Coisas que eu achava que eram de rico… e hoje dão até vergonha!

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Nerd Show
Quando a gente era criança, tinha coisa que parecia luxo de gente rica... mas hoje, olhando bem, dá ...
Video Transcript:
Fala meus queridos amigos, como estão vocês? Vocês estão bão, né? Hoje eu vou contar uma coisa para vocês que sinceramente eu demorei anos e anos para perceber.
Eu cresci achando que a gente era rico, mas eu não tô falando rico assim, tipo, casa na Lagoa da Pampúria, lanche em Capitólio, nada disso não. Mas é porque eu olhava pr minha casa e falava assim: "Não, gente, mas engraçado, tá tudo bonitinho, arrumadinho aqui". Pensava assim: "Nossa, nosso padrão de vida aqui, né?
Até que nós estamos indo muito bem. E o mais curioso é que eu sempre achava que aquilo lá era sinal de status, né? Que beleza.
Tipo ter um tapete no banheiro combinando com a tampa da privada. Salvador dali. Aquilo era por arte.
Ou então teve ventilador de teto com controle remoto. Meu filho, aquilo ali era puro garbro, elegância. Controle remoto, gente, para mim era o ápice da tecnologia doméstica.
Agora, sabe o que que era o meu sonho de consumo? tem interfone. Nossa, para mim era a melhor coisa do mundo.
Não era videogame, não era bicicleta, piscina de plástico, não. Era ter um interfone o meu sonho, porque lá em casa quem chegava tinha que ficar gritando, né? Ou então ficar batendo no portal assim: "Ah, é nada, sua mãe tá aí.
" Isso acho que muita gente passou. Eu só queria atender igual na novela das 8, penso assim: "Alô, sim, o que você deseja? " Mas não era possível, né?
Para mim era um sonho ter isso tudo aí. Para mim já tava ótimo ter as coisas lá organizadas e tudo combinando. E o pessoal já achava que a minha casa era chique só porque tinha esse negócio organizado.
Eu seria o qu? Um tipo de pob premium na época. É, talvez fosse, mas naquela época era só minha mãe sendo caprichosa e organizada.
Porque se depender da minha mãe, meu filho, até hoje ela pergunta se não dá para colar aquele furo no tênis com a super bonda, fazer um remendo. E é sobre isso que a gente vai falar hoje, as coisas que a gente achava que eram de rico, mas que hoje a gente olha e fala assim: "Meu Deus do céu, que vergonha alheia". É hoje no Net [Música] Show.
Gente, vou falar para vocês que na minha cabeça de criança tinha muita coisa que parecia ser super luxuoso, né? por exemplo, piso frio. Porque se a pessoa tinha aquele chão branco, bonito, retinho, nivelado, que você falava fazend eco, eco, com certeza essa pessoa ia no shopping e fazia compras.
Porque na verdade ir no shopping e fazer compra é o símbolo máximo da riqueza. Na minha concepção, eu eu tô errado. A gente ia no shopping para tratar isso como passeio, ficava só dando uma olhadinha nas coisas e talvez bicar um fliperama, um negócio ali, ó, alguém deixou cair uma ficha aqui.
É minha hora de tentar nessa máquina. Já na nossa casa, o piso era de uma outra categoria, né? Muito mais frum.
Era aquele com mais desenho do que mapa astral, sabe? E aquetan de rejunte desse tamanho aqui parece duas placas tectônic afastando, cada um com uma altitude diferente, uma textura diferente. Se tropeçasse era risco de você cair numa outra era geológica.
Quer lembrar de outra coisa também que era coisa de gente rica? Móvel planejado. Ah, isso era só gente rica que tinha.
Isso para mim era uma coisa assim, sabe? A pessoa passou no concurso da Petrobras, ah, estou ganhando muito dinheiro. Móvel planejado.
Lá em casa era só aqueles móvel da Itatia assim, ó, pendurado na parede que a gente, eu ficava assim, ó, opa, para não bater a cabeça. Guarda-roupa planejado. Não me faça rir.
A gente não tinha esse tipo de coisa não. A gente tinha era aquele de madeira velha, né, com aquele puxador ali que parecia uma armadilha dos jogos mortais, arrancava o dedo na hora e que quando a gente abria ele fazia, né? E vinha direto aquele cheiro ali de sachê perfumado da gaveta ou então de naftalina para não deixar os negócios mofar.
E o ventilador de teto com cordinha. Nossa senhora, isso era uma inovação do do século XX. Tinha duas cordinhas nesse ventilador e uma ligava ele e a outra, eu não faço ideia, eu acho que dava descarga, mas é só uma coisa que eu pensei.
Ninguém sabia direito para que que servia. Mas no caso da gente rica que tinha isso, Dev que acionava o helicóptero da família, né, para eles irem pro shopping. E como se isso não bastasse, tinha aquela luminária meio que padrão assim dos anos 90 que toda a família mais chiquezinha tinha.
Parecia aqueles negócios de iluminação futurista, sabe? Com certeza essa pessoa tem teto rebaixado, porque teto rebaixado também era coisa de gente chique. Porque eu sou rica.
E sabe outra coisa também que era um luxo? Era vidro bom. Vidro bom.
Como assim vidro bom? Porque na nossa casa, gente, era tudo vidro freeado, cheio de adesivo da rádio, da sua cidade. Lá sempre Belo Horizonte tinha aquela rádio 98 FM, todo mundo colando aqueles adesivos, tal, né?
Com aquela massa de vidro assim, ó, deste tamanho, aquela moldura branca passando por todo o vidro era assim. Já na casa de rico, vidro liso, blindex, parecia mais aquele negócio de consultório. E o auge do requint?
Espelho no guarda-roupa. Eu sei que você quis ter um, mas era coisa de rir. Aquilo ali dava uma sensação de suí presidencial para quem tinha que era impressionante.
Mas tinha um detalhe nisso que todo mundo fingia que esquecia, que se você encostasse o pé molhado, você tomava um choque para mostrar que quem que era o dono da casa? A eletricidade estática. É, a gente não poôde passar isso porque a gente era pobre, né?
Mas o rico sabe do que eu tô falando. Ciência. Science.
Agora, se tinha uma coisa que me fazia pensar que a pessoa era rica de verdade, era tecnologia em casa. Sabe qual que era a primeira coisa? Telefone com fio gigante da pessoa poder alô e conversar da cozinha e mover pro banheiro e depois ir pra sala.
A pessoa para mim era milionária se ela tinha isso. Aí veio o auge do requer o quê? o telefone sem fio.
A gente via alguém conversando pela casa sentar presa num fio. A gente com certeza pensava que essa pessoa tava fechando negócios em bale bale, na bolsa de valores, mas não era só telefone, não. Tinha também o microondas.
Nossa, esse demorou a chegar lá em casa. E quando chegou, eu vou falar com vocês, eu pensava que nesse ponto a minha casa tinha virado um laboratório que eu colocava o leite para esquentar lá 30 segundos e ficava: "Não é possível aqui vai sair, vai sair quente daí mesmo. " Eu eu tava pensando que eu tava esquentando aquelas comidas da NASA também, sabe?
Nos pacotinhos. Tinha também aquele som de três andares, você lembra? Como esquecer, né?
Assim, não tinha na nossa casa, mas a gente lembrava. com toca-fita, CD, rádio AM, FM, tudo empilhado assim, ó. Parecia um Mega Drve.
A pessoa colocava um CD do roupa nova no volume 10 e pronto, gente, era show particular na casa dela. E claro, né, gente? Televisão com controle remoto, porque controle remoto é mais do que um artifício, é um poder na sua mão.
A gente já usava o filho para ir trocar os canal, que era mais fácil. No caso, o filho era eu. Agora, o topo da tecnologia era câmera filmadora.
Ah, não, você tá doido. Isso aí só realmente o Bill Gates do bairro que tinha aquela câmera preta pesada, né, que o povo levava meio que no ombro assim, parecendo aquele cenegrafista da Globo. Só tinha isso quem podia viajar no final do ano e filmava tudo.
Era viagem, batizado, churrasco. Se bobear até cachorro fazendo cocô, tinha um monte de filme perdido por aí. Hoje em dia a gente tem tudo isso no celular, né?
Aí naquela época, hum, hum, ter uma coisa dessa em casa era a mesma coisa que ter uma ação da Vale do Rio Doce, que nós som velho a ponto de lembrar da Vale do Rio Doce. Só que a gente não sabia que tudo era meio que limitado, né? Por exemplo, o telefone sem fixo, você andasse 2 m fora da base, ele, ó, não falava mais.
A câmera gastava uma fita por dia e o microondas dava choque se você colocava sem uma colher junto, né? E tinha um outro trem que era o seguinte também, tudo que era de conjunto era considerado coisa de rico. Meu Deus, por que que a gente achava isso?
Por exemplo, jogo de copos. Se tinha todos os copos iguais, a gente pensava assim: "Meu Deus, essa pessoa vai o quê? Fazer um chá da cinco com a rainha?
" Porque a gente usava os copos que tinha, o copo de requeijão junto com copo de massa de tomate, com o copo que sobrou daqueles cenco que quebraram. E se a pessoa tivesse jogo de jantar com todas as peças, componentes lá, tudo encaixando isso aqui com isso aqui, milionário. Eu, meu filho, eu comia com aqueles prato duralex, um miojão lá e tava feliz na vida.
Eu pensava que essas pessoas aí, elas fazia até aula de etiqueta com a glorinha caliu. As pessoas hoje estão com muita dificuldade em como que usa esse garfo e essa faca. Outra coisa também, você vai sentir na pele, toalha bordada.
Nossa senhora. A gente achava que isso era coisa chique demais, né? Se fosse na mesa, na toalha do banho, na toalha de rosto, a gente fala assim: "OK, aqui mora uma princesa".
Agora, um sinal claro de riqueza é quando em cima da mesa, assim, ó, tinha uma toalha e por cima dessa toalha de mesa tinha um plástico por cima. Meu Deus! Aquilo não era só para proteger a mesa, era para proteger um status.
É como se você tivesse a Monalisa embaixo daquele plástico ali. Você podia só olhar, mas não podia tocar nem estragar para ver todos os bordados, os ponto cruz. Tinha também, gente, um pote de vidro com grão.
Você lembra desse negócio aí que marcava macarrão, feijão, arroz, tudo organizado com aquela tampa de plástico colorido. Quem fazia isso? Eu achava que essa pessoa está na faculdade, ela tá fazendo nutrição.
A gente fazia o quê? Pacote dobrado, pregador e está com certeza à prova de bicho. Para falar a verdade, eu não sei nem como é que os bichos nascem dali, né?
Mas tudo bem. E tinha mais uma coisa que era o sabonete decorado, mano. Tipo assim, você entrava na casa, tinha aquele sabonete todo assim em formato de flor, de concha, usar para lavar alguma coisa?
Ninguém usava. Ele tava lá mais para perfumar. Era uma, como é que eu vou dizer?
Uma coisa de rico que a gente não entenderia, né? E você quer coisa mais de rico de antigamente do que batedeira na cozinha. E se tivesse fora da caixa ainda, era como se fosse um troféu naquela cozinha.
Nunca utilizada, mas um sinal de status tremendo, né? Hoje isso tudo pode parecer um exagero, né? Porque luxo para muita gente não era ostentação, era capricho.
E o prazer de deixar a casa parecendo o que a gente queria ser, nem que fosse só para um vizinho lá bisbilhotar assim: "Nossa, que casa chique, né? " Agora vamos falar uma verdade aqui. Tinha umas roupas também, uns acessórios, uns pendurical que a gente também achava que era uma coisa mais chique do mundo, coisa de gente rica.
Primeira delas, camiseta com tecido brilhante. Nossa senhora, me dá até gastura de pensar nesse tecido brilhante. Parecia um tecido feito com cera de encerar carro, sabe?
Sempre brilhando. E você usava essa camiseta para tudo, assim, é para casamento, para enterro, para qualquer coisa. Acho que era pau para toda obra.
Você tava com roupa de sair. E o tênis de luzinha que acendi, hein? Nossa senhora, meu Deus do céu.
Aquilo ali era nível astronauta da NASA. Funcionava só por uns três dias? Funcionava só por uns três dias por causa da bateria, né?
Mas enquanto você tava usando, era uma passarela e com certeza todo vizinho ia saber que você tava passeando no bairro. E tinha também o relógio champion com a pulseira colorida trocável. Vocês lembram disso aí?
Aquilo ali era tipo o iPhone da época, né? Cada dia tinha uma cor e quem tinha todas as cores era claramente considerado o herdeiro da mesbla, né? E camiseta de time falsificado com escudo dourado.
Ah, isso aí era era bom demais. Você podia nem gostar de futebol, mas é aquilo dizia: "Tá vendo esse brilho aqui? Isso aqui é sucesso.
" É uma questão de status. Ah, e a gente não pode esquecer também das marcas gringa falsificada, né? Porque isso aqui estamos falando da nata.
Tinha Fub, Sou Pole, MCD, Oley, Vond Dut. Nossa, Vut, que tanto de boné que eu já vi. Se você usasse isso, você se sentia praticamente o FIF Cent versão brasileira Airbert Richards.
E para completar o visual, né, tinha aquela pochete linda com acabamento cromado. Nossa, que beleza. E aquela corrente dourada de plástico que dava até alergia, né?
Mas enquanto tava no pescoço, meu filho, o pessoal era rei. Eu quero uma corrente. Nossa.
E se tinha uma coisa que alimentava esse sentimento de, nossa, você está vencendo, você parece rico. Era a televisão. Meu Deus.
A televisão brasileira nos anos 90 e nos anos 2000 vendia um estilo próprio ali, que é um estilo de vida que só vivia no mundo da propaganda, né? Tudo que eles anunciavam vinha com aquela voz, a pessoa falando com uma voz épica, falando que você precisava daquilo. E se você não tivesse, com certeza você ia ser pior do que os outros.
Mas espere, tem mais. Era engraçado tanto de comercial de cartão de crédito que tinha aquele casal, né, jantando à luz de velas, um restaurante francês chique. A gente ali, ó, com aquão aqui, ó, perto da para não babar, né?
e comendo com garfinha aqui, pensando que, ai beleza, se eu tiver esse cartão aí, com certeza o resto é o resto. Tinha também um tanto de comercial de conjunto de prato, de faqueiro, aqueles negócios com as caixas de veludo que eu se olhando falar assim: "Com certeza eu preciso disso aí para minha casa virar uma versão europeia. Eu vou aparecer na caras se eu tiver isso aí, porque antigamente há caras que mandava nesse rolê todo.
" E quem não se lembra do comercial da Techpix, a câmera mais vendida do Brasil? Porque ela filma, fotografa. MP3, MP4, baixa o CD do KLB.
Só faltava isso. Isso. Você vai ter agora a sua Techpix DV12, a filmadora mais vendida do Brasil.
E tinha outra coisa que era muito brega e a gente achava muito chique, era os nomes dos condomínios, dos lugar que o povo morava. Residencial Veredas do Éden, Vila Toscana, Golden Life Club. Mas quando você passava na frente era engraçado demais, porque era só um muro chapiscado, um portão dourado, né?
e tudo no reboco grosso. E no final das contas a gente olha para isso tudo e ri, né? Ri do tapete que não secava nunca, ri da luminária tartaruga, do telefone com aquela antena gigante, do tênis de luzinha que só piscava no primeiro dia, mas na época, gente, aquilo era o melhor que dava para ter.
Bom, e se você viveu isso tudo ou pelo menos lembra do cheiro de naftalina entrando pelo seu nariz e chegando no seu cérebro, então você sabe o que eu tô falando, né? É claro. Bom, eu vou ficando por aqui, mas toda semana eu volto com mais um vídeo quentinho, fresquinho, crocante para vocês.
Então, adeus. M.
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