianomamis tem chama a gente de povo da mercadoria gente que transforma tudo em produto em transação em dinheiro e a gente acabou comprando essa ideia né Outra coisa a gente acabou comprando a ideia de que é possível ser feliz sozinho né de que eu me Basto e eu me amo e só essa questão assim e isso é um dos das causas dos dos nossos adoecimentos nós somos
seres sociais como mamíferos se a gente não for tocado quando criança a gente não sobrevive tamanha a nossa dependência emocional das nossas relações né ou da Necessidade que a gente tem né do outro dentro desses processos em outubro do ano passado eu recebi o diagnóstico mais difícil da minha vida eu tô numa jornada de cura de um câncer agressivo triplo negativo com estágio três e no momento que eu recebi esse diagnóstico uma das primeiras ações que eu fiz foi criar minha rede de apoio e as pessoas receberam uma agem eu falei olha só você está
recrutado recrutada para ser parte da minha rede de apoio durante essa jornada de cura e se eu te pedir um bolo de chocolate Não Negue se eu né se eu falar para vocês dis Vem cá me escuta me acolhe e outra coisa eu tenho um atestado médico de que eu não posso passar raiva então né Não me faça raiva durante esse processo porque os meus hostos irão agradecer e o quão importante foi para mim tem sido a cada etapa poder contar com a minha rede de apoio noos momentos em que enfim você tem tá lá
embaixo assim são essas pessoas que vão lá e nos puxam eh na hora que eu não tava querendo fazer uma caminhada não tinha energia tinha que tirar energia do sovaco para poder fazer uma caminhada para melhorar o processo tinha alguém ali falando eu vou caminhar com você vamos embora vamos junto vamos e isso cura e isso é cura a gente se cura no coletivo e isso é fundamental a gente resgatar esse nosso lugar eu vou fechar com uma outro Resgate nesse entendimento do coletivo porque eu fui uma criança que eu fiquei muito sozinha na minha
infância e na adolescência filha de empregada doméstica o pai também trabalhando fora enquanto né eles são sempre cuidando dos outros enquanto ninguém tá cuidando dos dos filhos das pess pessoas que sustentam esse país então eu muito cedo criei uma crença de que eu não podia dar trabalho que eu não podia incomodar a vida deles já era muito puxada então eu precisava me virar sozinha então eu não sei se alguém aqui foi essa criança que autolimpante né não dá problema na escola para se resolve tudo resolve o problema dos outros e a gente vai construindo uma
ideia de que a gente é a partir da nossa utilidade e quando veio o diagnóstico minha mãe tava em Recife com meu pai Ela bateu no meu pai assim falou olha se vire aí que eu vou cuidar da minha filha e eu não mãe não precisa que já tá tudo organizado fiz uma planilha rede de apoio aqui quem vai fazer isso quem vai fazer aquilo outro tá tudo certo tá tudo organizado ela falou Olha você fez da sua vida o que você quis até hoje eu só estou avisando não estou pedindo eu estou indo para
ir cuidar de você mãe na hora que aumenta o Tom chamou de Graziele só escuta e aceita chegou e era aquela coisa né D um beijinho de manhã fazia oração e aí depois eu ia pra quimioterapia quando eu voltava me dava um abraço me dava uma sopinha momento difícil me colocava para deitar com ela na cama eu comecei aí no no terapeuta e falando eu tô sentindo um negocinho diferente Tô sentindo uma coisa diferente eu já vou acabar viu tenho para esgotado e o meu pai também veio ele também foi e vir organizou tudo ficou
por minha conta e eu não sabia o quanto que eu precisava desse cuidado desse lugar e foi um privilégio que a vida me deu no momento em que normalmente a gente cuida dos pais eles a minha Matriz primária de afeto por decisão intencional decidiu cuidar de mim nos mínimos detalhes minha última sessão de terapia eu falei é assim que as pessoas mimadas se sentem esse né com esse sentimento de que né eu vou ser amada na inutilidade eu posso ser amada no momento assim que não tô valendo quase nadinha ali eu não posso fazer nada
por você resolver nenhum dos seus problemas eu tô contando essa história porque eu espero que não seja necessário um câncer para que vocês façam a escolha de por reparo na vida quem são seus afetos como é que você tá cuidando da de outras pessoas como é que você demonstra mostra feto e cuidado como você vai ser a pessoa que no no dia que alguém não tá tá na inutilidade você vai lá e faça um dengo faça um cafuné né resolve o problema de alguém Isso vai ser vai nutrir também esse lugar então se hoje eu
posso estar aqui belma né ainda no meio do do tratamento Mas isso é porque é nessa rede de afeto que a gente se cura então eu tô forço muito para que a gente construa uma sociedade cuidadora que cuide um que as pessoas cuidem umas das outras que a gente tenha um sistema público que dê conta também demais porque a maior parte das pessoas que TM câncer triplo negativo são mulheres negras quantas delas podem fazer uma quimioterapia com regularidade quantas delas TM acesso a uma rede de afetos E cuidado quando são elas que estão sempre cuidando
dos outros quem é que cuida dessas mulheres Então acho que essa é uma conversa que ela precisa ser coletiva para além do skinc para que a gente possa construir Essa sociedade em que a gente se cuide um pouquinho mais me estendi um pouco mas eu acho que esse é um recado importante [Aplausos] vza posso dar só um recado de do segundos doos nó juro por Deus pessoal cuidado com essa Trend de por que que eu você não não sou feliz não sou feliz me como é que é não sou feliz como que eu não posso
Posso não ser feliz se em 2004 eu fiz 2024 eu fiz isso isso e isso gente isso adoece porque tem gente que passou por tudo isso e que não foi feliz porque a gente tá falando de saúde mental então assim Cuidado para não cair nessas Trends só isso obrigada gente sem mais