Existe uma coisa que ninguém te conta sobre o seu cérebro, é que ele não quebra de uma vez, ele não grita, ele não avisa, ele vai se adaptando silenciosamente. E quando você percebe, tá ali você ansioso, cansado, preocupado, procrastinando e vivendo no automático, né? Achando que o problema é você, mas eu te garanto, tá?
Não é. O grande problema são aqueles comportamentos que eles se tornaram normais, aceitos e até mesmo incentivados e que biologicamente falando, sabotam o nosso cérebro todos os dias. E depois de estudar por muito tempo neurociência, eu percebi algo desconfortável para mim, que muitos daqueles hábitos, comportamentos, coisas que eu fazia, que eu achava que era normal, simplesmente não eram saudáveis para mim.
E hoje eu quero compartilhar com você 13 coisas que eu deixei de fazer, não por moda, não por produtividade tóxica, mas porque eu entendi como o meu cérebro realmente funciona. Então agora chega de enrolação e vamos começar com a primeira coisa que eu deixei de fazer, que é: "Eu parei de viver num ruído constante. Eu tô falando sobre viver com algum estímulo ligado o tempo todo.
Antes eu sempre usava algum vídeo, algum podcast, alguma música, algum ruído, até porque o silêncio ele me dava um certo desconforto. E hoje eu sei por o meu cérebro, assim como o seu cérebro, eles precisam de silêncio para organizar pensamentos, para consolidar memórias e para criar clareza. Sem silêncio, gente.
O nosso córtex pré-frontal, ele vive em sobrecarga. Você até consome informação, mas você não integra essa informação na sua vida. Você até aprende de certa forma, mas você não transforma.
É importante a gente pensar que quando tudo é estímulo, nada vira de fato sabedoria. É também aquela situação, né, da pessoa se gabar por ter lido 30 livros no ano. Tá, mas o que você implementou a partir desses 30 livros?
O que esses 30 livros mudaram na sua vida? Às vezes a gente busca um certo status por falar que leu tantos livros, assistiu tantos filmes, enfim. Mas a grande pergunta é: o que de fato isso mudou na sua vida?
Não é a quantidade. E para que o nosso cérebro ele alinhe todas essas informações que nós recebemos cotidianamente, a gente precisa de silêncio. E a segunda coisa que eu parei de fazer foi acreditar que ser multitarefa é igual a ser uma pessoa eficiente.
Com outras palavras, eu posso dizer que eu parei de romantizar ser multitarefa, porque eu sempre fui uma pessoa com uma certa tendência a ser multitarefa. Eu sempre me vi fazendo várias coisas ao mesmo tempo, só que tudo mudou quando eu entendi que o nosso cérebro ele não foca profundamente em duas coisas ao mesmo tempo. Ele na realidade só troca rapidamente de foco.
E essa troca custa energia, custa muita energia. E talvez por isso que você termine o seu dia exausto, mesmo naqueles dias que você não fez nada realmente de importante. Hoje eu olho sobre esse contexto de ser multitarefa e eu percebo que multitarefa não é produtividade.
Multitarefa na realidade, isso é duro de dizer, mas para mim é uma dispersão mascarada. Então agora você pode estar se perguntando, né? Ok, Clara, você parou de ser multitarefa, mas como você fez isso?
Bom, eu substituí ser multitarefa por trabalhar em blocos. Uma coisa por vez. Eu separo algum tempo de trabalho para criatividade, execução, inspiração.
Isso me ajuda muito, porque eu faço uma coisa por vez. Se eu tô aqui sentada falando com você, pode ter a certeza absoluta que eu tô 100% aqui com você. E se ainda você não tá acreditando que trabalhar em blocos é uma boa pedida, testa aí, porque isso não me fez produzir menos.
Você acredita? Trabalhar em blocos me fez produzir melhor. E a terceira coisa que eu parei de fazer foi começar o meu dia já com dopamina barata.
Para quem não sabe muito bem o que é a dopamina barata, eu tenho alguns vídeos aqui do canal que eu vou deixar no card para vocês que eu falo mais a respeito de dopamina, tá? Então assista esses vídeos e depois você volta para esse. Mas basicamente eu parei de acordar e já entregar o meu cérebro pro meu celular.
E por que que eu tô falando isso? Porque tudo o que nós fazemos na primeira hora do nosso dia meio que programa o nosso sistema de recompensa. Ou seja, se você começa com uma dopamina fácil, uma dopamina barata, o seu cérebro ele vai passar o dia todo rejeitando qualquer esforço.
E não é preguiça, tá? Não é porque o seu cérebro é preguiçoso, não. É porque é neurobiologia.
Então, hoje a primeira dopamina, até porque a dopamina ela não é o nosso vilão, tá? A gente só precisa escolher a dopamina certa. Então, se hoje você puder escolher como decide começar o dia de amanhã, eu sugiro que você faça essa experiência, sabe?
Escolha a dopamina que vem do movimento, da hidratação, da organização e não a dopamina de likes. E a quarta coisa que eu parei de fazer foi parar de negociar com o meu corpo. Em outras palavras, eu parei de tratar o sono, a água, a alimentação e o movimento como coisas opcionais.
Pensa aqui comigo. O nosso cérebro, ele é um órgão físico, certo? Sem combustível ele não performa.
E isso é até um pouco preocupante, né? Que a gente sempre pensa que cansaço é uma forma de falta de vontade, só que na realidade, por muitas vezes, é o seu sistema nervoso que tá tentando dizer que ele tá sobrecarregado. E quando a gente cuida do nosso corpo, daqueles pilares que eu falei, água, sono, alimentação e exercício físico, o foco melhora.
E a quinta coisa é que eu parei de reviver o passado como se ele fosse presente. E é claro que eu tô no processo. Todo dia é um desafio, não viver no passado e sim no presente.
Só que a grande questão aqui onde deu a virada de chave foi que eu entendi que o nosso cérebro ele não consegue distinguir um perigo real de um perigo imaginário. E quando a gente revive o nosso passado, o nosso corpo ele vai reagindo como se aquilo que nós estamos relembrando estivesse acontecendo no agora. E isso te mantém preso.
E a minha sugestão para você é que você fique atento a essas revisitações para o passado, esse sentimento que você continua cultuando ele, sabe? E aí você pode até estar se perguntando, mas Clara, como que eu faço para não pensar naquilo que eu não quero pensar? Porque quando eu falo para você, não pense num elefante rosa eu já fiz isso aqui no canal, é claro que você vai pensar num elefante rosa.
A questão é, quando você percebe que tá revisando o passado, tá revisando emoções, sentimentos ruins, você para e começa a pensar em coisas boas. Pode ser no seu projeto, pode ser numa confraternização com a sua família, com seus amigos, que você vai planejar pro fim de semana. É colocar um pensamento bom no lugar desse ruim.
É meio que a gente observar o pensamento do lado de fora, sabe? e escolher pensar em algo que vai fazer bem para você. E eu me empolgo tanto falando com vocês que eu já meio que falei a sexta coisa que eu parei de fazer, que é lutar contra os meus pensamentos.
E eu tenho que ressaltar, depois que eu entendi isso aqui, a minha relação com a ansiedade mudou muito. Primeiro é importante, gente, entender que o nosso cérebro ele não cria pensamentos para nos sabotar. Ele por muitas vezes cria pensamentos para nos proteger.
O grande problema aqui é você, presta atenção aqui, que isso é importante. É quando você começa a acreditar que todos os seus pensamentos são verdades absolutas. Os nossos pensamentos, na realidade são eventos mentais.
Eles surgem e eles passam. Mas quando você luta contra eles, você dá força para eles. Lembra do elefante rosa?
Quando você pensa muito naquilo que você não quer pensar, você só vai ficar pensando naquilo. E eu já dei uma sugestão anteriormente, né, pra gente substituir um pensamento ruim por outro bom, certo? E aqui eu vou te dar outra sugestão que é você nomear o seu pensamento.
É você avaliar mesmo, você dá dois passos para trás e ver de uma certa distância. Esse é um pensamento de medo. Esse é um pensamento de controle.
Esse é um pensamento de comparação. Quando a gente observa de longe, a gente não se deixa fundir. A gente não acha que nós somos os nossos pensamentos.
Você consegue entender? Mais uma vez, quando você dá dois passos para trás, você não se funde com seus pensamentos. Você consegue ver eles com muito mais clareza.
E a sétima coisa, eu parei de consumir conteúdo, assim como quem come fome. Sabe aquilo de consumir um conteúdo por reflexo? Hoje eu consigo finalmente dizer que eu consumo conteúdo por intenção.
E esse é o meu grande desejo para você. O nosso cérebro ele é incrível, mas ele não foi feito para processar 1 milhão de informações por dia. E esse ponto ele é até um pouco delicado.
Quando você consome demais, mas aplica de menos, você cria meio que uma ilusão de progresso. Você sente que tá evoluindo, mas na realidade você tá só se distraindo. Eu vou dar algum exemplo.
Talvez você é uma nutricionista e você quer fazer mais conteúdos ali pro seu Instagram e aí você diz que você precisa passar consumindo conteúdos de outras nutricionistas, outros nutricionistas para você se embasar, para você se inspirar. Só que aí você consome conteúdo de outras pessoas o tempo todo, o dia todo, e não faz um post sequer. Por isso que eu te digo, informação sem ação, sabe o que vai acontecer?
saturar o seu córtex préfrontal. E o resultado disso, em outras palavras, cansaço mental, paralisia e procrastinação. Quem já sentiu isso?
Porque eu já senti e muito. E hoje eu faço duas simples perguntas antes de consumir algum conteúdo e que ao meu ver seria maravilhoso se você fizesse essas duas perguntas também. A primeira pergunta é: por que eu estou assistindo isso?
A segunda é: "O que eu vou fazer com isso? " E a oitava coisa foi parar de viver num alerta constante. Durante muito tempo eu achava que viver nesse modo alerta era ser uma pessoa responsável.
Só que hoje eu sei, isso é viver em sobrevivência. E aí vem a grande questão, sabe? Quanto mais em alerta nós ficamos, mais nós alimentamos um strress crônico que vai roubar o nosso futuro.
Tem vezes que a gente enxerga mesmo os nossos problemas como monstros e aí a gente sempre se sente inseguro e ativa o sistema límbico e consequentemente o nosso córtex préfrontal sai de cena e tudo isso acontece. Então, respira, pausa um pouco, toma uma água e volta ao trabalho. E a nona coisa foi parar de dizer sim automaticamente.
E eu tô falando isso porque cada sim que você dá sem presença, sem intenção, isso te gera meio que uma dívida neurológica. E por que dívida neurológica, Clara? Porque o nosso cérebro, ele vai entendendo que excesso de demandas também é uma ameaça.
Então é importante que a gente crie meio que esse espaço de tempo entre o estímulo e a resposta. Pausar e ver se faz sentido para você, se faz sentido para esse momento de vida que você tá vivendo. E dizer não por muitas vezes é liberdade e a décima coisa que eu parei de fazer foi parar de me cobrar como se eu fosse uma máquina.
É claro que eu devo ressaltar, eu não sou perfeita, né? Então tem dias que eu acabo me cobrando mesmo, mas eu posso dizer assim, com coração cheio de gratidão, que eu já melhorei demais. E foi quando eu percebi que o nosso cérebro ele não foi feito pra performance constante.
O nosso cérebro ele funciona em ciclos e a cobrança excessiva ela ativa o medo. E o medo, adivinha só? Ele bloqueia o aprendizado.
Então o que fazer se você é esse tipo de pessoa que se cobra além da conta? é alternar o esforço com a recuperação. Em outras palavras, é descansar.
E descansar não é desistir não, viu? Descansar, a gente poderia falar que é uma estratégia biológica. E a 11ª coisa foi parar de ignorar emoções.
Eu gosto de pensar que emoção não expressa, não falada, não mostrada, ela normalmente gera um sintoma. O nosso corpo ele fala, né? E ele fala mais ainda quando a nossa mente cala.
Então, quando você ignora algo que você tá sentindo, você tá só acumulando aquele problema dentro de você. O ideal é que a gente consiga sentir aquilo que a gente tá sentindo sem tanto julgamento, mas que a gente expresse talvez a nossa insatisfação pro outro ou algo do tipo, mas que você consiga expressar e não guardar para si. E a 12ª coisa foi parar de buscar.
Essa essa é importantíssima, tá? Presta atenção que essa é importantíssima. foi parar de buscar motivação.
Eu gosto muito de falar sobre motivação, sobre força de vontade, sobre hábitos aqui no canal. E eu comecei a falar mais sobre motivação aqui no canal justamente quando eu entendi isso. A motivação ela não é o ponto de partida.
A motivação ela é a consequência. E por que eu tô falando isso? Porque o nosso cérebro ele se motiva quando ele vê o progresso.
Então a minha sugestão é que você faça uma ação pequena, uma ação que dá para você colocar ali na sua rotina e aí você vai praticar a consistência. É isso que você vai focar. E depois essa consistência ela vai gerar a sua nova identidade.
E com essa nova identidade o seu cérebro ele vai perceber, até porque ele é bem inteligente, tá? ele vai perceber essa nova identidade e aí sim ele vai te dar motivação para você continuar. Então o que eu tento sempre fazer é agir primeiro e depois eu sei que a motivação vem.
Isso você pode colocar para tudo na sua vida. Alimentação saudável, exercício físico, procurar um novo emprego e por aí vai. E a 13ª coisa, eu parei de acreditar que mudar é algo drástico.
Eu tô falando isso porque o nosso cérebro ele muda por repetição e não por intensidade. Então, pequenos sinais diários que você dá pro seu cérebro vão meio que reprogramando quem você vai ser. Lembra que a gente falou agora h pouco sobre gerar a identidade?
É isso. Se você souber fazer essa transição de forma correta, a mudança ela nem vai doer, sabia? E eu tô até pensando agora em fazer um vídeo sobre microbitos, aqueles hábitos tão ridiculamente fáceis, mas que mudam a nossa vida ao longo do tempo.
Se vocês quiserem um vídeo sobre microábitos, comentem aqui embaixo, que aí se muita gente quiser, eu resolvo fazer para vocês, tá? A detalhe, vou deixar alguns artigos aqui embaixo para você que gosta desse assunto de neurociência, porque sinceramente eu amo. Para quem ficou até o final comigo, eu decidi trazer um presente para vocês, um PDF gratuito sobre isso que a gente tá falando.
Como a gente pode usar a neurociência ao nosso favor? De um jeito fácil, de um jeito simples, sem muito malabarismo, muito glitter pro nosso dia. Uma coisa simples, prática e fácil.
Se você quiser esse PDF gratuito, é só comentar aqui embaixo: "Eu quero o PDF gratuito, Clara, que aí eu mando para você". Combinado? Se você ficou comigo até agora, eu quero agradecer e eu espero que de verdade essas 13 coisas que eu parei de fazer te inspire para que você escolha uma delas pelo menos e pare de fazer aí na sua rotina também, porque eu tenho certeza que parando de fazer uma única coisa, você já vai ver grande diferença na sua vida.
E é isso que eu verdadeiramente desejo para você. Com carinho, Clara.