fala pessoal tudo bem com vocês Professor Juliano aqui na área falando com vocês agora no nosso curso de Filosofia sobre a aula do professor Aílton kenac um grande pensador do mundo contemporâneo um brasileiro que nós temos aí então né Vamos lá a gente vai hoje eh vou colocar só aqui para você a gente vai falar aí então sobre o Aílton kenac o texto dele ideias para adiar o fim do mundo que já é Um clássico que a gente pode de dizer assim do mundo contemporâneo né um brasileiro um Pensador de extrema importância sendo trazido aqui
pela UFPR pra gente poder conversar e cara eu acabei de perceber que eu tenho uma acho que eu tenho uma blusa Igual essa blusa dele aqui bora lá gente tem nada a ver o rolê vamos nessa Então vamos nessa meu povo falar aqui sobre o krenak cara o krenak você sabe ele é um filósofo Pensador professor que palestra viaja conversando muito aí sobre as questões referentes eh a outras perspectivas sobre história do Brasil né pra gente trabalha trazer debates ali sobre a ideia dos povos originários dos povos indígenas dos problemas envolvendo a questão de índio
nomenclaturas nesses topo também ã nos textos de história né e o ideias para diar o fim do mundo do kenak que é aquele livrinho azul que por algum motivo eu não coloquei para vocês aqui ah poderia ter posto aqui embaixo com uma imagem ele é um livro que você paga sei lá r$ 3 você consegue comprar baratinho né bem pequenininho ã um conteúdo bem legal interessante Eu tenho algumas críticas ao texto que eu já vou falar para vocês na sequência não vou criticar o texto antes senão você já parte com a ideia de crítica do
texto e não absorve o que deveria absorver então depois eu faço as minhas críticas ao texto aí Capítulo a Capítulo são três capítulos desse texto que ele é bem curtinho diz ele né que tem ali 34 páginas eu li o meu na versão do Kindle não tem não comprei No Kindle baixei em PDF mesmo lá né então tipo aqui ele tem 34 páginas mas ele vai ser um texto que não deve ter 25 páginas devido à quantidade de espaçamento que tem contra capa e tudo mais né esse texto que nós temos aqui ideias para diar
o Fim do Mundo eh e assim vamos lá eu pretendo fazer com vocês em uma aula só a gente matar esse assunto do krenak porque eu acho que mais do que isso não é necessário o krenak ele vai ser um autor o texto dele a tese Central é basicamente o desenvolvimento de uma nova perspectiva sobre a ideia de humanidade né sobre o que é humanidade que humanidade é essa que nós vivemos que busca igualar e fazn compreender todos iguais e a partir disso vai promover a exclusão das diferenças e outras maneiras de se enquadrar e
de se ver o mundo né e como que a nossa relação com a natureza a nossa relação com a Terra é uma relação nociva e como nós não percebemos isso né E quais as ideias que ele tem para adiar o fim do mundo que não são bem ideias para adiar o fim do mundo o o mundo ele vai acabar né a humanidade um momento vai acabar e a terra vai continuar existindo como existiu Antes de nós existirmos por isso que ele trabalha com essa ideia de que é para adiar porque o fim vai acontecer e
se o fim se o mundo acaba para nós não significa que ele acaba necessariamente né ah e ele tem três Capítulos O maior deles é o primeiro que eu acho que tem nove páginas o segundo tem seis e o terceiro mais cinco por aí você lê isso aqui tranquilamente numa sentada se você quiser ler tá vale a pena para você ter contato com o texto Apesar de que você vai ver como ele é ele é bem repetitivo em alguns pontos ideias para diar o fim do mundo o krenak ficou famosíssimo né que agora ele é
então membro da Academia Brasileira de Letras o Ailton krenak bastante cobrado nas provas aí do Brasil a fora ã Então vamos lá três capítulos ideias para diar oo fim do mundo do sonho e da terra a humanidade que pensamos ser é um compilado de palestras do kenak você vai ver como que uma coisa é dita no primeiro capítulo depois no segundo e no terceiro e essa repetição vai fazendo parte do discurso dele para você ir pegando o que ele quer que você entenda eh sobre isso então a ideia do cren é assim o ser humano
ocidental principalmente mas não apenas né o homem branco se espalha pelo mundo ali no século X século XV x leva a sua maneira de ver o mundo e essa maneira é a dominante portanto aqui uma intersecção com o pensamento de ideia de cultura da mariaelena xi né que ela vai trabalhar lá no texto que a gente já tem aqui a aula na plataforma também e a relação do ser humano quando chega esse processo de dominação por exemplo do Brasil é um processo de dominação de imposição de uma visão de mundo que é europeia Branca Cristã
eh e que depois torna-se uma visão capitalista né Essa visão de dominação baseada na exploração baseada na utilização da técnica sobre a natureza e essa técnica no sentido de produção de de bens de consumo que a partir disso vão tornando aumento do Capital cada vez maior e ele vai falar sobre os problemas que essas empresas no mundo hoje trazem pro ambiente né e a relação da destruição do ambiente a relação de como que essa humanidade entre aspas eh cristalizada homogênea entre aspas também se relaciona com os demais povos que tentam viver de outras maneiras que
tentam ser entendidos eh ou tentam de manifestar a sua forma de existir além do que é a ideia de civilização né então vamos lá meu povo sem mais delongas Bora parte um ideias para adiar o fim do mundo e logo no começo do texto que ele vai fazer numa palestra que ele vai Portugal Ele pergunta como é que ao longo dos últimos 2000 ou 3000 anos nós construímos a ideia de humanidade O que é essa ideia de humanidade que humanidade é essa que a gente chama de humanidade Qual é o perfil Qual é a identidade
de quem se compreende dentro dessa humanidade Será que ela não está na base de muitas das escolhas erradas que fizemos justificando o uso da violência Será que a gente viver dessa forma que a gente acha que todos somos iG somos iguais é a forma correta de se viver portanto um princípio ético que a gente trabalha aqui também qual é a humanidade O que é a humanidade de qual humanidade específica nós estamos falando quem se insere quem pode fazer parte e quem é parte e quem não é parte dessa humanidade como faz para sobreviver essa humanidade
que o kenak nos dá é a ideia de uma humanidade europeia industrializada né homogênea tendo basicamente segundo ele uma mesma cultura mesmos elementos culturais mesmos elementos artísticos ou muito parecidos até mesmo uma possibilidade de uma língua comum né acabando com as diferenças eh com o capital e o mercado sendo algo que toma conta de tudo homogênea portanto sem diferenças culturais né inclusive quando ele vai falar sobre as construções dos grandes centros urbanos que são todos muito parecidos essa ideia de que a globalização é maravilhosa mas só que ela traz muitos problemas que é a perda
das identidades locais né Essa humanidade que acredita que vive descolada da terra né e Vejam Só ah os textos da federal desse ano São textos que não são textos complexos né pelo menos até os que a gente tá analisando até aqui os daqui paraa frente o hobs e a n frer são um pouquinho mais mas que nos fazem pensar sobre nosso cotidiano portanto uma ideia de uma filosofia do dia a dia muito importante né e por que eu tenho algumas críticas ao keren nesse texto dele aqui a estrutura mas não a ideia tá Que fique
claro essa ideia que ele traz da gente pensar sobre a maneira da gente viver descolado da realidade da Terra é um negócio que eu fiquei pensando muito sobre isso né Nós somos uma humanidade nós somos uma uma civilização que acredita viver separado né existe a terra e existe nós existe a terra em nós mano onde é que a gente vive é aqui brother a gente vive aqui a natureza os recursos disponíveis portanto significa que a gente tem que ficar ligado a isso nós exploramos esses recursos mais uma hora esses recursos acabam e isso vai fazer
com que nós também deixamos de existir né Essa humanidade que nega a pluralidade você só pode ser dessa fazer parte dessa humanidade se você compactua de tudo se você é um daquele povo que tenta viver de uma maneira que se vivia há 600 anos atrás como uma Tribu indígena brasileira como um desse um antepassado de Inca ou de Azteca você Nossa olha o que veio Que estranho esses caras nossa ó nossa eles vivem preocupado com a Terra Nossa eles só tiram o que eles precisam da natureza essa essa hostilização né Essa hostilidade para com para
com a outra forma de se viver para com a sua outra forma também de se perceber o mundo né como nós nos percebemos Descolados da terra propositalmente ou não essa percepção a gente não se importa distrair porque a gente acha que vai ter sempre Então essa compreensão dessa desvinculação terras humanidade é um fator que nos faz que nos permite extrair os recursos como se nada fesse fosse acontecer de ruim porque nós nos percebemos Descolados né Essa humanidade que nega as pluralidades que nega as ancestralidades né que é arrancada da natureza para viver na cidades nas
favelas para viver de uma forma pasteurizada como se todo mundo fosse igual quando todo mundo com que que a gente tem de igual né o consumo somos todos consumidores é muito mais fácil você ser consumidor do que você ser um cidadão é isso que nós buscamos o consumo que cria mitos de sustentabilidade para continuar destruindo a natureza Veja a gente tem que pensar em algo que seja né e sustentável E aí você coloca essas justificativas os isos 91 90029 não sei quê para assim a compra de carbono ao invés de a gente olhar para parar
para pensar né aqui é uma crítica que o karnak não faz nos textos dele mas que eu acho que deve ser que é a crítica em si éo capitalismo né pô a gente produz e vai ficar produzindo dessa maneira até quando é esse mito da sustentabilidade Tá mas e quando é que a gente vai pensar que a produção Será que a produção tem que ser somente destinada ao consumo que é intolerante com Esses povos que vivem de outras maneiras Isso aqui é uma parte muito marcante do texto do chanak ele vai falar sobre essa ideia
da humanidade várias e várias vezes ao meu ver os títulos dos Capítulos não tem muito sentido assim porque basicamente vão falar quase todos sobre uma mesma coisa né Eh a destruição ambiental causada pelas grandes corporações pelas grandes mineradoras que não se importam que vem como ele o kenac fala não me lembro se bem nessa parte do texto que vê como um recurso só que para populações nativas como a tribo dos crenac que é a tribo de onde o Ailton vem um não é um recurso econômico natural um rio é um membro da família um rio
é alguém que eles têm vínculo um rio é um ancestral né a ideia de nós os humanos nos escolar da terra vivendo numa ministração civilizatória absurda trá o crenac ela suprime a diversidade nega a pluralidade das formas de vida de existência de hábitos oferece o mesmo cardápio o mesmo figurino e se possível a mesma língua para todo mundo Precisamos ser críticos a ideia plasmada de humanidade hoga na Qual há muito tempo o consumo tomou o lugar daquilo que era cidadania mas tem gente mais né Ele fala e nossas crianças desde a mais tem ridade são
ensinadas a serem clientes não tem gente mais adulada do que um consumidor você faz de tudo para que isso continue existindo ele vai trabalhando nesse seu primeiro Capítulo do texto né a ideia de que a gente como a gente resiste O que seria uma ideia pra gente adiar né a gente tá caindo nesse Abis e só agora a gente se deu conta e esse Abismo ele vai acontecer né portanto a gente tem que adiar esse fim do mundo não que ele vai deixar de existir Mas como é tentando buscar perceber outras maneiras de se compreender
o mundo em si fugir de uma ideia de uma história globalizante no sentido de homogênea de que tudo é igual né Portanto o oposto disso que nós devemos buscar valorizar e entender e defender as diferenças exist entre os vários povos existem maneiras diferentes de se viver e essas maneiras de se viver no mundo antes da chegada dos europeus era uma maneira que na maioria dos povos era vinculada à Terra era vinculada à preservação é o se perceber enquanto membro daquilo é ver numa pedra conversar com uma pedra como se fosse um antepassado e entender isso
como um modo de vida e não como como um folklore não como sendo algo e caricato mas como uma maneira de entender a realidade nós vivemos em um mundo capitalista que científico mas que a técnica produz o quê em que tudo é produz todo cientista é incorporado pela produção capitalista e o que ele vai fazer vai se transformar em produto né buscar portanto preservar as subjetividades preservar a nossa maneira né ã Deixa eu ver se eu deixei aqui uma parte falando sobre a ancestralidade eu tirei a parte aqui nós não temos por algum motivo eu
não deixei a parte aqui a gente tem que buscar preservar eu não deixei escrito na parte anterior não que vive né num mundo que a gente tem que buscar preservar as subjetividades a subjetividade de grupos né que são esse vínculo ancestral de você ter contato com uma história que é do teu povo que faz sentido para você naquele lugar que é seu naquele lugar que foi dos seus antepassados que vai passando de um pro outro a gente vive nesse mundo globalizado em que a gente vai viaja de um lugar pro outro sem perceber a história
daquele povo sem perceber o lugar daquele povo sem perceber a ancestralidade tudo é a mesma coisa E aí a gente perde a identidade nós não nos compreendemos Mais enquanto parte de ao mesmo tempo que somos parte de um todo não somos parte de um grupo pequeno não temos uma identidade ancestral para nos estabelecer um sentido pra nossa existência porque não direcionamento de uma consciência histórica devemos portanto entender diferentes cosmovisões que percebem os elementos da natureza como seres vivos como par da comunidade que é aquilo que eu contei com vocês viver conectado à terra e perceber
a impossibilidade dessa separação Pô a gente Depende de tudo que tá aqui né a gente precisa portanto devemos vinculados a ela as críticas que a gente tem são críticas ao capitalismo mas também a nossa maneira de viver a nossa maneira de se desvincular da terra de buscar viver de forma global e esquecer dos grupos pequenos e mais ancestrais os costumes dos povos originários são vistos como estranhos errados por não se enquadrarem a humanidade você não faz parte daquela humanidade que eu descrevi anteriormente aqui então Teu costume é estranho né Ele é esquisito você não consegue
perceber ele como um elemento importante ele é diferente demais de você devemos valorizar outras formas de viver e contar outras histórias para poder então de certa forma adiar esse fim do mundo porque a maneira como nós vivemos é uma maneira em que nós não estamos adiando o fim do mundo é uma maneira em que nós estamos acelerando esse fim do mundo a maneira Consumista a maneira de uma industrialização perversa que extrai extrai extrai para produzir para produzir para produzir direcionando atrás do Capital Essa é a humanidade que nós vivemos e as resistências que o kenak
propõe nós buscarmos compreender outras formas de se viver buscar viver de outra maneira e não apenas olhar a maneira de um originário viver e admirar mas não pô em prática É nos percebermos portanto enquanto conectados à Terra como elemento que tá aqui vivendo e depende portanto da natureza tá falei para vocês que não ia separar mas eu acho que eu vou parar aqui essa primeira parte da aula e a gente volta na sequência para você ter essa sensação de finalizado forte abraço aqui o professor Juliano até mais tchau tchau