falou tá falvo Professor Paulo e os demais da mesa eu não entendi de novo que ele falou pode começar isso que ele já abriu para YouTube ótimo qualquer coisa na H muito boa noite muito boa noite a todas todes e todos nós estamos dando início a mais uma mesa do nosso seminário internacional universidade em transformação políticas e ações afirmativas na pósgraduação o tema desta mesa é parceria entre movimentos sociais e e universidades no ingresso de refugiades e apátridas na pós--graduação então neste dia 20 de setembro uma sexta-feira à noite a gente tem a honra de
ter convidades com eh relevância e com eh falas que vão contribuir muito pro nosso debate nós vamos dar início então a essa mesa com a fala de benazir joco benazir dioco entre muitas outras coisas e eu convido a todes a olhar a mini bild dela mais completa no site do seminário internacional né tá dentro do site do ppgh HDL do programa de pós-graduação em humanidades direitos e outras legitimidades que promove Esse seminário com vários outros parceiros né Eh com apoio da Caps com alguns grupos de pesquisa com o núcleo de apoio à pesquisa Brasil África
com o grupo de diálogos interculturais do Instituto de estudos avançados e com outros grupos de pesquisa homologados pelo CNPQ Então a gente tem a honra de passar a palavra benazir dioco que é assessora de assuntos internacionais na ugt na União geral dos trabalhadores né para imigração ela é membra do governo federal o conselhão também entre eh outras eh realizações né que vocês podem conferir no site Então benazir seja muito bem-vinda palavra sua alô será que tá ligado sim bom Boa tarde a todos ah Como foi mencionado agora a pouco eu me chamo benazir dioco sou
da guin bão país situado na costa ocidental da África eh gosto de dizer que eu sou filha e cria Do Brasil Porque eu moro aqui há mais de duas décadas ah primeiro eu gostaria de agradecer né e o convite de estarmos aqui hoje neste mês que em gubi e damos o nome de mês vitorioso porque dia 24 de setembro é dia que Celebra a independência do Meu País Aqui no Brasil é 7 de Setembro é com muita honra que eu recebi o convite para estarmos aqui hoje debatendo e refletindo este assunto tão interessante ou muito
mais do que interessante Porque como a academia pensa ingressar as pessoas imigrantes e refugiado sabendo que a imigração forçada é um dos maiores desafi da humanidade as pessoas refugiadas Imigrantes quando viajam quando saem daquela situação por mais que uma pessoa Imigrante faça isso por uma escolha própria Mas aquela pessoa né a gente tem acompanhado o que tem acontecido eh em diversos países e quando a gente pensa ou quando uma pessoa que é refugiada chega ao Brasil primeiro Além da questão de documentação Até chegar na universidade é um processo muito longo então eu trouxe aqui alguns
top os para que possamos debruçar e pensar realmente em Celebrar futuramente esta parceria porque quando se pensa a imigração a gente pensa na inserção desses elementos na sociedade brasileira Lembrando que muitas pessoas hoje eh que a gente tem como referência o Paulo Freire né aniversário dele também que ainda foi também este mês como é que ele pensa em ter pedagógica né em termo academia Quais são os legados que ele deixou para que a gente possa dar essa continuidade o próprio Nelson Mandela que traz a fala que a educação é uma arma poderosa né para inverter
a chave então os tópicos que eu trouxe aqui um deles é o papel da academia na proteção dos refugiados porque futuramente quando a gente fala em parceria a gente vai lembrar que futuramente vamos falar de direitos mas hoje não é isso eh os estudos que eu fiz e eu trouxe aqui para que a gente possa refletir né Eh academia desempenha um papel crucial na proteção e apoio das pessoas deslocadas pessoas deslocadas pessoas refugiadas e pessoas também Imigrante imagina uma pessoa ao chegar ao Brasil sem documentação e por mais que tem documentação como é que essa
pessoa consegue ter acesso à USP entre outras faculdades né porque a gente já chega aqui sem contar no subemprego como é que você vai trabalhar para poder bancar eh teu próprio faculdade e lembrando que a gente sempre enquanto sociedade fica ali criticando não queremos que a pessoa estude mas nós não criamos e este ambiente para que essa pessoa possa né ter ali asas para voar eh e o segundo tópico né esta questão que a USP nos traz para refletir eu trouxe USP e parcerias estratégicos Por que que USP e estrategias estraté gente compreendemos a importância
da parceria por isso um dos objetivos da Agenda 2030 do desenvolvimento sustentável é 17 que fala justamente sobre a parceria então entendemos também que a parceria é fundamental neste quisito para que possamos avançar eh por meio de parcerias com organizações internacional a academia pode alavancar recursos expertises para melhorar apoio a essas pessoas que é imigrantes e refugiado um imigrante ou refugiado recém-chegado a Brasil ele não tem con financeira para um deslocamento até para ir fazer documento na Polícia Federal por mais que hoje tudo é feito virtualmente muit das vezes nós enquanto corpos imigrantes e refugiados
se você não tiver um documento de certeza você não vai abrir nemuma conta no banco você não vai conseguir nem ter aquele carteirinha para poder locomover em termo fazer coisas básicas né que é hoje pagar metrô as pessoas vão me dizer não mas você pode comprar eh um bilhete mas se eu quiser se eu tiver um a minha carteirinha e eu quiser andar de metrô tem aquela questão da integração e ali te dá mais possibilidades enfim colaboração multisetorial que é fundamental a gente pensar que este seminário é um exemplo perfeito de como universidade e o
poder público as hes e a sociedade civil podem trabalhar juntos a unirmos forças Com certeza a gente vai querer um Brasil que a gente quer para o futuro porque não adianta pensarmos assim não vieram aqui vai tirar nossos empregos vagas na faculdade essas frases essas palavras é pro inglês ver nenhum elemento imigrante e refugiado chega aqui tirando um posto de trabalho de outras pessoas não existe um tratado que eu tenho certeza que o meu amigo ainda vai trazer essa questão e vai se aprofundar muito mas existe um tratado internacional então quando se tem um imigrante
um refugiado no território brasileiro não se tem só porque essa pessoa veio aqui para tirar vossas vagas falo Isto porque é uma das questões que a gente mais ouve quando você está ali pensando nessas parcerias você vê as pessoas que representam suas entidades em termos terceiro setor Pergunta assim não mas se eu dê vaga de emprego para refugiado como é que o brasileiro vai fazer não muda nada qualificações diferentes Então é bom pensarmos eh nessa questão e eu volto também temos pouco minutos então eu vou trazer pontos os tópicos que vocês também que estão nos
assistindo e aqui também Plate pode fazer anotações e se aprofundar mais para debruçar mesmo eh sobre esses tópicos sobre as ações eu vou trazer aqui um pouco da ugt e os desafios eh no quesito o tema Quais são as ações que a gente tem feito né como uma uma pessoa Imigrante que está nesses lugares de acesso eh eu tenho uma coisa que eu se falo pros meus não adianta eu esteja lá sozinha nem a hortense sozinha nós precisamos nos mobilizar para criar mais possibilidade para que os nossos possam chegar e se fazer também presente para
que suas vozes possam ser ouvido sabemos que não é fácil costumamos dizer que o Brasil não é um país para amadores é um país realmente para que se possa pensar estamos aqui enquanto elementos imigrantes e refugiados Mas também eu acho que se tem as pessoas que pensam e desejam que o Brasil seja um país de primeiro mundo somos nós porque o Brasil estando bem nós também estaremos bem E essas ações eh primeiro desafio que eu trago aqui para compartilhar convosco é a condição de vida de uma pessoa imigrante e fugado os acessos sempre são limitados
eu acho que se invertemos Talvez um brasileiro esteja nos assistindo e fala não eu conheço vários imigrantes que têm acesso nossos acessos sempre é limitado falo também pela experiência própria Claro que sabemos que aqui você não vai chegar e vai encontrar tudo como muit das vezes Nós pensamos ou imaginamos mas eh Essa é uma das questões que eu ouv né ao abordar aqui o tema sobre convite em questão desafio acesso a serviços essenciais esses serviços me deparam com uma questão de uma moça Imigrante que foi procurar emprego e ela teve que ouvir tantas coisas mas
tantas coisas negativos para não dizer pejorativo que é desnecessário quando quando pensarmos em seres humanos Deveríamos ser humano independentemente das suas ideologias crenças e Raça temos que pensar o ser humano como se eu fosse É só inverter papel Sou AB benazir as oportunidades me fizeram estar sobre os lugares que o nosso amigo acabou de dizer aqui ser assessora de assuntos internacionais são oportunidade que me diferencia de outras pessoas Então é pensarmos como criar estas oportunidade para que possamos ter mais potências e talentos bom eh As Nossas ações na verdade a as ações que eu cheguei
e encontrei eh na ugt União geral dos trabalhadores tem sido eh tem se desempenhado em em defender os direitos dos Imigrantes e refugiados promovendo sua inclusão no mercado de trabalho e e apoiando políticas públicas que garantem seus direitos por que que eu trouxe eh eh essa questão não sei se vocês conhecem mas o GT tem o mur Tião do emprego e este ano contamos com 20.000 vagas e dentre esses os imigrantes foram os que mais procuraram por isso eu falo dessa questão de darmos acesso e oportunidade às pessoas talvez com a minha chegada foi mais
do que nítida de sentar e pensar bem antes com toda diretoria olha vocês já faziam isso esse Morão já tem mais de 16 17 anos e com a minha chegada agora na Instituição além de ampliarmos trouxermos realmente junto ao meu presidente que é o Ricardo patá eh que foi colocado a ele a proposta de darmos oportunidade e vaga de emprego para as pessoas imigrantes e refugiado e por ele também ser uma pessoa muito humanitária não pensou duas vezes abraçou projeto porque uma coisa que eu percebi no é um trabalho social eles fazem um social muito
bem feito e talvez não tinha essa questão da pauta LGBT p mais se eu chamar errado eu peço desculpa pessoas imigrantes e refugiado a inclusão mesmo como deve ser claro que não dá para conseguir né tapar todos os bracos mas a gente está errando e aprendendo e e eu convido vocês a entrarem no site do GT para ver e conferir realmente essa questão que foi colocado aqui agora a pouco bom eh para final já estou indo pro final tá bom eh eu chamei e a questão de parcerias estratégicas ah a USP e a parceria estratégico
né Eh e também uma coisa né para concluir aqui eh bem antes de concluir na verdade quando eu trago a questão do papel da academia na proteção de direit eh de refugiados eh eu queria trazer alguns pontos eh acesso à educação né percebendo e lendo também não fui estudante de USP eh tive alegria de estudar eu me considero uma nordestina sim senhor estudei em João Pessoa Paraíba foram nos lugares onde eu fiz as minhas formações acadêmicas antes de vir fazer o mestrado em São Paulo eh pelo que eu percebi conhecendo um pouco a USP eu
quero também de fazer aqui uma deixa a USP temse destacado por suas iniciativas para ampliar o acesso né das pessoas Imigrante refugiado eh a aqui mesmo dentro da universidade e levar pelas iniciativas como este seminário e os outros Forums que eu tive privilégio de participar Então eu acho que é bom a gente fazer críticas construtivo Mas é bom também a gente reconhecer eh O que a universidade está fazendo claro que está longe de suprir todas as necessidades assim também como a gente tem visto eh muitos países fechando porta para que as pessoas refugiadas nem entram
e o Brasil se torna um quese de sucesso eh abrindo porta Claro que não adianta só abrir porta por isso precisamos estudar as possibilidades e ver onde a gente está errando para que a gente possa acertar outra questão também que eu gostaria de tocar aí ainda na questão de proteção de refugiados pesquisas inovação pesquisas realizadas nas universidades podem orientar políticas públicas para serem mais eficaz e solução inovadores para os desfios enfrentados por refugiados Ora se a gente está falando que a educação é chave que transforma Por que não pensar que num lugar como o sendo
que é a maior e uma das melhores para é melhor da América Latina Por que não ser este modelo para toda a América Latina e assim sucessivamente levando este ensinamento para outros países porque quando a gente pensa no contexto humano a gente tem que ser um bom exemplo para depois aquela coisa que a gente fala primeiro eu limpo a minha casa e mostrar que tá limpo e depois eu ensino o vizinho como e não olhar eu acho que meus amigos fala grama do vizinho como é que eu vou reclamar de grama de vizinho se o
meu não está aquela coisa toda e e uma coisa um dos pontos também que eu coloquei ali é a questão do advoca e sensibilização as Universidade além de ter esse papel crucial também são espaço de ADV foca-se os professores que estão nos assistindo que depois eu estou falando coisa que não está de acordo eu peço que me chamam e estou indo já para concluir eh eh para que eu possa me corrigir onde as narrativas sobre refugiados podem ser uma ferramenta poderosa para podemos combater o preconceito e gen FOB eu acredito que as Universidade enquanto papel
de advoca pode além de sensibilizar né trabalhar como eu disse esta questão tão e importante que é uma ferramenta poderosa para que possamos combater realmente ah o a questão de genofobia enfim a minha conclusão aqui s tema de parceria entre movimentos sociis e universidades é que para enfrentarmos os desafios da imigração contemporânea Precisamos de uma abordagem coordenada que envolve todos os setores da sociedade colaboração educação como ferramenta de mudança e um diálogo contínuo precisamos promover mais momento como este e trazer imigrantes e refugiados como aente que precisam ser ouvida chegam de silenciar vozes das pessoas
imigrantes e refugiadas e começar fazer pesquisa só pelo Google Então por momento é só Muitíssimo obrigada Mais Uma Vez pelo [Aplausos] convite a gente que agradece obrigado a gente dá sequência então e tem a honra de passar a palavra ao professor Rafael González que é refugiado venezuelano membro da cátedra Sérgio Vieira de Melo na Universidade Federal de Juiz de Fora e que e cuja minib também está no site né do ppgh HDL na parte sobre o seminário há muito mais informações sobre eh o professor Rafaelo então por favor a palavra é sua Oi obrigado se
escuta bem aqui e obrigado profe muito honrado de compartilhar com vocês A Tarde de hoje nessa mesa eh na verdade que me sinto prestigiado de compartilhar com vocês hoje aqui eu vou falar em em relação à minha experiência como migrante eh Infelizmente como AZ da Sigmund bma nesse texto que se fez famoso no 2016 estranhos batendo na nossa porta e O Emigrante é odiado porque traz um mensagem uma mensagem que é odiosa e aqui a forma como o nosso mundo está construído as bases econômicas a partir das quais desiguais exploradoras a partir das quais está
construído nosso mundo ou antropoceno simplesmente é insustentável as formas políticas mediadas pela violência pelo fanatismo pelo Ódio São simplesmente eh não apenas depressives mas também clausuran a possibilidade de futuro e nós com nossas trajetórias com nossos corpos com nossas vidas que infelizmente foram forçadas a deixar nossos países nossas universidades nossas normalidades somos Mensageiros das crises Isso incomoda eu gosto muito da antropóloga Rita Segato ela tem um texto chamado a nação e seus outros e uma das mensagens que ela tem nesse livro nesse texto é que ela apela que a ampliação dos Direitos Humanos passa pela
ética passa por uma interpelação ética de uma ética com em outro de uma ética da incomodidade e ser migrante falar da migração falar da crise que atravessa nossa as sociedades crises políticas econômicas climáticas etc de manda de nós como sujeitos ser sugeres éticos nós fomos forçados a ser sujeitos éticos pela via da violência do despla momento e da força e as sociedades de acolhimento cada vez que nos escutam que nos recebem são chamados a um exercício ético ético que está relacionado a uma interpelação o mundo Finalmente como casa comum é insustentável para refugiados e para
não refugiados é infeliz menche Esse parece ser o único futuro possível por enquanto que vai construindo a humanidade se não muda de curso por isso é que o refugiado é incômodo porque finalmente Esse é a verdade infeliz do Refúgio eu queria começar com essas palavras primeiro porque gosto muito de irritar esse gato né então a gente sempre carrega consigo seus autores suas as coisas nas quais tá trabalhando e segundo porque eu venho a falar de uma experiência eh que está se desenvolvendo na cátedra jira de Melo da Universidade Federal de Juiz de Fora que nesse
mundo sombrio que nós temos permite acreditar permite abrir as possibilidades de que coisas boas também acontecem se se realizamos um trabalho ético colaborativo interinstitucional no qual a sociedade entenda não apenas o valor do refugiado mas também o valor do espaço público das instituições das Universidades muito mais porque precisamente o pouco ou eixo chave dessa mesa são as Universidades e em particular A pois graduação e o trabalho que está desenvolvendo a cátedra Sergio Viera de Melo na universidade em geral Como projeto e Nacional no Brasil e mas também em par particular pelo qual eu posso falar
em termos que a experiência com a qual estou trabalhando que é a Universidade Federal dez de fora e essa experiência acho que dá insumos para pensar formas interessantes de eh encarar a múltiplas crises que vive nosso mundo como pensar a universidade em sua relação com um estado com a sociedade com o migrante com os processos de mobilidade humana acho que essa experiência que nós estamos desenvolvendo na cátedra dá insumos para pensar esses essas interfaces que conectam estado Universidade espaço público comunidade migrante etc então rapidamente apenas eu vou fazer uma uma descritiva de algumas iniciativas que
estamos impulsionando e quem tiver muito maior quem tiver mais interesse poderia ir pra página da Universidade Inclusive eu elaborei uma apresentação que inclusive poderia compartilhar para quem tiver interesse e eu queria começar falando da cátedra não apenas a partir do meu vínculo com ela que já vou explicar como Finalmente chegou à cátedra quero falar da cátedra também pelo ano no qual nós estamos nós estamos no ano 2024 isso quer dizer que nós estamos demorando 40 anos da declaração de Cartagena e por isso esse ano 2024 tá sendo um ano sumamente importante no denominado processo de
Cartagena todas as fases do processo de Cartagena que de fato a mais recente acontece a última aqui no mês de de Maio aconteceu precisamente Brasília essa essas consultas temáticas que se estão desenvolvendo para que finalmente no final do ano no Chile se possa elaborar a declaração e o plano de para os próximos 10 anos então esse ano 2024 é importante porque precisamente uma interpelação para olhar esse legado histórico esse legado institucional esse legado em términos de direitos humanos de ampliação do mecanismo de proteção em termos de direitos humanos que é a declaração de Cartagena de
1974 então Eh eu quis começar com algumas notas de fato uma not uma nota conceitual que foi produzida no na na Brasília a propósito do do encontro em Brasília da segunda consulta temática em Brasília Porque nessa nota conceitual se se se estabeleceram alguns pontos interessantes para pensar refúgio e educação de facto um dos eixos se titula precisamente acesso à educação em países de trânsito e acolhida e quando se formulou esse documento essa nota conceitual se estabeleceram cinco pontos que são cinco pontos interessantes para pensar pois graduação para pensar universidade para pensar refúgios refugiados esses cin
pontos tem a ver rapidamente o ponto um com as barreiras as barreiras legais práticas e materiais para inclusão dos da população despla nos sistemas de ensino de educação o segundo como criar modelos de Educação de educabilidade em contextos de mobilidade em contextos de trânsito Punto doto e a expansão de da educação técnica como a possibilidade possibilidade formativa para a população migrante o ponto quatro que é um eixo que sempre emerge em todas as discussões que tem a ver com nós com Refúgio imigração forçada revalidação de títulos e de diplomas e o último o quinto ponto
e pelo qual eu me permite trazer essa nota conceitual É como pode a cátedra Sergio Vieira de Melo e outras iniciativas acadêmicas contribuir no fortalecimento da capacidade institucional e técnica para abordar os desafios relacionados com a inclusão das populações desplas nos sistemas de ensino quer dizer que no processo eh nessa segunda consulta temática do processo de Cartagena já se dá um protagonismo à cátedra Sergio viira G Melo como um mecanismo como uma um espaço como uma entidade uma instituição a partir da Qual é possível pensar o ingresso o protagonismo da população refug ada nas universidades
e ainda mais na pós-graduação quem tiver interesse faço o convite a ler essa nota conceitual que realmente está muito interessante agora nesse ponto se esse ponto c faz um chamado faz um chamado a pensar no papel da cátedra nesse processo nos processos de escolarização no ensino superior na pósgraduação etc eu queria começar a minha fala dizendo que eh existe um relatório e faço um convite para quem tiver interesse os relatórios anuais da cátedra Sergio viira de Melo tem um relatório anual do ano 2023 que tem informação alguns dados interessantes para quem deseja fazer o mapeamento
de como nós população migrante forçada e refugiada estamos noos inserindo na pós-graduação no Brasil as mais de 40 instituições Acho que são 40 41 instituições de ensino superior que no Brasil tem editais e ou tem ações afirmativas para garantir vagas da população migrante refugiada na pós-graduação o o último relatório relatório do ano 2023 oferece alguns dados interessantes interessantes para olhar tendências interessantes para olhar desafios interessantes para fazer um mapeamento precisamente de como a pós-graduação eh o sujeito essa alteridade que se enuncia como refugiado está presente na pós-graduação pelo menos na sua condição de estudante não
então uma das tendências eu trouxe dois dados aí dessas dessa panorâmica que se mostra aí no no relatório 2023 no relatório anual 2023 das cátedras Sérgio viira de Melo e uma delas é que a gente pode fazer um histórico percurso histórico e de 2017 a 2023 Aprecia uma uma um crescimento exponencial do número de bagas na pós-graduação passamos de 100 vagas no ano 2017 a 9 vagas no ano 2023 um dado exponencial não se multiplicou seis vezes várias vezes o número de vagas ofertadas por As instituições de educação superior no Brasil nas quais está funcionando
tem presença da cátedra Sérgio via deimo isso levou que de 70 estudantes refugiados que estavam matriculados em instituições de educação superior no ano se passou a 664 estudantes no ano 2023 isso também é reflexo de um crescimento exponencial em termos das matrículas dos eh estudantes refugiados na pós--graduação brasileira e agora que E olha que posso olhar ess esses números de duas formas primeiro comemorar porque uma ampliação é exponencial representativo interessante depois do 2016 mas também é pouco em relação às magnitudes dos fluxos migratórios que atravessam Brasil se você eu qualquer de nós olhe os mapas
de mobilidade no Brasil aem sabe aem pode entender que 664 estudantes é muito pouco é pouco representativo de um universo que fundamentalmente é jovem boa parte o perfil do migrante pelo menos do perfil do perfil do migrante venezolano pelo menos 40% dos Migrantes que estão entrando no Brasil seja Porque vão fazer vida no Brasil ou seja porque Brasil um país de trânsito para o sur ou para o norte do continente são adolescentes ou crianças quer di sei que são eh pessoas com demandas de escolarização se se eu levo em consideração que somos mais de 7
milhões de venezuelanos e que o 40% desses 6 milhões de venezuelanos tê esse perfil isso reflete Uma demanda crescente em termos de escolarização pela qual ou para a qual 666 número de matrículas é pouco ou seja comemoro por uma parte o crescimento a tendência Porque além disso essa tendência reflexo de políticas públicas sim flexo de uma universidade que se transforma estou fazendo a propaganda do do evento de uma universidade de uma pósgraduação que se transforma mas também vá esse esse crescimento vá pelas escadas enquanto que as crises os fenômenos e a mobilidade humana vá pelo
elevador quer dizer vai muito mais rápido das capacidades ou da da possibilidade da Universidade de responder as necessidades dos Migrantes que estão desejando continuar seu percurso formativo seja numa graduação numa universidade pública no Brasil seja na pós-graduação então olhar esses números com alegria e tristeza não ou mais que tristeza com interpelação por isso comecei com Rita Segato ética da interpelação olhar esses dados interpelando o que esses dados como esses dados podem ser melhorados para maior informação olhar o relatório da cátedra Sérgio beira de Melo do ano 2023 agora assim como esse relatório é importante tem
uma Pol tem um programa em particular que é precisamente o programa que explica a minha presença hoje aqui foi um programa lançado no ano 2022 uma parceria entre AES e um pro um programa emergencial da Capes que se chamou programa emergencial de solidariedade acadêmica foi um programa lançado no ano 2022 no ano 2023 o ano passado foi publicizado pela e o objetivo desse programa era apoiar projetos voltados para propiciar acolhimento de docentes e pesquisadores refugiados que tivessem interesse em atuar no Sistema Nacional de pós-graduação é dizer qu dizer eh um número de 11 universidades do
Brasil a Capes fez o programa emergencial abriu a convocatória Nacional 11 universidades do Brasil no ano 2023 ofereceram distintos tipos de projeto com o intuito de integrar eh pesquisadores e e professores refugiados na pós-graduação do Brasil desses 20 isso isso fez possível a apertura de 22 vagas infelizmente esse ano a gente esteve na conferência nacional eh porque estamos nos preparando para comig grar não desse ano e se desenvolveram as conferências nacionais a gente participou da Conferência Nacional da eh da Conferência Nacional da cátedra Sergio Beira gimel E aí eu soube que muita o número dessas
vagas não muita o número dessas vagas ficaram eh não ocupadas não o qual é triste não porque eh somos a nível mundial o o o número de migrantes a nível Mundial não não para de acrescentar-se nos últimos 10 anos desde 2014 até o último relatório de tendências globais da nur no para de creser o número de despla forçados no mundo em qualquer das suas tipologias entre elas o refugiado é trie que dessas 22 vagas algumas tenham ficado ociosas acho que o n aqui não foram ocupadas mas uma delas foi ocupada e essa que foi ocupada
uma delas fui eu Rafael Gonzales então eu eu participei em particular de um projeto que um projeto que estava propo na na no edital a cátedra Sérgio viira de Melo da Universidade Federal de Juiz de Fora um projeto que tinha o nome e tem ainda porque é um projeto que está em desenvolvimento um projeto de do anos que tem por nome acolhimento como soft Power o universo dos refugiados entre o Pat a linguagem e educação nesse projeto estamos participando dois professores os coordenadores são o professor Alexandre das faculdades de educação e de letras da Universidade
Federal de Juiz de Fora e o professor Rodrigo cristofol que está naárea de história e trabal patrimô diploma Cultural patrimô naárea de História o Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Juiz de Fora eles dois são os coordenadores do projeto e da cátedra e esse projeto que tem esse nome tinha uma meta dois tinha várias metas mas uma delas para o que a gente está trabalhando me permito rapidamente ler meta dois consolidar ações que que possam se tornar práticas permanentes no calendário acadêmico da instituição como chamadas específicas para a colaboração de professores refugiados voluntários
ou bolsistas que ajudem na consolidação dos grupos de Pesquisas existentes e a viabilização de novos grupos potencializando assim uma maior atratividade dos alunos sobre temáticas ainda pouco discutidas pelos mesmos trazidas a partir da experiência e vivência dos dos docentes refugiados selecionados o sujeito revolucionado como sujeito do saber o sujeito revolucionário o sujeito refugiado como sujeito político acadêmico que precisamente o sujeito que em virtude da violência que perpassa sua vida muitas vezes fica nos margens da Universidade da sociedade nesse tipo de projeto não é ocupar o papel Central na pós-graduação não apenas com a experiência que
ele tem mas também com a formação que ele traz do seu país com todo esse acúmulo de experiência no Campo político no campo acadêmico no campo intelectual todas essas relações de saber que carrega consigo quizás o único que carrega consigo o refugiado porque quando o refugiado sai do seu país precisamente deixa tudo para trás mas leva consigo todo esse acúmulo acúmulo que burocraticamente tem que passar por processos de revalidação de reconhecimento de diplomas todos esses processos que existem nas universidades mas que nesse caso nesse tipo de projetos eh Dá um giro oferece outra possibilidade você
como sujeito de saber você como sujeito de direito você como sujeito político tem aqui uma bois protagonista isso claramente adiciona um valor Extra nas práticas da pós-graduação isso agrega um valor Extra então nós estamos circulando somos dois professores o professor amoress que é um professor refugiado da República democrática do Congo e eu que sou venezuelano nós estamos transitando com esse projeto por três pós grados três pós-graduações a de história a de educação e a de letras que são as três pós-graduações que apoiaram o projeto então nessas três pós-graduações estamos desenvolvendo diferentes tipos de atividad claramente
um dos nossos objetivos com a cátedra com a universidade com os programas de pós-graduação é visibilizar o universo dos refugiados o mundo do refugiado da migração forçada já como termo maior então hos estamos administrando diferentes disciplinas por exemplo o semestre passado administramos a disciplina narrativas mobilidade migração e refúgio com o ppge de educação e de linguística na Universidade Federal de Juiz de Fora esse semestre eu estou começando disciplina que se chama eh escolarização em contextos de mobilidade humana no ppg de educação eh na na área de história com o professor Rodrigo cristofol agora estamos trabalhando
temas contemporâneos do património internacional no qual um dos eixos é precisamente Refúgio Então esse esse trânsito de do profe moes como da minha persoa pelos programas de pós-graduações está facilitando a possibilidade de oferecer disciplinas tá oferecendo a possibilidade de discutir perspectivas teóricas perspectivas metodológicas agendas olhar a região que está acontecendo com os fluxos processos de mobilidade Regional levando em consideração os venezolanos levando em consideração os processos de mobilidade dos haitianos como se constitui o mapa da mobilidade humana na região pelo menos o que eu estou trabalhando que estou trabalhando fundamentalmente na América do sur e
América Latina o profess tá sendo mais essa interlocução com África não então como nós transitamos esses programas E além disso temos uma relação que não fica apenas aí e que é o mais que eu mais gosto realmente desse trabalho e que estamos trabalhando diretamente pela via da extensão com as comunidades migrantes da cidade fazemos parte do comité de migrantes da cidade e estamos participando no que é o comitê de elaboração e acompanhamento do plano de políticas públicas para população migrante então aí temos uma interlocução permanente não apenas com a pósgraduação como já senou com todas
as forças vivas da cidade os Cras os creas a população migrante diferentes projetos e organizações como o pan venezuelano por exemplo que um projeto que nasceu com população venezuelana mas que agora tá querendo oferecer serviços de suporte paraa população não apenas venezolana migrantes não apenas venezolanos na cidade então esse comitê o fato de participar do comitê gera toda uma rede de possibilidades de interlocução de trabalho que estamos desenvolvendo na universidade Então não é apenas um trabalho na universidade na pós-graduação no espaço físico da Universidade senão que estamos permanentemente nas escolas trabalhando com escolas municipais escolas
estaduais com a prefeitura com a secretaria especial de direitos humanos com quem temos uma relação quase que diária permanente porque cada vez que chega um migrante que é um profissional Olha como podemos auxiliar seu processo de revalidação conhece a plataforma Carolina bores conhece a nomenclatura sabe toda esses desafios quando você finalmente chega numa cidade como migrante como refugiado seja do Afeganistão seja do Ira seja da sria seja da Venezuela seja da Colômbia e que você tem uma bo migr que oferece fornece uma ajuda dentro desse processo em particular tem um grupo de pesquisa que se
chama grup com o qual estou participando o líder desse grupo é o professor Jan por quem eu tenho muito carinho e El tem um projeto que se chama morar no mundo que fundamentalmente está ass eles trabalham nós trabalhamos com geografia da infância Então essa essa essa possibilidade de acolhimento nos Espaços escolar que traz os professores da Universidade de sociologia escolar de linguística de bilinguismo de patrimônio de imigração todos esses professores que estão circulando agora pelas escolas com a pegada migratória com a pegada do Refúgio tudo isso finalmente se sintetiza no meu ver nesse nome desse
projeto que porque que procuramos outra você aqui morar no mundo não estabelecer novas relações de moradia de afetividade de colaboração de trabalho compartilhado no mundo por isso adoro esse projeto que está desenvolvendo o grup no contexto da cátedra tudo issas são ações da cátedra que surgem a partir do projeto é claro que não Tod de cor de rochas temos desafios e eu vou terminando porque acho que meu tempo já vá nesse está terminando mesmo então é claro que temos desafios e e talvez vou indica apenas um um dado que encontrei num trabalho do ano passado
ainda que as fontes são da da da nur apenas 6% das pessoas refugiadas acessam a educação superior no mundo a média global de matrículas entre pessoas não refugiada está em torno de 40% no mundo então termino com no que comecei comecei falando de que comemoramos alguns dados comemoramos políticas afirmativas comemoramos vagas comemoramos as tendências históricas que estão no relatório não para quem tiver alguma curiosidade algum interesse pode ir para o para o relatório anual da cátedra Sergio de Melo 2023 Agora se a gente sai desses dados e olha em perspectiva sistêmica global os refugiados não
estamos na pós-graduação os refugiado não estamos na universidade em termos fores Não por isso o valor desse tipo de projetos e pelo qual parabenizo a CAPES pelo qual parabenizo é a cátedra Sérgio viira de Melo pelo qual parabeniza o trabalho que está sendo desenvolvido na Universidade Federal de Juiz de Fora esse Eng granagem para mim existe uma palavra chave em todo esse processo regge construção de Reges assim como o ma se organiza para fazer o mal e o faz em regge o bem também se organiza e o faz em regge eu no final ia mostrar
tem outros Desafios que ia mostrar mas acho que pelo tempo não não não vou mencionar e terminar com uma foto que a gente esteve a semana passada na Colômbia como vocês sabem Colômbia é o país da América do Sul que acolhe maior número de migrantes venezuelanos porque o que acontece nas migrações forçadas você fuge para o país vizinho não ocorre com o sírios corre com os afegãos a gente vai para os países vizinhos seja Turquia seja Irã no seu caso como venezolano fundamentalmente para Colômbia ainda que não exclusivamente para Colômbia também para peru para Chile
para Argentina etc e para o Brasil agora estivemos na Colômbia ampliando essa rede de trabalho de processos de escolarização da população migrante em Colômbia que tem um histórico de despla por conflito armado em Colômbia que está acolhendo um número significante de população venezolana em Colômbia no qual nas escolas tem campesinos periferias urbanas desaad migrantes venezolanas e tuvimos a honra o enorme prazer de visitar algumas escolas entre elas escola República bolivariana de Venezuela em Bogotá a metade da população da matrícula são venezolanos e estão desenvolvendo um projeto de acolhimento e de interculturalidade que simplesmente nos fascinou
eu ia terminar com uma foto de um mural que a gente tirou a foto lá na eu até ficou emocionado na escola que diz ho habito terra sem límites nem fronteiras tem uma numa das paredes dos murais da escola um trabalho incrível muito bonito da tragédia do drama também se pode Florescer Então essa escola em particular me deixou com esse com essa com essa força então ia terminar com ela então bom muitos desafios mas também coisas boas estão acontecendo e a cátedra Sérgio viira de melos e Faz Parte dessas boas notícias muito obrigado uma honra
de ter compartilhado de compartilhar continuar escutando aqui vocês e queue o diálogo [Aplausos] Muito obrigado profess a gente pode compartilhar foto depois se você quiser no nas redes sociais do programa né do seminário pela importância que você escreveu e queria agradecer sua fala como todo você trouxe pontos muito importantes né Eh acho que não deu para ouvir nada então vou repetir tudo né quem está aqui presencial eu peço paciência eu agradeço Professor Rafael Gonzales convido a gente então compartilhar a foto mencionada nas redes sociais do ppg HDL né pela sua importante participação nesse seminário internacional
agradeço os vários pontos fundamentais que você trouxe na sua exposição entre os quais o fato de que a gente nunca pode esquecer de que toda Universidade está inserida em uma em uma cidade que precisa manter o vínculo absoluto com a sociedade porque ela faz parte da sociedade na qual ela se insere né e da sociedade Global nesse sentido nós temos a honra de convidar a a a ortan imbu e muanza né que foi presidente do Conselho Municipal de imigrantes de São Paulo então sabe bem a importância de elaborar políticas públicas para Imigrantes refugiados e apátridas
também no nível Municipal sobretudo numa cidade da dimensão de São Paulo uranu e muanza ela é formada em direito na Universidade de quincha né no Congo a gente tem a honra de tê-la como eh pesquisadora como pós-graduanda no nosso programa de pós-graduação em humanidad direitos e outras legitimidades e passo a palavra ort muito obrigado é obrigado obrigada eu agradeço essa oportunidade eh Antes de iniciar a minha palavra eu gostaria de citar uma citação africana que diz o seguinte eh a grande dificuldade da educação é a falta né de conseguir transformar ideia em experiência O que
quer dizer que para ter experiência então tem que colocar em prática né porque experiências são como se for eh eh como que diz em português e e como se for eh ent né não sei como que fala em português que fica né impressões né que a gente deixa então então falando da experiência então se fala da efetividade porque a questão é isso eu sou uma pessoa que gosta muito da efetividade sabe falou e fez a possibilidade de fazer vamos fazer não tem como vamos deixar para lá né para não deixar enchendo eu não vou me
alongar que acho que muitas coisa que eu havia preparando no meu powerpint os companheiros aqui falaram porque nós todos aqui que vivemos no mesmo saco né benazir vivemos na pele sentimos na pele então a fala da benazir a fala do professor aqui a minha fala nós como Imigrante como refugiado os dados os Fontes são os mesmos né eu fui muito contemplado pela fala deles então para não voltar a repetir as mesmas coisas eu gostaria de pular para entrar na mais efetividade porque o problema é seguinte ação afirmativa poítica n é afirmativa o parceria tá bom
entre movimentos sociais e Universidade né Eh para adesão dos refugiados eh na pós--graduação primeiramente eu gostaria de mencionar que o refugiado é uma pessoa vulnerável que chega sem condição Sem condição porque a categoria do refugiado dentro das da categoria E dos Imigrantes então a a fracção dos refugiados a fracção das pessoas mais vulnerável porque já se você faz o paralelismo você verá que o Imigrante econômico vem com planejamento vem preparado vem arrumadinho do que um refugiado que é uma pessoa que foi arrancado com tanta violência entendeu nos seus Raí que foi obrigada a sair daquele
local é uma pessoa que vivenciou entendeu é a quebrada a destrução de tudo que havia construído né é uma p pessoa que está se buscando que está procurando uma um reviver um Recomeço então a maioria são essas pessoa que chega em tanta vulnerabilidade de quando chega nesse Brasil com a minha experiência e de todo o meu percurso na luta pelo direito dos imigrantes que eu estou eh acompanhando estou e junto com os companheiros aqui através da cidade de São Paulo São Paulo é a é a cidade ou é a grande porta da entrada dos refugiados
no Brasil sou no município de São Paulo que está estabelecido uma política pública para os imigrantes onde temos esse Conselho Ao qual eu consegui e atuar por 4 anos como conselheira e até chegar a ser Eleita como presidente mas eu diria que é um conselho de vitrina porque já estruturalmente é um conselho consulta então não tem como decidir e tudo que se diz lá porque esse conselho é um espaço de protagon para os imigrantes onde os imigrantes tê que levantar as vozes onde eles precisam articular as demandas esse conselho é composto da sociedade civil e
do poder público então é um lugar um espaço de conversa de troca de ideia para que as demandas dos Imigrantes se transforme em política pública e como eu diz que eu gosto de ser efetiva é que essas política pública tem que ser política pública inclusive e política pública que possa impactar entendeu diretamente visivelmente a vida dos Imigrantes do que seja uma política pública passiva uma política pública só de papel porque a maioria é temos muitas leis portaria que está instituído que está aí mas na prática aquilo não existe então falando da questão acadêmica é que
por falta primeira dessa política de acolhimento dos refugiados no Brasil então o refugiado quando chega no Brasil ele lida Professor Paulo a questão Acadêmico da rua então a gente enfrenta primeiro a academia da rua porque é na rua do Brasil que o Imigrante Se informa é na rua do Brasil que o Imigrante estuda eu tudo as coisas que eu conheço do Brasil hoje porque é só agora que eu consegui integrar a universidade Mas da onde eu saiu eu já fui uma pessoa no meio científica eu sou advogada eu saí do meu país com uma carreira
de 15 anos como advogada então fora isso atua aí também várias outras coisas mas chegando no Brasil onde que eu fui inscrita na academia da rua onde eu fui aprender sobre o racismo onde eu fui aprender sobre vários processos sobre a cultura enfim e outras coisas então essa academia da rua ela entendeu Ela é muito é visível entendeu nas composição dos movimentos sociais sim porque falando dos movimentos sociais tem movimentos sociais de várias em várias domínios né de luta para vários assuntos né então falta dessa política de acolhimento O imigrante chega no Brasil porque eu
sempre diz que o Brasil não acolhe o Brasil só recebe naquele recebimento el que você chegou tá com visto então pode entrar se vira é que o Brasil Recebe qualquer Imigrante como se for cidadão brasileira mas esquece que o Imigrante que acabou de chegar não fala língua portuguesa não tem ninguém no Brasil não sabe para onde começar e naquilo tudo acontece também caso entendeu de criminalidade onde o o refugiado Imigrante é vítima de alguma barbaridade né tipo a mulher é a pessoa mais exposta nesse procedimento que chega não tem abrigo não tem acompanhamento não tem
acolhimento não sabe onde ir então a pessoa confia na quem se apresenta na frente dela talvez é uma pessoa que fala a mesma língua do país ou é uma pessoa porque é africano por eu ser africana eu confio é uma pessoa que que mostrou carinho e a pessoa se liga e quantas Mulher vi sofre violência abuso sexual essas coisas tudo e não consegue tal vezes denunciar porque o único teto que essa pessoa tem é a casa daquela pessoa não consegue falar por medo então tem tudas essas questão quando você tenta fazer a ligação de quando
chega um refugiado no Brasil até chegar a entender onde começa o processo migratório para entrar no processo de pedido da documentação pedido do Refúgio conseguir Refúgio entrar naquele caminho para andar até a Integração Social Quantas coisas acontece Quantas vezes o Imigrante o refugiado é vítima né Quantas coisas desagradáveis acontece até a pessoa chegar lá porque falta de informação falta de política pública de acolhimento aí aquilo expor muito essa insegurança pública e a isso é uma falta aos direitos humanos sim é uma falta aos direitos humanos e então na questão acadêmica o que enfrenta na rua
então não tem autor e ninguém julga depende de cada um só se for denúncia né de um caso mas senão tudo passa e a gente não sabe como escolher o que deixar o que pegar o que é Real o que não é qu que é a fonte Cada um fala da sua experiência cada um traça a sua entendeu E o mais grave hoje é que as redes sociais né foi legalizado todo mundo passou a ser professor todo mundo ensin qualquer coisa todo mundo corre agora nas redes sociais para pesquisar como que é entrar no YouTube
para saber como que faz atéos o próprio processo migratório tem as pessoas que faz de casa para saber Nossa eu tenho que agendar na polícia onde que tem que buscar então é essa situação a Rapid que traz a tecnologia hoje n trana traz perdição a tecnologia também que ajuda a facilitar a nossa vida hoje mas acompanha também essa consequência Então dessa academia de rua eu acho que essa aproximação da Universidade com movimento social seria uma aproximação muito que precisamos apoiar é uma aproximação muito legal pelo fato de que consegue agora tirar o refugiado do mundo
Acadêmico da rua para trazer no mundo acadêmico científico essas dois academia para mim são importante são importante porque a pessoa só consegue também conciliar entendeu os dois lados e as dois vidas para poder se formar e saber como se posicionar Em uma sociedade Onde você está sendo recriado né então eu digo dessa importância por hoje a sociedade civil no Brasil cumpre quase o papel do governo brasileira que tem essa obrigatoriedade mas que não assume por não pode se falar de uma política pública sem orçamento não se pode se tratar de política sem eh um um
projeto financeira e o que falta no Brasil que não existe mas falando de política pública então o próprio governo tem que investir na questão migratória para poder produzir política pública que possa ser servido para os imigrantes para os refugiados eu estava dizendo São Paulo que é uma grande porta de entrada para os imigrantes onde tem esse início desse política público para os imigrantes na instauração desse conselho que só é um conselho de vitrina porque é um conselho aparentemente onde as as vozes dos Imigrantes São calados onde os imigrantes não conseguem se expressar e o que
que acontece falando o próprio governo brasileiro além de ser demissionária na sua obrigatoriedade como pai dessa questão né e ele usa o corpo do imigrante não usa o Imigrante para como protagonista Mas usa o corpo do Imigrante para para a visibilidade né do de fazer como que diz né para os inglêses ver eu aprendi aqui no Brasil para os inglêses ver então aí o que é isso que acontece aí fala tem um conselho tem coisa mas o que que acontece no conselho o que está sendo feito mas a realidade da minha experiência como é presidente
a gente tá aí com uma obrigação de cumprir o de protocolar ou assinar os projetos da Prefeitura por não construir junto aos Imigrantes porque é seguinte quando você quer ajudar uma pessoa é melhor perguntar você precisa de ajuda Precisa do quê para você não produzir pensando que tá ajudando talvez que você Produza uma coisa que não serve à pessoa que você está ajudando então a pessoa vai dizer que você não tá ajudando porque a pessoa não tá encontrando satisfação é isso a questão paradoxal no Brasil sim política Ah tá envolvendo uma política mas essa política
impacta a vida dos Imigrantes se hoje a gente chegou a essa consequência porque eu chama isso de sequência como que me falou um irmão que é um dos iniciadores do pd Mig África do coração que é uma on que nasceu da Resistência ele diz Hortência hoje O Brasil parece um hotel Onde o Imigrante vem dorme faz um sejuro e depois vai embora então isso é um fato o que o Brasil grita hoje com isso que tá acontecendo na aeroporto de guarulos hoje que chega até sabe a fazer Sabotagem sobre os Direitos Humanos porque emigrar hoje
é um direito e pedir Refúgio também não pode ser legar uma pessoa pedido de refúgio basta escutar a pessoa passar pelo tudo o processo e o Brasil tem tudo essa legitimidade de ver se aceitarem ou não mas negar sem escutar sem receber a pessoa isso também é crime Então o que tá acontecendo é uma consequência dessa falta dessa falta falta de política pública falta de política de acolhimento então falta de esse procedimento que possa caminhar O imigrante na Integração Social eu diz que o Brasil não acolhe o Brasil só recebe porque eu entendo pelo acolhimento
um procedimento né esse recebimento com carinho orientação até levar a pessoa na Integração Social o Brasil não consegue oferecer nem os direito mais básico reconhecido para os imigrantes porque eu sempre diz a questão do refugiado não pode ser tratado como questão de direitos humanos porque essa é uma questão que vai além dos Direitos Humanos porque a questão de direitos humanos é uma questão que templar todos todo ser humanos Mas a questão dos refugiados é um caso específico então é um caso que precisa ser visto além dos Direitos Humanos então a vida descatáveis não existe a
vida é só uma ilusão e a pessoa que quer se Reinventar aoa que quer um Renascer Então tá com pressa está precisando e quando está precisando é precisando agora não precisa de promessa isso é o caso dos Imigrantes É por isso essa dem mora traz angustia e os imigrantes acaba ficando com agonia não aguenta mais ficar eles querem ir embora porque a pessoa não tá entendendo não tá conseguindo entender não tá sabendo onde fazer a conciliação do mundo Universitário é acadêmica científica e esse mundo da academia da rua tem que fazer essa conciliação e eu
acho essa conciliação só pode ser feito pelos movimentos sociais sim porque os movimentos sociais já concilia esses dois mundos academia universitária científica e academia da rua dá para ver através de vários movimentos hoje por exemplo os desafio de trabalho a maioria dos Imigrantes faz trabalho autônomo estão dentro do sindicato a gente vê como o sindicato brasileiro acompanha a luta dos Imigrantes os vendedores ambulante e tudo ISO estão com eles quando você vê a questão por exemplo Passamos o tempo do covid para entender como que é a política pública brasileira a questão de Segurança Pública era
no mundo inteiro sobre o covid mas o Brasil estourou a vacinação de todos para garantir saúde de todo mundo esqueceu que tinha Imigrante obrigando a comprovação de eh de residência enquant quantos refugiados pode comprovar endereço quantos Imigrantes tem casa tem endereço para poder comprovar aí muitos imigrantes ficaram sem tomar vacina e até hoje nós pedimos para que nos dá o dado de quantos migrantes morreram de covid Porque queremos saber e até se for colocar nacionalidade seria bom porque no meio noso refugiado sabemos quantos Imigrantes perderam familiares só depois com movimentos sociais que a gente consegui
articular até criar uma rede de saúde para os imigrantes brigar entrar na secretaria para poder conseguir uma multirão que possa vacinar os imigrantes a questão de moradia gente é só no Brasil onde você encontra refugiado sem teto eu disse refugiado sem teto porque refugiado não é só um apelido mas refugiado é um estatuto jurídico como que pode conceder uma residência sem domicílio como que concede uma residência sem teto como que concede esse estatuto de refúgio para uma pessoa ser residente no Brasil mas não sabe onde vai dormir não sabe como vai viver não é paradoxal
então Isso demonstra já essa Sabotagem essa forma violenta de poder eh acolher oou de poder receber pesso por isso que eu não falo de acolhimento eu falo de recebimento porque recebeu uma coisa superficial Entendeu agora conciliar esses movimentos social são os movimentos que são mais perto dos Imigrantes sim são aqueles que estão mais perto da Luta dos Imigrantes sim então através eles com essa parceria porque ele já vivem junto com os imigrantes que questão moradia dentro das ocupações é lá que vive os imigrantes e dentro das ocupação os imigrantes consegue mais informação O professor falou
aqui dos dados de vaga que estão sendo oferecido para os imigrantes como que chega essa informação para o Imigrante nessa academia de rua como que chega essa informação aquele refugiado que chegou com aquele perfil científico como que chega a saber como que chega como que chega ter essa informação para entender que ah eu posso ingressar eu posso entrar nessa faculdade eu posso ir lá também quantas como que é então eu acho que uma boas boas articulações boas conciliações entre sociedade civil movimentos sociais com essa eh as Universidades esse corpo acadêmico entendeu vai trazer fruto que
possa sim fazer o mapeamento daqueles Imigrantes daqueles refugiados entendeu pronta para poder ingressar né O que asos universidades quer oferecer E como que eu havia dito sobre essa cituação africano a grande dificuldade da educação é de colocar né as ideias na experiência tá Tem tantas ideias Aqui estamos falando de ideias como real como concretizar as ideias para que amanhã a gente possa falar da experiência já tem um começo de alguns universidades que for citado aqui já começou a colocar em prática as ideias essas aquele pode trazer se experiência ao longo dos anos de como funciona
de como está tendo tá tendo também várias projetos de extensão que não pega os imigrantes como estudante para ingressar pósgraduação ingressar Universidade mas que ajuda os imigrantes de poder expressar esse saber científico que eles têm mas infelizmente eu fico triste pela essas questões porque esses experiência em vez que o próprio Imigrante seja proponente se apresentando que é ele defendu o caso é pessoa usando Imigrante nesses projeto para apresentar os trabalho deles entendeu então aí eu eu acho que é um abuso também é um jeito de usar uma pessoa aí colocar aí o Imigrante como um
objeto de pesquisa enquando não o imig não é uma material É uma pessoa humana também que quer crescer que quer se desenvolver e quando você entra nessa academia da rua onde a gente fica parado no que os políticos tem que fazer tem que resolver tudo a questão de revalidação de diploma ou a equivalência de diploma parece um mito ouou uma realidade que a gente nem sabe se é um mito ou é um uma realidade mas quando você entra no mundo científico nas universidades as coisas parecem diferente também mas como chega as informações hoje eu agradeço
muito por estar aqui mas quando eu falo que eu ingressei a pósgraduação vendo tudo mas como como é que você chegou lá como é que você entrou lá você fez a revalidação do seu diploma aí até doi né para poder explicar e você veja as tristezas das pessoas na cara quantas pessoas não consegue assim fala política pública e trabalho decente como que pode falar de um trabalho decente se o trabalho mesmo não existe porque o trabalho também continua a ser o desafio do Imigrante porque organizar na questão de política pública para os imigrantes várias multirão
para escreve ajudar o Imigrante a escrever um currículo eu sempre pergunto que currículo está sendo escrito nesses multirão um currículo inventado o verdadeiro currículo do Imigrante se eu como advogada no meu currículo como que trabalho que eu faço que trabalho que eu faço nesse Brasil mas que currículo que eles vão fazer quantas vezes eu levei o meu currículo dizer não para esse cargo não dá esse seu currículo não cabe aqui até um dia eu falei nossa eu não quero saber eu não quero saber do nível eu quero sou emprego aí dizeram para mim isso nãoc
esquece falar ortens sabe é essa questão de emprego currículo é como se for um casamento então tem que ter equilíbrio quando não tem equilíbrio então não vai dar então eu entendo também porque eu falei para que eu não vou me sentir constrangida eu só quero um trabalho porque eu preciso de dinheiro eu tenho que sustentar a minha casa eu tenho filho então isso tudo são difíceis nos movimentos sociais Eles já pautaram eles já pautaram os desafios as dificuldades dos Imigrantes sabe por quê Porque a maioria dos Desafios dos Imigrantes a maioria das dificuldades dos Imigrantes
faz parte integrante também das dificuldades e desafio do povo brasileiro falando do racismo os imigrantes negros chegando no Brasil eles já enfrentam os desafios do negro brasileiro que é excluído que é que tem acesso difícil à coisas então Imigrante preto que chega também já entra naquele saco aí então eu acho que falando dessa política afirmativa né falando dessa parceria realmente de movimentos sociais com as Universidades acho muito interessante da mesmo jeito que foi ch amando essas questão de pautar sobre política afirmativa que é aquela política que leva a olhar né os vulneráveis os pobres os
excluídos a a menoria para poder levar eles fazer uma Equidade eu falo da Equidade que eu não gosto de falar da justiça porque a Equidade é aquele que permite a você ver ao lado fraco da pessoa né para poder levantar e encontrar um equilíbrio é isso a política afirmativa que deixa também para ver a dos negros a cota dos índios dos indígenas e tudo isso assim também vem dos refugiados Então isso que eu queria dizer que é importante Sim essa parceria eu at acho que eh a universidade agora conciliando com essa luta tudo essa Eh
esses dados tudo que pode trazer para a universidade essa academia da rua esses movimentos social e por ser Universidade ajudaria na redação entendeu da eh do do do do do na na do a a fornecer ou a levantar os dados que possa permitir realmente ao governo ou ao estado numa elaboração eh dos das leis né de uma política né que possa contemplar todos porque a redação de uma pessoa acadêmica o olhar as perspectivas são diferentes Onde você está no mundo acadêmico as pessoas que já viaja que faz pesquisa que entra em contato com várias culturas
que entra em contato com outros escritores que entende de outro lado do mundo como que acontece que Experimenta a convivência com uma outra pessoa de outra cultura que tem pensamento diferente então eu acho que conciliando isso tudo sim consegue levar ao Brasil a conseguir a elaborar uma política inclusive e uma política duradora que possa eh ajudar os imigrantes e levar uma boa Integração Social para o Brasil porque estamos construindo todos juntos esse Brasil O imigrante também contribui e o Imigrante também tem algo que tá trazendo para poder contribuir no Brasil em todas as áreas tem
experiências alguns experiências ent sai da cultura alguns experiência e entre sai do Saber costume uso e experiência entendeu ambiental da onde vem a pessoa isso tudo também são as coisas que o Brasil tem que conhecer dos imigrantes que traz para poder abraçar e colocar como um ganho para poder levar o Brasil eh o Brasil à frente né É assim mesmo que temos que sair o vencer essa dificuldade da educação né que é de não conseguir colocar ideia como experiência né Assim eu vou fechar minha fala com a fala de uma escritora senegalesa né africana a
Fato jum a Fato jum falou o seguinte escrever e desafiar a noite e enfrentar o dia obrigada [Aplausos] Muito obrigado ortan pela fundamental contribuição pra reflexão aqui coletiva né Desse seminário a gente possa continuar a pensar aqui juntes né Depois dessa fala tão tão fundamental eu passo a palavra então a Cal Albert Diniz de Souza que é doutorando no nosso programa de pós--graduação em humanidades direitos e outras legitimidades é pesquisador em refúgio e professor universitário seja muito bem-vindo palavra é sua por favor Boa noite Boa noite Professor Paulo eu não tenho o que falar eu
qual vai ser a minha contribuição porque depois das falas potentes que eu observei até agora o que que eu vou falar como é que eu vou conseguir dar alguma contribuição a fala da professora Ben nazira que fala que Refúgio que a academia estuda a pesquisa pelo Google Então eu preciso dar alguma resposta eu preciso ter alguma coisa que possa eh valer esta ideia porque muitas vezes a gente estuda na academia nomes vai lá os livros e às vezes é mais importante o passado do que o presente ah porque desde a Grécia antiga Aí você vai
recuperando e vai você fazend quando chega no momento atual onde é que a academia vai o que que ela faz então eh a minha fala eu vou ter que agora reconstruí-la para conseguir dar essa resposta a professora benazir preciso também dar uma resposta ao professor Rafael que ele pontua não adianta perguntar não adianta eh eh tentar entender como acontece isso precisa interpelar interpelar é o que a gente tem que fazer o local do refugiado é interpelar e ele consegui isto e a academia também não é aceitar é interpelar e a outra pergunta que o professor
Rafael fez Onde estão os eh os refugiados na academia ali a ortense a ortense passou por todo um processo e está na academia agora o que que eu posso escrever sobre Refúgio imigração nessa Universidade como também entender a hortense nesse todo contexto como é que eu vou fazer isto vai ser mais um trabalho eh acadêmico seguindo todas as pautas científicas positivistas toda a forma ou eu vou conseguir eh ultrapassar tudo isto E aí outra pergunta a pergunta pro professor Paulo Professor Paulo mas para que que o senhor quer fazer convênio com a sociedade civil mas
que ideia é essa o que que o senhor V encontrar na sociedade civil então São perguntas que eu preciso responder eu vou pedir paraa professora benazir que faça depois a chamada oral eu como professor universitário a gente sempre tem aquele papel será que me entenderam Será que no final da minha aula alguém Conseguiu lembrar alguma coisa então a gente tem essa luta a gente ué Será que fui muito erudito não consegui passar foi um exemplo muito simples então depois da minha fala eu gostaria que eh a senhora pudesse me responder será que eu consegui cumprir
a essas respostas e e se você e a elizabe e a Aline vão lembrar de uma frase e um gesto se ao final disto vocês lembrarem do gesto e da frase a minha fala serviu para alguma coisa porque senão é mais uma fala é mais um artigo é mais uma tese e isso como fica o gesto é este este gesto acompanha o mundo eu vou colocar mais no nosso contexto brasileiro muitas vezes a gente não pode falar muitas vezes a gente não conseguiu expressar o que a gente queria amarraram as nossas mãos mas a gente
ainda consegue movimentar se a gente verificar em muitas religiões de base africana aqui no Brasil existe esse movimento se a gente verificar no povo que trabalha as classes operárias isso existe porque nem sempre ele pode falar mas isso a gente pode fazer muitas vezes a gente não pode colocar a nossa religião se eu não sou cristão mas isso a gente pode fazer porque muitas vezes o Brasil é lindo recebe todo mundo tem samba tem um monte de coisa mas respeito a minha religião ou tratam Ah é folclórico Nossa é bonitinho ai não sei o quê
mas na verdade não tá incluindo tá simplesmente nos colocando num zoológico nos colocando num aquário nos colocando numa vitrine hortense a sua fala de eh vitrine é Exatamente isto o Brasil nos coloca numa vitrine Então quem não é branco quem não é homem quem muitas vezes não é cristão enquanto refugiado Que lugar tem Então esse gesto é gesto de resistência mas de luta e a luta está na frase então professora Elizabete quando ao final dessa palestra você tentar recuperar se não recuperar a frase recupere o gesto a frase é nada sobre nós sem nós então
será que isto é possível mas Professor Paulo O que que você tá fazendo conven com sociedade civil na Universidade de São Paulo nós somos uma universidade a mais antiga a gente tem 90 anos então o que que o senhor tá procurando na sociedade civil que convênio é este com a sociedade civil Porque existe o mundo claro que este programa de pós-graduação faz parte da USP faz parte desses 90 anos mas faz parte nesse momento na hora que a gente precisa transformar não é chegar aos 90 anos e falar que maravilha um Jubileu mais uma estátua
a a proposta desse seminário é perguntar podemos transformar essa ciência pode ser transformada este olhar pode ser transformado nada sobre nós sem nós então o que que a gente precisa fazer convênio essa Universidade foi formada foi constituída por um convênio com a Europa a França os melhores professores franceses e principalmente aqui na faculdade de Filosofia Ciências e Letras chegaram em francês falando francês nos estudaram então é 90 anos com os francês E agora como é que a gente vai poder transformar isto queremos transformar Isto é possível para que esse convênio tá tudo resolvido não sei
o que tanto reclamam tanto querem modificar E aí a gente faz uma outra pergunta eles reclamam demais por que eles querem entrar na universid a gente notar a situação de refúgio já tá resolvida existe uma convenção de 1951 que já colocou juridicamente e até hoje se você for escrever qualquer artigo científico você tem que usar aquela figura de 1951 feita para resolver um problema da Europa não foi feita para o mundo para resolver um problema naquele momento da Europa e hoje a gente vê a imprensa Nossa a maior crise humanitária a Ucrânia não estou entrando
no mérito da questão entre Rússia e Ucrânia mas não é a maior crise humanitária de refúgio ali é uma grande crise uma coisa terrível mas é uma questão de refugiado branco do olho azul esse refugiado que entrou a dentro das regras jurídicas da União Europeia existia só uma opção para você permitir o afluxo de grande quantidade de refugiados aprovada no contexto da Guerra da yugoslávia de toda a dissolução da yugoslávia isso estava aprovado desde 2000 nunca foi aplicado foi aplicado somente na guerra com a Ucrânia 5 anos antes quando teve o grande afluxo de de
eh refugiados sírios paraa Europa não foi aplicado isto naquele momento o que foi feito fecharam as fronteiras criaram todas as barreiras e não permitiram acesso de facilitado fechar as barreiras começaram a controlar colocaram em Campos e foram tentando resolver tudo isto até a Turquia foi convidada pela união europeia para ajudar a resolver esse problema dinheiro e vocês seguram aí nos campos de concentração Desculpe nos campos de controle do e refugiados os refugiados sírios eles vão ficar aí na Turquia não vão entrar em território europeu esta foi a solução mas existia a lei com os ucranianos
aplicaram a prerrogativa já entrou um grande número porque são os ucranianos E aí a gente volta a fala que é a a hortense insiste ela questiona aqui no Brasil o Brasil é um país acolhedor de refugiados esse mito de barasil acolhedor não está na hora de ser revisto então a união europeia pratica algo muito parecido com o Brasil aplica uma integração seletiva é migração seletiva se escolhe quem vai ficar aqui se escolhe Que tipo de pessoa pode estar aqui sobre a nossa proteção Então por sírios um tratamento que é que não que põe em risco
eles não são cristãos como a gente vai ter um fluxo tão grande de não cristãos aqui no ocidente porque ocidente é baseado filosofia grega império romano e religião cristã qualquer outra situação põe em risco Então como vamos fazer com isto mesmo quando deixar entrar os ucranianos não deixaram entrar os marroquinos não deixaram entrar toda a população do norte da África que quer entrar na União Europeia que coisa é esta a Espanha recebe muito bem os ucranianos e não recebe pelo menos grau de Equidade os marroquinos como é que isso acontece então sim e isso a
gente precisa colocar uma migração seletiva a gente pode ter um monte de nomes aí o Brasil como responde não não tem racismo não tem preconceito pode vir aqui todo mundo que a gente aceita como falou o professor Rafael nossa tem uma uma plataforma Carolina Bore nós temos a legislação a lei de imigração São Paulo tem o primeiro o melhor e o modelo e o paradigma de política pública para refugiados Então por que que o professor Paulo insiste com esse convênio com a sociedade civil nada sobre nós sem nós porque todo esse discurso toda essa situação
tem o aspecto jurídico e eu quando comecei a pensar sobre Ah o que eu ia escrever o que ia falar aqui na esfera jurídica tá tudo resolvido é lindo tem o Tratado tem a política pública ganha prêmio do BID o bid já deu um prêmio para esse Primeiro Plano Municipal para população imigrante e refugiada então no mundo jurídico tá tudo resolvido só que além do mundo jurídico como a professora hortense colocou tem academia da rua e onde essa academ que é nossa academia que é essa USP que está sediando esse encontro vai incorporar ciência e
academia da rua como Isto vai acontecer então de tudo que a gente já presenciou pelos trabalhos aqui já defendidos os artigos escritos na Universidade de São Paulo o que foi feito foi feito sobre osos refugiados ou com os refugiados Qual é a nossa narrativa a professora benazir pergunta qual narrativa existe sobre os refugiados e eu insisto Eu entendo e defendo que a situação é de refúgio refugiado Não é questão de estrangeiro não é a questão de imigrante E por que que eu faço isto porque eu passei acho que os três últimos anos com a hortense
na militância ali na militância naquele refugiado que não é o refugiado que todo mundo quer mostrar mas o refugiado da rua o refugiado que chega aqui e aí a gente come a perguntar que trabalho tá sendo feito aqui como ISO tá sendo feito como isso que narrativa Estamos apresentando se vocês notaram geralmente entre numa palestra Leia um artigo sobre Refúgio é uma voz temperada é um assunto muito bem desenvolvido começo meio e fim uma voz bonita angelical dizendo eu sou tão bom eu sou tão ótimo olha trouxe aqui até alguns porque aqui no Brasil a
gente vê o racismo o preconceito Eu até tenho amigos amigos isso amigos aquilo nossa universidade de São Paulo tem até refugiados nós falamos sobre eles então como é que isso acontece Então é isso que a gente precisa verificar nada sobre nós sem nós quando a gente coloca isto o que eu tento colocar nesses escritos o que o professor Paulo na sua coordenação desse programa Tenta colocar é o relato da Hortência o relato da Hortência da Universidade da rua os decibéis a forma a vida o sangue A Verdade Aquilo que acontece porque muitas vezes a gente
quer um distanciamento academia vai lá observa faz algumas amizades faz uma compar se em Roma existe isso se na legislação internacional existe aquilo Qual o melhor exemplo das boas práticas que agora no ocidente é tudo boas práticas a gente vai procurar algum lugar que tenha boas práticas sobre alguma coisa boas práticas sobre feminismo boas práticas sobre diversidade boas práticas e a gente nessas boas práticas muitas vezes esquece a universidade da rua muitas vezes Esquece o que acontece Então o que eu escrevi o que eu falo é exatamente este calor isto que muitas vezes não cabe
no mundo acadêmico Mas cabe no mundo da militância Em algum momento esta fala tem que convergir a gente tem que entender Por quê e por eu tenho esse posicionamento a partir do Convívio com a militância de refugiados de falar refugiado pessoa em condição de refúgio porque o Brasil acolhedor esse mito do Brasil acolhedor ele adora falar mas todos nós somos Imigrantes todos nós nesse país maravilhoso temos uma oportunidade mas do que que vocês reclamam só que nesta política seletiva de migração o Brasil Quer homem branco de preferência Latino que fala uma língua próxima da gente
aqui da América Latina e Cristão mulher com filhos africana não Cristã dá problema porque ela vai ter filhos porque ela vai questionar porque ela não quer necessariamente ser inserida ela quer discutir essa condição de direitos humanos já tô terminando é isto que a gente busca Qual é essa situação porque o Brasil quando fala de imigrante eles trazem a figura Conde Francisco Matarazo o homem mais rico desse país chegou com uma sacola com banho e linguiça e foi o homem mais rico construiu várias indústrias 365 indústrias uma indústria para cada dia do ano Este é o
Imigrante não esse é o estrangeiro o refugiado é aquele que está ali porque é esse relato ninguém mostra todo mundo faz cátedra todo mundo faz pesquisa Mas ninguém foi lá e foi ver uma mulher que chega sem falar o português sem eh ter condições sem ter amigos sem ter contexto está num Refúgio com as crianças porque o homem vai fazer negócio vai fazer comércio vai ser o Francisco matará Por que que aqui já teve o Francisco Matarazo porque eu o homem refugiado não posso fazer a mesma coisa então Ele vai atrás de Comércio e a
mulher fica lá no Refúgio com as crianças e aí o que que a política pública faz hortense você não pode ficar aqui Você mãe você tem que sair do Abrigo você dorme aqui a gente te dá comida vocês podem tomar um banho mas você tem que sair porque você tem que arrumar emprego você tem que resolver a sua vida mas Imaginem você chegando na Rússia chegando na China cheg and numa cidade da Arábia Saudita vocês falam a língua se é simplesmente pegar as crianças e arrumar emprego e apresentar o currículo isso tudo tá resolvido não
é assim e a universidade quando o professor Paulo fala desse convênio com a sociedade civil é para trazer a academia da rua é para trazer a realidade desta mulher que tem que sair logo cedo para tentar fazer alguma coisa ela fica perambulando e volta à noite é esse o Brasil esse mito do Brasil acolhedor é essa vitrine acolhemos choque na hora depois do café você vai se embora porque você não pode ficar parada você tem que atuar tem que arrumar emprego tem que fazer alguma coisa então que Brasil é este que acolhida é esta então
eu vejo nesse no nome desta mesa o a parceria da Universidade com a sociedade civil algo que pode gerar uma mudança algo que pode efetivamente não falar sobre mas com os refugiados E aí talvez a gente possa ter alguma contribuição enquanto academia porque também a gente sabe os espaços da militância o espaço da academia da vida política mas não pode estar tão dissociado e como é que a gente vai fazer isto nada sobre nós sem nós muito obrigado [Aplausos] Muito obrigado C bom eu tenho certeza de que a gente teria a possibilidade de fazer uma
longa sessão de perguntas de debates né mas em respeito a próxima mesa que é extremamente importante a gente já vai caminhar pro encerramento eu vou fazer duas ou três observações Breves pra gente eh concluir eu queria inicialmente agradecer Tod as pessoas que estiveram nessa mesa por nos lembrar o papel da criticidade na universidade o quanto não faz sentido existir uma universidade que não tenha reflexão crítica o tempo todo a outra questão não faz o menor sentido uma universidade existir um programa de pós--graduação existir se não reconhecer a importância da relação entre teoria e prática o
vínculo com a sociedade civil ele não é uma opção né Ele é absolutamente necessário função da Universidade se esvai se ele não acontecer eh um comentário também breve amanhã nós teremos o encerramento do seminário todas as pessoas estão convidadas né Nós vamos fazer num centro que já há mais de 20 anos né o professor Rafael lembrou muito bem que pelo menos há 10 anos ano após ano é batido recorde no número de deslocamentos forçados no planeta já já se passou de mais de 100 milhões de pessoas ou seja é um tema atualíssimo né e eh
nós vamos ter uma breve apresentação de teatro e 80% desse grupo de teatro se mudou do Brasil no mês passado né então a gente é é só um exemplo muito prático e imediato de que o que foi mencionado eh pela urans por exemplo é e eu poderia citar falas de cada um mas por uma questão de tempo não vou fazer esse exercício né mas é é a realidade cotidiana no Brasil em São Paulo e a última observação que eu gostaria de fazer é em relação à questão linguística né Essa falácia da da ideologia monolíngue no
Brasil dessa ideia de que a pessoa veio para esse país ela é obrigada a aprender a língua não o país que deveria né entender que essa ideia de que uma língua dá conta dos saberes das complexidades humanas ela não faz o menor sentido né é um esforço pequeno é um esforço limitado mas no caso do programa de pós-graduação eem humanidade direitos e outras legitimidades o que a gente fez como ações afirmativas além de abrir as cotas porque a gente entende que as cotas são apenas uma parte das ações afirmativas mas elas não são suficientes a
gente nas paraas línguas De proficiência a gente colocou 11 línguas De proficiência a maioria delas não é indo europeia a gente entende naturalmente que é importante ter português espanhol francês inglês mas a gente tem também línguas não indo-europeias como kahil o árabe línguas indígenas né e o site também já Eh estamos com o site em oito línguas também nesse exercício né com kisil com quea com critiano com árabe e também com línguas eh indo europeias é um esforço limitado a gente entende que isso não deveria ser uma ação específica da sociedade mas deveria ser uma
política não só de governo mas de estado Mas é uma tentativa de promover esse debate de mostrar é ainda o único programa de pós--graduação da USP que oferece línguas africanas e línguas indígenas na proficiência e nós estamos em 2024 então só para lembraram longa que ainda precisa acontecer para que o Brasil comece a pensar na possibilidade de falar em acolhimento e não em recebimento né e e sair dessa dessa estratégia de marketing para as ações de fato bom com essas palavras eu queria agradecer muito a todos né tanto as pessoas que estão aqui presencialmente quanto
as pessoas que estão no YouTube eu peço desculpas por a gente não ter a possibilidade de abrir para perguntas Mas de fato respeito à próxima mesa que vai começar imediatamente já fica o convite para que as pessoas possam aprender também com essa próxima reflexão que se inicia agora em minutos Muito obrigado