Sociedade de Risco | Parte 1

Oi bom dia boa tarde oi tia eu sou o professor Rodrigo coelho e nesse vídeo mas vamos conversar sobre a sociedade de risco um conceito desenvolvido nos anos 1980 bom antes de mais nada Vamos contextualizar esse conceito dentro de uma série de acidentes ou de situações que ocorrem nos anos 80 primeiro eu vou citar em 1984 nós temos na Índia um terrível acidente químico a um acidente causado por uma empresa Americana a união Carvalho no na cidade de bhopal é um acidente bastante dramático que deixou muitos mortos e te pode ser entendido no curto no

custo com documentários se chama bhopal 84 que vocês podem acessar aqui no YouTube e te dá para gente um pouco da contextualização desse desse acidente bom dois anos depois em 1986 nós temos o acidente nuclear de Chernobyl isso aí mais famoso né já que ele a corre ocorre a União Soviética socialista Então existe uma maior exploração dele Mais um acidente tão grave quanto o ocorrido Dois Anos Antes pode ser também entender e contextualizar mais acidente de Chernobyl a partir do documentário Chernobyl a história completa e vocês também acham no YouTube e por fim eu queria

colocar tinha um caso brasileiro que é a tragédia de Cubatão se município ali na Baixada Santista no Estado de São Paulo onde concentrou uma série de indústrias da área petroquímica e tipo conta disso TV o grave fique de poluição do ar que tanto prejudicou o meio ambiente em volta mas quando também prejudicou o desenvolvimento das pessoas tanto dos adultos quanto até dos recém-nascidos onde a gente tem até uma série de crianças que nascem com deformações na sem cérebro por conta também deste efeito da poluição que também podemos acompanhar aí um trecho de um documentário que

a gente acha no YouTube que se chama Vila parisi que é o bairro Cubatão o vale da morte então quando a gente contextualizada essas três situações um acidente químico na Índia um acidente nuclear na União Soviética e os efeitos da poluição gramática no Brasil a partir desses três efeitos a gente percebe que nós vivemos um os discos que são diferentes dos riscos que a gente estava acostumado até então é nesse contexto que a formulado o conceito de sociedade de risco pelo sociólogo alemão Ulrich Beck Curitiba Bete é esse cara aqui do lado né Ele nasceu

1944 em 1986 portanto quando já estava bastante conhecido a situação de Cubatão quando já tinha dois anos a tragédia da União Carvalho e no ano da tragédia de Chernobyl ele escreve este livro aqui chamado a sociedade de risco esse aqui certamente é o maior trabalho desse autor e ao trabalho que impulsionou o seu nome pelo um bom o que é a sociedade fiz isso e sem problemas de parecer meio Óbvio a gente pode dizer que a sociedade de risco é uma sociedade pista permanentemente submetida a riscos e riscos são esses são riscos de uma contaminação

química como a que ocorreu em bhopal de uma contaminação nuclear uma que ocorreu em Chernobyl é o risco de você ingerir alimentos contaminados por causa do uso de agrotóxicos é um risco da mudança climática e o quê que isso vai trazer para nossa vida na Terra é o risco do fim das águas é o risco do desmatamento né enfim é uma sociedade de permanentemente tá tendo que lidar com esses riscos não que os riscos necessariamente vir em acidentes Ah mas essa possibilidade ela sempre é a presente e ela aí é isso que defende o sociólogo

precisa ser levado em conta a todo momento né a toda a decisão deve-se perceber que nós temos o risco associado a essas essas mudanças o autor ele reconhece que a produção desses riscos né então o crescimento do risco químico nuclear o pertencimento do risco da mudança climática é o resultado do nosso modelo de produção de riquezas o Ou seja a industrialização a primeira frase do livro é e na modernidade tardia a produção social de riqueza é Acompanhada sistematicamente pela produção social de riscos em uma primeira frase de já é bastante importante primeiro curtir eles e

para o que seria a modernidade trazida pela industrialização do da modernidade tardia ou seja ele fique a uma mudança de uma sociedade industrial para uma sociedade de risco de autores chama dessa modernidade tardia segunda questão importante ele fala da produção social da riqueza ou seja ele deixa bastante Claro de a forma como a gente produz não é necessariamente uma forma natural é uma forma que a gente construiu dentro desse sistema capitalista que entrou numa fase numa etapa de industrialização e na medida em que a gente escolhe esse modelo baseado na queima de combustível fóssil e

o uso da energia nuclear no fato de você jogar a poluição para o meio ambiente e também faz uma produção social não natural ou seja haveriam outras alternativas uma produção social de riscos é mas veja bem se a produção de riscos é decorrente do nosso modelo de produção social de riquezas ou seja um capitalismo industrial a gente não tá falando de algo novo ao longo dos anos 80 porque o capitalismo industrial ele vem aí desde o final do século 18 se desenvolvendo mas com o tempo que as agressões ao meio ambiente a qualidade de vida

vão se acumulando e principalmente isso a gente ver a no próximo vídeo com a globalização os riscos eles não são mais localizados e pessoais e o seja Antigamente você tinha um risco para o trabalhador que estava numa fábrica de saúde isso era um risco pessoal dele ou para uma cidade que adotou fábricas que possui Hoje em dia a gente não tem mais isso com a globalização os riscos são globais todo mundo é potencialmente alcançável quando cerveja por exemplo a dar um exemplo atual a nossa soja brasileira e você usa a soja transgênica se você usa

agrotóxicos Nessas horas essa soja é exportada então na China na Europa nos Estados Unidos eles vão consumir esses produtos como agrotóxicos com os problemas decorrentes da nossa produção Então não é mas não se trata mais de um problema exclusivamente brasileiro porque os trabalhadores por exemplo que usam o Focus tem grande risco de adoecimento não é um problema global que o resultado desse produto manejado com agrotóxicos é expandido para todo mundo e dito isso percebendo que a gente vive numa sociedade permanentemente está ameaçada está em situações disso o autor desenvolve cinco teses principais A primeira é

que os riscos da maneira como são produzidos a nossa sociedade são radicalmente diferente das riquezas o que que ele diz isso porque apesar dos riscos apresentar enganos que muitas vezes irreversíveis principalmente quando você trata os acidentes que ele tratava naquela época esses riscos são mais das vezes invisíveis Ou seja a gente não consegue perceber muito claramente Aonde que está e muitas vezes a gente tem precisa acreditar nesses riscos a partir de um conhecimento Ou seja você sabe você aprende de com a poluição estão derretendo as calotas polares mas nós não estamos vendo isso claro ali

e com o derretimento das calotas polares está aumentando o nível dos mares então muitas praias estão se perdendo né você tem isso não Ames coisas que a gente não via há 20 30 anos atrás mais disso tsunami é decorrente de uma mudança climática causada pela industrialização isso é um conhecimento que as pessoas precisam ter isso torna a questão dos riscos muito mais Invisível o que a questão das riquezas a segunda tese do autor é tipo uma distribuição e o incremento dos riscos pelo e surgem situações sociais de armas e atire trata de uma coisa que

às vezes ele vai a mil dúbio esse livro é que é o fato dos riscos serem presentes para todo mundo porque às vezes ele diz então não importa se você é rico ou pobre a possibilidade de você pessoa qualidade de vida prejudicada pelos efeitos dos riscos é a mesma Mas por outro lado as vezes ele também reconhece que a diferença de classe ou a divisão internacional do trabalho e faz muita diferença ou seja ele reconhece que quem é mais rico tem mais condição de se defender os riscos ou de empurrar os riscos para os pobres

que mora próximo das fábricas nas áreas mais poluídas nas áreas mais valorizadas de geralmente a população mais pobre e enquanto os ricos consegue se proteger em áreas mais arborizadas em áreas com água tratada e por aí vai agora ele disse que no limite no longo prazo os riscos e as ameaças que existem vão englobar todo mundo terceira festa ele apresenta mesmo é tia apesar da expansão dos riscos isso não significa que automaticamente a gente questiona o nosso modo social de produção da riqueza o ou seja como a gente tem uma demanda pela riqueza é como

a gente tem uma demanda saciar a fome da população como a gente tem uma demanda por Novos Produtos o novos objetos mesmo tomando consciência dos riscos essas duas situações riqueza versus riscos sempre são pesados e nem sempre vai se perceber um defender que esses riscos tem que ser evitados às custas da mudança do Mobi social de produzir riquezas E aí com isso e sendo os riscos um saco sem furo ele diz a gente consegue acabar com a fome a gente consegue garantir a riqueza para todo mundo desde que eu moro social de produção de riquezas

fosse modificado mais os riscos uma vez que eles existam por conta nessa produção à medida que essa produção continuar se expandindo sempre vai ter riscos para Ah mas de qualquer forma o que ele quer dizer é que o facto de existirem esses riscos não querem dizer que a gente automaticamente vai mudar o nosso modo de produção inclusive porque os riscos ele já Falam até dois são muitas vezes imperceptíveis são invisíveis a quarta tese que o autor traz é que as riquezas elas são possuídas a gente corre atrás das repetidas mas nos Riscos ele surge e

nos são atribuídos e O Grande Desafio que a colocado a partir dessa situação é você ter consciência de que os riscos existem e que esses riscos estão afetando sua vida trata-se de entender que estamos falando de uma produção social quando a gente vê o jornal Hoje em dia e ele está falando a respeito das secas a respeito dos reservatórios vazios a gente não acha É isso aí é um dado da natureza Nossa que coisa né aconteceu isso foi muito azar na verdade a gente precisa entender que isso aí é profundamente ligado o todo desmatamento que

nós estamos vendo no País Não este ano né mais ao longo da nossa história e a gente entendendo isso a gente precisa entender que é necessário mudar esse modo de produção aonde você vai desmatando a floresta para criar boi porco e boi te traz uma riqueza para alguns imediata é mais os riscos e surprise são socializados para todos falta d'água é ao afetando a todos por exemplo hoje em dia né em setembro de 2021 a partir do momento que nós estamos pagando muito mais caro pela energia elétrica decorrente da falta de água para gerar energia

elétrica Ah e por fim a tinta pede a última tese defendida pelo autor é te devido a essa situação o que antes era considerado a político agora se torna a política se torna político a gente discutir a forma como as empresas privadas atuam no território se elas estão poluindo o meio ambiente ou não que a gente precisa discutir porque a bastante político a forma como O agronegócio se expande no nosso país serviço é sustentável ou não E aí você tem obviamente pessoas que defendem disso é uma coisa insustentável que gera riscos que geram problemas para

toda a sociedade e pessoas que defendem que isso é uma coisa positiva então nós temos agora uma esfera de debate que não existia há 40 50 anos atrás E é isso que ele disse na sua tese de que o apolítico Ou seja a forma como as empresas funcionam né a gente discutir a questões de condição de trabalho geração de emprego isso sempre foi discutido questões de classe social estavam presentes no debate mas não havia verdadeiramente uma preocupação há 50 anos atrás Um relação à poluição ao meio ambiente e hoje essa é a tese do autor

de URI Tibete é necessário que a gente sim discuta isso Isso aí é um tema fundamental Talvez o maior desafio que a gente tem bate para sempre bom então essa foi uma pequena apresentação do conceito de sociedade de risco do ambiente do contexto no qual esse conceito foi definido e as cinco principais países que o autor utiliza para a gente entender melhor esse conceito eu agradeço a todos pela atenção e bons estudos