[Música] bem-vindos ao nosso canal YouTube com o desejo em cena de hoje enfocando o f o filme de Walter ses ainda estou aqui I'm still here um filme que narra a trajetória da família do político rubben spiv e nos anos 70 no na zona sul do Rio de Janeiro e que eh tá composto por duas partes eh muito heterogêneas entre si e que eh no fundo eh funcionam para eh localizar esse instante dramático hiper intenso eh do filme O seu grau zero que é o momento em que o político é raptado a idos né da
sua casa por seis e policiais ou oficiais da e Aeronáutica Brasileira começo fazendo essa partição porque e de fato é um filme e baseado na transformação que essa família passa a partir desse evento Então a gente poderia dizer assim alguns criticam o filme porque e ele seria assim um retrato feito por um diretor que vem de uma família muito ricaa e que tem todos os recursos eu retrato assim de uma família muito abastada e que portanto eh reforça um certo olhar sobre o Brasil eh Branco eh que estaria assim refletindo o ponto de vista dos
privilegiados do ponto de vista da psicanálise e essa é uma abordagem eh bom impraticável né isso tem suas limitações eh mas também isso está baseado numa numa perspectiva que é a incomensurabilidade das formas de sofrer ou na verdade a comparação das formas de sofrer a partir do privilégio concedido ao sujeito né Eh em função dele em função da sua história em função da sua biografia em função da maneira como como o sofrimento é narrativ que ele ganha relevo e ele pode ser propriamente entendido de fato eh é difícil eh para um psicanalista eh entender eh
gramáticas eh de contabilidade por exemplo do do sofrimento né gramáticas que atribuem eh formas típicas de Sofrimento eh sobr determinando a trajetória eh daqueles sujeitos isso no fundo nos parece um retorno de algo que tava assim eh lá atrás né meio esquecido e e que foi assim basicamente um equívoco né um equívoco de uso da teoria psicanalítica que era de assim usá-la né empregá-la para fazer eh eh eh psicobiografia tá no fundo pegar a história da vida de uma pessoa e dizer olha os seus os seus verdadeiros motores seus verdadeiros motivos são esses esses e
esses né E isso explicaria assim as obras os feitos os atos desse sujeito essa redução da obra ao seu autor e a redução do seu autor a dimensão ã psicológica né a dimensão assim de interioridade de intimidade eh ela ela se mostrou muito limitada porque eh nem sempre assim a gente só tem dois elementos que é o autor e a obra né Eh a gente tem por exemplo o narrador a gente tem por exemplo que posição o autor escolhe para contar aquilo que ele conta eh a gente tem a resistência vamos diz histórica dos materiais
que ele tem que mobilizar para contar a história que ele que ele pretende a gente tem eh o registro diegético da realidade que ele propõe e com a qual ele se compromete e Que bom ele pode produzir cortes eh eh inversões eh mas isso tudo eh no quadro de umas peças de contrato dialogal um contrato eh de negociação de sentido se vocês quiserem com aquele que é Ah quem recebe aquela obra que quem lê aquele filme A ideia de que eh Então aquela família é uma família de classe média então eles sofrem daquele jeito então
isso exprime um ponto de vista sobre o Brasil e é semelhante né incorre num erro eh parecido né um um um reducionismo eh que a acaba eh perdendo o que há de mais interessante eh nas estéticas do sofrimento né que de certa maneira Ah acenderam e ainda estão dando as cartas eh para o nosso olhar eh para as Produções eh em artes visuais e e no cinema no teatro também na na na na televisão O filme é no fundo um filme olhando pro sofrimento dessas pessoas né é um filme de como elas se transformam a
a partir desse evento né e e é a transformação que elas sofrem que consegue conversar com o sofrimento de todos nós que no fundo somos herdeiros somos continuadores somos assim legatários desse período eh tão decisivo da história brasileira contemporânea que é a ditadura militar ou a ditadura civil militar bom então ã o filme ele é composto por por dois grandes momentos né e e uma grande virada eh porque no fundo o que ele tá fazendo é tematizar o corte tematizar o corte na história do Brasil né tematizar as eh eh vamos dizer assim os momentos
de virada eh que estão marcando a nossa história desde o golpe que ah declara Independência depois o golpe que declara a república depois eh o golpe que declara o estado novo depois o golpe que declara a a ditadura do civil militar de 64 A 84 e ou bom se a gente quiser Ah o momento de interregno mais recente né de quase golpe né quer dizer é um golpe que não se cumpre ele ele ele ainda é um golpe ou não enfim eh Independente da sua opinião a respeito veja como a gente pensa a partir do
n do conceito de golpe e um golpe é justamente o que essa família sofre portanto é um filme sobre a temporalidade é um filme que tem o recorte né do sofrimento no tempo do sofrimento que que para alguns é uma família feliz né olha só estavam ali no no na zona sul carioca mas Rubens Paiva havia sido caçado ou tinha sofrido um alto exílio né e ele vinha de uma tradição de luta né da esquerda e aí a gente entra numa numa camada mais mais fina né Eh e que me parece ser assim o o
corte mais reflexivo do do filme que é o fato dele continuar ajudando Então as pessoas que estão sofrendo eh perseguições mas sem falar para a família sem contar inclusive para a esposa Eunice sem informar os filhos né ele aparentemente trabalhava mantendo a conexão eh levando e trazendo cartas eh mantendo a comunicação dentro eh das pessoas que estavam sendo perseguidas eventualmente algumas exiladas a gente pode perguntar assim o fato dele não comunicar essa tomada de risco né porque afinal é algo que tava pondo em risco a família é um ato é um ato ético porque a
gente pode dizer será que ele tava protegendo essa família agindo dessa forma ou será que ela estava vamos dizer assim H minorizado infantilizando dizendo olha as mulheres não devem participar da política elas não não não conseguem entender as coisas e portanto eu vou tomando aqui decisões que podem né que são representam riscos potenciais mas mas no fundo nós estamos falando da dessa personagem masculino que se entende e muitas vezes como excessivamente protagonista não só da sua história mas da história daqueles que ele tem que proteger aques com quem ele está enfim incumbido né na sua
trajetória fica aí a dúvida né Acho que bons filmes eles levam a gente a fazer perguntas não a simplesmente julgar comparar né produzir assim eh imagens tipo né tipos sociais que que sofrem necessariamente daquela maneira ou que ou que são felizes daquela maneira né Como dizia lá o tostoi né as famílias felizes são todas igualmente felizes as famílias infelizes são infelizes à sua própria maneira então a gente pode olhar para essa família que tá ali naquele momento de eh de crescimento né é o é o bom da da da do desenvolvimento Nacional né então justamente
as obras de engenharia as grandes construtoras elas estão enfim eh construindo a Transamazônica elas estão construindo Brasília elas estão às voltas com esse ideário moderno e Modernista de de conquistar a natureza de ocupar o vazio e e o Rubens estaria ão ligado a isso ele é um engenheiro né boa parte da do sonho dessa família tá ligado a à compra de um terreno onde eles vão construir uma nova casa cancar um novo destino ou seja ideais de progresso ideais de progresso que eh muitos questionam e associam imediatamente com Olha como a Utopia né da classe
média brasileira ela ela ela é uma Utopia inconsequente ela é uma Utopia H fora de contexto uma uma Utopia no filme egoísta ou narcísica interessada só vamos dizer assim nos seus próprios valores olha só o que que o filme diz por baixo né dessa primeira ou dessa segunda camada você tem ali alguém profundamente envolvido e arriscando sua própria vida né em função da seu do sua implicação política o filme então caminha para esse ponto a partir do qual eh aquo que não é dito vai se impondo ao que ao que pode ser dito né então
a gente Escuta aqui ali os gritos a gente vê As Faces a gente vê eh os momentos né E de de encobrimento né do do do Rapto eh inclusive dos da própria unice eh e da da da filha de uma das filhas que passa a ser também objeto assim de suspeita e a gente vai dizendo assim olha mas mas essa agonia do não saber ela é muito característica das famílias se a gente for ver os os os trabalhos mais críticos sobre a família nos anos 70 né do cinema Marginal eh do cinema novo né que
tá questionando justamente essa essa espécie de supremacia ou de tensão da família contra contra o social né cabra Marcado Para Morrer né Eduardo Coutinho é um um trabalho que que passa muito bem por isso né os os os filmes do Glauber Rocha passam por isso então a gente tem assim um diálogo entre eu ainda estou aqui né ou seja um tempo que não passa né um passado que não passa eu ainda estou aqui é a presença de de de Rubens Paiva entre nós enquanto desaparecido político e exatamente isso que eu estudei nesse nesse livro recente
e que eu chamei de lutos finitos e lutos infinitos né Eh Ou seja o que que a gente faz quando a gente tem algo que é próximo de uma morte que é um desaparecimento sem o corpo né Eh como minha própria família viveu com o desaparecimento do do meu avô eh lutando pelo exército alemão contra a União Soviética né o ou seja aí você tem essa perspectiva de que de que o luto ele precisa ser feito mas ao mesmo tempo há há uma esperança Uma expectativa de que aquilo não não passe de uma ausência né
então a gente já tem os dois elementos fundamentais as duas linhas de fuga fundamentais para para falar do processo de simbolização no tempo né Ou seja a presença de uma ausência né cadê Rubens né cadê o corpo e a a ausência de uma presença né ah a a a a ausência da e da palavra né a ausência eh de um que aparece num sussurro a ausência que é que é denunciado pelos pelos restos pelos resíduos pelo pelos impasses dentro inclusive né dos sistemas institucionais que vão atravessando o filme da polícia aos amigos do sistema vamos
dizer assim eh judiciário e e e e da sua tentativa no fundo que é a segunda parte do filme eh de estabelecer um uma espécie de ponto de basta para isso que é um momento conclusivo talvez de um de um segundo nível da narrativa que é o momento em que eh a a a Fernanda Torres recebe o certificado de óbito a certidão de óbito do do do seu marido né E então tão ali os repórteres e e e elas di Olha que olha que que curioso né o momento que é feliz né é um momento
de de eh realização né Eh de uma de uma demanda né de uma ah ausência de uma presença que agora se realiza e se materializa eh simbolicamente pela pelo ato do Estado di eh dizer olha Eh o seu o seu marido né o seu pai morreu Acho que uma pergunta eh decisiva que o filme curiosamente assim ele não ele não explora de uma maneira circunstanciada né mas ela aparece no momento onde essa família né ela ela sai do Rio de Janeiro e vai para São Paulo né Eh isso vai aparecendo assim nos nos sinais de
como essa essa migração ela ela tá marcada pelo empobrecimento né pela pela falta pela rarefação dos recursos de como eles vão para um ã um prédio mais mais Modesto de como nesse nesse apartamento né As coisas elas vão eh os objetos né Elas vão H se tornando mais rarefeitos os livros os documentos os arquivos vão ganhando o primeiro plano e nesse processo tem um momento em que logo depois da a Certidão de Óbito está o Marcelo está uma das suas irmãs está eice começam os primeiros traços né Eh disso que que seria uma espécie assim
de ah síntese simbólica né que é que é a a a perda da memória que é o a a demência e é é o esvaziamento assim subjetivo eh deonice eh agora retratada pela Fernanda Torres né em que ela vai perdendo as duas coisas a presença e a ausência mas antes disso ainda nessa nessa cena decisiva em que a família se reúne Ah se reúne em falta dele né em falta simbólica dele e aí eh o Marcelo acho que pergunta ou é a irmã dele que pergunta assim quando é que você se deu conta daí o
outro vira assim disse deu conta o quê De que ele tinha morrido ou seja aquilo que é um processo né coletivo público né político e da realização de que o estado assassinou essa pessoa né Ou pelo menos não não não não consegue se responsabilizar por por por protegê-la por dar por dar Eh vamos dizer assim testemunho do seu paradeiro né ao mesmo tempo como cada um vai eh subjetiv a perda ao seu próprio tempo ao seu próprio moto então uma é quando descobre a caixa de fósforos com o seu com seu dente né um momento
lindo né de de desilusão porque afinal A Fada do Dente vai trazer os doces e daí e a gente enterra eh na areia eh aquela dente que caiu e que marca justamente uma passagem um progresso uma maturação dessa daquela criança e esse fragmento de corpo volta eh como testemunho de que ela se foi mas ela está ali né ele se foi mas a lembrança dele está ali e aí o filme podia ter explorado são são cinco filhos né Eh como Cada um eh respondi respondeu a essa a essa inquirição né Há algumas alusões a gente
pode rever o filme Procurando esse detalhe e e e talvez se se o filme pudesse ter se focado um pouco mais no no processo de cada um e de como esse processo é diferente Ou seja de como o mesmo acontecimento né geopolítico ele implica trajetórias de sofrimento compartilhadas mais distintas então é o filme paraa nossa época é um filme que tá questionando né as grandes narrativas disseram lotar eh que as grandes narrativas tinham desaparecido por quê Porque as narrativas bíblicas sofreram Abalo as narrativas marxistas sofreram Abalo as narrativas utópicas modernistas sofreram Bal mas olha só
que que que narrativa massiva né que que que que narrativa extensa que narrativa que não oferece assim possibilidade de de de negociação subjetiva é essa que nos força a sofrer na forma pessoa tipo a sofrer como uma família de classe alta de brancos de isto de aquilo veja não é que é falso né mas é pouco detalhado né é inespecífico do ponto de vista daquilo que faz dignidade para o sofrimento a gente só consegue ver a dignidade ali onde o singular aparece para todos nós como Universal quando a gente se você vê representado nesse Universal
que não é o genérico que não é o particular que não é o categorial é esta história Este sujeito este caso e desse ponto de vista o filme eh ele ele recupera uma gravidade né Eh que é a como essa essa essa essa família ela vai eh se transformando a partir dessa perda e se transformando eh de tal forma a a tornar eice uma uma advogada extemporânea ela vai então fazer o curso de de direito em São Paulo e ela se torna olha só que interessante uma grande uma proeminente defensora dos direitos dos indígenas e
a gente vai dizer assim poxa mas será que isso Será que essa vocação Será que essa vida dedicada a essa causa não responde à elaboração que essa interpelação ou obscena impossível que o estado brasileiro que a violência social brasileira impôs a ela dizendo ã Sim e eu sofri eu perdi é este meu marido e nem mesmo a perda tem nome como milhões de indígenas brasileiros que perderam suas terras perderam suas famílias perderam sua língua perderam seus laços sociais perderam seu aterramento perderam suas cosmologias perderam suas on E aí a gente diz olha só ela está
SS voltas com o processo a partir do qual a reparação do outro faz parte da minha própria recomposição veja como isso não cabe na mentalidade né Eh hiper individualista né que força a gente a sofrer por tipo específico né bom mas a a a recomposição que ela pode fazer e Vejam só né a gente tem aqui a participação na na Luta pelos pelos direitos dos indígenas da querida psicanalista minha amiga Maria Rita Kel né que fez parte da comissão verdade e dentro da comissão verdade levou adiante as questões que eice tinha colocado de forma Pioneira
e e portanto a gente tem aí uma uma uma implicação né que vai que vai chegando mais perto da psicanálise né Ou pelo menos mais perto da Psicologia o fil né narra e mostra uma personagem que a gente vai dizer assim olha só como é como é o protótipo do do do tipo burguês né ah Vera que vai então estudar na Inglaterra né que tem todos os privilégios que se encontra com os Beatles que vai lá tirar foto em aby Road e que está enfim vivendo a vida adoidada eh nos nos nos da classe média
alta eh carioca e portanto eh tem todos os eh os traços né daquela daquela figura tipo eh da da inconsequência social mas di aí você vai olhar de perto né quer dizer segunda volta do parafuso é sempre decisiva né se há algo que esse filme ensina é a olhar de novo né olhar uma segunda vez olhar incluindo a torsão do Olhar nessa segunda olhada né quem é Vera né Vera Paiva professora do Instituto de psicologia da USP né eu Ola muitos anos junto comigo né me antecedeu fez um fez e faz uma carreira brilhante que
se notabilizou né pela pela luta iniva pela escuta pela Luta pelos direitos daqueles que ah foram acometidos pelo pelo vírus HIV ou seja uma uma uma experiência social de lacerante que a minha geração viveu os anos 80 justamente né esse momento de redemocratização que é atravessado por um por uma doença que que mata as pessoas né sem cura E aí tava verapa n ver Paiva lutando podia ter feito então inúmeras outras coisas veja só olha como como quando a gente olha pra fotografia a gente perde o filme né e e é esse olhar pro frame
pro instante né que que que que julga numa abraçada só né ele perde o que ele perde que esta pessoa retratar daquela maneira se transformou numa é uma pessoa de grande mérito né para a Psicologia para a psicologia social no Brasil né E para o pensamento pela luta dos Direitos Humanos ou seja o que que esse filme tá fazendo nesse momento gente dizendo que a crítica não começou anteontem dizendo que antes né destes que hoje lutam pela Equidade racial pela redução da desigualdade social pela diminuição da pobreza pela diminuição da Fome pela diminuição da miséria
esses que hoje lutam contra o racismo contra a opressão de gênero contra opressão de orientação sexual gente isso tem uma história e é tão ruim esquecer essa história e dizer assim olha essa história foi outra vamos contá-la do ponto de vista sei lá da Redenção do estado brasileiro a volta ao os bons costumes o tempo em que o pai ainda não havia declinado quanto daqueles que olham pra experiência vamos dizer assim destas pessoas e não percebem que elas estão fazendo parte da mesma luta que hoje anima as novas gerações mesma luta refrasul é a nossa
capacidade de fazer história é a nossa capacidade de lembrar é a nossa capacidade inclusive de produzir novas gramáticas de lembrança que é o que esse filme tá convidando a gente a fazer é isso gente não basta né o olhar assim de rubes Pierre né esse sim aquele Não essa versão aquela outra não Gente o que o que faz experiência humana interessante é sua complexidade então mesmo policial gente não vamos imaginar que as pessoas nós estamos na idade média e que as pessoas elas alegoriza tipos sociais mesmo os policiais tem aquele momento de solidariedade tem aquele
olhar em que você diz puxa eu também estou me dando conta do que está se passando com você e sinto uma impotência que é corr relata simétrica ao que você sente isso não apaga as diferenças gente isso não reduz né isso não nega nada pelo contrário isso cria laço social transformativo que é o que está nos faltando que é o que esse filme tenta nos ensinar algo semelhante a gente pode dizer assim né do do próprio ã Marcelo Rubens Paiva que escreveu né o o livro que deu origem à adaptação e que antes tinha escrito
né filiz an o velho ã contando a sua própria história né de de de perda da da da da motilidade o seu seu acidente de como de como Justamente a gente vai perdendo perdendo coisas da vida né E essas perdas elas são para cada um o fulcro da sua história né é a partir disso que a gente se conta histórias enfim eh chatas são aquelas histórias que só acumulam triunfos aqu o que a gente tem é uma história de perdas e acho que por isso eh pela delicadeza pela complexidade que ela introduz né na experiência
humana eh vale a pena torcer por esse filme vale a pena torcer por esse filme Como algo que que resgata sim porque não dizer uma certa uma certa brasilidade se há aqui interpretações né que vão que vão ah pautar né E quem quem é que pode dizer do seu sofrimento né Eh como diz né as Piva quem E pode o subalterno falar a gente diz Ah mas eu sei queem é o subalterno então a relação é recíproca e simétrica né ah essa família pode falar é vamos lá olhar a história falaram puderam ser escutados quando
quanto Demorou Será que não é agora que nós temos a tarefa histó nós todos nós na tarefa Histórica de escutar isso em vez de defletir e dizer olha só não não é não é imagem tipo do brasileiro que tá falando ali mas simbólico menos Imaginário gente vamos torcer por esse filme é um ótimo filme é um um filme sensível é um filme para quem quem sabe ler né quem sabe escutar É isso aí para mais momentos em que eu ainda estou aqui né para o bem e para o mal né clica Noon MOV deixa a
história passar lentamente mas sem querer virar o barco você não vai mudar o curso das [Música] [Música] Águas n [Música]