Byung-Chul Han - A sociedade do cansaço

como você já deve ter visto o título do vídeo hoje vamos tentar entender porque vivemos cansados afinal quantos de vocês não conseguem ler textos longos quanto tem a sensação de que estou fazendo nada estão vazios mas ao mesmo tempo cansados quantos precisam consultar as redes infinitamente sem que nada tenha lá quem se sente inútil depois de um dia inteiro de trabalho quem não está feliz com a aparência quem não está feliz com a própria vida as perguntas são fortes têm a certeza que muito de vocês identificam portanto seguro se aí com sente se que hoje

o autor vem lá da coreia do sul jung churra filósofo coreano nascido em 1959 vive atualmente em berlim e é professor da universidade de berlim sabemos que hum não é sociólogo contudo trazemos ele para o canal por considerar que as reflexões que realiza sobre o século 21 coadunam e engrossam as idéias de palmo e de outros autores da sociologia como o castells pierre levy bruno latour ainda faremos vídeo sobre esses autores bom ram está na moda se você pesquisar o nome dele no youtube vai encontrar diversos vídeos comentando a sua obra inclusive é que escolhemos

para apresentar hoje sociedade do cansaço publicada no brasil pela editora vozes em 2015 em virtude de ele estar em alta a nossa contribuição será a singela porém consideramos importante a idéia será elaborar dois mapas mentais comparando os dois tipos de sociedade que representa em seu livro sem mais delongas vamos ao assunto de hoje a tese apresentada por lula essa obra é de que estamos vivendo novas relações sociais estas por sua vez são diametralmente opostas a um outro tipo de relações sociais que temos o século 20 a primeira está compreendida principalmente entre 1945 e 1991 a

segunda iniciada nos anos 2001 e continua até hoje vamos então a comparação 1º versarem sobre as características da sociedade moderna em seguida da sociedade do cansaço no período chamado de guerra fria a visão de mundo predominante em países capitalistas ou de economia aberta era noção de imunologia o que significa considerar que há um inimigo a ser combatido este inimigo possui resistência totalmente contrária à nossa e é por isso que deve ser combatido essa existência contrária pode ser entendida como a negação do estilo de vida o exemplo mais claro sobre essa realidade ao conflito estados unidos

e união soviética de um lado o capitalismo com a idéia de sociedade de ser humano bem distinta daquela existente do outro lado o comunista são vários os históricos que ilustram esse conflito mas dois ganham destaque o macartismo nos estados unidos e as ditaduras na américa latina ambos foram movimentos criados e construídos para impedir o avanço desse inimigo externo do fantasma do comunismo é interessante que a resposta para esse inimigo é pautado em uma sociedade do controle ou seja há uma vigilância no que pode ou não ser dito escrito pensado e manifestado não é à toa

que as ditaduras na américa latina foram tão radicais a qualquer tipo de pensamento que tivesse traços mesmo que nox de comunismo inclusive essa é uma técnica utilizada bem semelhante ao uso de vacinas são introduzidas idéias ouvir os imunes que não podem se desenvolver apenas para criar mecanismos imunológicos mais forte para eliminar de vez esse inimigo essa sociedade do controle possui autoridades externas ao indivíduo infringindo deveres a ele é uma sociedade que exige obediência absoluta quase que segue a essa autoridade o que implica também uma passividade total mas nem tudo isso é ruim nesse tipo de

sociedade pois essa passividade de ver essa autoridade externa leva o indivíduo a realização de tarefas únicas permitindo uma atenção profunda focado em apenas uma ação possibilitando um mergulho demorado nessa atividade essa disposição potencializa o suporte ao tédio que em alguns casos é essencial para o desenvolvimento criativo imaginativo e de compreensão o ted por sua vez que o indivíduo que o suporta uma capacidade de negação ao estilo externo muito importante é algo contra institivo é um controle da natureza animalesca do mano é uma disposição que permitiu ser humano alcançar o estágio atual evolutivo contudo esse cenário

não dura pra sempre a partir de 1970 ele começa a ser alterado principalmente em virtude das inovações da microeletrônica nas telecomunicações e na computação essas transformações foram analisadas pelo manuel castells recebeu o nome de sociedade em rede a sociedade do cansaço nascido no século 21 é resultado das transformações da sociedade em rede não há uma separação mas uma continuidade mais profunda sobre a análise desse novo modelo de vida social que levamos as diferenças com o modelo anterior são quase sempre de contradição ou seja se lá era de um jeito da sociedade do cansaço possui características

diametralmente opostas a começar com loção pós imunológico para existe uma concepção imunológico é necessária a idéia de que o inimigo é outro tão potente importante quanto eu por isso o período externo pode o lógico outra é só um diferente e esse diferente nada mais é o poder ao suplantar frente a isso não a negatividade mais e sim um enxame amontoado de positividade o que marca essa nova sociedade ou positivo o que se afirma o sim ao contrário de antes que era marcado pela negatividade o não podemos observar esse fenômeno no modo como lida se com

os imigrantes eles são vistos como um peso uma diferença que incomoda mas eles não são fortes o suficiente para modificar nossa vida então por isso acaba se com ele se impondo e afirmando o estilo de vida do nativo ou se acostuma tal deve ser o país é a positividade a afirmação que marca o modo de lidar com aquilo que vem de fora a positividade não altera só o modo de lidar com o outro que é apagado pelo crescimento do eu mas interfere na existência individual em que sentido ao invés de uma sociedade do controle a

existência de uma autoridade externa exigindo um dever agora agora temos uma sociedade do desempenho depositando no indivíduo à sua própria gestão criando assim a autogestão e o poder ilimitado para sua ação o indivíduo na sociedade do desempenho é chamado a todo momento para agir de produzir de afirmar sua positividade frente os outros já firmar sua existência acima de tudo e como ele fará isso de modo multi tarefa fazendo várias coisas ao mesmo tempo a questão é que a atenção será mais profunda característica da sociedade anterior mas superficial rasa rápida a hipertensão é combinada com a

hiperatividade a hiperatividade impede o indivíduo aceitar o o tédio como etapa da produção o fato de ser chamado a atividade a todo momento faz com que ele desenvolva uma reação hiperativa todo esse novo cenário leva o indivíduo a uma exaustão um cansaço crônico que aflige na própria constituição do ser afirmar ser para ser de verdade a sociedade do cansaço também uma sociedade indivíduos isolados em sua própria formação é um cansaço solitário um cansaço no qual eu devo destruir o mundo dos outros pra mim afirma portanto quando eu consigo afirmar o meu eu não sobra mais

nada não serei o isolado sozinho único e cansado por último ramo afirma que nessa sociedade algumas doenças são mais característicos do que outras depressão tbh síndrome de burn out todas essas são resultados desse cansaço causado por uma força do desempenho a depressão é um esgotamento desta exigência de ser através da positividade é uma exaustão das forças do eu tentando ser eu em uma sociedade que exige um desempenho autogerido multitarefa ao sem tédio e sem paciência para atenção profunda enfim é isso as idéias de ram são muito profundas e achamos que ele acerta em cheio na

análise que faz da conjuntura atual a pergunta que fica é o que podemos fazer frente a isso a aceitar ou transformar deixe nos comentários à sua impressão sobre a teoria lembrando sempre dizer se a empatia até o próximo vídeo e tal [Música]