CANTANDO nas RUAS com SEU FILHO, um CARRO PAROU e o que ACONTECEU depois vai CHOCAR TODOS!😱

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Emoções Em Palavras
"CANTANDO nas RUAS com SEU FILHO, um CARRO PAROU e o que ACONTECEU depois vai CHOCAR TODOS!" Duas al...
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separados na infância duas almas gêmeas enfrentam destinos radicalmente diferentes um cresce em conforto carregando uma promessa que o consome a outra luta nas ruas sua voz melodiosa seu único Refúgio por 20 anos suas vidas seguem caminhos Paralelos nunca se cruzando mas eternamente conectadas por um juramento infantil enquanto um se torna um homem poderoso obsecado por uma bu aparentemente impossível a outra transforma sua dor em música encontrando beleza mesmo nas sombras da cidade mas o destino tem planos próprios e quando suas histórias finalmente convergem o impacto será devastador prepare-se para uma jornada Épica de amor fraternal
e promessas inquebrantáveis até onde você iria para cumprir uma promessa feita há duas décadas e quando finalmente a cumprisse Será que a haveria um lar para retornar era mais um dia quente em Recife o sol escaldante castigava as ruas estreitas e poeirentas do bairro a pequena Joana com seus olhos grandes e Curiosos esperava ansiosa na calçada em frente à casa de madeira simples onde morava sua mãe havia saído cedo prometendo voltar logo com boas notícias sobre um novo emprego vai dar tudo certo minha filha mamãe vai conseguir um trabalho e a gente vai poder comprar
aquele vestidinho que você tanto gosta foram as últimas palavras que Joana ouviu antes de ver sua mãe dobrar a esquina as horas passaram devagar o dia foi escurecendo e nada da mãe voltar Joana sentada na soleira da porta abraçava os joelhos e cantarolava baixinho para espantar o medo que começava a crescer em seu peito Carlos seu irmão mais novo juntou-se a ela os dois compartilhando o silêncio pesado da espera cadê a mamãe Jô perguntou Carlos com voz sonolenta já já ela chega Carlitos vamos entrar e fazer um lanchinho Que tal os dias se arrastaram e
se transformaram em dias a ausência da mãe deixou um vazio que nem mesmo as histórias inventadas por Joana conseguiam preencher foi quando o Conselho Tutelar entrou em cena e os irmãos foram levados para um abrigo em outra parte da cidade no início tudo parecia assustador as paredes altas os dormitórios cheios de beliches o cheiro de comida institucional mas Joana e Carlos tinham um ao outro e isso fazia toda a diferença aos poucos foram se adaptando a nova realidade criando laços com outras crianças e funcionários do Abrigo à noite deitados em suas camas os irmãos cochichavam
histórias de aventuras imaginando-se exploradores desbravando florestas misteriosas ou astronautas descobrindo novos planetas a música se tornou seu refúgio uma forma de expressar em seus sentimentos mais profundos Joana tinha uma voz doce e Carlos mesmo desafinado adorava acompanhá-la nas canções um dia mano a gente vai sair daqui e ser famoso você vai ver dizia Joana os olhos brilhando de esperança é mesmo j e a gente vai ter uma casa grande Claro que sim com um quarto só para você e outro só para mim e um jardim cheio de flores paraa mamãe cuidar quando ela voltar o
dia em que tudo mudou começou como qualquer outro no abrigo as crianças estavam no pátio aproveitando o sol da manhã quando um carro elegante e luxuoso estacionou em frente ao portão um casal bem vestido desceu olhando ao redor com uma mistura de curiosidade e apreensão Joana observou a cena de longe segurando a mão de Carlos algo em seu coração dizia que aquela visita Não era como as outras Olha só Carlitos que senhora bonita comentou Joana apontando discretamente para a mulher de cabelos bem arrumados e sorriso Gentil o casal passou algum tempo conversando com a diretora
do Abrigo que logo os levou para um tour pelas instalações quando chegaram ao Pátio os olhos da mulher se iluminar a veros E quantos anos você tem Carlos seis disse ele mostrando os dedos o casal passou o resto da tarde interagindo com Carlos fazendo perguntas sobre seus gostos e brincadeiras favoritas Joana ficou por perto um nó se formando em sua garganta à medida que percebia o interesse crescente do casal por seu irmão quando chegou a hora de partir a mulher se aproximou da diretora falando em voz baixa conseguiu captar algumas palavras processo de adoção apenas
o menino família completa um mês se passou repleto de visitas do casal e papelada sendo preenchida Joana tenta se manter otimista Mas sabia que o inevitável estava prestes a acontecer no dia da adoção oficial o casal chegou com sorrisos radiantes e uma mala pequena para Carlos não dá para levar a Jo também Carlos perguntou os olhos marejados querido já conversamos sobre isso infelizmente só podemos adotar você respondeu a nova mãe com um sorriso triste os irmãos se abraçaram forte as lágrimas finalmente escapando Joana sentia como se uma parte dela estivesse sendo arrancada mas tentava se
manter forte por Carlos o momento da Despedida chegou rápido demais Joana e Carlos estavam no hall de entrada do Abrigo o silêncio pesado entre eles quebrado apenas pelos soluços contidos o novo pai de Carlos carregava a pequena mala enquanto a mãe adotiva esperava pacientemente ao lado do carro Jô eu não quero ir murmurou Carlos agarrando-se à camisa da irmã eu sei Carlitos Mas essa é sua chance de ter uma família lembra das histórias que a gente inventava agora você vai poder viver suas próprias aventuras Joana respondeu forçando um sorriso através das Lágrimas Carlos fungou enxugando
o rosto com as costas da mão então com uma seriedade incomum para seus se anos segurou as mãos de Joana e olhou fundo em seus olhos eu juro que vou voltar para te buscar minha irmã não vamos ficar separados para sempre você vai ver prometeu ele a voz embargada pela emoção jo engolindo o Nó na Garganta eu sei que vai meu pequeno vou estar aqui esperando por você os dois se abraçaram uma última vez um abraço que parecia querer compensar todos os abraços futuros que não poderiam compartilhar quando finalmente se separaram Carlos caminhou hesitante em
direção ao carro olhando para trás a cada poucos Passos Joana ficou parada na entrada acenando com força enquant o carro se afastar seus pés pareciam grudados no chão mas seu coração gritava para correr atrás do irmão quando o veículo dobrou a esquina Ela finalmente se permitiu desmoronar as lágrimas escorrendo livremente volta logo Carlitos sussurrou para o vento agarrando-se à promessa do irmão como se fosse um amuleto precioso naquela noite deitada em sua cama no dormitório agora mais vazio Joana cantarolou baixinho a música favorita deles imaginando que de alguma forma Carlos poderia ouvi-la a promessa de
reencontro era como uma pequena chama de esperança mantendo-a aquecida em meio à solidão que ameaçava consumi-la um dia mano a gente vai estar junto de novo e aí ninguém mais vai separar a gente murmurou ela antes de adormecer sonhando com o dia em que sua família estaria completa novamente o relógio da igreja batia 11 horas quando Joana com o coração aos pulos jogou sua mochila surrada pela janela dos Fundos do Abrigo a chuva caía pesada lá fora como se quisesse lavar as memórias dos últimos anos aos 15 anos cada dia naquele lugar parecia Sugar um
pouco mais de sua alma é agora ou nunca murmurou para si mesma enquanto se esgueirava pelo parapeito da janela seus pés tocaram o chão em lameado e por um instante Joana hesitou o mundo além dos muros do Abrigo era um mistério assustador mas a promessa de liberdade a impulsionava com um último olhar para o prédio que foi seu lar por tantos anos ela correu as ruas de Recife normalmente tão vivas e barulhentas estavam quase desertas àquela hora da noite Joana corria sem rumo certo a chuva misturando-se as lágrimas em seu rosto passou por estreitos e
avenidas largas o coração disparado não só pelo esforço físico Mas pela adrenalina da Fuga após o que pareceram horas seus passos a levaram a uma praça no centro da cidade Exausta e encharcada Joana se abrigou sob a copa de uma grande árvore ali sentada num banco de madeira desgastado pelo tempo a realidade de sua situação começou a pesar e agora jo sussurrou para si mesmo abraçando os joelhos junto ao peito o medo e a incerteza lutavam contra a sensação de liberdade recém conquistada naquela primeira noite Joana mal conseguiu dormir cada barulho a sobressal temendo ser
descoberta e levada de volta ao abrigo Mas entre os momentos de ansiedade havia também lampejos de esperança Ela sonhava com dias melhores com a possibilidade de reencontrar Carlos com uma vida onde pudesse ser dona de seu próprio destino quando os primeiros Raios de Sol começaram a atingir o céu de Rosa Joana se levantou os Músculos doloridos pela noite no banco duro olhou ao redor vendo a cidade despertar lentamente bem Recife disse baixinho um sorriso tímido nos lábios parece que somos só eu e você agora com isso ela ajeitou a mochila nas costas e começou a
caminhar o futuro era incerto Mas pela primeira vez em muito tempo era seu para moldar os primeiros dias nas ruas foram um choque para Joana a fome era uma companheira constante e o medo de ser pega pela polícia ou assistentes sociais a mantinha sempre Alerta Foi numa tarde particularmente difícil quando seu estômago roncava alto o suficiente para assustar os pombos da praça que ela teve uma ideia lembrou-se das Noites No abrigo quando cantava para acalmar Carlos e as outras crianças sua voz sempre foi elogiada mas nunca pensou que poderia ser mais que um passatempo com
as mãos tremendo um pouco Joana se posicionou numa esquina movimentada e começou a cantar as primeiras notas saíram hesitantes quase inaudíveis no barulho do trânsito mas à medida que ganhava confiança sua voz se elevou Clara e uma senora parou para ouvir sorrind gentilmente um senhor jogou algumas moedas aos seus pés ol sensou Joana surpresa certo aou cant nas se tornou sua aprende quais er melores lugares e horos quais músico mais go as moedas Eram poucas mas suficientes para um pão e uma garrafa d'água na maioria dos Dias moça você canta que nem um anjo comentou
certa vez um vendedor ambulante oferecendo-lhe uma fruta Joana sorriu agradecida Obrigada Seu Antônio a música é o que me mantém de pé As Noites No entanto continuavam sendo um desafio Joana alternava entre albergues quando conseguia uma vaga e os vãos de lojas no centro da cidade aprendeu a dormir com um olho aberto Seme atenta aos perigos que aa enta numa noite particularmente fria encolhida num Portal Joana cantarolava baixinho para si mesma tentando espantar o frio e a solidão um dia maninho murmurou pensando em Carlos vou cantar num palco de verdade e você vai estar lá
na primeira fila você vai ver era um daqueles dias em que nada parecia dar certo a chuva fina e persistente afastava as pessoas das ruas e a garganta de Joana rouca pelo ar úmido mal conseguia emitir as notas com o estômago roncando e os pés doloridos ela se abrigou sob a Marquise e de uma loja fechada foi ali que o viu pela primeira vez um rapaz magro de cabelos desgrenhados e olhos vivos que se aproximou correndo ofegante Ei mocinha me dá uma força Ele perguntou esbaforido tem uns caras me perseguindo ali atrás sem pensar duas
vezes Joana o puxou para atrás de uma banca de jornal segundos depois dois homens passaram correndo olhando ao redor furiosamente Ufa essa foi por pouco disse o rapaz sorrindo valeu mesmo sou Diego prazer Joana Ela respondeu ainda um pouco desconfiada o que foi isso Diego deu de ombros Ah só um mal entendido sobre umas maçãs que caíram no meu bolso apesar da situação Joana não pode evitar um sorriso havia algo cativante na energia daquele rapaz nos dias que se seguiram Diego e Joana se tornaram companheiros inseparáveis a ensinou tres para sobrev n como enar os
melhores lugares para dmir como conseguir comid nos fundos doses como se manter aquecida nas noites frias olha SJ dizia ele mostrando como dobrar papelões para fazer um colchão improvisado com isso aqui você dorme que nem uma rainha Joana por sua vez mostrou a Diego o poder da música Juntos eles formavam uma dupla e suas apresentações nas praças começaram a atrair mais atenção e consequentemente mais moedas à noite deitados lado a lado num vão entre dois prédios conversavam sobre seus sonhos e medos Diego falava de sua infância no interior de como veio para cidade grande em
busca de uma vida melhor Joana contava sobre Carlos sobre a promessa de reencontro que ainda mantinha viva em seu coração aos poucos entre risadas e lágrimas compartilhadas confidências sussurradas sob as estrelas algo mais começou a florecer um olhar que Durava um segundo a mais um toque de mãos que fazia o coração acelerar sabe J disse Diego uma noite olhando para ela com uma intensidade que a fez corar acho que encontrar você foi a melhor coisa que já me aconteceu nessas ruas Joana sentiu o rosto esquentar um sorriso tímido brincando em seus lábios também acho Diego
naquele momento sob o céu estrelado de Recife com o barulho distante da Cidade ao fundo Joana sentiu uma Faísca de esperança se acender em seu peito a vida nas ruas ainda era dura mas mas com Diego ao seu lado o futuro Parecia um pouco menos assustador o sol mal havia nascido quando Joana acordou sentindo aquele enjoo familiar que há dias a incomodava deve ser algo que comi pensou tentando se convencer mas no fundo de sua mente uma suspeita crescia misturando medo e uma estranha expectativa com as mãos trêmulas Joana Segurou o teste de gravidez que
havia pego emprestado de uma farmácia local dois minutos que pareceram uma eternidade quando as duas linhas Rosa apareceram Claras como o dia seu mundo parou ai meu Deus sussurrou sentando-se no chão frio do banheiro público aos 18 anos vivendo nas ruas de Recife a notícia de uma gravidez era como um terremoto em sua já instável existência mil pensamentos corriam por sua cabeça como cuidaria de uma criança quando mal conseguia cuidar de si mesma onde morariam o que comeriam e Diego como reagiria calma jo murmurou para si mesma respirando fundo uma coisa de cada vez naquela
noite esperou Diego voltar de seu bico como carregador no mercado o Coração batia tão forte que ela tinha certeza que ele poderia ouvi-lo de longe Diego começou a voz tremendo ligeiramente preciso te contar uma coisa Diego a olhou curioso fala Jô Que cara é essa aconteceu alguma coisa Joana respirou fundo reunindo toda a coragem que tinha eu eu tô grávida Diego O silêncio que se seguiu pareceu durar uma eternidade Joana observava o rosto de Diego tentando decifrar sua expressão surpresa medo confusão tudo passava por aqueles olhos que ela conhecia tão bem grávida ele finalmente Falou
a voz quase um sussurro tem certeza Joana assentiu mostrando o teste fiz hoje de manhã Diego passou a mão pelos cabelos um gesto que Joana sabia ser de nervosismo caramba Jô um bebê como vamos quer dizer a gente mal tenho que comer alguns dias eu sei Joana respondeu as lágrimas começando a se formar Mas a gente dá um jeito né juntos Diego a puxou para um abraço apertado e Joana sentiu uma onda de alívio percorrer seu corpo não seria fácil ela sabia mas naquele momento sentindo os braços de Diego ao seu redor permitiu-se sonhar com
um futuro onde os três ela Diego e o bebê seriam uma família as semanas que se seguiram a descoberta da gravidez foram uma montanha russa de emoções para Joana por um lado havia momentos de pura alegria quando sentia os primeiros movimentos do bebê ou quando imaginava como seria segurá-lo nos braços por outro o medo e a incerteza eram constantes companheiros Diego inicialmente parecia compartilhar desses sentimentos mistos havia dias em que falava animadamente sobre o futuro fazendo planos grandiosos para sair essa vida e dar um lar ao filho em outros ficava distante perido em pensamentos que
não compartilhava foi numa dessas noites quando de Recife penetrar até os ossos que tonou Joana notou algo diferente no olar de Diego uma frieza que nun tinhao antes J precisamos conversar ele começou evitando olhar diretamente para ela o coração de Joana acelerou O que foi Diego tá tudo bem esse bebê ele hesitou as palavras saindo como se fossem arrancadas Tenho pensado muito e não acho que seja meu o mundo de Joana pareceu congelar naquele instante Como assim não é seu Diego você sabe que não Joana ele a interrompeu a voz dura olha pra gente vivendo
na rua sem grana sem futuro como é que a gente ia ter um filho isso não faz sentido as palavras de Diego eram como facadas Joana sentia as lágrimas quentes escorrendo pelo rosto contrastando com o frio da noite mas Diego a gente sempre deu um jeito juntos lembra ela implorou a voz embargada Diego Balançou a cabeça um olhar distante no rosto não dá J eu eu preciso ir e com isso ele se virou e começou a caminhar Joana atordoada mal conseguiu reagir Diego volta aqui a gente precisa conversar direito mas ele não olhou para trás
Joana o viu desaparecer na escuridão da noite levando consigo todos os sonhos e planos que haviam construído juntos naquela noite sozinha num banco de Praça Joana chorou até não ter mais lágrimas a sensação de abandono tão familiar de sua infância no abrigo voltou com força Total mas agora com uma vida crescendo dentro dela o peso parecia infinitamente maior e agora sussurrou para a noite uma mão repousando sobre a barriga que começava a crescer o que a gente vai fazer bebê os meses que se seguiram ao abandono de Diego foram um teste constante da força de
Joana cada dia era uma luta por comida por um lugar seguro para dormir por Esperança sua barriga crescia atraindo olhares de pena e julgamento nas ruas foi uma assistente social comovida com a situação de Joana que a encaminhou para um abrigo para gestantes em situação de rua ali pela primeira vez em meses Joana teve um teto sobre sua cabeça e refeições regulares Você é forte menina dizia Dona zfa a senhora que coordenava o abrigo esse bebê vai ter sorte de ter você como mãe as palavras de incentivo ajudavam mas não apagavam o medo que Joana
sentia como seria o parto como cuidaria de um recém-nascido a resposta veio numa madrugada chuvosa de Setembro as primeiras contrações começaram suaves mas logo se intensificaram ai meu Deus Joana gemeu sentindo uma dor que nunca imaginara ser possível levada às pressas para a maternidade pública Joana enou horas de trabalho de parto cada contração parecia partir seu corpo ao meio mas com cada dor sentia-se mais próxima de seu filho força Joana incentivava a enfermeira já dá para ver a cabecinha com um último esforço hercúleo Joana sentiu seu filho vir ao mundo o choro forte e saudável
encheu a sala e por um momento todo o sofrimento dos últimos meses desapareceu é o um menino anunciou o médico colocando o bebê nos braços trêmulos de Joana olhando para aquele rostinho vermelho e inchado Joana sentiu um amor tão intenso que quase doía lágrimas escorriam livremente por seu rosto enquanto examinava cada detalhe de seu filho Os Dedinhos minúsculos o nariz arrebitado os olhos ainda fechados Oi meu amor sussurrou a voz embargada de emoção eu sou sua mãe bem-vindo ao mundo naquele momento segurando seu filho nos braços Joana fez uma promessa silenciosa não importava o que
o futuro reservasse ela faria de tudo para proteger e amar aquela criança Lucas decidiu lembrando-se do nome que significava luz você é minha luz meu pequeno Lucas a enfermeira se aproximou sorrindo gentilmente Ele é lindo Joana parabén Joana assentiu sem tirar os olhos de Lucas somos só nós dois agora meu amor murmurou sentindo o peso e a alegria dessa realidade Mas não se preocupe mamãe vai cuidar de você sempre e ali naquela sala de hospital com Lucas aninhado em seus braços Joana sentiu pela primeira vez em muito tempo que tinha um propósito um motivo para
lutar para sonhar para viver o caminho à frente seria difícil ela sabia mas com Lucas sentia que poderia enfrentar qualquer Desafio o escritório no alto edifício no centro do Recife era um testemunho do Sucesso de Carlos Albuquerque vista panorâmica da cidade móveis de design diplomas emoldurados na parede tudo gritava advogado bem sucedido mas para Carlos era apenas um lembrete constante do contraste entre sua atual e suas origens sentado em sua cadeira de couro Carlos girava distraidamente uma caneta entre os dedos seus olhos fixos numa foto antiga e desbotada sobre a mesa nela duas crianças sorriam
abraçadas ele e Joana sua irmã de coração Dr albuer a voz de sua secretária o tirou do devaneio sua próxima reunião é em 10 minutos Carlos acenou com a cabeça voltando à realidade Obrigado Márcia já estou indo enquanto organizava seus papéis sua mente vagava para o dia em que foi adotado pela Família Albuquerque o carro se afastando do Orfanato Joana correndo atrás suas lágrimas a memória ainda doía mesmo após tantos anos os Albuquerque foram pais amorosos dando a Carlos todas as oportunidades que uma criança poderia desejar escola viagens internacionais faculdade de direito na melhor Universidade
do Estado Carlos absorveu tudo com avidez determinado a aproveitar cada chance que lhe foi negada no início da vida mas o sucesso profissional e o conforto material não preenchiam o vazio deixado por Joana cada conquista era agre doce sempre acompanhada pelo pensamento e se Joana estivesse aqui para ver isso foi numa noite após ganhar um caso importante que Carlos tomou uma decisão celebrava com colegas num bar chique taças de champanhe tilintando quando de repente tudo pareceu vazio tô indo pessoal disse abruptamente deixando todos surpresos em casa olhando pela janela para a cidade que um dia
compartilhou com Joana Carlos fez uma promessa a si mesmo usaria todos os seus recursos contatos e habilidades para encontrar sua irmã eu vou te achar jo murmurou a determinação Clara em sua voz não importa quanto tempo leve eu vou cumprir minha promessa os dias se transformaram em semanas as semanas em meses e Carlos mergulhou de cabeça na busca por Joana seu escritório antes dedicado exclusivamente a casos jurídicos agora Parecia um centro de investigação mapas de Recife cobriam as paredes marcados com pontos de interesse abrigos áreas conhecidas por moradores de rua praças onde artistas de rua
se apresentavam fotos antigas de Joana estavam espalhadas por toda parte algumas originais outras modificadas por programas de computador para mostrar como ela poderia parecer agora Carlos contratou os melhores detetives particulares da cidade dando-lhes instruções minuciosas não deixem Pedra Sobre Pedra insistia ele cada detalhe pode ser importante arquivos empoeirados de abrigos e instituições de assistência social foram vasculhados Carlos passou Noites em claro lendo relatórios analisando dados buscando qualquer pista que pudesse levá-lo a Joana nos fins de semana trocava o terno elegante por roupas simples e percorria as ruas de Recife com a foto de Joana em
mãos abordava pessoas perguntava implorava por informações a senhora já viu essa moça perguntava a uma vendedora de Acarajé numa esquina movimentada ela seria mais velha agora mas os olhos os olhos seriam os mesmos a maioria das pessoas balançava a cabeça com olhares de pena ou indiferença mas ocasionalmente alguém parava examinava a foto com mais atenção sabe que essa cara não me é estranha disse um dia um senhor idoso vendedor de picolé tinha uma mocinha que cantava aqui na praça faz uns anos a voz dela era um doce o coração de Carlos disparou o senhor lembra
para que lado ela ia depois de cantar cada pista por menor que fosse era seguida com fervor Carlos mapeava rotas cruzava informações construía teorias às vezes achava que estava perto tão perto mas invariavelmente as pistas levavam a becos sem saída a decepção era amarga mas Carlos se recusava a desistir cada fracasso apenas alimentava sua determinação eu vou te encontrar jo murmurava para si mesmo olhando para a cidade do alto de seu escritório eu prometi lembra e dessa vez não vou te deixar para trás o tempo passava Implacável e a busca de Carlos por Joana se
estendia C anos se transformaram em 10 depois em 15 o rosto jovem e determinado do advogado começava a mostrar sinais de cansaço linhas de preocupação marcando sua testa as noites eram as piores deitado na cama Carlos revirava incapaz de dormir imagens de Joana misturadas com memórias e pesadelos dançavam em sua mente eu prometi voltar murmurava para o teto escuro as palavras se tornando um mantra doloroso eu prometi jo eu prometi sua obsessão começava a afetar outras áreas de sua vida relacionamentos românticos eram Breves e superficiais ninguém parecia Entender a profundidade de sua missão amigos se
afastavam cansados de ouvir sempre a mesma história até mesmo sua família adotiva os Albuquerque que por anos apoiaram sua busca começava a expressar preocupação filho disse sua mãe adotiva numa tarde de domingo a voz carre de preocupação não acha que já está na hora de seguir em frente Carlos A olhou incrédulo seguir em frente mãe estamos falando da Joana minha irmã eu sei querido mas já faz tanto tempo talvez seja hora de aceitar que não Carlos A interrompeu mais bruscamente do que pretendia Desculpe mãe mas eu não posso desistir eu prometi a ela saiu da
casa dos pais naquele dia sentindo-se mais sozinho do que nunca parecia que ninguém entendia ninguém via a importância do que estava fazendo no trabalho seus sócios começavam a questionar seu comprometimento com o escritório casos importantes eram negligenciados em favor de sua busca pessoal Carlos você precisa se concentrar advertiu seu sócio sor o escritório está sofrendo mas para Carlos nada disso importava cada dia que passava Sem notícias de Joana era um dia perdido um dia em que ele falhava em cumprir sua promessa às vezes em seus momentos mais sombrios Carlos se perguntava se estava ficando louco
Será que estava perseguindo um fantasma Mas então olhava para a foto antiga de Joana via o sorriso dela e toda a determinação voltava eu vou te encontrar jo prometia novamente a voz embargada nem que seja a última coisa que eu faça nessa vida e assim contra todos os conselhos contra toda a lógica Carlos continuava sua busca porque no fundo Sabia que não poderia viver consigo mesmo se desistisse a promessa de Infância feita num momento de desespero e Amor ecoava em sua mente guiando cada passo cada decisão eu volto para te buscar tinha dito ele tantos
anos atrás e Carlos Albuquerque era um homem que cumpria suas promessas não importava o custo o sol da tarde banhava as ruas movimentadas do centro de Recife e no meio do burburinho da cidade uma voz se destacava Joana com seus 23 anos cantava com uma paixão que fazia os transeuntes pararem em seus caminhos sua voz doce e potente ao mesmo tempo ecoava pelas esquinas contando histórias de amor saudade e esperança ao seu lado sentado num pequeno banquinho de plástico Lucas agora com 5 anos balançava as perninhas no ritmo da música seus olhos brilhantes observavam a
mãe com admiração enquanto suas mãozinhas batiam Palmas incentivando os passantes a fazerem o mesmo mãe canta aquela do passarinho pedia Lucas entre uma música e outra referindo-se a uma canção que Joana havia composto especialmente para ele Joana sorria ajeitando o cabelo Rebelde do filho tá bom meu amor essa vai para você e então sua voz se elevava novamente cantando sobre um passarinho que sonhava em voar alto mas tinha medo de deixar seu ninho as pessoas paravam Encantadas não só pela melodia Mas pela conexão visível entre mãe e filho o repertório de Joana era vasto e
eclético de Chico buar a luí Gonzaga de Marisa Monte Ao seu Valença ela transitava pelos gêneros com facilidade adaptando-se ao gosto do público que se formava ao seu redor Moça Que voz linda exclamou Uma senhora depositando algumas moedas no chapéu de Lucas me lembra a Elis Regina sabia Joana corou com o elogio agradecendo com um sorriso tímido Obrigada Dona a senhora é muito gentil As Tardes se passavam Assim entre canções sorrisos Às vezes o cansaço pesava o sol forte castigava e a garganta pedia uma pausa mas bastava olhar para Lucas ver seu sorriso cheio de
orgulho para Joana encontrar forças para mais uma canção tá cansada mãe perguntava Lucas oferecendo-lhe uma garrafinha d'água Que nada meu amor a mamãe ainda tem muita música para cantar respondia Joana bagunçando os cabelos do filho a música Era mais que seu ganha pão era seu escape sua forma de colorir um mundo que nem sempre era gentil com eles nas notas que ecoavam pelas ruas de Recife Joana encontrava a força para enfrentar mais um dia para sonhar com um futuro melhor para ela e Lucas as noites em Recife tinham um q de magia para Joana depois
de um dia inteiro cantando nas ruas era nessas horas quietas que ela se permitia sonhar sentada na pequena cama do quarto alugado que dividia com Lucas um caderno surrado no colo e um lápis já quase sem ponta na mão ela deixava as melodias fluírem saudade que vem saudade que vai murmurava baixinho testando uma nova canção ao seu lado Lucas dormia profundamente embalado pela voz Suave da Mãe Joana olhou para o filho um sorriso doce nos lábios toda a canção que compunha cada verso que rabiscava naquele caderno velho era por ele era o sonho de um
dia poder oferecer mais que uma cama numa pensão mais que refeições incertas um dia meu amor sussurrou acariciando os cabelos de Lucas a mamãe vai cantar num palco de verdade e você vai estar lá na primeira fila todo orgulhoso mas a realidade tinha o hábito de bater a porta bem cedo na manhã seguinte fraldas para lavar Porque apesar dos seus 5 anos Lucas ainda tinha alguns acidentes noturnos café da manhã para improvisar com o pouco que tinham na geladeira emprestada e a rotina de se preparar para mais um dia nas ruas o sol de Recife
brilhava intensamente naquele sábado banhando o Marco Zero com uma luz dourada que parecia fazer a cidade inteira reluzir Joana com seus 28 anos estava em seu lugar de costume violão em punho sua voz melodiosa dançando no ar quente da tarde Joana cantava sua voz Suave embalando uma canção infantil que fazia os olhos de Lucas agora com 10 anos brilharem de alegria o menino sentado aos pés da mãe batucava numa caixinha de papelão acompanhando o ritmo com uma precisão que fazia os passantes sorrirem aos poucos uma pequena multidão começou a se formar ao redor deles turistas
com câmeras famílias locais aproveitando o fim de de semana todos atraídos pela voz Cristalina de Joana que parecia contar histórias com cada nota mãe canta aquela que você fez para mim pediu Lucas entre uma música e outra seus olhos brilhando de expectativa Joana sorriu bagunçando os cabelos do filho carinhosamente Tá bom meu amor essa vai para vocês pessoal anunciou ela para a plateia improvisada E então seus dedos começaram a dedilhar uma melodia suave uma canção sobre um menino que sonhava em tocar as estrelas a letra cheia de esperança e amor fazia mais de uma pessoa
na multidão enxugar discretamente uma lágrima no canto do olho foi nesse momento que um homem bem vestido parou na borda da multidão algo na voz de Joana o fez franzir o senho como se tentasse se lembrar de algo H muito esquecido seus olhos percorreram a cena a mulher jovem cantando com compaixão o menino aos seus pés a plateia Encantada mas era a voz aquela voz o tocava de uma maneira que ele não conseguia explicar o homem Ficou ali parado durante toda a apresentação seus olhos não deixavam Joana como se temesse que ela pudesse desaparecer se
ele piscasse quando a música terminou e a multidão aplaudiu entusiasticamente ele permaneceu imóvel perdido em cara você tá bem perguntou um rapaz ao seu lado notando sua expressão distante o homem piscou como se saindo de um transe sim sim é só que essa voz ele não completou a frase mas seus olhos continuavam fixos em Joana que agora agradecia a plateia e se preparava para outra canção algo dentro dele gritava que aquele encontro não era por acaso que havia ali um significado maior que ele ainda não conseguia compreender a tarde avançava e a apresentação de Joana
chegava ao fim as pessoas começavam a se dispersar algumas deixando moedas e notas no chapéu de Lucas outras simplesmente agradecendo com sorrisos calorosos Joana guardava seu violão o rosto corado pelo esforço e pela emoção de mais uma performance bem sucedida Foi então que o ronco suave de um motor potente chamou a atenção de todos um carro luxuoso brilhante sob o sol da tarde se aproximava lentamente Joana instintivamente puxou Lucas para perto seus olhos atentos ao veículo que parecia deslocado naquela parte simples da cidade o carro parou a poucos metros deles por um momento nada aconteceu
Joana podia sentir seu coração acelerando uma mistura de curiosidade e apreensão tomando conta dela Lucas sentindo a tensão da mãe agarrou-se à sua saia mãe quem é sussurrou o menino os olhos arregalados fixos no carro reluzente não sei meu amor respondeu Joana sua voz baixa e cautelosa fique pertinho de mim tá bom finalmente a porta do carro se abriu um homem alto e bem vestido saiu seus olhos imediatamente se fixando em Joana havia algo em seu olhar uma mistura de emoção incredulidade e reconhecimento o homem deu um passo hesitante em direção a eles Joana recuou
instintivamente abraçando Lucas com mais força o estranho parou parecendo perceber o desconforto dela Joana ele perguntou sua voz trêmula quase um sussurro o mundo pareceu parar naquele instante Joana sentiu como se o ar esse sido sugado de seus pulmões como aquele homem sabia seu nome ela percorreu mentalmente sua lista de clientes regulares de pessoas que conhecia nas ruas mas não conseguia associar aquele rosto a nenhum nome Como como o senhor sabe meu nome perguntou ela sua voz mal passando de um murmúrio o homem deu mais um passo à frente seus olhos nunca deixando o rosto
de Joana havia uma intensidade em seu olhar que a fez estremecer Joana sou eu ele começou mas sua voz falhou engoliu em seco como se reunindo coragem e Então sou eu Carlos ele disse finalmente sua voz carregada de emoção o mundo ao redor de Joana pareceu desaparecer o barulho da cidade as pessoas passando tudo se tornou um borrão distante ela encarou o homem à sua frente incrédula seu cérebro lutando para processar o que acabara de ouvir Carlos o nome ecoava em sua mente trazendo à tona memórias a muito enterradas um meno sorridente promas sussurradas lgm
deed decimento vi além do homem bem suedo suente oão perder tantos atrás Carlos sussurrou Joana sua voz mal passando de um sopro é é realmente você os olhos de Carlos se encheram de lágrimas ele deu mais um passo à frente suas mãos tremendo ao seu lado como se quisesse tocá-la mas temesse que ela pudesse desaparecer sim jo sou eu eu eu finalmente te encontrei foi como se uma represa se rompesse 20 anos de saudade de Sonhos Não realizados de esperanças quase esquecidas tudo veio à tona naquele momento Joana soltou um soluço entrecortado e sem pensar
duas vezes jogou-se nos braços do irmão o abraço Foi Intenso desesperado ambos choravam abertamente agora agarrando-se um ao outro como se temessem ser separados novamente as pessoas ao redor pararam para observar a cena intrigadas e emocionadas pelo Óbvio reencontro eu procurei por você murmurou Carl entre soluços todos esses anos Eu nunca desisti Joana não conseguia formar palavras apenas apertava o irmão com mais força Como se quisesse compensar todos os abraços perdidos nas últimas duas décadas Lucas observava a cena boqui aberto e confuso Nunca havia visto sua mãe assim tão vulnerável e ao mesmo tempo tão
feliz timidamente puxou a Barra da Saia de Joana mãe chamou ele sua voz pequena e incerta quem é esse moço Joana se afastou ligeiramente de Carlos enxugando as lágrimas com as costas das mãos seu rosto apesar de manchado pelo choro brilhava com uma felicidade que Lucas nunca tinha visto antes Lucas meu amor disse ela sua voz embargada pela emoção Este é seu tio Carlos o irmão da mamãe que eu te contei nas histórias lembra os olhos de Lucas se arregalaram de compreensão e surpresa Carlos ainda com lágrimas nos olhos se abaixou para ficar na altura
do menino Oi Lucas disse ele sorrindo gentilmente é um prazer enorme te conhecer naquele momento sob o sol quente de Recife uma família há muito separada começava a se reconectar o futuro era incerto havia muito a ser dito muito a ser explicado mas naquele instante tudo o que importava era que finalmente eles estavam juntos novamente o pequeno café na esquina do Marco Zero Nunca havia testemunhado uma cena tão emocionante Carlos Joana e Lucas se acomodaram numa mesa nos fundos longe dos olhares curiosos dos outros clientes o aroma de café fresco pairava no ar misturando-se com
a atenção e a emoção palpáveis entre os irmãos recém reunidos Nem acredito que estamos aqui começou sua voz ainda trêmula de emoção É como se eu estivesse sonhando Carlos sorriu seus olhos marejados eu sei passei tantos anos imaginando este momento as palavras começaram a fluir anos de histórias não contadas borbulhando a superfície Carlos falou de sua vida com os Albuquerque do conforto material que nunca preencheu o vazio deixado pela separação sabe J ele disse mexendo distraidamente seu café cada conquista cada momento bom sempre tinha algo faltando era você Joana engoliu em seco lágrimas silenciosas escorrendo
por suas bochechas eu pensava em você todos os dias Carlitos nas ruas quando as coisas ficavam difíceis eu me perguntava se você estaria bem se seria feliz Lucas sentado no colo da mãe olhava de um para o outro seus olhinhos curiosos absorvendo cada palavra cada gesto mãe ele interrompeu suavemente o tio Carlos é aquele das suas histórias o menino que virou estrela Joana riu entre as lágrimas abraçando o filho é sim meu amor só que ele não virou estrela ele voltou pra gente Carlos sentiu seu coração se apertar ao ouvir isso você contava histórias sobre
mim sempre respondeu era minha forma de manter você vivo de não te perder completamente as histórias continuaram a fluir Joana falou sobre os anos no abrigo a fuga para as ruas a gravidez Inesperada os desafios de criar Lucas sozinha Carlos ouviu tudo com atenção Seu Rosto uma mistura de dor e admiração pela força da irmã meu Deus J ele murmurou em determinado momento segurando a mão dela sobre a mesa você é tão forte eu eu sinto muito por não ter-te encontrado antes Joana apertou a mão do irmão você me encontrou agora Carlitos é o que
importa a medida que a tarde avançava a atenção de Carlos se voltou para Lucas o menino inicialmente tímido começava a se abrir seus olhos brilhando de curiosidade sobre este tio que surgira como por mágica Ei campeão se dirigiu a Lucas com um sorriso Gentil Que tal um sorvete Aposto que tem uma sorveteria ótima por aqui os olhos de Lucas se iluminaram mas Ele olhou para Joana buscando aprovação ela assentiu sorrindo Vai lá meu amor Escolhe um bem gostoso pro tio Carlos Carlos e Lucas se dirigiram ao balcão deixando Joana observá-los com o coração cheio vê-los
juntos escolhendo rindo de alguma piada que Carlos contava era como um sonho se realizando diante de seus olhos quando voltaram à mesa Lucas tinha um enorme sorvete de chocolate seu rosto iluminado por um sorriso que ia de orelha a orelha olha mãe exclamou ele mostrando o sorvete o tio Carlos deixou eu pegar o maior Joana riu bagunçando os cabelos do filho é mesmo que tio legal você arranjou hein Carlos observava a cena emocionado ele tem o seu sorriso J disse suavemente É incrível como ele se parece com você o comentário trouxe à tona memórias que
Joana preferia esquecer ela hesitou por um momento antes de falar Carlos tem algo que você precisa saber sobre o pai do Lucas e assim Joana contou sobre Diego sobre o abandono sobre os desafios de ser mãe solteira nas ruas Carlos ouviu tudo em silêncio sua expressão se tornando cada vez mais séria J ele disse quando ela terminou segurando a mão da irmã com firmeza Eu prometo que vocês nunca mais vão passar por algo assim estou aqui agora e vou apoiar vocês em tudo que precisarem Joana sentiu as lágrimas voltarem aos seus olhos mas dessa vez
eram de alívio de gratidão Lucas alheio à conversa Sé continuava saboreando o seu sorvete ocasionalmente oferecendo uma colherada para o tio ou para a mãe naquele momento observando o filho e o irmão interagindo Joana sentiu que finalmente sua família estava completa o sol começava a se pôr sobre Recife pintando o céu com tons de laranja e rosa no café agora Quase vazio Carlos Joana e Lucas ainda conversavam as xícaras de café muito esquecidas na mesa Jô Carlos começou sua voz séria mais Gentil eu estive pensando por que vocês não vêm morar comigo Joana arregalou os
olhos pega de surpresa pela oferta Carlos eu não sei não quero ser um peso para você peso Carlos repetiu incrédulo Jô Vocês são minha família tudo que eu quero é poder cuidar de vocês dar a vocês o conforto que merecem Lucas que estivera brincando com os sachês de Açúcar ergueu os olhos interessado a gente vai morar numa casa de verdade mãe Joana mordeu o Lábio hesitante anos de independência forçada a faziam relutante em aceitar ajuda mesmo do irmão mas ao olhar para Lucas para seus olhos esperançosos ela sentiu sua resistência vacilar não sei Carlos é
muita coisa para processar olha Carlos continuou inclinando-se sobre a mesa não precisa decidir agora mas pensa nas possibilidades Lucas poderia ir para uma boa escola vocês teriam acesso a tratamento médico adequado ele fez uma pausa um sorriso se formando em seus lábios e quem sabe até aulas de canto para você hein sua voz é incrível J você poderia fazer carreira se quisesse Joana não pode evitar um sorriso ao ouvir isso a ideia de poder se dedicar à música de ver Lucas numa escola era tentador demais para ignorar tá bom ela disse finalmente soltando um suspiro
vamos Vamos considerar isso mas com calma tá é muita mudança de uma vez só Carlos assentiu entusiasmado Claro claro vamos com calma o importante é que estamos juntos agora enquanto discutiam possibilidades escola para Luca checkups médicos até mesmo a ideia de Joana gravar suas músicas a esperança brilhava nos olhos dos irmãos o futuro que por tanto tempo parecera Sombrio e incerto para Joana agora se abria cheio de promessas Sabe de uma coisa Joana disse olhando de Carlos para Lucas Acho que pela primeira vez em muito tempo eu realmente acredito que tudo vai ficar bem Carlos
sorriu apertando a mão da irmã vai ficar Jô prometo estamos juntos agora e é assim que vai ser daqui para frente enquanto o dia chegava ao fim em Recife uma família há muito separada começava a planejar um futuro juntos cheio de esperança e possibilidades o elevador Subiu silenciosamente até o décimo andar do edifício luxuoso no bairro Nobre de Boa Viagem Joana segurava a mão de Lucas com força sentindo coração bater acelerado quando as portas se abriram Carlos os recebeu com um sorriso caloroso bem-vindos à sua nova casa exclamou ele abrindo os braços Joana e Lucas
entraram hesitantes seus olhos percorrendo o amplo apartamento com uma mistura de admiração e desconforto os móveis elegantes as grandes janelas com vista para o mar tudo parecia tão diferente do que estavam acostumados uau mãe sussurrou Lucas seus olhos arregalados é tipo um castelo Joana forçou um sorriso tentando esconder seu nervosismo é lindo Carlos obrigada por nos receber os primeiros dias foram um desafio Joana se pegava acordando no meio da noite desorientada pela maciez da cama pelo silêncio que contrastava com o barulho constante das ruas Lucas acostumado a dormir abraçado a mãe tinha dificuldade adar a
seu próprio quarto Mãe posso dormir com você perguntava ele quase toda noite seus olhinhos implorando Joana cedia entendendo o medo do filho afinal ela mesma se sentia Um peixe fora da água naquele ambiente tão diferente Carlos percebendo o desconforto deles fazia de tudo para que se sentissem em casa preparava os pratos favoritos de Joana leva lucasear no tentava criar uma rotina que os fizesse se sentir Seguros Ei jo disse ele uma noite encontrando a irmã na varanda olhando pensativa para a cidade tá tudo bem sei que é muita mudança de uma vez só Joana suspirou
virando-se para o irmão é tudo tão diferente Carlos às vezes me sinto não sei como se não pertencesse a esse lugar Carlos se aproximou colocando um braço ao redor dos ombros da irmã Você pertence Jô Essa é sua casa agora nossa casa Vai levar tempo mas prometo que um dia você vai se sentir completamente à vontade aqui aos poucos com paciência e muito amor A Pequena Família foi se ajustando Lucas começou a explorar cada canto do apartamento com crescente entusiasmo Joana lentamente foi deixando sua marca na decoração colocando fotos mudando alguns móveis de lugar e
assim dia após dia o apartamento de Carlos foi se transformando no lar de todos eles semanas se passaram e a vida na nova casa começava a ganhar um ritmo próprio Foi Numa manhã de sábado durante o café da manhã que Carlos soltou a bomba Jô lembra daquele meu amigo produtor musical que Eu mencionei então ele concordou em te ouvir cantar Joana quase engasgou com o café o quê Carlos eu eu não sei se estou pronta para isso mas a semente havia sido plantada nos dias que se seguiram Joana se viu consumida pela ideia passava horas
treinando no quarto revisitando antigas composições criando novas melodias Lucas observava a mãe com curiosidade Por que você tá cantando tanto Mãe Joana sorriu puxando o filho para um abraço porque a mamãe vai ter uma chance de realizar um sonho meu amor o grande dia chegou mais rápido do que Joana esperava parada diante do espelho Ela mal se reconhecia no vestido emprestado por uma amiga de Carlos o cabelo cuidadosamente arrumado você tá linda mãe exclamou Lucas seus olhos brilhando de admiração no estúdio Joana sentiu o coração acelerar ao ver os equipamentos profissionais os olhares expectantes do
Produtor e sua equipe respirou fundo fechou os olhos e começou a cantar a melodia fluiu suave e poderosa Joana cantou sobre amor sobre perda sobre esperança cantou sobre noites frias nas ruas e sobre o calor do abraço de um filho quando a última nota se dissipou Houve um momento de silêncio absoluto então o produtor se levantou um sorriso largo no rosto minha querida isso foi extraordinário as próximas horas passaram num borrão de Emoções contratos foram mencionados planos de gravação discutidos Joana mal podia acreditar seu sonho aquele que ela acalentava nas noites mais escuras estava se
tornando realidade quando finalmente saiu do estúdio encontrou Carlos e Lucas esperando ansiosamente E então perguntou Carlos nervoso Joana abriu um sorriso Radiante Lágrimas de Felicidade brilhando em seus olhos eles eles querem gravar meu álbum os três se abraçaram ali mesmo na calçada rindo e Chorando de alegria o futuro que por tanto tempo parecera Sombrio e incerto agora brilhava com possibilidades infinitas o ano voou repleto de mudanças e realizações o álbum de Joana estava quase pronto Lucas se adaptara maravilhosamente à nova escola e Carlos bem Carlos parecia mais feliz do que nunca tendo finalmente preenchido o
vazio que carregava há tantos anos quando dezembro chegou trazendo consigo o calor típico do verão recifense os três decidiram que era hora de Celebrar de verdade na véspera de natal o apartamento se transformou num turbilhão de atividade Festiva Ei campeão cuidado aí em cima gritou Carlos segurando a escada onde Lucas estava empoleirado pendurando luzes na sacada Relaxa tio respondeu Lucas rindo eu sou quase um profissional nisso na cozinha Joana preparava a ceia o aroma delicioso de peru assado e rabanada enchendo o ar de vez em quando ela e Carlos trocavam olhares cúmplices lembrando-se dos natais
de sua infância no abrigo Lembra daquela vez que a gente tentou fazer um pudim escondido perguntou Joana rindo ao mexer o molho Carlos gargalhou como esquecer a cozinheira quase teve um treco quando viu a bagunça à medida que a noite avançava a casa ficava cada vez mais acolhedora Lucas corria de um lado para o outro ajudando a arrumar a mesa testando as luzes sua empolgação contagiante quando o relógio finalmente marcou meia-noite os três se reuniram na sala diante da pequena árvore de Natal que haviam decorado juntos Feliz Natal meus amores disse Joana sua voz embargada
de emoção abraçaram-se forte lágrimas silenciosas escorrendo por suas Faces naquele momento todos os anos de separação todas as dificuldades enfrentadas pareciam derreter-se no calor Daquele abraço não eram mais órfãos perdidos vagando sozinhos pelo mundo eram uma família unida pelo amor e pela perseverança mais tarde sentados à mesa da ceia entre risos e histórias compartilhadas Joana olhou ao redor e sentiu seu coração transbordar de gratidão ali estavam seu filho seu irmão sua música seus sonhos realizados o futuro antes tão incerto agora brilhava à sua frente repleto de promessas e possibilidades sabe ela disse erguendo sua taça
num brinde improvisado acho que finalmente entendi o verdadeiro significado de lar Carlos e Lucas ergueram suas taças também sorrisos idênticos iluminando seus rostos ao lar disseram em uníssono e naquela noite mágica de Natal sob as luzes cintilantes e embalados pelo som suave de canções natalinas a família reunida celebrou não apenas a data mas o milagre de terem encontrado uns aos outros nov nas ruas de Recife ou nos corredores de escritórios luxuosos o eco de uma promessa infantil pode Ressoar por décadas a jornada de nossos protagonistas nos lembra que família não é apenas uma questão de
sangue mas de escolha e perseverança às vezes é nas adversidades mais profundas que encontramos Nossa verdadeira força e nas melodias mais simples que descobrimos Nossa Redenção esta hisória ensa que não importa quão longe a vida nos leve o poder de uma promessa sincera pode construir pontes sobre os abismos mais profundos do tempo e das circunstâncias e você querido ouvinte já fez uma promessa na infância que marcou profundamente sua vida compartilhe nos comentários como essa promessa influenciou suas escolhas e seu caminho sua história pode ser o farol de esperança que alguém precisa para continuar acreditando no
poder dos laços que nos se esta sinfonia de Emoções lutas e reencontros tocou as cordas do seu coração o canal emoções em palavras convida você a se juntar à nossa Orquestra de contadores de histórias deixe seu like para que essa melodia de esperança alcance outros ouvidos sedentos por inspiração inscreva-se no canal para não perder nenhuma nota das próximas composições narrativas que temos Preparadas para você E não se esqueça de ativar o Sininho das notificações considere-o como a clave que mantém o ritmo entre nossas histórias e seu dia a dia Afinal cada like é uma Palma
cada inscrição é um bis e cada sino ativado é um convite para o próximo ato desta grande ópera que chamamos de vida até a próxima história onde novas promessas serão feitas e cumpridas
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