Estamos numa sequência de vídeos falando sobre os rudimentos da doutrina de Cristo. Um deles, assunto de hoje é a ressurreição dos mortos. Há textos nas Escrituras que apontam que haverá ressurreição dos mortos, mas não apenas isso.
A Bíblia fala da ressurreição tanto de justos como de injustos. Eu quero apresentar dois textos, um do Antigo e depois um do Novo Testamento. Em Daniel no capítulo 12, no verso dois, a Bíblia diz: "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno.
" Em Atos, no capítulo 24, quando o apóstolo Paulo está testemunhando diante de Félix, governador romano, nos versículos 14 e 15 ele diz assim: "Porém, confesso-te que, segundo o caminho a que chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas". É importante destacar isso: "acreditando na Escritura", ele está dizendo. Então, ele cita: "tendo esperança em Deus", verso 15, "como também estes a têm, de que haverá ressurreição, tanto de justos como de injustos.
" Então nós temos uma afirmação no Novo Testamento, na doutrina neotestamentária de que haverá ressurreição. O próprio Jesus falou a respeito disso nos seus ensinos. Em João, no capítulo cinco, nos versos 28 e 29, ele diz: "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.
" Olhando para esses textos, algo que fica claro: primeiro, haverá ressurreição dos mortos, esse é o nosso tópico número um a ser entendido. Mas dentro dele, eu e você precisamos compreender que a Bíblia fala da ressurreição tanto de justos quanto de injustos. Jesus diferenciou uma ressurreição para vida e uma ressurreição para o juízo.
O que eu quero mostrar a partir de agora, no meu segundo tópico da abordagem, são momentos distintos. Não só grupos distintos de pessoas serão ressuscitadas, justos e injustos, mas nós temos momentos distintos. Por exemplo, em Apocalipse, no capítulo 20, nós temos a menção a partir do versículo um até o versículo três, de um período que passamos a designar como o milênio.
A Bíblia fala de um período de mil anos onde Satanás será preso. A Bíblia diz para que ele não engane mais as nações, final do verso três, até que se completem os mil anos. Depois disso, é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo.
Muitas pessoas discutem se esse período de mil anos, o chamado milênio, é ou não literal. Eu nem vou entrar neste tipo de discussão agora, porque não é nosso foco, mas a Bíblia nos mostra que antes de começar esse milênio, o verso quatro diz: "Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada a autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.
" Então eles revivem, ressuscitam antes do milênio, para reinar com Cristo no período de mil anos. O verso cinco diz: "Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os milanos. Esta é a primeira ressurreição.
" Então a primeira antes do milênio. O restante fica para depois. Verso seis diz: "Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses, a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos.
" No entanto, no final do milênio, a Bíblia diz: "Satanás será solto um pouco de tempo", verso sete: "Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá seduzir as nações nos quatro cantos da terra", mas, o verso dez diz que, depois de uma batalha, "o diabo sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta". Verso 11, que mostra agora o evento depois do milênio, diz: "Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono.
Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.
Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados um por um, segundo as suas obras.
" Como o próprio texto de Apocalipse 20 diz, nós lemos os versículos anteriores, a primeira ressurreição acontece antes do milênio. Portanto, a segunda ressurreição depois do milênio. Quando a Bíblia está falando, "deram-se os mortos", não é apenas apresentar o espírito deles, mas a Bíblia agora está falando da ressurreição dos ímpios.
Verso 14 diz: "Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.
" Por que a Bíblia está chamando de segunda morte? Porque aqueles que morreram e agora ressuscitaram serão lançados com seus corpos no inferno, na perdição eterna. Jesus diz, em Mateus dez, ,que nós devemos temer, não aqueles que têm o poder de destruir o corpo, mas aquele que pode fazer perecer tanto a alma quanto o corpo no fogo, no inferno.
Na doutrina bíblica, não só haverá ressurreição dos mortos, mas os justos vão com o corpo glorificado para a vida eterna. Os ímpios irão com o corpo viver o sofrimento eterno depois da ressurreição. Isso é parte da doutrina bíblica inquestionável.
Como já dissemos, primeiro lugar haverá a ressurreição dos mortos, e agora estamos destacando momentos distintos. Esses momentos distintos, em primeiro lugar, nós queremos destacar a ideia de que tenho a ressurreição dos justos, separada da ressurreição dos injustos. Mas mesmo quando falamos da ressurreição dos justos, eu posso dizer que essa primeira ressurreição, embora seja chamada de primeira, nós podemos olhar para ela como um ato contínuo, mas que se divide em pelo menos três etapas.
Acredito que isso segue um paralelo das leis das colheitas ou da colheita, mencionada no Antigo Testamento. Em primeiro aos Coríntios, no capítulo 15, nós temos o que eu gosto de chamar e classificar de "o capítulo da ressurreição". Talvez seja um dos lugares onde o apóstolo Paulo mais tenha falado a respeito de ressurreição.
No verso 20, por exemplo, ele diz: "Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. " Ele afirma isso no verso 20: "Visto que a morte veio por um homem", está falando de Adão, "também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.
" É por meio de Cristo, que não apenas recebemos a vida no Espírito nascendo de novo, mas que ressuscitaremos. No verso 23 ele explica: "Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. " Quando a Bíblia está falando de uma ressurreição, antes do milênio lá na frente, quando nós temos a vinda gloriosa de Cristo, a Bíblia nos mostra que isso é uma continuação de uma ressurreição que começou com o próprio Cristo.
E nós estamos falando de um período de tempo obviamente distinto, porque Cristo ressuscitou antes de ser assunto aos céus. E haverá o término do processo da chamada primeira ressurreição dos justos, é chamada primeira não porque é um evento único, mas porque é a primeira etapa onde inclui os justos. Então, o final dessa etapa acontece com a vinda de Cristo.
Então nós precisamos entender que, mesmo na chamada primeira, a primeira etapa da ressurreição dos justos, nós temos momentos distintos. Quando Cristo ressuscitou, a Bíblia afirma aqui que Ele é as primícias dos que dormem. Mas nós precisamos entender que quando Cristo ressuscitou, Ele não ressuscitou sozinho.
Até porque, quando você pega o paralelo da lei das colheitas, algo que é importante ser entendido quando o judeu entrava no campo para a colheita, ele abraçava um molho, por exemplo, de trigo, com uma mão com a outra ele usava a foice, cortava aquilo. Aquele primeiro feixe que tinha sido colhido nunca era um talo de trigo só, era um feixe, ele interrompia a colheita e ele levava aquilo para ser apresentado diante de Deus através do sacerdote. Depois de consagrar e dedicar aquilo, ele voltava para fazer o restante da colheita.
Agora, interessante é que quando ele voltava para fazer a colheita, ainda tinha mais duas etapas. Uma era chamada a colheita geral, mas tinha um terceiro momento que era chamado de "os rabiscos da colheita". Era o recate.
Tudo aquilo ficava nas bordas do campo, ou que ia caindo durante a colheita ninguém poderia pegar. Isso era para o pobre, era para o estrangeiro, era para o órfão, era para a viúva. É interessante quando você lê a história de Rute, por exemplo, ela, quando está no campo, é justamente para essa terceira etapa da colheita.
Não era as primícias, não era a colheita geral. Era o momento dos rabiscos da colheita. Alguns chamam do recate.
Então, quando olhamos essa aplicação que a Escritura faz de que, em Cristo, nós temos um primeiro momento como sendo as primícias, pressupõe-se que as etapas encontradas na Escritura a respeito da ressurreição dos mortos seguem o princípio da lei das colheitas. Isso nos remete a quê? Quando olhamos para a vinda de Cristo, os demais sendo ressuscitados, nós ainda temos dois momentos distintos.
Eu sei que aqui o tempo não permite detalhar o processo, mas particularmente eu acredito que na cronologia dos eventos finais, o arrebatamento da Igreja, o momento onde primeiro os Tessalonicenses quatro, 16 e 17 nos mostra que haverá primeiro ressurreição dos mortos e depois, juntamente com os que ressuscitaram, os vivos são transformados, isso acontece antes da grande tribulação. No final da grande tribulação nós temos não o arrebatamento, mas a vinda gloriosa de Cristo. Nesse momento, nós teremos a terceira etapa da colheita, os chamados rabiscos da colheita.
Aqueles que se converteram ao longo da Grande Tribulação. E sim, haverá conversão durante a tribulação, esses ressuscitam ao final do período. Quando olhamos para esse paralelo bíblico, é impressionante o como de fato essas leis, as chamadas leis da colheita, acontecem.
Eu citei primeira Tessalonicenses quatro, mas é um texto tão importante que eu acredito que na verdade, ele deva ser lido. A partir do versículo 13, a Bíblia diz assim: "Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem", está falando dos que morreram, "para não vos entristecerdes, como os demais que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará em sua companhia os que dormem.
Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto nós, os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, de modo algum procederemos os que dormem". Dezesseis e 17: "Porque o Senhor, mesmo dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. " Depois, arrematando no verso 18, o apóstolo diz: "Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.
" Quando eu olho para esse princípio Levitico, por exemplo, 19. 9 faz menção daquilo que eu falei sobre os rabiscos da colheita. O texto sagrado diz assim: "Quando também segares a messe da tua terra, o canto o teu campo não segarás totalmente, nem as espigas caídas colherás da tua messe.
Não rebuscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha; deixá-los-ás ao pobre e ao estrangeiro. " Em outros lugares nós temos menção na Bíblia da inclusão dos demais necessitados. E eu vejo justamente essas três etapas se cumprindo quando falamos do retorno de Cristo.
Agora, a segunda ressurreição, ela se dará depois do milênio é a ressurreição para vergonha e condenação eterna. Quando será a ressurreição? Em João no capítulo 11, no verso 24, quando Jesus faz menção de que ressuscitaria Lázaro, é interessante observar que Marta, sua irmã, diz assim: "Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia.
" Isso era uma crença do povo judeu por todo o ensino do Antigo Testamento, de que a ressurreição aconteceria no último dia. Então, quando se pergunta: quando será a ressurreição? Normalmente a resposta padrão é essa: no último dia.
No Evangelho de João, no capítulo seis, Jesus nos seus ensinos, já tinha afirmado no verso 40: "De fato, a vontade do meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. " No verso 44, Jesus diz: Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. " Então, quando olhamos essas declarações de Jesus, Marta está obviamente replicando aquilo que ela conhecia tantas das escrituras, como tinha também aprendido do próprio Senhor Jesus.
No verso 54 de João seis, Jesus disse: "Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. " Agora, esse "último dia", nós precisamos entender que há uma distinção entre o último dia ou a última oportunidade do cristão e o último dia do ímpio. Não estamos falando de um único momento.
São etapas distintas mas Jesus está falando de uma hora de desfecho, quando o processo se completa. Então, em terceiro lugar, quando será a ressurreição? No último dia, observando a distinção de justos e injustos.
Quarto tópico: O que acontecerá após a ressurreição? O ensino bíblico, para mim, é muito claro que depois da ressurreição, nós passaremos a um momento de recompensas. Em Lucas 14.
14, Jesus diz: "e serás bem aventurado pelo fato de não terem eles com que recompensar-te", Jesus está falando de fazer o bem a quem não pode recompensar, "a tua recompensa, porém tu a receberás na ressurreição dos justos. " Então a Escritura faz uma menção muito específica de que haverá ressurreição, e que a ressurreição determina também o quê? As recompensas.
Em segundo aos Coríntios, no capítulo cinco e no versículo dez, o apóstolo Paulo também fala a respeito do tribunal de Cristo. Neste texto ele diz: "Importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo. " Esse momento do tribunal de Cristo de receber as recompensas, os galardões que todos nós teremos que passar, acredita-se, já que a Bíblia relaciona o bem ou mal que receberemos através daquilo que fizemos por meio do corpo, acredita-se sempre que há uma relação entre a ressurreição e depois o juízo.
Em Hebreus, no capítulo nove, no verso 27, a Bíblia diz: "E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disso o juízo", nós precisamos entender que o juízo juízo eterno, é o assunto que nós vamos abordar no próximo vídeo, ele não acontece em vida. Ele acontece após a morte, a Bíblia relaciona inclusive isso após a ressurreição, e, no caso o tribunal de Cristo, nós entendemos nas Escrituras, se dá quando os justos ressuscitam primeiro e depois nós temos o juízo do trono branco. Esses dois julgamentos não podem ser confundidos.
Eles acontecem em momentos distintos. Nós lemos em Apocalipse 20 de 11 a 14, que se dará depois do milênio, quando da vinda de Cristo, e o seu tribunal é antes. Quinto tópico: O que acontecerá com os nossos corpos?
Em Filipenses no capítulo três, nos versos 20 e 21, a Bíblia diz: "Nossa pátria está nos céus, de onde aguardamos um Salvador, o qual há de transformar o corpo da nossa humilhação para ser igual ao corpo da sua glória. " Quando olhamos para essa declaração, não só há uma promessa de transformação do corpo, o que eu chamo de o clímax da redenção, mas a Bíblia diz que nosso corpo se tornará igual ao corpo do Senhor Jesus, ao corpo da sua glória, ou seja, ao corpo ressuscitado de Jesus. Em primeiro aos Coríntios, no capítulo 15, nós temos uma declaração da Escritura que: "Assim como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; mas como é o homem celestial, tais também os celestiais.
" Verso 49: "Assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial. " Como nos tornamos parecidos com Adão, com uma carne corruptível pelo pecado, nós nos tornaremos semelhantes a Cristo, com um corpo transformado, glorificado, igual o dele. Em Romanos, no capítulo oito, no verso 23, a Bíblia diz que nós estamos aguardando a redenção do corpo e que seremos semelhantes a Jesus isso fica muito claro quando lemos a primeira carta de João no capítulo três, no verso dois.
A Bíblia diz: "Amados, agora, somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. " Então a Bíblia diz: "seremos semelhantes a ele".
Então a ressurreição produzirá nos justos essa semelhança de Cristo. Algumas características do corpo glorificado de Jesus. Em Lucas, no capítulo 24 e no verso 39, nós temos uma informação interessante fornecida pelo próprio Jesus.
Ele diz assim: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. " Jesus aparece ressuscitado. Os discípulos estavam surpresos, atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito e Jesus diz, de uma maneira muito clara: "Por que sobe em dúvidas ao coração?
" Ele diz: "Vejam minhas mãos e os meus pés. A marca dos cravos. " Ele diz: "Apalpai-me.
Verificai-me. " Ele diz: "Um espírito não tem carne e ossos, como vedes que eu tenho. " Então o Cristo ressuscitado, que aparece aos discípulos, Ele tinha carne e osso, Ele podia ser apalpado.
Verso 40 diz: "Dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés. " Apesar desse Jesus ter essa capacidade de ser tocado, de ser apalpado, a Escritura ainda diz mais. O verso 43 de Lucas 24 diz: "E ele comeu na presença deles.
" O verso 41, para fazer mais sentido, diz assim: "E, por não acreditarem eles ainda, por causa da alegria, e estando admirados, Jesus lhes disse: Tendes alguma coisa que comer? Então lhe apresentaram um pedaço de peixe assado e um favo de mel. E ele comeu na presença deles.
" Ele come para fazer questão, para mostrar: "Olha aqui, eu sou corpo como vocês. " No entanto, o corpo dele tinha características distintas e eu diria, bem distintas. Apesar de ser tangível, palpável no evangelho de João, no capítulo 20, nós temos um detalhe interessante que nos é dito a respeito dessa aparição de Jesus, lemos o seguinte, verso 19 de João 20: "Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: Paz seja convosco!
Dizendo isso, lhes mostrou as mãos e o lado. Alegraram-se, portanto, os discípulos ao verem o Senhor. " Nesse momento nós percebemos que claramente a Escritura diz que as portas estavam trancadas e Jesus simplesmente aparece no meio deles.
Nesse momento, ele vai chamar a atenção de Tomé, que não tinha crido, fala para ele tocar no seu corpo, mas, nós vemos que esse Jesus que tinha o poder de aparecer do nada num ambiente fechado, também tinha o poder de desaparecer. Porque em Lucas 24, quando ele se revela depois de ressuscitado aos discípulos no caminho de Emaús, a Escritura nos mostra que depois de partir o pão, Ele desapareceu diante deles. Então Ele conserva semelhança do que foi anteriormente, podia mostrar as cicatrizes nas mãos, nos pés, ao seu lado, podia comer, mas, ao mesmo tempo, pode aparecer, pode desaparecer instantaneamente diante deles e nós precisamos compreender que a ressurreição significa que o nosso corpo voltará.
Algum tipo de semelhança poderá ser manifestada? Com certeza, mas acreditamos que a glorificação também trará correção de muitas formas de imperfeições. Não sei se necessariamente todos carregarão cicatrizes, mas acredito que as marcas que Jesus está demonstrando precisam de fato ser lembradas como parte da recordação do seu sacrifício.
Agora, quando falamos da ressurreição, temos também que reconhecer que haverá níveis distintos de glória na ressurreição. Em Hebreus, no capítulo 11, nós temos a chamada "galeria dos heróis da fé", a menção de tudo aquilo que foi feito pela fé e a Bíblia fala de muitas pessoas que receberam, por meio da fé, livramentos extraordinários da morte. O verso 35 diz assim: "Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos".
Ou seja, não só alguns foram livres da morte de forma milagrosa por fé, mas outros voltaram da morte, foram ressuscitados. Mas, a Bíblia diz assim: "Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate". Outras traduções dizem "o seu livramento".
Significa que eles teriam direito de exercer fé para ser livre mas a Bíblia diz que não aceitaram. Preferiram não gastar o crédito. Por quê?
A Bíblia diz assim: "Para obterem", outra tradução, diz: "visando superior ressurreição". Quando a Bíblia nos informa que alguns preferiram ser martirizados do que aceitar o livramento porque estavam de olho numa superior ressurreição, a informação que temos é que haverá níveis distintos de glória quando falamos a respeito da ressurreição. O próprio Paulo, em primeiro aos Coríntios, no capítulo 15, quando ele está falando a respeito do assunto da ressurreição, ele mostra algumas perguntas que, acredito, era aquilo que as pessoas acabavam fazendo.
Essas perguntas, por exemplo, no verso 35 ele diz: "Mas alguém dirá: Como ressuscitaram os mortos? Em que corpo vêm? " Paulo responde, 36: "Insensato!
O que semeias não nasce, se primeiro não morrer; e, quando semeias, não semeias o corpo que há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou de qualquer outra semente. Mas Deus lhe dá corpo, como lhe aprouve dar e a cada uma das sementes, o seu corpo apropriado. " Então ele está dizendo que o corpo que vem não é necessariamente aquilo que era antes.
Trinta e nove: "Nem toda a carne é a mesma, porém uma é a carne dos homens, outra, a dos animais, outra, a das aves, e outra, a dos peixes. " Ele disse: "Também há corpos celestiais e corpos terrestres". Então ele está fazendo distinção entre o que temos hoje e o que teremos depois.
Ele diz: "e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais, e outra a dos terrestres. " Então, assim como é claramente distinta a carne dos homens da carne dos animais, ele diz: "a carne ou o corpo celestial, ele é distinto daquele que é terrestre". Mas ele diz assim: "Uma é a glória do sol, outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas.
" Aqui está falando de corpos celestiais, agora falando em termos dos astros do plano físico, distintos. Mas ele diz assim: "Porque até entre estrela e estrela", agora ele está falando de coisas que têm a mesma estrutura, "há diferenças de esplendor". Ou seja, de brilho, de glória.
Verso 42: "Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita se em glória.
Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural", estou no verso 44 primeiro, os Coríntios 15 agora, "ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, também há corpo espiritual.
" Mas o apóstolo nestá dizendo que há diferença de brilho entre estrela e estrela. Na ressurreição, nem todos manifestarão o mesmo nível de glória. Por quê?
A ressurreição e a glória que a segue carrega consigo uma ideia de recompensa, de acordo com a forma como vivemos, esse será o assunto que nós vamos abordar de uma forma mais detalhada no próximo vídeo, mas é muito importante que a gente consiga entender o que é que vai acontecer com os nossos corpos e eles serão glorificados obviamente manifestarão glória, mas o nível de glória de um para outro não será exatamente o mesmo. Eu gosto de dizer que o céu não tem um regime socialista. Haverá recompensas de acordo com a forma como cada um viveu e as pessoas não serão niveladas na recompensa.
Em relação à salvação, sim, em relação ao valor e à importância enquanto indivíduos, sim. Mas quando falamos de recompensa, não. Se a ressurreição para os justos significa gozo, mas para os ímpios, por outro lado, nós vimos que a perdição e a ressurreição, ela acontecerá antes do estágio final de condenação eterna, isso significa que eles terão sofrimento com o corpo.
Eu mencionei antes que em Mateus 10. 28, Jesus fala que Deus tem o poder de fazer perecer no inferno tanto a alma quanto o corpo. Mas um texto que sempre me trouxe temor desde a minha adolescência é o texto final com que acaba o livro de Isaías, capítulo 66, verso 24.
A Bíblia diz assim: "Eles sairão e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim". Quando fala dos cadáveres, está falando de gente que morreu. Mas a Bíblia diz assim: "porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e eles serão um horror para toda a carne.
" Pera aí, como é que o verme nunca morrerá? No momento em que um corpo, um cadáver natural, foi todo consumido, a carne em decomposição já desapareceu, não há mais verme que permaneça ou que sobreviva. A única forma do verme nunca morrer e de o fogo que o queima nunca apagar é se houver uma espécie de combustão eterna, que aquela carne nunca se queima e o verme nunca consegue comê-la totalmente.
Interessante que você olha para esse texto que aparenta somente um mistério, algo além da capacidade de entendermos, mas você vê a aplicação que o Senhor Jesus faz no evangelho de Marcos, no capítulo nove. Ele fala assim, no verso 47 e 48: "Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois seres lançado no inferno, onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga. " Jesus relaciona com o conceito do inferno a declaração do livro de Isaías.
Ou seja, quando a Bíblia está dizendo: "verão os cadáveres dos homens que pecaram contra mim" a Bíblia diz que os corpos das pessoas serão lançados no inferno, porque Deus tem o poder de fazer perecer tanto a alma quanto o corpo. Lá o verme não morre. O fogo não apaga e o sofrimento é eterno.
Quando falamos a respeito da doutrina de Cristo, a ressurreição dos mortos é rudimento e com isso nós precisamos entender o pacote de que justos e ímpios não serão tratados da mesma forma. Nós precisamos entender o conceito de que haverá recompensa, e nós precisamos entender que tanto o gozo quanto a condenação eterna serão experimentados, inclusive na dimensão do corpo, ainda que não seja necessariamente o mesmo corpo, mas uma versão glorificada do mesmo. Verdades como essas precisam ser entendidas, e eu quero recapitular aquilo que nós passamos aqui, porque eu sei que é muita informação para esses cerca de 30 minutos.
Primeiro lugar: haverá ressurreição de mortos e nós mostramos tanto de justos quanto de injustos. Segundo: momento distintos. E a distinção não é só a ressurreição do justo que acontece antes da dos ímpios, mas, mesmo na ressurreição dos justos, Paulo diz: "cada um por sua ordem".
A palavra traduzida "ordem" no original grego "tagma", ela fala não só de organização de uma forma geral, mas ela também era usada e aplicada para falar das tropas dos soldados, de cada pelotão distinto que avançava, um de cada vez, cada um por sua vez. E nós precisamos entender que ele está falando de uma ordem, cada grupo tem o seu tempo. Então, mesmo na ressurreição dos justos, vimos momentos distintos: Cristo e aqueles que ressuscitaram com Ele.
Mateus 27. 52 e 53 diz que quando Cristo ressuscitou, santos ressuscitaram com Ele e foram visto por muitos, porque não era um único talo de trigo era um feixe. Depois os de Cristo, na sua vinda, o arrebatamento e depois os rabiscos da colheita na vinda gloriosa.
A ressurreição, o último dia com distinção para justos e injustos. E, vimos também que o que acontece após a ressurreição é um momento de recompensas. O que acontece também com os corpos dos justos serão semelhantes a Cristo, serão glorificados, mas os corpos dos ímpios não terão uma glorificação, eles viverão a punição e a condenação eterna.
Essa é a síntese da doutrina da ressurreição, um dos rudimentos da doutrina de Cristo. O propósito dessas verdades não é apenas gerar em nós informação, mas que o entendimento desses princípios, impacte as nossas escolhas e a forma como viveremos. Devemos viver nessa época presente, focado sempre naquilo que é eterno.
Como vivemos agora, determinará os resultados de toda eternidade.