Luiz Felipe Pondé • O Animal em ruínas

hoje eu tenho uma missão com vocês que é desenvolver uma reflexão sobre uma coisa meio assombrosas assim nós vamos falar de medo né ah eu vou apresentar para vocês um pouco no começo bom é que a programação geral quem vai me seguir à noite de hoje que vocês vão ter ao longo do mês nas sextas feiras nas quartas feiras com filme e nesse sentido mapear com vocês um pouco que esse módulo vai cobrir a idéia desse módulo nasceu de uma conversa com augusto sobre a final de contas porque tem tanto medo aquele sociólogo segundo baumann

lançou há algum tempo atrás um livro chamado medo líquido e nesse livro ele cobre uma série de questões que hoje assusta muitas pessoas como paranóia do tipo a vaca louca que aconteceu nos anos 90 lembra e terrorismo vírus de todos os tipos né na rua você pode sair não volta mais e aí essa conversa acabou nos levando a perceber o seguinte essa idéia de que o medo a versão pós-moderna moderna isso é uma ilusão o ser humano é um animal que morre de medo e com razão tem que ter medo mesmo você não sabe de

onde veio não sabe para onde vai não sabe porque está aqui a defesa quando você tem assim um sim sites mais ou menos leves você nunca tem certeza se são verdadeiros você se agarra algumas coisas para poder chegar a hora que acorda hora que dorme com o passar do tempo os problemas ficam cada vez pior então há razão para ter medo é o medo foi inventado pelo terrorismo pela vaca louca pelo vírus ou pelo assalto então nesse sentido a gente acabou preparando um mês pra vocês que é basicamente o seguinte hoje essa idéia de falar

do animal em ruínas que é uma metáfora para falar do animal humano que é um ser que sabe sempre mais ele deve ele sabe sempre mais do que os outros animais mas ele nunca sabe tudo o que precisa então ele fica entre saber mais mas não saber tudo o que precisa nesse sentido ele fica meio que estendido entre um ambiente de carência contínua e uma experiência de que ele sente presente o cheiro de alguma coisa que os outros não sentem e aí eu vou conversar com vocês um pouco hoje sobre o medo como experiência ancestral

na realidade nós vamos atrás nós vamos ter como companheiros hoje um sujeito conhecido chamarmos chamado charles dauri né o darwin vamos falar um pouco de darwinismo e também vamos ter com a gente um antropólogos meio filósofo e psicólogo chamado rs becker que tem um livro fabuloso que o respeito pra vocês como leitura de férias chamado a negação da morte aqui no brasil publicado pela editora record é uma capa preta ele escreve muito bem esse livro com esse livro ele ganhou o prêmio pulitzer mas infelizmente ele morreu cerca de três meses antes de receber o prêmio

ele morreu com 49 anos a missão hoje com vocês é falar porque o ser humano se o animal em minas e pra isso eu vou começar dizendo o seguinte imagine vou trabalhar com vocês duas imagens a primeira para trazer um pouco a gente pra pra a experiência hoje faça a segunda experiência imagine que você está em uma nave espacial você é capaz de viajar pelo universo inteiro imagina você numa nave alto alta tecnologia se viaja pelo universo inteiro você tudo bem que é infinita mas você viaja sei lá na velocidade da luz ao quadrado passei

por tudo que existe está passeando quando você vê uma luz de uma estrela ela longe umas pedras vagando muita escuridão muito vazio imaginou agora imagine que você passeia também pela extensão absoluta do tempo você vaga por esse universo para sempre enquanto você existir falar nessa nave nesse lugar agora imagine que só existe em você no universo imaginou só você vagando pelo espaço infinito durante tanto tempo quando você tiver vivo com ninguém para conversar ninguém para te dizer absolutamente nada sobre por que aquelas pedras estão ali só existe em você esse lugar onde está você imagina

que é um lugar que está a humanidade por um instante tudo bem talvez exista outro cara perdido uma nave espacial longe tão perdido quando você né sem nenhuma talvez ele conheça melhor rota mas nem por isso muda então esse eu gostaria que você estivesse em mente esse lugar esse blocos tá agora um outro lugar que eu gostaria que vocês pensarem o seguinte agora focaliza o planeta terra imagina uma cena você vai fechando a câmara corre esta da áfrica certo dia um grupo de humanos vagando pela costa da áfrica um calor muito grande muito quente e

você andando esse grupo andando pela costa da áfrica agora imagine que tem nesse grupo uma criança chorando berrando estendendo a mão para cima tentando segurar a mão de uma menina que está do lado que ele não sabe quem é direito e que a menina segura a mão dessa criança meio por inércia e vai caminhando junto com essa criança enquanto ela vai caminhando ela pisar na cabeça de um velho que ela não percebe que está caído no chão caiu alguns minutos e essa menina foi a mão na areia para pegar alguma coisa que se mexe e

põe na boca ela não sabe o que é pra você que tá olhando a cena parece espécie de verme alguma coisa assim ela come do lado dela tem um homem mais velho que ela andando junto com grupo olhando pra cima olhando para os lados morrendo de medo achando que está escutando vozes que está escutando ruídos bichos de todos os lados também com fome com sede do lado dele tem uma mulher mais ou menos a idade dele com a barriga grande com um feto dentro dessa barriga que não se mexe mas ela sente dor ela cai

de joelhos no chão ela olha para cima e lá de cima tem uma espécie de criador cego olhando para ela com os olhos vermelhos ejetado de sangue e esse é o nosso patriarcas é deles que a gente defende é claro que estou escrevendo um universo dominado pela teoria darwinista se esse nosso patriarca verdadeiros do ponto de vista da teoria darwinista se eles estão sobrevivendo até agora se eles vagam pela costa da áfrica é porque eles são bem sucedidos e cada vez que você tem uma espécie acuada cada vez que você tem indivíduos de uma espécie

batalhando para sobreviver num universo no mundo que é extremamente agressivo nesse momento a teoria da seleção natural está operando no clímax dela o mecanismo neste momento está operando no clímax quanto mais o meio ambiente ele persegue quanto mais você sobrevive quanto mais você consegue reproduzir melhor você mas você está conseguindo melhor no sentido que está mais adaptado então eu queria que você tivesse em mente essas duas imagens essa luz uma fala da busca de companhia no universo uma fala da busca de sentido inverso agora imagine ao mesmo tempo a outra imagem imagine nós há 50

mil anos atrás vagando pela costa da áfrica pela savana qualquer lugar que a gente tivesse imagine um de nós porque há 50 mil anos mais ou menos entre igualzinho ao que é hoje imagine você no mundo onde você pode ser comido a qualquer momento o que isso significa significa que uma das experiências mais marcantes que a gente deve ter tido e que hoje até hoje está presente para nós é a experiência que a gente faz parte da cadeia alimentar a cultura é inteiramente construída em cima da possibilidade de que a gente não saiba disso não

lembro disso isso é sério o sbk desse livro eu falei pra vocês ele fala de uma coisa chamada mentira carácter ideológico a idéia dele é basicamente a seguinte ele se inspira aquino floyd e no atual ranking de repressão então ele fala e faz uma leitura dele lá ele diz assim olha a gente deve gastar energias psíquicas monstruosas pra gente conseguir viver a cada dia não sendo atormentado pela consciência que a gente tem de que a qualquer momento pode dar errado só que ele diz que isso daí deve operar no fundo do nosso psiquismo ea gente

deve ter um mecanismo para manter a estrutura funcionando para garantir que essa consciência não vêm à tona porque se essa consciência vier à tona a demanda de sobrevivência que você tem provavelmente você não vai conseguir fazer frente a essa demanda de sobrevivência você vai ficar paralisado diante desse pânico então se você volta para aquela imagem que eu falei lá na áfrica e pensa nos nossos patriarcas a idéia é a seguinte esse pânico deve estar embutido na nossa experiência de adaptação grosso modo é o seguinte quem conseguiu 20 melhor sobreviveu quem ficou paralisado diante inexorável terror

da existência não conseguiu reproduzir vocês sabem que na teoria darwinista basicamente o seguinte se você não reproduz você não se adaptou é claro que eu normalmente quando a gente discute isso alguém levanta muitos assim eu não tive filho significa que não está adaptado não é assim danilo fala da espécie a idéia é basicamente o seguinte 70% da população resolvesse não ter filho a espécie não estava adaptada mas como a maioria tem alguns podem ter o luxo de dizer eu vou ter porque a maioria tem mas a idéia é a seguinte se você não consegue chegar

se você não consegue chegar à idade da reprodução você não consegue garantir a permanência do seu material genético para frente então assim o becker vai dizer o seguinte apesar de que sem dúvida aqueles que sobreviveram foram aqueles que conseguiram esquecer que o principal afeto do ser humano deve ser o medo porque nós somos um animal a gente não fabrica veneno a gente não consegue voar a gente não consegue mordeu um bicho com os dentes se você tentar mover se vai ver que não consegue você tem um tamanho desengonçado você não enxerga direito não ouve bem

ou seja tudo que você tenha pensar pensar o seu grande barato compreender o mundo tirar conclusões e é justamente essas conclusões ea capacidade que você tem de observar o meio ambiente e perceber causa e efeito é justamente esse movimento que leva você a consciência que se transforma no pânico você consegue enxergar lá na frente você não vai dar certo é esse o pânico e é claro que a gente sabe disso a gente vive bem você tomar vinho você passeia você viaja se faz amor você briga não pára de repente diz assim e eu sou mortal

logo hoje não vou dar risada normalmente não faz isso quando você começa a fazer isso é porque de alguma forma e aí vem toda essa experiência da melancolia depressão é porque de alguma forma estrutura desse pânico embutido na sua experiência adaptativa vem à tona e afoga e estão mais ou menos como se eu tivesse dizendo o seguinte esse animal amedrontado assustado que está dentro de nós é como se o ser humano tivesse uma experiência única entre todas as espécies que nenhuma outra tem a gente carrega um predador dentro de nós mesmos quando e se o

empregador é um animal que tem mais consciência do que devia só que é um animal e justamente porque têm mais consciência que devia e ele conseguiu se adaptar porque esse é o grande instrumento de sobrevivência dele só que esse grande instrumento de sobrevivência dele é ao mesmo tempo um instrumento que corrói ele como diria o beque na linguagem psicanalítica inconscientemente então se correr o bicho pega se ficar o bicho come o resultado é toda essa experiência animal de pânico e terror cai sobre repressão e aí você consegue viver razoavelmente bem a vida negociando internamente profundo

ponto de vista das energias psíquicas você consegue negociando internamente com esse pânico que você vai tendo consciência mais finas e nasce pequeno você não entende nada do que está acontecendo aqui você vai aprender uma série de coisas e com o passar do tempo você vai percebendo que as questões essenciais você continua não sabendo direito está acontecendo então nesse processo a gente pode desenvolver a seguinte ideia se é possível falar de algum tipo de cura isso daí como pode haver cura para isso existe cura para a consciência não é atoa que grande parte da nossa experiência

humana é negociar com formas de não ter consciência disso e aí nesse sentido a gente pensa na época hoje especificamente quando a gente pensa numa cultura que é inteiramente dominada pela negação da morte como falo becker no livro uma cultura que apostou na idéia de que nós vamos viver para sempre vamos esquecer disso vamos ser cada vez mais felizes o retorno do recalcado cada vez mais violento quanto mais obcecado você é pelo sucesso quanto mais deprimido você fica quanto maior você tenta negar aquela experiência do fracasso fisiológico como a gente pode dizer mas você precisa

de energia mas você mas você se desgasta psiquicamente para negar isso o resultado é o seguinte o ser humano tem que fugir de si mesmo assim como um lobo e vá pra lua mesmo mesmo que você não pensa em fugir de você mesmo é um automatismo da fuga o tempo inteiro você tem que escapar diz o problema é que a vida eo mundo parece que foi só de falar isso mal estar na civilização é parece que a criação não leva em conta a felicidade humana parece que o mundo foi montado determinada forma para lembrar pra

você o tempo inteiro com esse esquema de fuga não vai dar certo duas situações que eu gostaria de desenvolver com vocês é o seguinte com seria uma consciência possível verdadeira diante de uma coisa como essa aí o beque ele vai dialogar com o filósofo conhecido chamado tag gás e ele vai dizer o seguinte essa é uma metáfora que muitos filósofos utilizaram século 17 para cá a verdadeira condição do ser humano é a condição de um náufrago você só cresce e só virá gente no sentido mais profundo você toma consciência de que você já perdeu você

está perdido enquanto você não tem essa consciência você não está de fato no mundo essa idéia eo náufrago significa isso ele não tá morto é claro mas ele percebe que a ele está jogado no mundo ele não sabe direito que mundo é esse a ilha na qual ele tá né ele não sabe ele sabe que um desastre jogou ele lá ele não tem muito como sair dessa situação mas quanto mais ele tentar negar que ele é fruto de naufrágio que é o que esse naufrágio em um teatro e filósofo do século 21 local e as

peças né é muito muito próximo da filosofia existencial que o psiquiatra né que ele costumava dizer o seguinte quando é que você pode começar a falar de cura a idéia é desenvolver com vocês um pouco não só ficar falando o tempo inteiro público né deu errado vai dar razão ao inferno coisa assim mas pensar como é que você enfrentar esse tipo de coisa se fala numa no processo terapêutico só você só começa a sair do buraco e aí é uma expressão do próprio aspas quando você percebe que a existência eo naufrágio enquanto você não percebe

isso você não tomou consciência ainda de que você é e o que é esse naufrágio o naufrágio é uma profunda experiência de gozo de estar vivo porque existe gozo está vivo a maioria das pessoas que dão software existe um gozo estar vivo mas esse gozo ele vai sendo o tempo inteiro medido pelo ditado destruído ele vai sendo enfrentado o tempo inteiro por experiências de frustração na experiência do mundo ao seu redor que quanto mais você tenta dizer que elas não existem mais você precisa ser um de negador de estudar bem aquela idéia de nylon que

falam os americanos mas você tem que ter uma experiência de denegação disso e aí quando vi afp fala a cura começa quando a experiência do naufrágio se instala enquanto você não percebeu a experiência do naufrágio a cura não começou ou seja nós nunca vamos deixar de ter medo não dá pra não ter medo o medo não é só um objeto tudo bem quando a gente vivia há 100 mil anos atrás a gente era comido por vários bichos hoje em dia a gente passa a vida inteira provavelmente sem a experiência de cadeia alimentar de estar num

lugar na cadeia alimentar a gente só tem experiência essa experiência quando a gente já morreu aí a gente volta pra cadeia alimentar mas quando se está vivo é raro alguém que tenha no seu zoológico azarado um passeio ao zoológico azarado é muito difícil você tem um filho com medo por um tigre é muito difícil você ver um tigre comendo alguém jogada arrancando um pedaço do braço enquanto o resto fica parado ele esperança que não tem essa experiência graças a deus mas o medo não é só medo de objeto essa idéia que eu queria uma das

idéias que eu queria ficar marcado pra vocês hoje o medo é uma forma da consciência essa idéia desenvolvida no livro é uma forma da consciência porque é uma forma da consciência é uma forma de você ser consciente é uma forma de se relacionar com o meio ambiente só um louco não tem medo uma pessoa normal tem medo porque porque você sabe apesar de que hoje a gente está mobilizado provavelmente ninguém vai pular aqui na mesa e tentar um jantar um de nós vai acontecer então a gente está num ambiente civilizado mas há sim a possibilidade

e o caráter inexorável de que existem coisas das quais se sentem medo aparece o tempo inteiro então a gente não se livra do medo o que a gente aprende a lidar com ele e talvez a gente sabe aquela idéia talvez a coragem não é uma coisa existe onde não existe medo a coragem é uma coisa que existe ao lado do medo senão não existe coragem tem um filme que fala de coragem talvez alguns de vocês já têm visto aqui é um filme sobre a segunda guerra mundial e um alemão chamado sam peckinpah é um filme

chamado como será o nome desse cruz de ferro no antigo e eu me vem à memória uma cena de ciúme porque dá para descrever imageticamente claramente o que estou dizendo é um personagem no filme que é um sujeito que vem de uma linhagem rica nobre na segunda guerra e que ele quer muito ganhar cruz de ferro então ele pede para ser transferido pra frente russa onde tem muita cruz de ferro porque os alemães e levando ao palco na frente ulsan só que é um cara medroso ele fica atrás dentro do assunto com generais mandando os

caras irem pra frente só que ele quer a cruz de ferro então ele fica estressado o tempo inteiro pra inventar fingir alguma situação de pareça que ele é corajoso na verdade não é enquanto tem um personagem lá que é um cabo que na realidade ganha um montículo de ferro que normalmente faz o que todo mundo faz quando é corajoso joga tudo na gaveta não anda com ela no peito joga na gaveta isso é bem a imagem do ano né então assim no final do filme quando os russos invadiu o acampamento alemão o coronel que já

está de saco cheio daquele capitãozinho covarde pega o cara pela gola na hora que chega está chegando o exército russo ele pega o capitão zinho joga na frente um soldado russo dos soldados russos e fala é aí que nasce a cruz de ferro né quer dizer se ele não consegue se não conseguir controlar o terror que ele tem com razão o problema até medo de ter medo é um fato inexorável né ainda mais quando você alemão na segunda guerra diante do exército russo você tem que ter medo mesmo mas o problema não é ter medo

o problema você conseguir ter medo de encarar o russo no olho é você conseguir caminhar diante de uma situação continuar de pé andando pela savana africana sabendo que o universo não foi feito para ser o seu percurso que você está aqui na realidade tentando sobreviver a qualquer custo então essa idéia do naufrágio que o beque fala num livro em diálogo técnicas e e às vezes tudo mais é uma ideia muito forte porque é uma idéia que diz o seguinte ó o naufrágio é contrário a mentira é contrário à mentira apesar de que a mentira a

mentira não é alguma coisa que você inventa tá a idéia é a seguinte você acorda de manhã um dia diz assim hoje eu vou mentir a mentira está ela está embutida na sua experiência de sucesso adaptativo por isso o jogo interessante a mentira carácter o lógica sustenta a sua vida só que ao longo do tempo como todos os instrumentos repressivos repressivo repressor fracassa e à medida que ele vai ficar caçando você vai ter no braço essa consciência de fundo a consciência de fundo essa consciência de um animal acuado o tempo inteiro que sabe que o

mundo não é pra ele então nesse jogo a vida vai se dando aí o beque para desenvolver uma idéia em diálogo um psicanalista discípulo do frontman do alto ranking ela vai dizer o seguinte é por isso que na realidade a gente admira os heróis porque no fundo as pessoas sonham em ser herói e como é que você sonha em ser herói é quando em cada minuto da sua vida você tem a impressão de que com outro fracassaria e você ali no fracasso e tem uma coisa que é como diria nelson rodrigues batata né uma coisa

que é batata é assim por mais mentiroso que a gente seja todo mundo sabe reconhecer alguém que está tendo coragem você pode nem dizer para a pessoa pra não deixar ela com o ego desse tamanho oprah não deixar você com o ego desse tamanho que é normalmente a empresa o que é mais importante você pode reconhecer mas todo mundo no fundo do coração sabe quando está diante de alguém corajoso e esse alguém é corajoso é a gente está falando aqui de enfrentar leões o exército os russos a gente está falando às vezes simplesmente de como

sobreviver a uma pressão no emprego por exemplo por exemplo sabe esse pequeno heroísmo cotidiano e tem uma coisa mais característica ainda da experiência do heroísmo dia seguinte a experiência fundamental do heroísmo ela não pede platéia o herói que quer ser herói para que as pessoas saibam que ele é herói na realidade não é um herói ele é um narcisista o que caracteriza a clínica falando não é eu não tô falando aquele mito mas só aquele mito lado o cara que se apaixona por si mesmo e morre é aquele que tem um ego tão fraco tão

fraco fraco fraco que depende do olhar do outro o tempo todo o medo o medo aí tá em que você não seja visto tempo todo molhado com mais você depende desse tipo de experiência mais você tá jogado na desestrutura de uma experiência física e bom a gente vê claramente uma estrutura de cultura bastante da silva que tem que ser visto o tempo todo então e smos ele não a gente possa pensar só na cruz de ferro esse egoísmo ele pode aparecer na capacidade que você tem de viver sem e sem precisar que a cada momento

da sua vida tem alguém que diga pra você muito bem você conseguiu você consiga passar de um dia para o outro sem ter que tem alguém das no seu lado dizendo você fez a coisa certa porque às vezes mais difícil justamente você sabe que está fazendo a coisa certa então assim o que fazer a coisa certa vai dar algum lucro pra você normalmente nem sempre dá outra coisa é saber uma experiência de você conseguir sobreviver seus próprios a certos uma das coisas que caracteriza a experiência humana é uma espécie de afeto desordenado com a palavra

certa significa isso né uma certa desordem da alma da palavra patos que todo mundo conhece que tem paixão às endoenças assim a gente tem uma alma que ela é muito desordenada e se ela for muito ordenado significa que você não está bem então um certo grau de desordem é necessário o problema é que você não sabe qual é o grau necessário porque se você passar a vida tentando estabelecer o grau de desordem que faz bem você necessariamente já não estará bem e isso é um pouco o que caracteriza certas hoje em dia é muito comum

e inclusive em um universo de recursos humanos você por exemplo tentar produzir a paixão certa aquela paixão que tem selar 3.7 densidade não pode e nem tem 3.8 que se tiver que tirar você do foco você tem que ter a paixão certa para ração certa todo mundo sabe que paixão significa exatamente o que você não faz a coisa certa e você faz a coisa certa muitas vezes não porque você soube fazer a coisa certa mas simplesmente porque você fez então esse herói aí que o o que fala e usb que retoma no livro que é

um pouco essa experiência é aquele ideal que nós todos almejamos e quando você percebe alguém sendo o seu inveja enorme porque no fundo no fundo que isso tudo significa que ser herói não é racional essa é a questão talvez mais aguda desse problema todo imagine a seguinte situação imagine que você vive na ocupação alemã segunda guerra mundial imagine que você está em qualquer cidade europeia que foi ocupada hoje eu tô com guerra na cabeça mas é o tema assim imagine que você vive na ocupação alemã agora imagine que você é uma família da população local

que não tem nada a ver com judeus homossexuais ciganos a daquelas coisas que os nazistas achava que estava abaixo dos cachorros porque os nazistas tinham sensibilidade por exemplo existiam várias organizações a favor dos direitos dos animais mas eles achavam que animal cachorro a pessoa judeus ciganos homossexuais não era essa a diferença agora imagine que você não tem nada que ver com esse tipo de gente vivendo sua vida agora que a sua mãe ou seu pai desde que você é uma criança adolescente a sua mãe ou seu pai e sua mulher seu marido resolve esconder a

sua casa um grupo desse tipo pedindo que se falar em voz alta esse é o tipo da questão que nunca se fala em voz alta quando você toca em questões muito essenciais sobre o medo é melhor você ficar lá e pensar com você mesmo e na realidade é um dos grandes problemas o medo é que uma das características do medo que está instalado em você e de você você não pode fugir quanto mais vai pra fracassando a estrutura de mentira mas você vai percebendo que está dentro de você então voltamos para a nossa situação a

gente já passou pelo universo vazio pela costa da áfrica agora imagina num lugar mais legal paris 1942 superchique certo agora imagine que seu pai ou sua mãe seu marido sua mulher resolveu esconder uma família dessa na sua casa café da manhã você tomando café da manhã aquela família com você você não tem nenhuma relação com ela você sabendo que a qualquer momento a sua família pode rodar e pode dançar porque alguém na tua casa tem uma idéia idiota e colocar na sua casa gente que você não tem nada a ver simplesmente porque se essa figura

na sua família meteu na cabeça que ela tinha de salvar esses caras não consegue encontrar razão nenhuma tudo bem o bem da humanidade mas que a humanidade à humanidade aquela palavra que descreve uma coisa que todo mundo fala e ninguém nunca sabe o que é porque você sabe quem é seu vizinho sabe que é seu filho sua mulher seu marido seu professor seu inimigo que é seu chefe mas não sabe que a humanidade à humanidade uma coisa que você vê no momento com alguém da grande escrever um monte de gente você o que você conhece

você conhece seres humanos sabe aquilo que o diabo em certa feita disse alguém estava falando com ele sobre um judeu judeus de woddy allen levantou muita juntou-se está falando do meu tio isaac ou do meu avô abraão essa idéia abstrata agora pensa no concreto então você falar com um grupo de pessoas problemáticas na sua família imagina que a tua mãe ou seu pai em e tenho na cabeça que aquele povo dele você talvez em algum momento começasse a pensar assim pô minha mãe não me ama risco que a mim e às vezes você tem coragem

não é necessariamente racional nacional leia-se racional do ponto de vista entendendo a razão como uma estrutura mental que garante a sobrevivência organiza a vida em comum e como diriam os utilitarista reduz a margem de mal está e amplia a margem de bem estar acredito que você deve ampliar e multiplicar os instrumentos de bem estar e reduzir os instrumentos mal está agora imagine você numa situação como essa racional razão naquela coisa que você abrir um dicionário de filosofia tem 150 definições mas essa definição de razão é uma definição muito forte no nosso mundo o darwinismo fala

no sentido ancestral utilitarismo fala do final do século 18 para cá mas elas se encontram assim avassaladora o racional seria ela simplesmente colaborar com a ocupação nazista pelo menos não entregando pessoas mas simplesmente que a conversa é aí que a conversa complica quando a gente percebe que às vezes apesar de que a gente cultua a idéia do herói a idéia da coragem você não pode associar necessariamente a coragem e enfrentamento do medo a você se dá bem graças a deus graças a espécie sei lá existem seres humanos que conseguem além do medo graças a deus

existem pessoas que conseguem mesmo diante de todas as razões para voltar atrás elas conseguem enfrentar aquilo que a maioria não consegue enfrentar mas talvez essas pessoas paguem um preço muito caro inclusive isso que estava contando pra vocês foi objeto de um livro algum tempo atrás na europa que era um livro que pesquisava exatamente os filhos de pais assim e esses filhos falava exatamente o que estava dizendo para vocês eles falavam que quando eles eram pequenos adolescente estava vendo a situação eles não conseguiam entender por que que a mãe fazia porque o pai fazer aquilo não

tinha motivo eles não conheciam as pessoas não tinham nada que ver com outras pessoas ele só queria ir para a escola voltar jantar dormir e eles tinham que ficar escondendo aquelas pessoas de casa e aí eu lembro bem de uma filha que falava sobre o pai e ela dizia que quando ela cresceu a pergunta pro pai depois que acabou a guerra a pergunta pro pai porque ele fez aquilo com a família porque eles pois a família aquele tipo de sofrimento e o pai respondeu pra ela eu simplesmente não podia fazer de outro jeito ele não

deu pra ela uma razão o valor no sentido de uma definição do que deve fazer ele disse que ele simplesmente não conseguia fazer do jeito ele não conseguia deixar de esconder gente que ele sabia que não merecia o que estava recebendo mas que ele tinha uma chance de esconder essa pessoa assim resumindo a ópera essa história toda é esse medo da morte e se sabe talvez uma das definições mais duras do ser humano seja nós temos medo porque nós somos um cérebro amarrado que se desloca pelo mundo em cima dele cérebro que enxerga e faz

poesia mas que ao mesmo tempo tratado ao tubo digestivo você é uma espécie de deus amarrado a um corpo que a experiência de matriz é um dos textos centrais da tradição ocidental que é o banquete sabe do que estou falando quando o plantão vai definir amor do banquete como ele define o euros a definição eros é um semideus uma figura mítica que tem uma mãe chamada pn a que significa carência falta por isso quando você faz um exame de sangue glóbulos brancos são baixas estavam leucopenia atacar faltando e o pai dele um deus que significa

abundância dizer o seguinte o sócrates é o seguinte não é uma experiência vivida nem unicamente por um mortal porque porque o mortal é representado no mito simplesmente como aquele que é falta falta nele falta tudo esperança futuro em mortalidade ele é tão importante que a vida dele depende o frango frango você pode criar pontes aviões acaba com você acaba colocando darwin platão para conversar com a conversa visita mas tudo bem assim tudo bem o portal ea gente sabe que na grécia era significava exatamente dynamos força energia movimento se você é só divino porque você repousa

não senti nada não tem medo não vai morrer não entre em pânico não sabe no fundo do seu coração que quanto mais você vive mais você se perde por que essa experiência cada momento que passa cada experiência que você tem você vai se perdendo e não tem outra solução é só isso a outra solução se perder logo que não é uma boa solução é você continuar vivendo então assim a a idéia é a seguinte a idéia da conversa que eu estou tendo com vocês hoje aqui a idéia do modo como um todo é a covardia

talvez não seja uma boa abordagem do medo apesar de que talvez você possa ser como você possa dizer como covarde e muito bem a vida inteira só tome cuidado para ninguém perceber isso porque as pessoas não gostam de covardes uma razão muito simples somos todos covardes então quando você percebe que alguém de fato você ou qualquer outra pessoa de fato consegue estou falando de novo de uma cruz de ferro pequenos detalhes como diz a tradição judaica deus pode estar no detalhe estava dizendo a conversa longa de platão não fala é um semideus híbrida entre um

deus o amor tal e é só assim que existe o amor eros é porque porque o que caracteriza essa figura híbrida é ao mesmo tempo que ela tem experiência a avassaladora da falta do fracasso da carência do medo ao mesmo tempo dentro da chave do botão né ela pressente a existência de presente ela não sabe mas ela suspeita e é justamente porque ela está tensionada entre esses dois extremos essa tensão que é o eros é exatamente essa atenção é por isso que o plantão vai dizer que o ser humano é um ser que está tensionado

entre dois pólos opostos você não é é claro que a gente sabe que o platão se move num universo de alma imortal né então assim você está sem intencionado entre uma experiência de radical falta radical esmagamento e ao mesmo tempo uma vocação natural para buscar algo que você não sabe direito o que é mas você presente que esse algo é pleno poderoso que a gente chama de deus ou deuses essa ideia é claro que não existe mas você é um ateu básico moderno pós moderno tal você não precisa necessariamente jogar fora o plantão enquanto button

a platão né e como eu sempre falo para meus alunos de graduação nunca falei mal de platão nunca falei mal de uma aluna de graduação e nunca falei mal de placa porque empatar o clássico nunca tá errado você pode estar errado nunca pode ter certeza nunca se não a gente não lia esse cara a 2 mil e tantos anos e não encontrava nele coisa sabe sabe um clássico né um clássico é aquele que quando você lê ele na verdade ele e você você entra nele de um jeito e sair de outro assim ainda que você

não acredita na história imortal essa ideia mas encostado na discussão da ministra do beque que na realidade passou a vida inteira dele sendo ateu e no final da vida no final da vida num dado momento da vida dele ele tem uma conversão e volta a praticar a religião deles era judaica ele diz assim mas não foi o medo da morte que é a grande tese dele né que levou a ele a deus ele disse que o que levou ele a deus foi o seu primeiro filho dele ele perguntou de onde apareceu isso tudo bem e

saiu da barriga da minha mulher mas como que apareceu esse negócio que respira se mexe e vai crescer vai ficar igual a mim né e vai ter todas as experiências que desapareceu de repente da pedra porque de certa forma de certa forma se você pensar que a gente é feito de pedra e poeira que nós somos nós somos uma poeira que um dia abrir os olhos e começou a olhar ao seu redor aí pegou a nave espacial e foi passear pelo universo mas é só poeira andando pelo universo vazio olhando para si mesmo né então

se você quiser ficar desse lado ainda assim a experiência de que o ser humano aí nessa estrutura você coloca um cérebro no lugar desse órgão insaciável que fica buscando sentido o tempo inteiro ele busca sentido o tempo inteiro ele quer entender as coisas né ele se pergunta como as coisas são hoje essa discussão chegou no mundo empresarial já chegou a nos modos mais concretos de existência no seguinte sentido o ser humano tem cérebro o que nós vamos fazer com isso não dá só para usar para simpático não dá pra usar só a ação estratégica instrumental

de sobrevivência você mantém cérebro é esse cérebro é caracterizado por ser um órgão que às vezes produz coisas inúteis e parece que é utilidade faz parte da saúde mental e às vezes quando você está num mundo muito obcecado pela saúde a última esperança é uma forma de doença mesmo só é que alguém dê prima perto de você e você olhe e diga afinal de contas para onde estou indo então assim mesmo que você fique do lado do bec e eu vou indo em direção ao fechamento pra gente começa um pouco essa imagem fica com essa

imagem um cérebro engatado um corpo e o corpo é uma das experiências mais avassaladoras de transcendência que existe o ser humano animal da transcendência que significa essa palavra transcendência filosofia das palavras 34 palavras que quando o aluno entra na filosofia mas tem problema e têm medo de errar na prova o que é transcendência mas tudo bem transcendência uma definição básica seguinte é o que está fora do tempo do espaço ou seja o outro radical da condição humana deus é um super conceito para isso daí um processo de transcender se é um processo em que você

se transforma em outro ou você vai indo em direção a algo que é totalmente outro como alguns filósofos valor então assim o seu corpo a experiência de transcendência avassaladora em uma transferência que você tem medo porque porque não existe nada melhor do mundo para dizer que você não manda na sua vida do que o seu corpo com o passar do tempo você vai ter uma experiência de que você não manda no seu corpo ele vai criando vida uma vida que você não gosta ele vai fazendo coisas que você não gosta ele vai emitir nas cidades

que rompe com seus acordos com o cotidiano ele vai dizendo para você agora o seu cotidiano é meu e essa experiência é uma experiência de transcendência impressão nada que é o que a gente mais tem medo de nada porque você vai se perdendo e quando você vai passando uma outra experiência de transcendência e com essa idéia é que eu vou amarrar a nossa conversa hoje um pouco inspirada no outro filósofo chamada sou chamado soren kierkegaard né grande existencialista é essa idéia de que não tem escolha você não tem como escapar do medo angústia o medo

e angústia é ancestral não é uma invenção da sociedade de consumo a culpa não é do capitalista pode ter raiva deles você tiver raiva mas a culpa não é dele a culpa não é do governo apesar de o governo ter uma série de culpa não é do governo a culpa não é do seu pai você pode até ter razão de vez em quando para ficar bravo com seu pai mas a culpa não é dele ele está no mesmo barco que você e o barco afunda é uma questão de tempo a culpa não é da sua

mãe apesar de que sua mãe pode ter feito um monte de coisa errada mas a culpa não era só a culpa tão pouco é da sua filha que atormenta você nem era o seu filho eles podem ter uma série de curvas não fazer nada que você pede que você tem que ficar ouvindo aquilo sabendo onde vai dar mas você tem que fingir que não sabe o moleque crescer mas a culpa não é dele porque você me fez assim 23 só que com a cabeça super cabeça mas é claro se você parar 23 com a cabeça

de 51 problema o problema disso a imagem ideal de qualquer jeito o que tem gás para nós é que essa experiência de angústia o medo é ela é uma imagem que é de um escritor francês que é muito boa é o seguinte o medo angústia de pó que você não vê ele mas ele ele vai caindo sobre você cai ele vai entrar nos seus olhos na sua boca no seu ouvido você vai sentindo o atrito mas enxerga direito você começa a se mexer porque você sente que tem alguma coisa caindo sobre você e você acha

que tem que se mexer muito pra afastar aquilo você se mexe de um lado para o outro mas me parece que a verdadeira relação com esse medo o medo não é uma coisa que acontece com você alguma coisa que entra por uma brecha da sua alma ele sempre esteve ali ele na realidade é parte da sua alma porque a alma tem medo porque ela sabe mais o que deve mas ela nunca vai conseguir saber tudo o que precisa obrigado vamos às perguntas ea gente conversa mas acho que sim você pode fazer seu microfone desejo se

você concorda com isso e não é esse horror só não é mais tenso rua também da de se aproximar da realização de um desejo então eu a primeira idéia que me vem para responder você não é com fraude mas sim um shopping na rua né era um cara que poderia influenciar muito freud se tivesse livro que leu escondido é um pouco disse que ele ia escondido foi demitido ele a unitins o rabo escondido nas famosas reuniões depois das reuniões de quarta feira mas tudo bem eu lembrei do shopping pelo seguinte porque ele diz mais ou

menos o seguinte a vontade de vontade pode centrar uma discussão técnica filosófica sobre vontade desejo a vontade ou desejo tem duas formas de humilhar você a primeira é nunca deixando você chegar naquilo que você quer a segunda deixando você chegar naquilo que você quer assim então não há dúvida que o desejo nesse sentido concordo com você fala não há dúvida que deseja um problema é interessante porque talvez a nossa cultura contemporânea seja a primeira experiência avassaladora onde a gente confia no desejo se você rastrear filosofia o rastrear os grandes temas religiosos mais ou menos assim

um assado sempre houve dúvidas com relação ao desejo porque o desejo de cavalo selvagem que você não consegue controlar assim a segunda parte da pergunta dia seguinte eu não acho que o que cria o desejo eu acho que assim o o medo é uma estrutura e ele faz parte de uma estrutura muito essencial do animal humano que é a própria construção da consciência humana à medida que você vai percebendo onde você tá você vai ter medo então o medo é praticamente fisiológico a besta e nós tem medo a alma e nós quando transcende a matéria

da besta tem mais medo então assim o desejo isso daí é eu acho que pode ser um instrumento se sem dúvida onde vai produzir uma série de experiências de fracasso que pode fazer com que a gente fiquei com muito medo e por outro lado e aí eu acho que é uma questão bem comum da nossa discussão contemporânea é que nós fomos educados para ter medo do desejo eu penso o seguinte desejo o desejo alguma coisa precisa ter medo basta lembrar da madame bovary como figura mítica assim a então é por isso que eu acho que

essa discussão é menos útil porque ea o que está na base de uma reflexão sobre medo ancestral que é o que abre o módulo é tomar consciência o medo não é uma invenção moderna a gente não tem medo porque hoje em dia é perigoso na rua é claro que é perigoso na rua mas têm medo porque simplesmente a gente é inteligente então a gente tem medo só que ao mesmo tempo por alguma razão a gente sonha como não ter medo que a gente admira que não tem medo não é fácil inevitavelmente se fala de deus

deseja lembra nelson rodrigues a seu desejo olha só conto resumindo bem você tem uma história que é a seguinte uma mulher viúva tem um filho de 12 anos que é amante de um cara casado e aí ela é muito apaixonada por esse cara casado e ela morre de medo que o filho saiba que ela é viúva e é amante de um cara casado ela esconde do filho das vizinhas de todo mundo o que acontece é ela a maior culpa que ela sente é porque ela sabe no fundo do coração dela que ela muito mais esse

cara do que ela jamais chamou o pai do filho ela tem vergonha do filho também por causa disso e aí um dia ela está muito ansiosa isso chega a um ponto tal de desespero começa a falar como aldo não me engano ele inventa os nomes ele pega nomes assim que são bem típicos né produz os nomes assim na obra do nelson rodrigues a gente percebe que ele quer às vezes eu acho que é mal compreendido nelson rodrigues e não está brincando com a transgressão ele pega nomes que são muito comuns muitos brasileiros assim como aldo

banais conhecidos da silva quase porque ele quer pegar um concreto e mostrar como ser humano funciona no coração dele então o romualdo começa a achar que ela tá querendo que separa da mulher dele e ele já disse várias vezes não larga a mulher quando ela começa a chorar no quarto do hotel entrou em pânico e diz não quero mais você vai embora e aí ela entre em pânico desespera e chora é justamente nesse dia ela volta para casa e o filho dela cortou o dedo jogando bola ea vizinha teve que levar no pronto socorro não

foi nada mas ela diz a isabel em choro chora chora chora popular série de coisas de repente mudar a ordem mas é basicamente isso que acontece ela não vê mais o cara não quer mais saber dela chega a ligar pra ele não quer saber dela pela cabeça dele ela quer que ela que larga a mulher dele e aí ela começa a deprimir não consegue trabalhar o filho que sabia da história e ela não sabia que ele sabia começa a ficar preocupado com a mãe e aí um dia ele pergunta para a mãe diz assim mãe

que a gente faça um desejo de alguém que está prestes a morrer a mãe responde a gente realiza o desejo de um morto tem que ser realizado aí vai segue o ex amante da mãe encontra em um ponto de ônibus chega para ele e diz assim o que a gente faz por um desejo de há um desejo de um uma pessoa que está prestes a morrer ele disse que realiza ele vira pro promove diz eu quero que você volte pra minha mãe se joga embaixo do ônibus que eles voltam a viver juntos quer dizer será

mantida mesmo depois que a paixão acabou que não suporta mais o outro que ele quer ficar só com a mulher dele e ela quer ficar sozinha os dois nunca consegue separar porque precisava respeitar o desejo de um morto então assim eu acho que a obra do nelson rodrigues e lembrei dele falou do desejo eu acho que é uma das melhores obras que existe pra gente navegar nessa relação entre medo desejo estou procurando você tá pra mim ficou subentendido perder físico né de perder vitalidade perder vidas em mas a experiência lá no nos transforma num qualidade

com isso o ganho é sem dúvida eu acho que essa experiência o ganho é da ordem da experiência do amor da ordem da experiência da ordem é buscar a virtude a idéia de que sabe quando alguém morre o uso essa pessoa apesar de que morreu ela parece que fica pairando sobre as pessoas não é todo existem heróis é claro que sim o que eu tentava dizer o seguinte que a gente discutiu o medo de forma bruta e ao mesmo tempo sofisticada filosoficamente olhar no olho ela vai tornando de alguma forma esse modo de se perder

fisicamente sutil sofisticado mas é muito difícil eu acho que numa sociedade que a gente vive em que você é jovem você não é a idéia de experiência ela acaba se perdendo na idéia de experiência com mais eu consigo experimentar um jovem mim é claro que a experiência às vezes a experiência faz a diferença entre uma coisa e outra a gente sabe do nosso cotidiano quando a gente está diante de uma pessoa que procura sobreviver com um mínimo de dignidade isso é uma coisa que está no corredor de casa na escola no trabalho às vezes há

a capacidade de perceber essas coisas podem salvar vidas sem enxergar esse tipo de coisa se cruzar com uma pessoa que tem uma vista de comando então acho que conta muito mas o que eu achava que você entendeu certo eu estava querendo dizer é que a experiência de perder se fisicamente é muito avassaladora e de certa forma é esse modo de envelhecer sabe um pouco como você descreve a esse modo de envelhecer sábio é um modo que eles se bate justamente com essa experiência esmagadora do envelhecimento quanto mais você consegue resistir a ela e estou falando

fisicamente só quanto mais você consegue resistir a essa experiência é não sendo muito afetivamente infantil não sendo muito estúpido achando que você vai ganhar a batalha porque tem um tem um romance memória agora o romance do escritor inglês escreveu no coração das trevas que virou apocalypse now aquele filme com marrugo brandon tem um momento que ele está descrevendo uma situação de morte que quase passou ele diz assim não se enganem a morte se dá no ambiente cinzento não é preto nem branco não tem nada em cima e embaixo nem de um lado nem do outro

não existe nenhuma glória ela não tem pressa de ver se você porque ela sabe que o tempo está do lado dela assim é essa experiência que o ministro como experiências extra de medo ea capacidade você construir uma experiência que você faz referência ela se dá exatamente aí é aí que nasce a cruz de ferro nesse tipo de experiência o lado direito manipulou as perguntas é isso estão em silêncio aqui aqui eu não virei pra cá eu tô vendo ninguém diga oi regiões hoje em dia bem chique por exemplo ser modista bola vou lembrar acho que

o conselho é do budismo que diz que o medo advém da ignorância ao mesmo tempo a gente tem visto que quanto mais a gente vai tendo conhecimento de determinados assuntos por exemplo um módulo que teve aqui sobre aquecimento global mas a gente fica com medo das consequências é que as coisas podem ter no mundo e que muitas pessoas que ignoram isso não tem medo disso porque simplesmente elas ignoram que você falasse um pouco sobre sobre essa questão quer dizer é que tipo de ignorância é essa aqui que traz o medo o medo do desconhecido mas

até que ponto também quanto mais você conhece as coisas mas você percebe como elas podem ser perigosas como elas podem ser complexas e como elas acabam trazendo mais medo também é essa pergunta exatamente ao encontro do que estava desenvolvendo com relação ao beckham é assim quando eu falava que o budismo religião chique né eu lembro disso é eu me referia aquela idéia de que se você é convidado no jantar elegante gente culta e tal se você falar que atender costal de repente vão olhar para você como sbt costal né se você fala que é católico

todo mundo vai silenciar o gene não passou ainda pelo processo natural descobrir que a igreja católica é uma das grandes mas da história essa idéia e budismo não vou dizer uma coisa que você pode dizer eu sou budista e todo mundo continua a ter um amigo mas é claro que isso não tem nada a ver com bud uma super tradição religiosa é um comentário só engraçado mas que têm a ver um pouco com essa sociologia do bananal na rohde nesse sentido ele vai ao encontro da posição do sócrates também nessa idéia de que a gente

só faz o mal a gente só tem medo quando a gente ignorante então a idéia de que na realidade o conhecimento produzido você é uma espécie de tranquilidade essa idéia eu entendo de religião budista fundo né então assim não posso dissertar sobre ela mas assim com certeza essas tradições religiosas profundas isso é uma das coisas que eu acho que é uma grande pena da educação dos últimos bom seguramente russo para cá começou a acontecer isso é essa idéia que a gente tem de quê se você é religioso da tradição religiosa é medroso você é um

crianção você ali na criação segundo freud na letra foi dita você é um alienado segundo marxismo e covarde segundo o dnit as grandes tradições religiosas têm muita sabedoria muitas de fato inclusive sabedoria antropológica para falar o seguinte também na filosofia se você pega os estóicos grega a idéia de que a sabedoria é você é um estado em espécie de a papéis que é um pouco parecido com a coisa vem né não no sentido da meditação no sentido de que você sabe consegue manter um distanciamento porque no fundo você sabe que a existência da submetida ao

logos e esse logos consome não adianta não quer ser consumido ea experiência válida da vida é exatamente você ter consciência enquanto vai sendo consumido e não fugir dessa experiência então é nesse sentido me parece que a relação entre a ignorância e medo seria uma relação significativa também é claro se você parte para uma dimensão unicamente metafísica religiosa e chegar à conclusão que tem medo aquelas pessoas que não conhecem o nada transcedental o deus que te ama jesus seja lá o que for quando você conhece tudo você sabe que no final tem alguém de braços abertos

um nada legal esperando então não precisa ter medo no final vai dar certo é disso que estou falando esse problema o final do filme o problema se cada pessoa um filme cujo final infelizmente esse é o pânico então é nesse sentido que quando populares a segunda parte da pergunta aquecimento global e filosofia psicanálise que deixa a gente com a pressão com aquela impressão sabe que se eu conseguisse pisar na grama ou na areia esvaziar minha cabeça me relacionar com os animais com as pessoas que eu amo um coco tudo ia ficar no seu lugar aquela

inveja que a gente tem dos bois a gente tem bem claro - estuda pouco não vale o café filosófico de mão em mão z se você não procura entender as coisas de repente você pode ter uma relação orgânica com o mundo às vezes essa essa estrutura também aparece um pouco daquela coisa a não se você tiver uma relação de empatia com o cosmos ele te abraça por dentro da mente porque a natureza real tudo bem a gente tem que cuidar dela fazendo discurso toque fogo e pavement tudo essa idéia de que a gente tem que

cuidar da natureza porque a gente vive nela não porque ela seja uma mãe que te beija o tempo inteiro no final da história ela te trata mal assim me parece o seguinte é você que não tome remédio certo para um médico faz exame essas coisas são assim então a é difícil voltando o que estava falando becker e amarrando a resposta para ti assim é difícil porque essa ignorância necessária para você não ser não ter medo do que acontece é quase como se você tivesse descer da a consciência ea gente pode lembrar do livro álbum jacques

lê admirável mundo novo então é o seguinte é difícil é difícil você olha para um lado para o outro e deus me ama do outro óleo vejo pedras lugar que eu tô por vício porque muitas vezes mesmo também muito por vício é porque eu acho que de fato é uma experiência que vale a pena ser humano se perguntar perguntar porque se voltar para a pergunta sobre aonde a gente ver o tal daquela coisa com ele só fala que a gente tem a vocação de se voltar primeiro motor se perguntado a gente veio qual o cordão

que viu a ordem que existe nessas coisas então eu penso o seguinte talvez isso não deixa as coisas mais fáceis mas me parece que essa é uma experiência profundamente humana ea gente não tem outra solução a não ser o que a gente vai conseguir ser boa do lado de cá de novo 4 a 0 não vai microfone até lá a gente faz isso intuitivamente e como que isso reflete em nossas vidas os atos no foco da nossa vida eu acho que eu acho que escolheu os bee escolher os medos é tão luxuoso quanto escolher os

países que você viaja é uma questão de luxo de certa forma eu não estou falando só na questão material e imaterial também porque por exemplo talvez se você tiver você for uma pessoa que tenha poucos recursos talvez não possa ter a chance de escolher medo nenhum o que vier tem que enfrentar não consegue para o hospital bom então você não pode escolher ter medo só da morte sem ter medo hospital também então aí você não pode não pode escolher só ficar com medo que todo mundo tem quase todo mundo tenha então assim eu acho que

de repente grande parte da nossa capacidade de sobrevivência de me parece aliás está em cima da idéia de que a gente pode selecionar alguns tipos de medo sim você pode fazer algumas escolhas que evite você encontrar determinadas coisas que você não quer das quais você tem medo então você pode por exemplo não ter medo do colesterol e aí toma muito remédio não comer nada pra ficar livre do colesterol o problema é que você vai acabar percebendo que na realidade você morre de medo colesterol por isso que você pode isso tudo assim a apesar de que

me parece que você pode escolher alguns tipos de medo no dia a dia me parece que esses medos ancestrais essa estrutura básica é essa aí não me parece que você possa você tem a condição de escolher não se você der sorte na vida apesar de que sorte depende muito do que você faz né cada vez me parece que existe um fator educativo com a sorte e isso é uma questão para mim filosófica eu acho que é claro essa coisa calvinista da competência do trabalho acordar todo dia fazer a sua parte sem dúvida nenhuma existe porque

é claro que se você não faz nada disso pode pôr a culpa no azar então me parece que não mas eu acho que depende muito da sorte então nesse sentido me parece que apesar de você apesar de que você pode escolher os medos e aí me lembra uma um outro autor muito interessante que eu li há algum tempo algum tempo atrás pouco tempo atrás que é um poeta chamado e os brothers que ele está falando sobre o mal não sobre o medo analogia bem aqui publicado no livro chamado o professor tudo que fala deles é

a fonte o texto chamado menos que 1 companhia das letras esgotado e acha que a amazon assim nesse livro faz uma aula inaugural está falando para alunos de colégios nos estados unidos moçada assim no começo eu vou falar hoje para vocês uma coisa que vocês vão conhecer muito na vida eu vou falar hoje para vocês sobre o mau mau mau não vai aparecer na sua frente o mal é muito vazio vazio ele inveja que é copiar só que ele está em grandes quantidades todo mundo vai perder a batalha contra o mal uma hora ou outra

você sempre perde não que ele seja melhor que você mas porque ele está em grandes quantidades então tem uma hora especificamente ele diz assim o mau adora orçamentos equilibrados ele adora prédios e concretos grandes escadas de granito porque ele gosta de sentir seguro ele gosta de sentir ao redor dele tudo está no seu lugar porque no fundo é inseguro eu não conheço nenhuma melhor explicação da condição humana do que essa você retira o mal e você pensa no medo como está falando analogia fica próxima é por isso que ele diz assim que a única forma

de você se relacionar com o mal é você buscando ser original e originalidade não quer se mal e como ele opera na cópia ele está tentando enquadrar você mas um dia ele vai conseguir ler você e quando ele leva de copiar ele te mata acaba com a sua originalidade e aí ele disse também que quando ele está falando sobre o mal e é isso na realidade que me fez a ponte direta com você perguntou o que ele diz assim não adianta estabelecer grandes estratégias para não encontrar o mal quem mais calcula a quem mais faz

estratégia para encontrar o mal é aquele que tem maior impacto quando encontra o mal que quanto mais cálculo você fizer mais estratégia você montar mais você vai entender né não então é por isso que eu falava colesterol lá não é que estão fazendo um discurso para se arrebente na comida ainda que está à vontade mas sim na fraqueza pessoal mas é assim né mas essa idéia de que a gente pode em grande medida evitar esses encontros que é uma estrutura de uma sociedade instrumentalizada muito grande como a nossa é uma ideia que muitas vezes nos

leva ao encontro com formas sofisticadíssimas de medo de mal mas isso não quer dizer claro que você deve largar seu carro e andar a pé na marginal tietê às duas da manhã já que eu vou sempre contra o mal e vão dar apenas marginal tietê não é isso ela veio pela web aqui a vida tá essa pergunta ela veio pela web da silva gonçalves de ilha solteira porque o ser humano sendo um ser pensante tem medo do sobrenatural ou seja do ser que transcende o corpo então um dos medos mais ancestrais que a gente tem

se a gente for responder um pouco via uma uma coisa mais histórica por exemplo historiadores da religião falam que a crença no sobrenatural ea crença em medo do sobrenatural que provavelmente ainda junto né e isso podem isso numa análise meramente histórica em meramente c numérica assim sem nenhuma crença envolvida isso pode estar associado ao fato de que as pessoas desde sempre assim a pessoa com quem morria que falavam olha se você não fizer isso vai acontecer isso com você e como sempre acontecia alguma coisa errada no final afinal de contas como não achar que o

carro acertou assim então é do ponto de vista meramente histórico é bem razoável imaginar que vultos a imagem no mundo é muito escuro muito escuro imaginar quanto tempo você passava no escuro imagina você no norte da europa há 60 mil anos atrás era escuro grande parte do tempo então acho que tem esse fator agora de uma outra forma em um campo da literatura chamada literatura gótica né que está muito associado os avanços da ciência que tem muita coisa de fantasma no meio eu acho que a gente tem medo sobrenatural acho que tem um medo sofisticado

do sobrenatural que é um pouco um medo de que afinal de contas se a gente for o eterno talvez seja uma batata quente dá nada nunca morrerá ruim vai mas pelo menos um dia acaba tudo bem tof disso mas estou falando um dia acaba agora imagina se você acaba corda acaba corda acaba corda acaba corda e fica para sempre acordava e de repente mas minha experiência a salvadora de consciência que não é você de repente vira para deuses assim para mim basta eu sei que o espírito imortal mas eu quero que eu seja mortal então

eu acho que talvez eu acho que talvez não um monte de gente já falou isso não é uma invenção minha não fui eu que criei assim eu acho que é é possível que parte do medo sobrenatural desassociado o fato de que sabe e isso é uma coisa que o gótico trouxe muito a literatura gótica do século 19 e 20 primeira metade de 2010 essa idéia de que talvez você continue vivo e talvez você continue tendo problemas muito sérios imagine tudo bem sem problemas será o imposto problema com os filhos dívida problema no trabalho ela tem

uma série de problemas mas se você não gosta e sabe que um dia vai acabar agora imagina se você arrasta para a eternidade uma questão mal resolvida aqui nesse planeta para a eternidade imagina se você morre quando você estava vivo foi trocado por uma pessoa foi largado por uma pessoa agora imagine que você se mata e você acorda do outro lado morrendo de ciúme do mesmo jeito com o problema agora você vê imagens que queria ver então tal mesa a eternidade sobrenatural não seja a solução de tudo talvez seja a abertura de uma enorme chave

de problemas na cabeça e muito ele tem um caso com uma mulher que era perfeita todo mundo chapa mulher dele uma maravilha linda maravilhosa casa um brinco trabalhadora diz a prefeita ele começa a encher o saco dela justamente o que é perfeito ele chega em casa tá todo lugar nunca tem problema quando ele pensa em alguma coisa que vai pedir ela já fez ele começa a entrar em depressão e vai falar com a mãe a sogra dela ea mãe dele diz mas a sua mulher perfeita imagina a mãe dele a favor dela ele sente perdido

é a última esperança aí que acontece e acontece ele fala com o pai com os amigos com todo mundo ninguém você é louco sua mulher é maravilhosa todo mundo que tem uma mulher dessa cldf depressão profunda descobre que está com câncer quando descobre que está com câncer ele relaxa bom agora acabou por morrer agora vou ficar livre dela que ele está morrendo tipo último suspiro ela sentada do lado dele puxar um vidrinho assim diz assim meu amor eu amo tanto você que assim que você morrer eu vou tomar isso aqui e eu vou junto então

assim a eternidade talvez seja uma coisa que a gente tem que ter medo mesmo agora é claro ou é claro que existe o medo sobrenatural também associado aquela coisa de que a gente não tem controle na idade que tem embaixo da questão sobre natural se a gente for rastrear esse conceito na filosofia é muito longo da história mas o fato que o sobrenatural ele ele pressupõe exatamente algo que está para além da nossa capacidade de perceber a relação de causa-efeito entendeu natural que você percebe relação de causa-efeito sobrenatural que para além da sua capacidade de

perceber causa efeito então e inclusive se isso é uma das características da região espírita que a última organização da crença nos espíritos que a crença despesa muito mais velha do que o sismo que a codificação do alan kardec né mas assim ou decodificação do alan kardec mas há sim uma característica da religião do cadeq é que como ela nasce no período positivista ela pressupõe identificar todas as relações de causa e efeito olha o princípio tudo o que tem um efeito pressupõe uma causa certo assim essa idéia é que você vai colonizar o sobrenatural com a

racionalidade urbana então você pega uma penada que não responde a nada que não não você não consegue lidar com ela nenhum com uma estrutura nacional é para ter medo mesmo porque afinal de contas é aquele famoso dito popular o núcleo las brujas pero que las hay las hay group assim né assim a um ser humano sempre suspeitaram que existe vida depois da morte que de vez em quando aparece um dos vultos que já não viu um vulto passando em casa né talvez seja viajando mas vai que existe assim né assim é talvez exista nenhum set

que pode ser que não existe ele pode criticar um monte de pessoas que contam eventos que você vai mostrando que elas podem ter formas antropomórfica e tem um problema com os espíritos olhando condesa filosófico é que eles normalmente só sabem o que a gente sabe que estão inseridos em um processo cultural na idade média isso é fato na idade média na idade média os relatos de visão de de espírito sobrenatural na europa sempre associada à igrejas abandonadas mosteiros abandonados missa onde o padre era um espírito e tem espíritos assistindo à missa interessante que a partir

do século 19 os espíritos vão adquirindo uma personalidade que antes não tinha você pode começar com espírito que ele sofre por causa da mãe dele que transporta para o mundo espiritual uma característica da subjetividade que fosse conseguir constituindo que o kardecismo trouxe essa identidade forte do espírito assim eu acho que o medo que a gente tem sobrenatural é por todas as razões é claro que muitas pessoas que trabalham com religiões que lidam com o sobrenatural entendido como espíritos e pessoas desencarnados muitas delas vão perdendo o medo é uma característica de muitas delas mas isso é

de novo a característica bem humana você vai ter um contato você vai se acostumando e você e tem um filme que fala muito bem disse que ao ser sentido né o menino continuou vendo fantasmas mudou de posição como diria uma psicóloga rhea significou a relação dele com os fantasmas ele percebeu que não ia parar de fantasma e percebeu que eles iam procurar ajuda dele ele ajudava os fantasmas que estava tudo bem e ele continuava sendo fantasma escapou dessa situação então eu acho que algumas pessoas não têm medo diz de do sobrenatural nós que todo mundo

mas a maioria que tem me parece que é porque afinal de contas olha se morrer e não acabar olha eu não sei o que me espera pela frente imagine existir alguma forma de instância que de fato diga pra você você fez coisa errada imagine sabe alguns de vocês devem conhecer a famosa aposta do pascal blaise pascal que nosso século 17 francês lhe disse se você investe na idéia de que deus existe e você vive de acordo com a vontade dele e ele não existe você investiu seus 80 ninhos mais ou menos e acabou perdendo tudo

você não estava lá pra ver que perdeu um investimento que se acabou se você investiu na idéia de que deus não existe e você gastou seus 80 anos e grande parte dele pisando na jaca fazendo tudo que vinha na sua cabeça você acorda lá e deus existe você investiu você achou que é se dar bem só que você vai encarar agora não é um final de semana longo ruim você vai encarar muitos anos de problema entendeu vai ser uma eternidade de danos então é um problema então assim é por isso que o pascal é matemático

engenheiros matemáticos conhecê-la e filósofo teólogo quer dizer é por isso que o pascal diz olha matematicamente essa questão apesar de que a questão dele na realidade dizer que não adianta matemática razão você só acredita em deus se deus quiser até que ponto essa questão do papel a senhora matematicamente não acreditar em deus é um absurdo porque você não aposta contra o infinito matematicamente está dizendo toda vez que se aposta contra o finito você perde não tem saída então se o infinito existir e você qualquer soma ou seja a quantidade de vida que você tiver que

você apostar com o infinito no então melhor você investir sua vida de forma equilibrada dinh a chegar lá e morar no hotel cinco estrelas repente mas é o sobrenatural eu acho que alguma coisa que a gente deve ter um certo medo sim deve ter um certo medo apesar de que o ceticismo ea posição moderna nos educa pra você perceber que às vezes nem tudo que é sobrenatural é sobrenatural mas eu acho que isso é muito importante na lida com o sobrenatural é muito importante porque quanto mais você é de algum modo exigente mas você consegue

talvez perceber quando é sobrenatural e quando não é na realidade a idéia toda essa tá aquela relação do ser humano melhor versos essa essa relação e comida não sabe ser o melhor com essa essa consciência essa relação conhecimento e fundamentar a assim ser humano melhor no sentido de como conviver com isso e você fala melhor no sentido de virtude então eu acho que essa idéia me parece que ela ela vai ser desenvolvida num certo viés pelo já corre na conversa com nítido e num certo de s na conversa com o ine conta com hayden mas

assim dentro do que eu falei aqui a idéia é a seguinte é de que a apd estrangula experiência de medo na tentativa de conseguir um mundo completamente higiênico onde tudo funcione é uma experiência na realidade com é a experiência humana não é essa a experiência humana é uma experiência de consciência do medo o medo é uma forma de apreensão da realidade um objeto então o que eu tentava dizer o seguinte isso abre para duas dois caminhos um caminho é toda a discussão da virtude e me parece cada vez mais que tem unido uma figura sair

principalmente um historiador americana chamada rímel facto uma historiadora viva americana e cada vez me parece e outra vez mais preferindo falar de virtude não de valor estude no seguinte sentido virtudes a religiosa e várias escolas filosóficas um conceito por exemplo de coragem é uma idéia que parece difícil relativizar coragem como virtude por exemplo de prudência pouco importa universo que você tá a idéia de que prudência tempera coragem como desovar estoques tempera torna a coragem inteligente ea coragem torna prudência não covarde e aí você tem uma química entre uma coisa e outra história eles né de

forma resumida que dê essa idéia de que tem uma relação à i&d organização é me parece cada vez mais com a reflexão sobre virtude é melhor que a reflexão sobre o valor porque a reflexão sobre o valor daquela história a existe uma população no centro não sei da onde que como o pai quando morre no jantar logo você não pode dizer que universalmente canibalismo está errado tem duas pessoas no mundo que não faz isso logo não é universal certo então eu acho que essa coisa de valor às vezes a gente entrou numa espécie de exaustão

nessa discussão então nesse sentido me parece que esse viés do medo é da consciência do medo de uma reflexão sobre o medo necessariamente deságua no encontro com o tema da virtude e da coragem e me parece que essa é uma questão interessante de se falar com as crianças sobre coragem sobre estudava na escola mesmo é uma questão interessante de falar com as crianças porque todo mundo finalmente sabe que precisa de coragem para viver básico de novo não tô falando de grande coragem necessariamente ea experiência de ver é uma experiência que à medida que o tempo

passa a ser precisa de muita coragem e aí a outra abertura que me parece é essa essa abertura para perceber que a gente vive numa numa experiência cultural que é muito 11 uma experiência de covardia muita covardia um culto da covardia escondido que é muito grande e o que eu tentava dizer que está inscrito na nossa estrutura humana é racional às vezes estava tentando dizer então portanto às vezes a questão não está na racionalidade alguma coisa então essa quando eu penso por exemplo aqueles pais lá que não são hipotéticas se escondiam judeus ciganos homossexuais em

casa tem uma primordialmente são casos relacionados judeus quer dizer essa ou qualquer perseguido nazismo é essa idéia me parece que quando você tem contato com pessoa falando de estúdio em relação ao medo pessoas corajosas humaniza no bom sentido produzir esperança produz a sensação de que você só não é o tubo digestivo produz a sensação de que existe algo para além do tubo digestivo só que o ser humano é exatamente essa síntese o que quer dizer do infinito do infinito o becker que vem de antropologia da e da antropologia médica que ele estudava é uma síntese

tem um animal e um espírito a briga entre o corpo que ele puxa o espírito em que a decolar me fez lembrar do platão um banquete então me parece que esse homem melhor como se falava de ser humano melhor essa mulher melhor essa pessoa que tentar lidar com o medo essencial é aquele tipo de pessoa ou aquele tipo de momento de determinadas pessoas que quando você topa se você não tiver muito defendido de repente aquilo salvar o seu dia nada assim de é claro que existem os grandes heróis cultua grandes heróis é natural que a

gente escutou heróis porque os heróis dizem para nós que nós podemos ser melhor do que nós somos então é natural que a gente tem heróis essa idéia de achar que tem que acabar com o poder o i me parece que isso é uma filosofia meio adolescente tem que acabar destruindo o herói quando eu falo todo herói quero dizer o seguinte tudo bem a história fábrica um monte de heróis mentirosos é óbvio mas lembra um pouco uma pergunta que ele fez aqui e aí me parece que a história lhes falava que existem virtudes práticas existem virtudes

não éticas do intelecto e é uma das virtudes necessárias para o intelecto além da disciplina é também a coragem e isso é uma das coisas que eu acho importantes em alguns dos alguns autores que eu citava que a covardia também solar o intelecto e quando a covardia solo intelecto intelecto começa a produzir com ajuda o tempo todo só ajuda o tempo total da ajuda é um intelecto covarde então esse melhor a qual você se refere o que eu pensava é na realidade é são pessoas que sabem que elas se movimentam muito ao longo da vida

entre impulsos e culpa sabe ela se movimenta no embate com o desejo contínuo que ela se movimenta o tempo inteiro com perguntas casa não conseguem responder e no meio disso tudo ela começa a adoecer e que tem pessoas que depende dela que ela não sabe direito que ela vai fazer mas que ela continua vivendo um dia após o outro e tentando resolver as coisas e então é o melhor que eu quero dizer é você o os estóicos dizia né de certa forma a virtude está em você ser consumida pelo fogo do logos e continuar vivendo

nesse processo então um discurso contrário que estava fazendo é a ideia que me parece que inclusive foi intuição central de medo é conversar um pouco com o discurso de que a melhor solução é ter medo de que a melhor solução é produzir tecnologias do medo zhu o tempo todo a gente não tinha saído da savana africana provavelmente a gente descende de bichos é de mulher fêmeas e machos que apesar de morrerem de medo sair da caverna senão a gente não tava aqui seguramente de machos e fêmeas que tiveram a capacidade de ainda que parecia que

o ambiente era hostil eles conseguiam sair da caverna e fazer o que tinha que fazer todo dia tudo bem obrigado obrigado até a próxima