A VERDADEIRA história da Umbanda

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B-Rulless
Canal de pesquisas sobre assuntos variados focado em filosofia e espiritualidade Alguns capítulos re...
Video Transcript:
[Música] nós temos um vídeo anterior a esse contando a história da Umbanda segundo a perspectiva de Zélio Fernandino de Moraes porém nós recebemos várias citações de pessoas pedindo para contarmos a História da Umbanda antes de Zélio então fizemos uma longa pesquisa com mais detalhes dentro dessa religião maravilhosa e preparamos esse vídeo para vocês Esperamos que gostem e nós já pedimos no começo desse vídeo se você já conhece trabal deixe seu like para que esse vídeo chegue a mais pessoas que também procuram pelo mesmo tema pelas mesmas perguntas que te trouxeram até aqui e preparem-se porque
não será um vídeo curto no cenário Espiritual do Brasil a umbanda é uma luz que brilha há mais tempo do que muitos imaginam enquanto a história oficial nos leva a 1908 quando Zélio Fernandino de mora fundou a religião é crucial voltar o olhar para umado pouco explorado então mergulharemos nas raízes esquecidas da Umbanda que se estendem muito além da figura de zéo o mistério antes de 1908 figuras como pai Gavião Juca Rosa e de forma especialmente marcante Luzia pinta desenhavam os contornos de uma espiritualidade complexa e multifacetada Pavão Juca rosaa moderados Pioneiros esquecidos antes do
termo Umbanda se firmar rastros da espiritualidade que a caracteriza já eram percebidos nos terreiros o culto aos Orixás a presença de pretos velhos caboclos exus pombagiras e ereis indicavam uma tradição que remonta ao século XIX pai Gavião em 1854 no tumulto da Insurreição de escravos em São Roque São Paulo incorporavam espírito que liderava rebelados Juca Rosa na década de 1870 no Rio de Janeiro era visto como Feiticeiro realizando rituais de cura que atraíam até a alta sociedade Luzia pinta vinda de Angola marcava o século XVII com suas práticas mágico-religiosas em Minas Gerais esses Pioneiros indicam
que a semente da Umbanda já germinavam aparece nos relatos de um correspondente do Jornal Correio Paulistano enviado a São Roque SP para investigar uma Insurreição de escravos em 1854 segundo o repórter pai Gavião encarnava em José Cabinda líder de um grupo de escravizados que pretendia se rebelar Cabinda era o grão mestre do que o jornal chamava maçonaria Negra e realizava rituais que reuniam grande quantidade de escravos e Livres Nos quais dançava e cantava com uma linguagem ininteligível enquanto assistentes tocavam um instrumento feito de cabaças com cabo de pão e chocalhos no Rio de Janeiro da
década de 1870 O Feiticeiro Juca Rosa descrito Como um negro inteligente e retinto em crônica do livro História da polícia do Rio de Janeiro de 1944 ficou famoso por receber mulheres da alta sociedade em cerimônias mágico curativas com influência Das Magias europeias em que também dançava e incorporava espíritos J Lusia pinta era uma sacerdotisa tradicional no Brasil do século XVI nascida na África Central atual território da Angola ela foi acusada de feitiçaria em 1739 e enviada para Portugal onde foi julgada pelo tribunal de inquisição de Lisboa e enviada aos calabouços do Santo Ofício em 1700
os textos do processo descrevem rituais com uso de vegetais fumos e riscos no chão que marcavam a presença de antepassados semelhantes aos que ainda se praticam hoje em dia há um exemplo substancial da presença de diversas talvez da maioria das características fundamentais das práticas umbandistas em um culto documentado bem antes do período designado pelos adeptos e estudiosos da Umbanda como sendo o do nascimento da religião trata-se de um Calundu do período colonial termo este utilizado para se referir de maneira genérica aos primeiros e diversos cultos em solo brasileiro envolvendo sincretismo de elementos religiosos negros indígenas
e europeus Luzia pinta foi a protagonista de um calum do Angola que funcionou na vila de Sabará em Minas Gerais entre os anos 1720 e 1700 era portanto um culto bem estruturado pois funcionou durante duas décadas a existência de documentação suficiente a uma boa descrição de suas práticas deve-se ao fato dela ter sido presa interrogada e torturada pela inquisição em Lisboa Para onde foi transportada em 1741 os depoimentos das testemunhas do seu processo trazem descrições muito importantes sobre o funcionamento do culto e sobre as possíveis entidades que atuavam com Luzia Luzia era angolana nascida escrava
e trazida ainda criança e já batizada para o Brasil onde viveu na Bahia até 20 anos de idade mudando-se depois para Minas Gerais aos 30 anos de idade comprou sua alforria e pode estabelecer-se em Sabará onde organizou seu Calundu as cerimônias organizadas por Luzia eram abertas ao público e frequentadas por negros e brancos e eram acompanhadas de cantos e toques de atabaques os objetivos relatados das reuniões eram a purificação da comunidade a cura de doenças ou malefícios e a realização de adivinhações esclarecedoras a música e a dança começavam até que Luzia entrava em trans quando
então era paramentada com as roupas da entidade incorporada Sim ela trabalhava com diferentes entidades e também faziam parte de seus ritos de cura missas para Santo Antônio e São Gonçalo e Em algumas ocasiões ela também aparecia vestida como um anjo esses dois aspectos a influência do cristianismo e a capacidade de incorporar diferentes categorias de entidades são marcantes na umbanda tal como a entendemos hoje sem falar da música percussiva da dança e dos objetivos das sessões este conjunto de dados sugere portanto que mameto Luzia além do anjo tinha a capacidade de incorporar entidades de diferentes ordens
tanto ancestrais quanto divindades nesse sentido a descrição dos figurinos de Luzia indica que ela devia provavelmente receber um caboclo mas também os inquices kongo e iné o que Aliás não surpreende porque não é muito raro que sacerdotes de grandes tradições sejam capazes de incorporar dois três ou mais espíritos distintos não apenas não é surpreendente mas é comum entre os médiuns de umbanda o trabalho com diferentes entidades grande parte deles recebem ao menos duas categorias de espíritos um caboclo e um preto velho um caboclo e Um exu um preto velho e Um exu e por aí
vai e alguns chegam a receber várias entidades de acordo com a ocasião inclusive duas numa mesma sessão variando também a natureza das entidades entre espíritos desencarnados e divindades tal qual Luzia pinta então veio O Despertar de Zélio e a oficialização da Umbanda Zélio de Morais um jovem em busca de cura foi o canal por onde a umbanda se oficializou o Episódio de 1908 com a manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas marca o nascimento formal da religião no entanto é essencial compreender que Zélio não inventou a umbanda do nada ele foi sim um instrumento fundamental para
a consolidação da religião O Legado de Zélio não reside apenas na Fundação mas na Essência da Umbanda caridade respeito à natureza igualdade Entre todos a incorporação de espíritos ligados a diferentes vivências enaltece segmentos historicamente na sociedade brasileira a frase Umbanda é caridade transcende o tempo e reflete a essência da religião à medida que exploramos a umbanda antes de 1908 entendemos que Zélio de Morais não inventou uma religião do nada mas deu continuidade a uma tradição rica e multifacetada Luzia pinta pai Gavião Juca Rosa e outros precursores mem desta em nossa história espiritual ão da Umbanda
apresenta desafios devido à complexidade de sua origem e desenvolvimento a polêmica em torno da data de fundação em 1908 por meio da mediunidade de Zélio de Morais revela uma visão restritiva que obscurece manifestações de espíritos ancestrais muito anteriores Podemos destacar o papel de Zélio na institucionalização mas também menciona outros nomes relevantes como pai Gavião Luzia pinta e Juca Rosa a narrativa convencional da Umbanda branca como ponto de partida é questionada pois diferentes correntes culturais contribuíram para a formação da Umbanda a aceitação posterior da kimbanda como parte integrante da Umbanda evidencia uma complexidade que transcende a
visão simplista de um Nascimento específico em 1908 a oposição simbólica entre Umbanda e kimbanda estabelecida durante a alização gerou controvérsias ao longo do tempo a inclusão gradual dos ezus e pombagiras no universo umbandista ilustra a dinâmica evolutiva da religião desafiando a visão de uma origem rigidamente definida a proposta de uma mudança de ênfase na análise histórica deslocando o foco da Umbanda branca para o processo descentralizado de Constituição da Umbanda como um todo é apresentada como uma abordagem mais abrangente e não excludente e isso reconhece a importância da Umbanda Branca mas a situa dentro de um
contexto mais amplo de diversidade e evolução ao longo do tempo essa perspectiva oferece uma compreensão mais completa da riqueza cultural e espitual da Umbanda A História da Umbanda está intrinsecamente ligada raízes das religiões afro-brasileiras comeando no século 1 com as práticas dos escravizados conhecidas como Calundu Nesse contexto as rodas de batuques onde escravos dançavam e tocavam atabaques nas horas de folga deram origem aos calundus Marcados pelo sincretismo entre crenças africanas pajelança indígena e catolicismo A Perseguição ostensiva às práticas do Calundu pelas autoridades e colonizadores portugueses não impediu sua evolução o Calundu se dividiu em duas
vertentes principais a cabula e o Candomblé bantu ou Angola a Cabula sincretizado crenças africanas com catolicismo pajelança indígena e espiritismo kardecista deu origem ao candomblé mantendo o ritualismo bantu com uma fraca sincretização católica com a chegada de diferentes povos africanos desejando preservar elementos rituais de seus territórios surgiram linhas do Candomblé como o Candomblé quetu e o Candomblé jejé a não adesão ao de alguns templos de Cabula deu origem aos terreiros de umbanda Angola e almas e umbanda omolocô no século 19 a umbanda começou a se configurar nos antigos centros de Cabula conhecidos popularmente como macumba
Zélio Fernandino de Moraes adaptando rituais desses terreiros sob uma roupagem Espírita kardecista deu origem a umbanda organizada os terreiros de Cabula que não foram absorvidos pelo espiritismo de Zélio deram origem a umbanda Popular ainda presente nos dias de hoje a Cabula se dividiu em dois grupos principais Cabula bantu surgida em Minas Gerais e na Bahia no século XIX sincretizado o Calundu a religião bantu com elementos do catolicismo crenças indígenas e espiritismo e macumba Popular que surgiu no final do século XIX no Rio de Janeiro dessa macumba surgiram dois grupos principais a umbanda branca e demanda
atrelada ao espiritismo kardecista e a umbanda Popular que continuou seu curso normal porém marginalizada pela classe média e alta influenciada pelo ritualismo e práticas GG nagô além do esoterismo europeu a macumba Popular devido ao seu sincretismo atraía pessoas de diversos extratos sociais tornando-se um espaço heterogêneo um banda enquanto síntese entre tradições africanas catolicismo e elementos indígenas alcançou reconhecimento oficial no Brasil em 2012 e sua importância foi destacada pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade em 2016 ao incluí-la na lista de patrimônios imateriais do Rio de Janeiro no início do século XX em 1907 e 1908 Zélio
Fernandino de Moraes protagonizou um episódio fundamental para a cria da Umbanda manifestando comportamentos incomuns Zélio foi levado a um Centro Espírita onde incorporou o espírito do Caboco das Sete Encruzilhadas este anunciou a fundação de uma religião que proporcionaria a comunicação entre os espíritos dos negros escravizados e índios com os encarnados simbolizando a igualdade Entre todos os irmãos esse evento levou à criação do primeiro terreiro de Umbanda A Tenda Espírita Nossa Senhora da em 1918 surgiram sete tendas para propagar a umbanda multiplicando-se para mais de 10.000 templos até a morte de Zélio em 1975 em 1939
a união Espírita de umbanda do Brasil buscou unificar as práticas Seguindo os fundamentos propostos pelo Caboclo S Encruzilhadas contudo em 1940 woodrow Wilson da Mata e Silva apresentou a umbanda como ciência e filosofia criando a umbanda esotérica buscando definir a religião e promovendo uma dissociação das tradições afro-brasileiras o congresso de 1941 tentou codificar a umbanda como uma religião autônoma utilizando conceitos de Alan Kardec e dissociando-se das tradições afro-brasileiras essa tendência de distanciamento das raízes africanas refletiu-se na invenção de uma nova definição para Umbanda ligando-a ao sânscrito afastando-se da influência africana nos anos 1950 setores mais
Humildes começaram a contestar essa abordagem buscando recuperar os valores africanos a umbanda Branca resistiu a essa tendência mantendo o distanciamento das práticas africanas o segundo congresso em 1961 evidenciou o crescimento da vertente Branca reconstruindo sua imagem pela Imprensa em 1950 para resistir às perseguições e ao embranquecimento preg pela união Espírita de umbanda do Brasil Tancredo da Silva Pinto liderou a criação da federação umbandista de cultos afro-brasileiros essa Federação defensora das origens africanas da Umbanda se opunha ao grupo que enfatizava o kardecismo apesar das tentativas de unificação muitos terreiros não se vincularam a nenhuma Federação realizando
práticas ritualistas sob a denominação de Umbanda evidenciando A pluralidade e a autonomia de de práticas dentro da religião nesse período a umbanda ganhou destaque e aceitação contando com o apoio de personalidades como Clara Nunes Dorival caime Vinícius de Moraes Baden pauel Bezerra da Silva Raul Seixas Martinho da Vila entre outros no Terceiro Congresso realizado em 1973 a umbanda consolidou-se como uma religião expressiva no campo das atividades assistenciais além das atividades espirituais nos centros a religião expandiu suas ações para incluir escolas creches ambulatórios focando na missão de promover a caridade e a ajuda apesar da consolidação
e a aparente aceitação pública especialmente após a década de 1980 restringe-se às Vertentes que promoveram o apagamento de elementos negros em favor do sincretismo católico na década de 1990 a umbanda juntamente com outras religiões de matriz africana enfrentou desafios do crescente neopentecostalismo brasileiro que promoveu hostilidades e tentativas de deslegitimação a umbanda como anunciada por Zélio e o caboclo sete encruzilhadas não foi a vertente popularizada no Brasil a versão difundida da Umbanda é aquela que se originou na Cabula do Rio de Janeiro também conhecida como macumba estudos mostram que a raiz da Umbanda precede o anúncio
de Zé e seu trabalho consistiu em incorporar elementos das religiões afro-brasileiras a um ritual com características espíritas kardecistas a Umbanda de Zélio passou por um processo de embranquecimento no qual elementos africanos como atabaques práticas de sacrifício animal ritualístico manifestações de exus e pombagiras foram suprimidos processo que visava tornar a umbanda mais aceitável e sofrendo menos preconceitos mais do que uma religião a umbanda se destaca por sua abertura à diversidade acolhendo a todos independentemente de orientação sexual ou identidade de gênero seus terreiros são espaços onde a igualdade de papéis é respeitada onde a liberdade espiritual é
celebrada terreiros como um banda Popular ritual almas e Angola omolocô e Umbanda traçada localiz em comunidades zonas rurais e favelas conservaram mais práticas africanas próximas da antiga macumba e do Candomblé em 2016 a umbanda foi oficialmente reconhecida como patrimônio imaterial do Rio de Janeiro um Tributo à sua contribuição única para a rica Tapeçaria cultural do Brasil assim a umbanda com suas giras cantos rituais e hierarquias continua a ecoar pelas Encruzilhadas tecendo uma narrativa que transcende o tempo e se entrelaça com a alma diversa e vibrante deste país chamado Brasil se você gostou de saber um
pouco mais sobre a umbanda peço que deixe seu like e para ajudar o canal você pode também comprar com os links na descrição isso irá nos fortalecer para fazermos mais vídeos como este no mais agradecemos que você esteve conosco até aqui e lembre-se que é na busca pela verdade que encontramos a essência da vida tenham todos um ótimo dia h
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