Todo mundo critica o funk. Dizem que as músicas só falam do crime, de substâncias diferentinhas, de atos apenas para maiores. Tem quem defenda o funk, é claro.
Mas é bem difícil defender algumas músicas, como eu vou dar o meu e o meu buão e nesse verão nada mais importa. Faz o meu de chot. Vai botando, vai.
Vai botando, vai. Vai botando, vai. Open droga na favela.
Pr que senta com o popô. Essa bandida tá de brincadeira. 2 kg de erva.
O PH sorteou pras que senta com a bueta. A [ __ ] É claro que elas quer uma de Belô. Se deixar a noite inteira.
Foi sorteada a princesinha que ganhou. Respeita o CV que só tem bandido brabo, só menor de guerra que bota para nós. É terror dos terceiro a dos meleca.
Essas músicas maravilhosas, essas obras de arte são, respectivamente verão FP do Trembala, Open Drga do MC Angin. E essa última fala que a tropa é Comando Vermelho do MC Pose do Rodo, que foi preso recentemente. O argumento mais utilizado para defender o funk é que o funk é assim porque fala da realidade de quem vive na favela.
E essa é uma temática válida. Eu acho que esse é um tipo de discussão que vale a pena a gente ter, mas nesse vídeo eu quero te mostrar uma discussão ainda mais pesada. Na verdade, eu quero te mostrar como funk patrocina o crime organizado ou como funk muitas vezes acaba sendo o próprio crime organizado.
Antes, por favor, digita um oi sobrevivente nos comentários. Assim você me ajuda com o engajamento desse vídeo e eu te respondo com coraçãozinho. Vamos lá.
Para começar essa conversa, a gente precisa entender como o crime se infiltrou no funk. O funk não é só um estilo de música. O funk, na verdade, é uma cultura, é uma identidade.
E para muitas pessoas, se você criticar o funk, é como se você estivesse criticando a mãe da pessoa, porque a pessoa vincula tanto a identidade dela ao funk, que criticar o funk é basicamente criticar a ela mesma. E isso acontece com toda a cultura, não é nenhuma novidade. Vai xingar o Corinthians para um torcedor do Corinthians para ver se ele não fica chateado com você também.
A cultura tem esse poder e é algo que pode até ser positivo de certa forma, só que o problema é que o funk é uma cultura que deriva principalmente do abandono do estado. Ah, sobrevivente, não, não. Já vai começar a complicar o conteúdo, cara.
Já vai começar a falar que a culpa é do governo, que não sei o quê. Não, cara. Vamos com calma, é só você pensar um pouquinho.
Pessoas que crescem na favela, de forma geral, não tem acesso à segurança. É um ambiente bem perigoso, você sabe, tanto por conta do tráfico, tanto por conta da polícia, que tem que ser bastante agressiva lá, muitas vezes passando do ponto e muitas vezes tratando pessoas de bem como se fossem bandidos. Nessas comunidades, na favela, as pessoas também não têm acesso à saúde de qualidade, não tem acesso a sistema de esgoto e também não tem acesso à dignidade de forma geral.
Só quem realmente mora na favela sabe como é complicado até mesmo para sair de lá. A pessoa acaba tendo pouquíssimas oportunidades ou nenhuma oportunidade de conseguir uma vida digna, nem dentro da comunidade, nem fora dela, a não ser que a pessoa se envolva com o crime. E o que que acontece?
Como a pessoa que está na favela não tem segurança, não tem saúde de qualidade, não tem sistema de esgoto, não tem dignidade, significa que o Estado não chegou a conseguir cuidar daquela pessoa. E onde o Estado não consegue atuar, alguém começa a atuar. Esse papel, claro, acaba sendo assumido pelo crime.
O crime, nesse caso, se torna o poder que comanda a favela. E é um poder no sentido literal, no sentido de que eles constrem as próprias regras que estão acima inclusive da legislação brasileira. É o crime que manda lá.
É o crime organizado que banca o baile da favela, que banca a diversão, o entretenimento de quem faz parte da comunidade. É o crime organizado que garante o som, que garante o artista, que distribui bebida, que distribui luz, inclusive de graça pra população, que distribui drogas e que distribui até mesmo, por mais esquisito que seja, segurança. E sim, segurança mesmo.
Se você respeitar as regras da facção, você vive bem. A gente pode ver aqui, por exemplo, deixa eu aproximar a imagem para você. Isso aqui é uma pichação que a polícia encontrou de regras da facção daquela região.
Estava pichado na parede. Proibido drogas na frente de criança. Motoqueiros, andar devagar pelas ruas, não escutar som alto tarde da noite.
Eu acho muito engraçado os erros, né? Alto com u. Aqui, por exemplo, o sossego, suossego da população é primordial.
É proibido também roubar na comunidade em respeito ao cidadão de bem, tem que respeitar todos os moradores. Não aceitamos talaricagem, união e respeito uns com os outros. E a gente tá rindo aqui, tá achando engraçado, mas experimenta quebrar uma dessas regras em uma área comandada por uma facção criminosa.
Caso você não quebre nenhuma dessas regras, você consegue viver bem. Você curte o baile em paz, por exemplo. Só que essas regras não vêm de graça.
Não são regras feitas para proteger você, para cuidar de você. Essas regras, elas vêm com um preço. Vem com um preço para quem é morador e vem com um preço também para quem é artista.
E esse preço se chama lealdade. Você como morador, você como artista, tem que ser leal à facção que comanda a sua região. Então a música que toca ali no baile de favela não é qualquer música, é a música aprovada pelo comando.
A gente pode ver aqui MC Pose, oito músicas em que o funqueiro menciona crime, armas e o comando vermelho. Finco lista canções que citam o tráfico e a facção criminosa. Cantor foi preso nessa quinta.
Então, as músicas que tocam lá, funk de facção, letra de recado, até mesmo videoclipe com arma, camisa de time, mandado e respeito. E quem canta isso, diferente do que as pessoas pensam, não tá só descrevendo a realidade, não tá só, ah, eu tô narrando aqui o que eu vivo, na verdade tá sendo parte ativa dessa realidade. Muitos cantores de funk foram patrocinados pelo crime organizado para terem sucesso.
Que surpresa, né? Ninguém imaginava isso. Mas isso não é feito porque os traficantes são bonzinhos, porque eles pensam: "Ai, vamos dar uma carreira de qualidade pros favelados aqui".
Eles fazem isso com interesse financeiro, porque os bailes movimentam muito dinheiro mesmo, principalmente com a venda de drogas. Eles organizam, por exemplo, vários shows, vários cantores, porque sabem que o público vai estar disponível para consumir drogas. E uma vez que a polícia não tem acesso ali, quem é que vai barrar?
Se o poder paralelo, que é o poder da própria facção, toma conta, quem é que vai impedir que eles vendam droga? Em 2019, o Fantástico mostrou como o baile da gaiola era controlado pelo tráfico. Segundo a Polícia Civil, cara, o baile era organizado com aval, ou seja, com a permissão e apoio logístico do Comando Vermelho.
As festas movimentavam milhares de pessoas por semana e a venda de drogas era livre. Como eu te falei, quem é que vai impedir se a polícia não tem acesso ou se a própria polícia que está lá é corrupta? Ou se mesmo se a polícia não for corrupta e tiver acesso, como é que vai lidar com tanto uso de droga?
Como é que meia dúzia de policial vai resolver isso? Em várias comunidades, cara, como na Rocinha e na comunidade do Jacarezinho, tem relatos que traficantes controlam quem pode cantar nos bailes. Ou seja, não é qualquer pessoa que pode chegar lá, pegar o microfone e meter o tchu tchá tchu tchu t tchá.
Não, cara, tem que ter autorização de quem tá acima na hierarquia da comunidade. Esse livro aqui é o livro A guerra, a ascensão do PCC e o Mundo do Crime no Brasil. Ele foi escrito pelo Bruno Pais Manso e pela Camila Nunes Dias.
Eu adorei a capa do livro, inclusive. Então, segundo o Bruno Pais, o escritor desse livro, ele diz: "O crime organizado usa a música para reforçar sua presença e ideologia nas periferias. Além disso, o Instituto Fogo Cruzado e o Observatório da Criminalidade Organizada apontaram que bailes financiados por facções movimentam centenas de milhares de reais por mês.
Isso movimentando a economia do Brasil. mais ou menos, porque isso serve principalmente para lavagem de dinheiro. Afinal de contas, o dinheiro utilizado no crime organizado não é um dinheiro tão limpo assim, né?
Então, você tá entendendo como o funk não apenas patrocina o crime organizado ou apenas é utilizado pelo crime organizado, você entende como funk é o crime organizado? E claro aqui a gente tem que deixar um adendo muito claro aqui. Isso não significa que todo favelado, todo cantor de funk é bandido.
É lógico, né, meu amor? Você consegue entender isso. Eu não estou dizendo que todo artista, por exemplo, de funk é um fantoche de alguma facção.
Muitas pessoas usam isso para justificar o próprio preconceito com pessoas que moram em comunidades. E essas pessoas, cara, são vítimas tanto do Brasil, quanto da criminalidade, quanto do governo. É terrível qualquer tentativa de menosprezar o favelado, de menosprezar as pessoas que moram em comunidades.
Mas é assustador também ver como a cultura do funk e a cultura do crime tem muitos pontos que se tocam. Tantos pontos, cara, que em muitas situações é difícil saber quando começa um e termina o outro. É aí que a gente entra num terreno perigoso demais.
É nessa etapa do vídeo e nessa etapa da crítica que as coisas ficam realmente perigosas. Porque quando a cultura e o crime se misturam, que é o que acontece, cara, é o que tá acontecendo com o crime e o funk. Os dois são tão misturados que é difícil separar um do outro, ninguém mais pode criticar.
Acontece uma proteção absurda, uma proteção inclusive de partidos políticos, de que não pode falar mal do funk, não pode a cultura brasileira, porque ninguém pode falar nada. O funk vira um patrimônio intocável do Brasil, intocável da cultura do nosso país. E eu até imagino esse vídeo sendo mal visto por algumas pessoas, justamente porque eu tô vinculando o crime organizado ao funk.
Só que aí o funk vira uma espécie de cultura intocável. Se você critica o conteúdo de uma letra, você não entende da quebrada. Você é um moleque de condomínio.
Você, por exemplo, é considerado boy, né? Playboy. Se você fala da influência do tráfico, você tá sendo elitista.
Não, porque você não pode criticar, porque é a economia da região. Mas pera aí, cara. Pera aí.
Pera aí. Desde quando questionar uma letra que glorifica o crime, as drogas e atos imorais virou preconceito? Tipo, e a gente tá numa etapa do nosso país em que criticar o errado é considerado errado.
Você não pode criticar o que tá errado, cara. Você não pode, se uma música fala para você encher o seu de pó, você não pode dizer que essa música tá errada. Você não pode dizer porque pode ser mal visto.
E é esse o ponto que eu queria chegar nesse vídeo. Essa tem sido a estratégia usada pelos criminosos e por algumas alas da esquerda, inclusive. Dizer que criticar o funk é preconceito contra a comunidade, contra a pessoa preta, contra quem mora na favela, o que ninguém consegue entender é que o crime organizado que tá similtrado na política, a gente vê aqui, ó, eleições 2024.
PCC não quer se infiltrar na política, quer fazer lobby para influenciar decisões, diz autor de livro sobre facção. Então assim, o crime organizado que tá infiltrado na política sabe muito bem disso e usa esse discurso para se proteger. Usa o discurso de que não, você não pode criticar o funk porque isso não vai ser bem visto, porque o funk é uma cultura válida, porque o funk precisa ser protegido.
E eu entendo isso, eu nem tô discordando dessas afirmações, mas no final das contas, sabe quem não tá protegido, sabe quem não tá sendo bem visto, sabe quem tá vulnerável. O jovem que cresce achando que o único caminho para ter respeito é virar um soldadinho da facção. É a criança que decora as letras das obras de arte maravilhosas falando de [ __ ] antes de aprender a ler.
A criança não sabe ler, mas tá lá cantando. Senta, senta, senta. Quica, qua, quica.
Chupa, chupa, chupa. Pelo amor de Deus, quem tá vulnerável é o jovem que começa a pensar em entrar para esse mundo. É a mãe que chora quando o filho vira bandido.
Gente, me perdoa, pelo amor de Deus, me desculpa, por favor. Me perdoa, gente. Eu não criei meu filho para isso.
Me desculpa. Tem culpa não. Você gente.
Desculpa. Tô com tanta vergonha de vocês. Botem cima dele aí o pé.
Vai. Qual a idade dele? Perdão, 18.
Me perdoa, gente. Me desculpa. Desculpa.
É o presente que tu me deu no dia das mães. Você que me acompanha aqui no canal sabe que eu sou uma manteiga, né? Mas que vídeo triste, cara.
Que vídeo triste. Tipo, eu não consigo, eu não consigo pensar, cara, na no desgosto dessa mãe. É triste demais, cara, ver onde é que o Brasil tá chegando.
Ah, sobrevivente, nada a ver, cara. Não, não, não, não, não. Aí, aí você tá, você tá exagerando aí.
Não tem como usar música para recrutar pessoas pro crime. Não tem como o funk influenciar alguém a se tornar um bandido, por exemplo. Aí você tá exagerando.
O cara já era da favela, já tava mexido com coisa errada, já tem nada a ver, pô. Notícia desse ano. Facções criminosas usam artistas do funk para fazer propaganda e recrutar jovens para o crime.
Agora os grupos travam também uma guerra cultural. Cantores de funk, rap e, trap, que ganharam fama local, fazendo apologia ao crime em bales financiados pelo tráfico, estão escolhendo lados na disputa de facções e sendo usados por elas para aumentar a influência e recrutar jovens. Um artista ligado a uma determinada facção criminosa pode cantar em um baile de uma facção rival.
As letras das músicas retratam uma vida fácil, com abundância de riqueza e cheia de aventuras, supostamente desfrutada por membros do crime organizado. Segundo analistas ouvidos pela reportagem, as facções financiam artistas e eventos musicais em uma tentativa de recrutar jovens paraas suas organizações criminosas. O baile, cara, não é só diversão, é uma ferramenta de recrutamento.
Os caras fazem baile visando lavar dinheiro, é claro, mas para recrutar também novos membros pra cadeia do crime. Por isso que o crime não acaba nunca, porque sempre tem gente para servir ao crime. O bandido foi se encontrar com Jesus, foi jogar no Vasco, tem como recrutar mais gente.
E o marketing disso tudo tá na música, tá em tudo que o artista representa, tá em tudo que ele faz para se exibir, tá na rima, tá no pit, nos videoclipes com fuzil, com moto, com cordão, tudo muito bem pensado para parecer natural. Só que a naturalização disso é o que tá ferrando uma geração inteira. Por exemplo, a minha esposa comanda uma equipe no trabalho dela.
Ela tem uma série de subordinados e um desses subordinados é um jovem aprendiz. O cara nunca pisou numa favela na vida dele. Nunca pisou na favela.
O cara é bo condomínio mesmo, mas de tanto escutar funk, ele vive dizendo, e eu espero que seja na ironia que ele diga isso, ele vive dizendo que a favela venceu. O grande ponto, o grande plot twist é que a gente soube há pouco tempo que ele tá sendo aviãozinho de uma boca aqui da região. Ele tá trazendo a droga de fora do condomínio para dentro do condomínio.
E cara, para te ser bem sincero, eu fiquei muito triste ao saber disso, porque o cara tem 16 anos. E isso começou influenciado com a música que ele escutava, com as amizades que ele tinha, com o incentivo. E quando alguém tenta mostrar isso, tenta mostrar que a cultura do funk tá prejudicando também a cultura do Brasil de forma geral, tá exaltando a criminalidade, logo vem alguém dizendo: "Ah, pera aí, pera aí, per, pera aí.
E o sertanejo, hein? Hein? E os cornos de chapéu?
Eles também falam de bebida, eles também falam de traição, mas você não critica eles, né, sobrevivente? E, cara, sim, tem facção envolvida nisso também. Tem crime envolvido nisso também.
Tem show de sertanejo bancado por milícia. Beleza, acontece. Tem, tem grana do tráfico financiando festa do interior.
Ninguém aqui tá dizendo que o problema é só o funk, porque o buraco é o Brasil, o problema é o Brasil. O Estado não atua como devia atuar. Os criminosos acabam subindo ao poder, esse crime fica organizado e essa bola de neve de desgraça continua aumentando a cada ano que a gente vive aqui.
Só que tem uma diferença quando a gente fala do funk, porque o funk hoje é o ritmo mais ouvido do país. A enquete realizada revelou que o funk é o ritmo musical mais popular entre os entrevistados, com 36% das preferências. Em seguida, aparecem os gêneros outros com 14%, sertanejo com 13% e pisadinha com 9%.
O funk é o ritmo que mais bate nas plataformas, é o que mais chega na molecada, cara, é o que mais molda o imaginário da juventude, da periferia. Por isso, o impacto é bem maior. De acordo com a retrospectiva anual do Spotify, para você ter ideia, da retrospectiva de 2024, o funk dominou as paradas no Brasil.
Embora a dupla sertaneja Henrique Juliano não faça a mínima ideia de quem são, tenha sido a mais ouvida no país, três dos cinco artistas mais escutados eram do funk. A gente tem o MC Rian SP ou é Ryan SP, eu não conheço. Tem o MC Igh.
Além disso, a música mais reproduzida foi o The Box Medley Funk Two. Eu acho que é Tru e não dois, já que todo o título é inglês, né? que basicamente foi uma colaboração entre diversos artistas do funk que liderou o ranking nacional.
Ou seja, o funk virou uma linguagem direta com o coração do povo brasileiro e principalmente com a juventude do Brasil. E é justamente por isso que o crime se interessa tanto pelo funk, porque quem controla a cultura controla a mente das pessoas. Cara, isso é muito antigo.
Tá vendo? Esse cara aqui é o Antônio Gramish. Ele é um filósofo marxista italiano e o Gramish dizia que o poder mais eficaz não é o que impõe pela força, mas o que convence pela cultura e é justamente o que tá acontecendo no Brasil.
O funk já tá presente nas novelas, o funk já tá presente na vida de crianças, o funk já tá presente em qualquer região do Brasil e não apenas no Rio de Janeiro ou em São Paulo. Esse cara aí da tela é o sociólogo Gabriel Feltran e ele também fala disso. Ele estudou anos o crime nas periferias de São Paulo.
E o cara diz que o tráfico entendeu que não adianta só dominar o território na base da força, na base de armas, na base de uma guerra. Eles entenderam que tem que dominar também o simbólico, a cultura, a moral, o que é certo, o que é bonito, o que é desejável. E é por isso que tem fanqueiro dizendo que é bonito respeitar o CV, que bandido bom é bandido fiel e que quem tá na pista é visionário.
O tráfego entendeu, cara, a lógica do marketing. Os caras são tão organizados que são de fato uma empresa. Tem setor de marketing no tráfico.
Você entende o poder da narrativa? É isso que todo governo, de esquerda ou de direita extremista faz. Gera uma narrativa para convencer as pessoas.
Eles entenderam que transformar o crime num estilo de vida atrai as pessoas e também afasta críticas, porque quem criticar o funk vai ser considerado persona não grata, vai ser mal visto socialmente. E é justamente isso que tá acontecendo com a cultura do Brasil atualmente. Mas calma, tá?
Isso não é necessariamente culpa do funk. O funk é um estilo de música e música em si não é um problema. Música é música.
É um conjunto de harmonia, melodia e ritmo. A culpa não é do funk exatamente do do estilo do ritmo. A culpa é de quem utiliza o funk como uma arma.
E se a gente não souber separar as coisas, a gente vai acabar batendo no artista e deixando o verdadeiro vilão crescer nas sombras. que esse vilão, eu tenho falado dele esse vídeo inteiro, é o crime organizado. Um desabafo à parte que é uma pena que isso tenha acontecido com o Brasil.
É uma pena mesmo. Eu fico triste com isso. E fico triste de ver que os nossos jovens estão sendo influenciados por essa cultura.
A gente não pode fazer muita coisa a respeito, mas a gente pode deixar claro que apoiar o funk quase sempre é apoiar uma cultura de crime. E não é uma guerrinha de ah, o rock é melhor, o MPB é melhor, ah, não, não, o bom mesmo é samba. Não é uma guerrinha rasa de ritmos musicais, não se trata disso.
Se trata de entender que expandir uma cultura que exalta o crime é expandir o crime. Isso deixa o Brasil ainda mais entregue aos bandidos. E eu sei, cara, antes que me encha o saco, pelo amor de Deus.
É lógico que existe o funk consciente. É lógico que nem todo MC é envolvido com parada errada. É lógico que esse vídeo não tem como objetivo apontar nenhum MC como criminoso, nem mesmo, cara, apontar os que ilustraram esse vídeo.
É lógico que esse vídeo não é uma desculpa para criticar as pessoas de respeito na favela. Esse vídeo é para te fazer pensar que por trás do tchuch tchá tuch t tchá pode ter todo um esquema de criminalidade, de lavagem cerebral na mente dos jovens, da destruição do próprio país. E eu aposto que você não quer que isso aconteça.
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