O que aconteceria se a Internet ACABASSE?

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Ciência Todo Dia
E se o mundo ficasse sem internet? Como seria a nossa vida diária? Muito provavelmente demoraríamos ...
Video Transcript:
30 anos atrás, acessar a internet era um privilégio de poucos. Menos de 1% da população mundial tinha essa possibilidade. E mesmo assim, era um serviço extremamente limitado.
Apenas 3 décadas depois, e tudo mudou. Hoje em dia, 2 terços das pessoas no mundo acessam a internet. São mais de 5 bilhões de seres humanos conectados.
A internet se tornou parte da nossa vida, e pra muita gente, ter acesso a ela é quase tão fundamental quanto a energia elétrica ou o gás encanada. Até porque a gente passa boa parte do dia online. Só no Brasil, cada pessoa fica em média mais de 9 horas por dia no celular, no computador ou em outros aparelhos eletrônicos.
E com tanta dependência nossa em relação às redes hoje em dia, isso faz a gente se perguntar. . .
Como seria o mundo se a internet deixasse de existir? A parte mais triste é que aí eu não poderia contar pra vocês que as inscrições pra Imersão Python na Alura já começaram e que é de graça. Se você sempre viu aqueles filmes em que alguém muito esperto faz aquela análise em gráficos da Bolsa de Valores e quer fazer algo parecido, essa é sua chance.
Ao longo de cinco dias, você vai começar a se aprofundar em Data Science usando conhecimentos práticos. Você vai realizar a análise de uma base de dados da Bolsa de Valores B3. As inscrições só vão até o dia 24 de março, então clique no link que está aqui na descrição ou use o QR Code que está aparecendo em algum lugar aqui da tela.
O seu eu do futuro já está agradecendo o seu eu do presente. E agora de volta ao vídeo, o que aconteceria se a internet acabasse? Antes de a gente entrar num exercício de imaginação, é bom você saber que já existiram situações em que milhões de pessoas ficaram sem acesso à internet por longos períodos, e algumas delas foram por motivos bem inusitados.
Uma das minhas histórias preferidas aconteceu em 28 de março de 2011, quando uma idosa cortou um cabo e deixou um país inteiro sem internet. Isso aconteceu na Armênia, um país que fica entre a Europa e a Ásia. Uma senhora de 75 anos estava à procura de sucata para reciclagem e ela encontrou um cabo que pensou que era de cobre e que poderia valer algum dinheiro.
Então ela cortou um pedaço desse cabo. Puf! A Armênia inteira, além de parte da Georgia e do Azerbaijão, ficaram 12 horas sem internet.
Isso porque no mundo inteiro a internet depende de uma rede de milhões de quilômetros de cabos de fibra óptica. Muitos deles ficam embaixo da água. Dá uma olhada nesse mapa.
Existem cabos gigantescos de até 20 mil quilômetros ligando os continentes. Eu espero muito que aquela senhora da Armênia não veja esse vídeo. E inclusive tem a ver com esses cabos um dos fatores que podem levar a um apagão na internet em alguns lugares.
Aqui no Brasil, por exemplo, uma usina de desalienização que deve ser construída na Praia do Futuro em Fortaleza vem gerando preocupação. O local reúne o cabeamento de oito empresas de telecomunicações responsáveis por 99% do nosso tráfego de dados. O temor é de que algum imprevisto durante as obras possa derrubar a internet em boa parte do Brasil.
A ação proposital de autoridades também é uma ameaça à internet em algumas regiões. O que aconteceu em 2019, quando tretas políticas levaram o governo da Índia a limitar o sinal de internet na região da Caxemira, que tem mais de 10 milhões de habitantes? E isso durante um ano e meio?
A mesma coisa aconteceu em alguns países durante a primavera árabe, em 2010. E nada impede que volte a acontecer no futuro, em proporções ainda maiores. Alguns especialistas dizem até que se os Estados Unidos quisessem, eles seriam capazes de desligar a internet no mundo inteiro.
Pois é, é assustador pensar que a conexão de tanta gente está sob o controle de tão poucas pessoas. E são poucas mesmo. Nesse livro chamado Erro 404, Preparados para um Mundo Sem Internet, a pesquisadora Esther Paniagua conta que a internet global está na mão de 14 pessoas nos Estados Unidos.
Esse grupo de guardiões é responsável por controlar o sistema DNS. É ele que traduz os endereços de IP em nomes de domínios. E sem isso o conteúdo da internet até continuaria existindo, mas ficaria meio que de certa forma inacessível.
Esses 14 guardiões se reúnem a cada 6 meses para atualizar o sistema, e eles precisam levar inclusive uma chave física para essas reuniões. Parece filme de espionagem. Só que ao invés de 007, é 014.
E outro motivo que pode deixar nossa conexão por um fio, são as guerras. Foi o que aconteceu no Iêmen alguns anos atrás. O país todo ficou dias offline por conta de um ataque aéreo que atingiu a estatal responsável pelo acesso à internet no país.
Agora imagine isso em escala global. Especialistas dizem que existem cerca de 30 edifícios que são os pontos nevrálgicos do sistema de conexão mundial e que se forem feitos ataques simultâneos em todos eles, a internet mundial basicamente deixa de funcionar. E eu também espero que nenhum grupo terrorista seja vendo esse vídeo.
Já bem longe da Terra, um outro fator que pode colocar nossa conexão em risco são as tempestades solares. Nesse ano, inclusive, alguns jornais noticiaram que a alta no ciclo de atividade do Sol poderia levar a uma grande ejeção de massa coronal, o que por sua vez poderia distorcer o campo magnético da Terra e causar um apagão na internet. Na verdade, não é bem assim.
Como eu expliquei nesse outro vídeo, a gente ainda não tem capacidade de prever com precisão, nem com muita antecedência, como e quando vai ser a próxima tempestade solar. Isso pode acontecer a qualquer momento. Mas somente uma tempestade extremamente forte e extremamente improvável causaria uma pane generalizada na internet aqui da Terra.
Mas a título de curiosidade, vamos imaginar. E se isso acontecesse? E se qualquer um desses cenários que eu trouxe até aqui provocasse um apagão total e permanente da nossa conexão?
Como seria a nossa vida se de um dia para o outro a internet simplesmente deixasse de existir? Bom, o primeiro grande desafio seria saber que isso aconteceu. Afinal, a nossa principal ferramenta para descobrir o que está acontecendo no mundo é a própria internet.
Sem ela a gente certamente ia demorar um pouco para ter uma ideia do tamanho do estrago. Em um primeiro momento você com certeza iria conferir o seu modem ou tentar se reconectar à rede do seu celular, sei lá, bota no modo avião e tira. Depois você ia ligar furioso pra sua operadora e eles talvez nem conseguissem te atender já que milhões de pessoas estariam passando pelo mesmo problema ao mesmo tempo.
A notícia de que a internet do mundo todo está fora do ar provavelmente chegaria pela televisão, mas pode ter certeza que isso não seria tão rápido assim. E isso porque a internet é fundamental pra que os jornalistas se comuniquem com os correspondentes em outras partes do mundo. A constatação de que a pane é global demandaria muitas ligações telefônicas, e os próprios noticiários teriam dificuldade de acurar o que exatamente tinha acontecido.
Aliás, a informação como um todo seria impactada severamente caso a internet chegasse ao fim. Pense em toda a quantidade de textos, fotos, vídeos, todo o conteúdo que só está disponível online sem uma cópia física. Pra você ter a ideia, a quantidade de dados da internet como um todo é na casa dos zettabytes.
Isso é equivalente a um trilhão de gigabytes. Na Wikipédia, por exemplo, existem mais de um milhão de páginas só em português. A pedra dela seria o equivalente do século XXI à queima da biblioteca de Alexandria.
Para pesquisar uma informação sem o Google, o jeito seria recorrer às velhas enciclopédias de papel, que são atualizadas numa velocidade muito menor do que qualquer site hoje em dia. E aí os estudantes iriam entender o drama que era a vida da galera com mais de 30 anos. A nossa vida social também não seria mais a mesma.
Sem as redes sociais nós perderíamos os grandes ambientes de debate e de discussão de ideias que pautam o nosso cotidiano. Nós nunca mais seríamos memes no X, fotinhos no Instagram, dancinhas no TikTok ou peções no LinkedIn. E eu tenho certeza que você também não saberia mais o aniversário de quase ninguém.
A comunicação com os nossos amigos também mudaria radicalmente. Sem o zap nosso de cada dia, a melhor solução para bater um papo a distância seria ou mandar uma carta ou fazer um telefonema, como os antigos afetas. E sem os aplicativos de namoro, a única maneira de conhecer alguém seria olho no olho.
A gente também precisaria encontrar novas formas de se divertir. Primeiro porque aquele joguinho secreto do dinossauro que o Google libera quando cai a internet, uma hora ia acabar ficando entediante. E pra quem gosta de filmes e séries, não existiriam mais serviços de streaming.
Seria o retorno das videolocadoras? Talvez muitos de vocês nem pegaram essa época e eu me sinto muito velho falando isso. Eu vou embora.
Até aqui você pode estar pensando que não seria tão ruim. As pessoas iriam se encontrar mais pessoalmente e talvez todo mundo voltasse a se aproximar um pouco. Pode até ser, mas a verdade é que uma vida sem internet teria muitos outros pontos negativos.
Na educação, por exemplo, a possibilidade de ter aulas à distância, que se tornou tão comum nos últimos anos, deixaria de existir. Assim como na saúde. A telemedicina seria impossível.
E mesmo os atendimentos presenciais seriam impactados. Afinal, os serviços de cadastro, agendamento de consultas e marcação de exames também iam sair do ar, complicando a vida de todo mundo. No meio ambiente, o monitoramento de queimadas ficaria muito mais complicado, o que poderia inclusive impulsar na destruição de florestas.
E a área da tecnologia, então, seria completamente impactada. A inteligência artificial, que tem o poder de revolucionar o mundo, voltaria a ser uma ideia nos livros de ficção. A internet das coisas, que permite a integração de objetos do nosso dia a dia, também não existiria mais, impedindo a tendência atual de nós automatizarmos os nossos casos e todas as nossas vidas.
E o futuro dos carros autônomos estaria totalmente ameaçado. Falando nos transportes, a gente precisaria se orientar com mapas de papel. Em algumas cidades, semáforos e pedágios automáticos deixariam de funcionar de uma hora pra outra, dando verdadeiros nós no trânsito.
A coordenação de trens e metrôs iria entrar em pane, e no transporte aéreo a situação iria ser ainda pior. A comunicação entre as torres de controle enfrentaria problemas, e com a possibilidade repentina de reservar passagens pela internet, seria provável que começasse o verdadeiro caos aéreo em nível global. E é por esses e outros motivos que certamente o maior impacto do fim da internet seria na economia.
Nós provavelmente enfrentaríamos uma crise global sem precedentes, a começar pelo começo, ou nesse caso, pelo comércio. Primeiro que todas as empresas que vendem somente online deixariam de existir, mas mesmo as lojas físicas também iriam se dar mal, a sinal que elas dependem de uma longa cadeia de suprimentos que vai desde o controle do estoque até as formas de receber os pagamentos dos clientes. E se não tem internet, não tem Pix.
E ele já é o terceiro meio de pagamento mais usado no Brasil, sendo que os outros dois, cartão de crédito e de débito, também dependem da internet, já que a maioria das maquininhas envia os dados pela web. O dinheiro físico só é usado em um a cada dez pagamentos. Você talvez nem se lembre da última vez que você fez uma compra usando papel moeda, né?
Isso faz a gente perceber que o dinheiro, hoje em dia, é apenas um monte de números numa tela. Uma pessoa ser mais rica do que a outra não significa necessariamente que ela tenha mais terras ou mais bens materiais, como era antigamente. Tudo se resume basicamente à quantidade de zeros na tela de um aplicativo.
E por isso, o fim da internet seria o início de uma catástrofe no sistema financeiro. Logo de cara, todos os bancos digitais seriam extintos. E a onda de quebradeira, é claro, rapidamente atingiria também os bancos tradicionais e as corretoras, onde se compram e vendem ações.
Hoje em dia, todo esse processo é feito virtualmente, então imagine só o impacto que a falta arrependida na internet ia causar. Aliás, não precisa imaginar, essa conta já foi feita. De acordo com a NetBlox, uma organização que monitora a internet, um único dia sem internet nos Estados Unidos, por exemplo, causaria um rombo de mais de 11 bilhões de reais em apenas 24 horas e num único país.
E tudo por conta de uma falha de tecnologia. E esse problema, é claro, se repetiria em vários cantos do mundo. Principalmente nos países cuja economia é mais ligada ao mundo virtual.
Existem países, como a Coreia do Sul, por exemplo, em que quase metade de todo o PIB depende diretamente da internet. Aliás, se a gente pegar as oito empresas mais valiosas do mundo hoje em dia, sete são de tecnologia e internet. Por isso, uma outra consequência grave da crise econômica do fim da internet seria o desemprego e influição.
Só no Brasil existem mais de 2 milhões de trabalhadores por aplicativo, além de outras inúmeras profissões que dependem da internet para existir. De entregadores a motoristas, de web designers a web jornalistas, de influenciadores digitais a apostadores do jogo do tigrinho. Todo o mundo seria afetado de alguma forma pelo crash na economia.
Afinal, a internet está presente mesmo onde não parece, onde a gente nem percebe. A verdade é que a gente transformou tudo em computador. Desde pequenas atividades do dia a dia até as grandes decisões em escala global, quase tudo atualmente depende do cérebro eletrônico da internet.
E com isso a gente desaprendeu a viver sem ela. Talvez para quem é mais velho seria até mais fácil, mas para quase toda a geração Z que já nasceu em um mundo conectado, nem consegue se imaginar em um mundo sem essa tecnologia. Não é exagero dizer que muita gente precisaria de traficamentos pra lidar com a subsistência.
Até porque a nossa sociedade transformou a ideia de estar conectado em obrigação. E se algumas horas sem internet já deixam algumas pessoas mal da cabeça, como que elas ficariam depois de dias, meses ou até anos? O mundo certamente viveria uma distopia.
É até difícil de imaginar como seria. Dá pra dizer que a humanidade iria regredir décadas. Mas não seria apenas uma questão de voltar à vida como era antigamente.
A gente não tem mais as mesmas tecnologias do passado. Seria preciso retomar a fabricação de equipamentos como os aparelhos de fax, por exemplo, mas as linhas de produção iriam precisar de um tempo pra voltar a produzir todas essas tecnologias. Provavelmente a vida nesse futuro imaginário seria pior do que ela foi de fato no passado.
Afinal, nesse cenário fictício, a gente teria conhecido um mundo totalmente diferente. A gente saberia que existia uma tal de internet, que era um universo cheio de possibilidades infinitas, e que de um dia para o outro, todas elas se esgotaram. Mas talvez o mais triste de todos esses problemas causados pelo fim da internet seria que os censos do dia não existiriam mais.
O lado bom é que isso tudo é praticamente impossível de acontecer, pelo menos de maneira tão duradoura. Então aproveite que a internet existe, curta esse vídeo, se inscreva no canal e deixe aqui nos comentários a sua sugestão de vídeo que você gostaria de ver no canal. Foi assim, inclusive, que surgiu a ideia desse vídeo.
Muito obrigado e até a próxima.
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