Inclusão e acessibilidade: Flávio Arruda at TEDxFortaleza

[Música] Boa tarde eh antes de começar essa nossa conversa Eu Quero Agradecer o convite para palestrar aqui no tedex agradecer porque são poucas as oportunidades que a gente tem de partilhar aquilo que aqui se sugere que são ideias para mudar o mundo eu quero começar dizendo que além de publicitário e especialista deem gestão de trânsito e transporte urbano eu sou trabalhador do órgão público de gestão de transporte dessa cidade da cidade de Fortaleza e o que me faz estar aqui agora me parece principalmente é o fato de ter alguns anos atrás sofrido um acidente automobilístico

esse acidente automobilístico me me fez ter uma fratura na quinta na sexta vértebra cervicais e essa fratura fez com que eu tivesse uma lesão medular perdesse boa parte dos movimentos para viver a diferença é necessário compreendê-la eu F que aprender isso eu queria começar contando para vocês uma historinha que muitas tantas que me fizeram aprender e continuar aprendendo certa feita alguns anos depois de sofrer o acidente eu fui num tratamento odontológico fui a dentista chegando lá e fiz o que tinha que fazer ela dis f não foi feito em mim o que tinha que fazer

e concluída concluído o tratamento saí fui até a porta do do centro comercial de consultório se colocava fiquei ali esperando a pessoa vi pegar de carro num avenida movimentada da cidade embora Estreita e e no canto oposto ou melhor no lado oposto da rua haviam casas ainda no feitio que a nossa cidade conhece bem muro baixo portão janela porta esse daquela janela uma senhora abre balança a cabeça para mim sorri e eu balanço para ela ela balança para mim e eu balanço para ela e fica aquele buej Como dizia o meu pai ela balança para

mim eu balanço para ela balança para mim eu balanço para ela até que ela fecha a janela eu penso comigo Ah me livrei de um aluguel alguns minutos depois ela abre a porta atravessa a rua e vem em min direção rindo para mim e eu rindo para ela ela ria para mim eu Rio para ela sem falar nada era P do meu lado coloco uma moeda de 10 centavos em cima da minha perna e sai e eu não preciso dizer que fiquei mais paralisado que eu já era e mais eu fiquei horrorizado olhei para mim

dis não Tom um lamento desse jeito que será que aconteceu e aquilo ficou na minha cabeça um tempão Por que que aquilo aconteceu para viver a diferença é preciso compreendê eu fui atrás de buscar a resposta para aquela situação para tantas outras que eu vivi E continuo vivendo acabei concluindo Depois de ler muito a respeito disso porque também sou pesquisador do campo de estudo das deficiênci para procurar entender a individual e aventura de viver Duas Vidas e um corpo ou seria viver uma vida em dois corpos pois bem procurar a resposta para isso e acabei

imaginando e compreendendo que talvez naquela situação aqueles 10 centavos me foram dados debola porque a o lugar social em que eu me encontrava já estava na cabeça daquela senhora antes Dev estar lá um pensamento social ideologicamente construído que dava a mim um lugar na sociedade aquele lugar onde estão os excluídos para nós uma palavrinha os Inválidos eles são dignos de Penitência digos de esmola independente da condição que eu me encontrava das minhas vestes da min batia eu era indigno de esmola um padrão um padrão socialmente construído E por incrível que possa parecer esse padrão é

constante na história da humanidade é constante buscar padrões é constante ir em busca daquilo que nos normaliza nos faz iguais eh embora nós não percebamos esse padrão eu tô usando aqui um um recurso textual para poder acompanhar pode ser representado por essa figura nós conhecemos aí todos conhecem acho ele é o homem vitruviano foi concebido pelo arquiteto Engenheiro Militar vitrúvio ainda no século ieo antes de Cristo e foi legado à posteridade por Leonardo davin esse padrão diz e sugere o corpo simétrico Belo normal e a partir dessa figura padrão seria possí para nós agora nós

aqui aqueles que estão nos assistindo concebermos ou compreendermos o que é um padrão de normal de Belo Quem é o seu oposto quem é normal Pois é a partir do encontro entre normal e anormal estigmatizado segundo sociólogo norte-americano chamado Irvin goffman que eh o padrão de normalidade se aplica tanto aos indivíduos quanto as cidades pois é nas cidades normalizadas feitas e para cidadãos normais e Iguais que esse padrão se estabelece e que todas as pessoas que estão fora dele são excluídas nas cidades não sei se vocês sabem né saber nas cidades brasileiras vive 84% da

população nelas vivem também milhões de pessoas que não estão no padrão de corpo normal segundo o IBGE o Censo do IBGE de 2010 45 milhões de pessoas no Brasil 2,3 milhões de pessoas no Ceará e 660.000 fortalezenses em tempo de Copa do Mundo Quase 10 estádios como o Castelão o fato é que todas essas toda essa população tem direito à cidade e ao seu serviço parte desse direito parte fundamental dele é Tornada real pela acessibilidade somadas as pessoas com deficiência as pessoas com mobilidade reduzida e Todas aquelas antes estigmatizadas e excluídas tem direito à cidade

e ao seu serviço porém tanto mais importante do que Opa perdão tanto mais importante do que a prática de acessibilidade é são ou melhor são as atitudes de governos e da sociedade Nossa as nossas atitudes diante das Diferenças essas pessoas lutam todos os dias por ambientes públicos de uso público e serviços plenamente acessíveis Eu trabalho com parte sou um técnico que trabalha com parte dessa oferta e tenho também a felicidade de partilhar com essas pessoas a luta por isso E aí e essas atitudes de gestões governos elas estão sintetizadas esse conjunto e uma expressão a

expressão chama-se inclusão social na inclusão a cidade deve assumir responsabilidade em promover atitudes que livrem a vida social de todo e qualquer preconceito e discriminação se a cidade e a sociedade não tomem essas atitudes são elas que são deficientes não as pessoas que vivem nelas Esse é um conceito muito importante é um conceito portanto de partilha mas temos uma pergunta também podemos deixar de fazê que fazer direi o Vladimir parafraseando no livro do Vladimir que o nosso apresentador acabou de citar que atitudes você toma que atitudes a sua classe social toma que atitudes do seu

governo toma que atitudes o estado toma antes diferenças para incluir as diferenças todas as diferenças a gente usa sugerir algumas que são cobrar e tomar atitudes inclusivas livrar-se de posturas preconceituosas respeitar os direitos humos e urbanos equiparar oportunidades promover todas as formas de acessibilidade e sempre praticar a inclusão Se for possível nesse caminho dar oportunidades ao invés de a diversidade agradece e todo mundo ganha incluídas as pessoas com deficiência e Todas aquelas antes estigmatizadas e segregadas podem romper a invisibilidade e os padrões de normalidade para demonstrarem o seu potencial em todas as áreas sempre haverá

diversidade humana em parte representada por quem tem deficiência ferramentas quebradas e mod de produção onde o corpo normal vende a sua força de trabalho para sobreviver as pessoas com deficiência e todas as segregadas podem provar desde sempre que sua capacidade pode ajudar a superar o mundo em nome de outro esse é o mundo que nós vivemos agora mas a riqueza e da diversidade pode ajudar a superá-lo em nome de outro que é o mundo mais acessível de cidades mais sustentáveis socialmente inclusivas justas e diversas cada uma em seu tempo essas pessoas mostram que não há

Apenas uma forma de viver de trabalhar de criar de lutar de ser feliz representam as diferenças que seus corpos encarnam ainda que limitadas pela força que ergue e destrói coisas belas nunca foi tão possível tornar os exemplos dessas pessoas regra e não exceções eu a coisa que eu queria dizer nesse momento que para construir cidades inclusivas como a nossa e qualquer outra nós precisamos nos encontrar procurar como disse a nossa montanha buscar o desafio que é construir um mundo e cidades diferente das nossas considerando uma coisa simples que sempre haverá diversidade a única constante ou

talvez uma das poucas constantes que existem na nossa história é que a diferença sempre vai existir em qualquer situação o desafio é portanto se colocar eu nesse desafio sou apenas parte dessa gente essa gente tem uma história grande de lutas e conquistas como nós podemos ver lutas e conquistas que são talvez superadas ou ou ou tornadas iguais pela quantidade de desafios pela quantidade de de possibilidades de riquezas que essa questão guarda como outras tantas que foram colocadas aqui aão de ser colocadas depois essa quantidade de desafios nos coloca e coloca a mim como parte dessa

gente parte dessa luta eh porque eu sou parte daqueles e e me considero assim parte da aqueles que nunca dormiram tudo que H em mim como há em qualquer um de nós é singular e sendo singular é plural portanto para concluir eu quero dizer que não sou apenas eu somos nós muito obrigado