[Música] [Música] [Música] Olá bom dia a todos e a todas a todes meu nome é Márcio Carvalho sou professor da universidade federal do Tocantins e vamos iniciar a nossa 13ª aula fundamentos marxistas da pedagogia histórico crítica agradecendo a todos pela audiência a todos que estão conosco neste momento de transmissão ao vivo e aqueles que vão ver essa essa transmissão em outros horários na parte da tarde na parte da noite ou outros dias até a nossa próxima aula pedindo já de imediato para todos aqueles que estão nos assistindo para que possam curtir o vídeo é muito
importante para nós para que a gente possa aumentar a nossa capacidade de socialização destas informações que você curta o vídeo no YouTube e aí não esqueça também de copiar o link e mandar nos grupos para socializar com os colegas este esta transmissão e obviamente essa aula que vai tratar dos fundamentos da pedagogia histórico-crítica nós estamos hoje na 103ª aula e a Organização das nossas atividades vai também eh ser falada daqui durante a aula para que a gente possa entender como está a nossa programação nós tínhamos programado uma aula para o dia 21 que foi transferida
para o dia 28 de Novembro que é a aula com o professor saviani a última nossa última transmissão agora já de imediato vou agradecer aí aqueles que estão desde o início da transmissão 7 horas da manhã Cacau Nicolau D bom Bom dia it fala de Maceió do Instituto Federal do Alagoas Roberto lial Bom dia companheirada saudações Avante da UnB da Universidade de Brasília São Lu do Maranhão Conceição Mendonça Bom dia também bom dia da professora am Gomes do pge da Universidade Federal do Maranhão São Lu do Maranhão Obrigado professora Fabiano Mota do Ceará mas também
ligado à Universidade Federal de Santa professor e orientador Marquinhos aí professor Marquinhos suas orientandas já estão nos dando aí a audiência necessária pra gente fazer uma grande aula já registrou a presença dela aí viu que ela foi esperta aí aí pro pro chat deixar o recadinho Carla Roberta Brandão de Oliveira do Departamento de Educação da Urca da Universidade Regional do Cariri Ceará Pelotas Rio Grande Do do Sul Nara Almeida bom dia bom dia Sand Rio Branco Acre da Universidade Federal do Acre agradecendo também os nossos novos membros do canal Ana Maria Bispo Ribeiro e o
Eduardo Bezerra aproveitando essa esse momento para pedir para você também se associar ao canal segundo o professor zeso aí custa menos que um cafezinho 1,99 é a é a a taxa mensal de associação ao nosso canal Então se inscreva no canal é a primeira coisa para receber as notificações liga o Sininho para receber as notificações se você quiser se associar ao canal você sabe que você tá investindo num canal que está produzindo conteúdo qualificado para uma educação crítica em defesa dos interesses da classe trabalhadora brasileira muito obrigado a todos que estão aí diversos comentários agradecer
aí a todos aqueles que estão conosco de todos os cantos do Brasil tô vendo aqui mais um comentário da ufopa da UFPA Amazônia da UEMA Caxias iftm que é de Minas Gerais lá o Instituto Federal do triângulo está conosco também Rondônia Porto Velho conosco os nossos colegas de Sorocaba também estão conosco Santarém no Pará Unirio licenciatura em pedagogia Polo Rio Bonito e todos aqueles que estão obviamente nos acompanhando aí pela internet e estão nos ajudando aí a construir um curso para todo todos os brasileiros todos os trabadores da educação os nossos recados iniciais não esqueçam
agora no final do curso de eh também acessar o site do sted BR para verificar a data direitinho da última aula nós estamos agora na penúltima aula aula 13 fundamentos marxistas da phc e vamos partir para a última aula tem lá no cronogram referências bibliográficas tudo certinho para que você possa concluir o seu curso de forma qualificada jornada sted BR um abraço paraa Professora Clarice todos os professores alunos que estão construindo essa grande jornada que vai ser agora de 11 a 14 de novembro de 2024 na Universidade Federal do Ceará mais informações no site da
jornada e o pessoal inclusive aí tá organizando uma grande atividade de lançamento da jornada né o primeiro dia da jornada palestra inicial da jornada grandes atividades aí nós vamos também através do site da jornada estar divulgando as atividades o local para assistir e tudo mais inscrição para ouvinte de 4 de setembro a 6 de novembro de 2024 pro colóquio nacional e colóquio internacional do museu pedagógico A Beira do Abismo os caminhos da humanidade diante ameaça da sua das de sua extinção do museu pedagógico da uesb da Bahia sexto encontro de São Paulo da rede astes
tarefas associativas e sindicais do combate ao neoliberalismo Educacional e solidariedade Ativa ao povo palestino pelo fim mediato ao extermínio humano na faixa de gasa Eesse Jordânia de 11 a 12 a 13 de dezembro de 2024 evento totalmente online gratuito para todos aqueles que quiserem participar e-book gratuito ciência educação e luta de classes desafios e perspectivas de resistência um produto do nosso último seminário do sted BR tá aí o professor Régis professora Luciana que tem também nos ajudado a divulgar esse ebook também são construtores do próprio ebook e sempre tem nos ajudado aí a lembrar de
divulgar esse essa essa obra né que tá na Editora navegando para aqueles que estão iniciando aí os estudos da pedagogia histórico-crítica Entra lá na Editora navegando todos os livros estão à disposição para serem baixados de forma gratuita e novamente né a indicação da revista debates em educação com o dossiê do quo aniversário do livro escola democracia contribuição e novos desafios que é o né a comemoração do 4º aniversário do livro escola e democracia então acessem lá a revista debates em educação da Universidade Federal do Alagoas dos do 4º aniversário do livro escola e democracia de
imediato para que a gente possa já aproveitar a nossa manhã vou chamar a o nosso comitê central da Unicamp comitê central da Unicamp que está aí com os nossos comandantes mor do nosso curso de pedagogia histórico crítica levanta o braço aí o professor zeso nosso subcomandante do sted BR como ele gosta de ser chamado então muito obrigado Professor zeso nosso subcomandante professor Régis professor Marcos e eu já vou iniciar a apresentação do professor Marcos que é carinhosamente conhecido por todos como professor Marquinho professor Marcos ele é Marcos Francisco Martins Professor associado da UFSCAR Campo Sorocaba
departamento de ciências humanas e educação com atuação de professor permanente junto ao ppget Sorocaba o programa de pós-graduação em educação da UFSCAR Campo Sorocaba bolsista produtividade em pesquisa do CNPQ umd um grande pesquisador vai estar hoje conosco coordenador do lepes fnep laboratório de estudos e pesquisa de ciências humanas e educação e ex-coordenador do programa de pós-graduação e educação de Sorocaba de 2012 a 2018 graduada em filosofia pela pontifícia Universidade Católica de Campinas com mestrado e doutorado em educação pela Universidade Estadual de Campinas trabalhou na Unifal Universidade Federal de Alfenas campus poos de Caldas em Minas
Gerais foi coordenador do programa de Mestrado em educação do unial ex-editor da revista ciênci da educação e da crítica educativa que articulou a criação fundador e líder do grupo de pesquisa teoria e fundamentos da educação participa de comitês editoriais e periódicos especializados na área da Educação e é consultor adoc AD hoc de revistas científicas nacionais e internacionais bem como agências de fomentas integrantes do Conselho Nacional da igs International GR society com artigos capítulos e livros publicados tem experiência na área de pesquisa em educação com ênfase nos fundamentos a partir do legado teórico metodológico marxista particularmente
o de viés produzido por Antonio grames dialoga com temas relacionados às teorias da educação escolar e não escolar pedagogia histórico-crítica e a relação entre cidadania e educação muito obrigado professor Marcos Francisco Martins pela sua aula todos aqueles que estão nos acompanhando sabem que o professor gravou eh anteriormente a aula e disponibilizou a todos pelo site do sted BR e hoje ele está aí lá na Unicamp com doos nossos colegas da UNICAMP para responder aos questionamentos mas antes de passar às perguntas eu passo a palavra pro nosso expositor de hoje para que ele faça sua saudação
Inicial seja bem-vindo Professor Muito obrigado a palavra é sua bom bom dia a todos e a todas é uma satisfação colaborar com essa iniciativa articulada pelo sted BR não é que se efetiva na forma de curso de extensão e de disciplina da pós--graduação queria inicialmente agradecer a essa equipe de suporte que faz um trabalho sem o qual essa iniciativa não seria possível e eh tenho a dizer eh que as respostas eh as perguntas que eu recebi via formulário eu as recebi ontem portanto tenho tive eh pouco tempo para articular as respostas de maneira que o
que eu vou apresentar aqui não é mais na intenção de fomentar o debate e e o diálogo para posteriores aprofundamentos dessas questões que me foram encaminhadas é isso mar estou à disposição Muito obrigado professor Marcos só pedi o cuidado aí pro pessoal que tá na Unicamp tem a câmera e às vezes a gente se posiciona na frente da câmera e acaba não recebendo Mas obrigado a gente vai fazendo aqui aqui é assim é um curso solidário e revolucionário feito por trabalhadores para trabalhadores e às vezes problemas acontecem primeira pergunta Professor a defesa do conhecimento é
um dos fundamentos da pedagogia histórico-crítica porque há tanta resistência de alguns críticos marxistas mais radicais em aceitar a pedagogia histórico-crítica como teoria pedagógica marxista então Márcio eh ao meu juízo essa pergunta ela se divide em duas não é uma primeira a defesa do conhecimento é um dos fundamentos da phc e a outra porque há tanta resistência de alguns críticos marxistas mais radicais em aceitar a phc como teoria pedagógica marxista assim eu compreendi e assim eu Articule a resposta então sobre a primeira questão a defesa do conhecimento é um dos fundamentos da phc então sobre essa
questão eh eu tenho a considerar o seguinte que certamente a phc advoga não é a socialização dos conhecimentos historicamente produzidos e sistematizados na forma de ciência Filosofia e Arte não é isso é explícito em vários textos não só do formulador originário da pedagogia históri crítica mas também naquele conjunto de pesquisadores e pesquisadoras não é que estão neste momento ajudando a desenvolver plenamente essa teoria pedagógica crítica então penso que não há dúvida em relação a isso agora Talvez seja interessante aprofundar o debate dizendo por que isso ocorre não é por que isso ocorre e ao meu
juízo isso ocorre por quatro não é entre outros que a gente poderia enunciar e um primeiro motivo dessa defesa em conteste da apropriação do conhecimento pelos educandos no processo de ensino e aprendizagem se dá pelo fato de que observada a produção do professor Demerval saviani é muito Claro não é é explícito em relação ao fato de que o modo de produção capitalista ele é um modo sustentado em algumas bases sobretudo da expropriação né e na dinâmica desse modo de produção capitalista a expropriação ela não ocorre de uma classe dominante dirigente que é minoritária as classes
eh que são majoritárias né E que portanto estão subalternizadas em eh so ponto de vista econômico social político e cultural esses pração ela não ocorre apenas e tão somente a partir dos bens materiais mas as classes subalternas os trabalhadores e as trabalhadoras além de terem os bens materiais expropriados eles também têm os bens culturais e expropriados e um desses bens culturais é justamente o conhecimento não é então eh eh considerando isso eh eh aos trabalhadores não é a gente poderia dizer é oferecido apenas e tão somente o conhecimento mínimo necessário para que ele possa executar
bem a sua função eh no modo de produção capitalista não é que é de produzir valor de valorizar o capital e ao mesmo tempo que faz isso com a produção de bens materiais e imateriais eh ele é expropriado disso elas são expropriadas disso os trabalhadores e as trabalhadoras não é a burguesia sabe bem do risco que é não é oferecer acesso amplo e restrito aos trabalhadores ao conhecimento historicamente produzido por isso ao longo da sua ascensão eh como classe não é a burguesia eh eh como é que a gente poderia dizer eh capilarizar bem as
doses de conhecimento oferecidos oferecidas para a classe trabalhadora não é por quê porque eh ter acesso livre e irrestrito ao conhecimento eh possibilita os trabalhadores e as trabalhadoras terem consciência de si não é terem consciência do mundo e articular-se em iniciativas para si a burguesia sabe bem disso por isso administra em doses homeopáticas o conhecimento oferecido para para as classes subalternas não é se a gente for por exemplo eh naquele texto Os desafios da educação pública na sociedade de classes do saviani ele vai dizer assim não é o desenvolvimento da educação especificamente da escola pública
entra em contradição com as exigências inerentes à sociedade de classes de tipo capitalista esta ao mesmo tempo em que exige a universalização da forma escolar da educação não pode realizá-la plenamente porque isso implicaria a sua própria superação com efeito o acesso de todas em igualdade de condições as escolas públicas organizadas com o mesmo padrão de qualidade viabilizaria a apropriação do saber por parte dos trabalhadores mas a sociedade capitalista fundamenta-se exat mente na apropriação privada dos meios de produção e é por isso que a escola pública oferecida aos trabalhadores eh com a mesma qualidade não é
que é oferecida por uma minoria social entraria em contradição com a própria sociedade capitalista então a sobre essa pergunta eh sobre se a pedagogia histórico se o conhecimento é um dos fundamentos da pedagogia histórico-crítica eu diria que sim não é por quê Porque a a pedagogia histórico-crítica Primeiro ela defende que o conhecimento produzido historicamente seja eh socializado não é universalmente eh no interior de uma formação social a segunda coisa que eu gostaria de destacar para justificar que certamente a a pedagogia histórico-crítica advoga esse acesso a amplo ao conhecimento histó historicamente produzido é que aos trabalhadores
e à trabalhadoras no seu processo de emancipação das condições impostas pelo capitalismo a eles e a elas é fundamental ter acesso ao conhecimento né e quais são essas condições que eh o modo de produção capitalista impõe aos trabalhadores e sem conhecimento os trabalhadores dificuldade de se emancipar de se libertar dessas condições impostas pelo capitalismo eu sintetizaria em três a exploração econômica a alienação social e as diversas formas que a opressão eh se manifesta historicamente nãoé para que os trabalhadores e trabalhadoras possam se emancipar é preciso que eles conheçam os processos que os tornam subalternizar não
é é preciso que ele que eles conheçam as condições às quais o capitalismo submetem né sobretudo e Na tentativa de sintetizar né Eh a exploração econômica a alienação social e as diversas formas de opressão então segundo o argumento a pedagogia histórico-crítica se fundamenta naessa entre os fundamentos da pedagogia histórico-crítica está a defesa em conteste da social do conhecimento está esse argumento né que é condição sinequanon para o processo de emancipação dos trabalhadores e das trabalhadoras conhecer os próprios processos eh no modo de produção capitalista que os tornam subalternizados não é o terceiro argumento que eu
gostaria de usar para dizer para justificar esse essa essa centralidade que a socialização do conhecimento tem na pedagogia crítica é que em se tratando e da discussão escolar não é a gente sabe que que a escola hoje em dia se atribuiu à escola diversas funções não é mas ela tem uma função clássica ela tem uma função que historicamente eh foi determinante da sua identidade como organização social não é e essa função clássica da educação é ensinar é transmitir conhecimento Isto é tão consolidado não é que se a gente eh perguntar para qualquer pessoa até mesmo
aquelas eh que estão num nível de consciência mais basilar né de senso comum um nível de consciência eh que o Grame chamaria de folclórico né se você perguntar para uma mãe de uma criança de Periferia escuta is aqui seu filho na escola para quê u porque ele aprenda alguma coisa O que que você espera da escola que ela ensine alguma coisa né então é função clássica da escola transmitir o conhecimento histórico historicamente produzido daí que para a pedagogia histórico crítica né nessa função clássica de ensinar trata--se de ensinar a conhecer né e e e ensinar
a conhecer possibilitando as pessoas que estão na escola ter acesso ao saber mais desenvolvido historicamente não é ao saber mais elaborado sistematizado historicamente eh que o saviani costuma reportando-se a terminologia grega Costuma se reportar com o termo de episteme então a escola ela deve cumprir a sua função clássica de ensinar de transmitir conhecimento mas não qualquer conhecimento o conhecimento que os trabalhadores e as trabalhadoras não têm acesso na sua casa no seu círculo familiar no seu círculo social que é o conhecimento sistematizado elaborado e na forma de episteme nãoé e não né o conhecimento eh
de senso comum axa ou mesmo conhecimento que advém da nossa eh dinâmica de vida a Sofia não é isso doxa e Sofia os trabalhadores e as trabalhadoras já T acesso Eles não precisam ir na escola para ter acesso né então a a escola para pedagogia histórico-crítica deve assumir a sua função clássica que é ensinar o qu conhecimento qual conhecimento o conhecimento elaborado e sistematizado na forma de filosofia ciência e Arte por quê Porque é esse que os trabalhadores e as trabalhadoras não têm acesso na sua dinâmica de vida daí ser a escola entendida como um
centro difusor de conhecimento de tipo eh relacionado à epistem ao conhecimento elaborado isso se justifica porque senão na escola as classes as classes subalternas não terão acesso a ele em nenhum outro lugar não é e por fim o último argumento que devo empregar para poder eh advogar em favor eh de que é um dos fundamentos da phhc a socialização do conhecimento né É que quando as pessoas têm acesso aos conhecimentos mais avançados eh como é que a gente poderia dizer não é é só mais recentemente né Tá aqui o zes do meu lado ré vários
colegas aqui na mesa é só mais recentemente que a pedagogia histórico-crítica que vinha sendo elaborada formulada não é desde a década do final da década de 70 começo da década de 80 é só ali no começo da década de 2000 que ela encontrou uma fundamentação psicológica não é para aquilo que vinha sendo formulado pelo professor originariamente pelo professor Demerval saviani e essa fundamentação psicológica dessa teoria pedagógica eh foi identificado na psicologia histórico cultural não é e na psicologia histórico-cultural o que a gente sabe eu não sou especialista nisso Vocês tiveram palestrantes e palestrantes que tratam
trataram disso nós temos entre nós pessoas que são especialistas nisso eu não sou né mas para a escola de vigot vigot sobretudo não é você ter acesso ao conhecimento elaborado em implica eh na maior possibilidade de você desenvolver as funções psíquicas superiores o que lhe possibilita por exemplo portanto ter mais condições de plenamente se desenvolver né como ser humano Ah te possibilita tendo acesso aos conhecimentos eh mais elaborados e sistematizados na forma de ciência Filosofia e Arte tip it a ter um impacto no seu psiquismo de modo que ele esteja mais apto para que você
plenamente se desenvolva desenvolva-se na multiplicidade daquilo que que te identifica como ser humano não é então por que que a pedagogia histórico-crítica ela advoga ela advoga pela defesa de que o conhecimento mais elaborado seja socializado não é só porque o modo de produção tira isso dos trabalhadores e trabalhadoras e a pedagogia histórico-crítica quer socializar isso dos trabalhadores são expropriados não só os bens materiais mas os bens culturais e a pedagogia histórico-crítica quer socializar esses bens culturais sobretudo conhecimento que foi o primeiro argumento que eu que eu empreguei a pedagogia históric crítica advoga pela socialização do
conhecimento porque é condição de entendimento dos processos de vida na forma capitalista o acesso ao conhecimento para que eu possa entender os processos que me leva a ser como classe subalterna um ou uma subalternizada depois o terceiro argumento Por que que a pedagogia histórico-crítica advoga a defesa da socialização do conhecimento por quê Porque a função clássica da escola ensinar ensinar o quê não aquilo que os alunos já sabem ou desenvolve doxa e Sofia mas que possibilitem a eles terem acesso né ao conhecimento elaborado e por fim Esse quarto argumento que é o seguinte quando a
gente socializa o conhecimento mais elaborado isso impacta o nosso psiquismo de modo a que ele esteja mais eh preparado para que a gente possa plenamente se desenvolver nos desenvolvermos naquilo que o eh o Marxismo chamou de omnilateralidade não é um desenvolvimento pleno um desenvolvimento integral de todas as dimensões que nos identificam como seres humanos e seres humanas né e seras seras humanas não existe né R bom eram essas as respostas era era essa resposta que eu articule em função dessa primeira pergunta a defesa do conhecimento é um dos fundamentos da phc penso que sim e
empreguei quatro argumentos agora eu vou partir da segunda pergunta lá porque há tanta resistência de alguns críticos marxistas mais radicais em aceitar a phc como teoria marxista não é Olha eu não sei porque não foi dito na pergunta quais são esses críticos marxistas né se na pergunta contivesse a identificação desses críticos marxistas Talvez o nosso diálogo pudesse ser mais produtivo é mais produtivo por isso eu vou supor né aquilo que não tá na pergunta não é e assim vou responder eh considerando que na pergunta está contida a ideia de que há dois críticos duas críticas
Mas isso não tá explícito né bom supondo então que ao se referir aos críticos marxistas eh que tem resistência na phc supondo que esses marxistas criticam a pedagogia histórico-crítica supondo que esses marxistas E essas marxistas sejam aqueles e aquelas que criticam a a phc pelo apego que ela tem a centralidade eh a transmissão do conhecimento n é a centralidade que ela dá o conteúdo pedagógico por vezes alguns Alguns colegas do nosso campo do campo marxista não é do campo das teorias críticas chegam a identificar a pedagogia histórico-crítica como a pedagogia tradicional dada a centralidade do
conteúdo dada a importância que a pedagogia histórico-crítica eh vê na transmissão do conhecimento elaborado né eh Há colegas do nosso campo né que dizem a pedagogia histórico-crítica ao fazer essa defesa se aproxima muito da da pedagogia eh tradicional não é bom eh eu queria Então responder aí se a pergunta se referiu a isso eu não sei porque não tá explícito né mas se ela se referiu a isso eu queria responder a isso né e a primeira coisa que eu gostaria de dizer é que não h não há possibilidade de de dizer isso que a pedagogia
histórico-crítica se centra tanto no conteúdo que ela ela valoriza tanto o conteúdo que ela chega a abdicar da discussão do método ou da metodologia isso eh eh não existe não é ao valorizar o conteúdo na verdade a pedagogia histórico-crítica ela não abdica da discussão do método veja que uma das principais eh eh Produções originárias do professor saviani ao elaborar essa teoria pedagógica crítica foi construir eh princípios metodológicos que orientam a atividade Educacional então nós temos ali bastante bem encaminhada a discussão metodológica centrar a discussão o debate no conteúdo não significa abdicar da discussão metodológica não
é e é nesse campo do método da metodologia dos processos de ensino e aprendizagem é que inclusive Ah o professor saviani em vários textos considera a necessidade de ao desenvolver um processo de ensino e aprendizagem preocupando-se bastante com a transmissão do Saber elaborado você inclusive cuide não é você inclusive tenha atenção para o público com o qual você está lidando com o desenvolvimento das pessoas das crianças dos adolescentes em qual nível ali em qual momento do processo desenvolvimento ele está para que se possa A partir dessa preocupação metodológica você desenvolver um processo de transmissão de
conhecimento é que seja adequado aquele aquele momento do desenvolvimento do público com o qual você está trabalhando né Então essa é a primeira coisa a segunda coisa é a seguinte ao valorizar muito o conteúdo o conteúdo da phc é diferente do do conteúdo da pedagogia tradicional Tá certo então alguns algumas pessoas do do nosso campo diz assim a pedagogia histórico-crítica ela valoriza tanto o conteúdo que vira uma pedagogia tradicional por quê Porque ela valoriza muito o conteúdo isso é próprio da pedagogia tradicional Uai mas o conteúdo da phc é diferente do conteúdo da pedagogia tradicional
não é em uma palavra em uma palavra para tentar resumir quando a pedagogia histórico crítica diz que nós devemos eh centrar o processo de ensino e aprendizagem no conteúdo o conteúdo defendido pela phc é um conteúdo crítico não é e o conteúdo da pedagogia tradicional não é crítico Tá certo então não dá para confundir como algumas pessoas dos nosso campo né que pelo fato de nós defendemos a centralidade do conteúdo da transmissão do Saber elaborado não dá para dizer que por isso a gente se aproxima da pedagogia tradicional porque embora a pedagogia tradicional e phc
s a atenção no conteúdo os conteúdos são diferentes um é crítico e o outro não é crítico né e bom mas aí Vocês poderiam dizer assim então mas o que que é crítica não é Se você tá dizendo que a distinção entre os conteúdos da phc e o conteúdo da pedagogia tradicional reside no conceito de crítica u você tem que dizer o que que você tá entendendo por crítica não é e E aí a palavra crítica não é ela precisaria ser aprofundada de algum modo né eu Pens o próprio saviani faz issem alguns textos eu
gostaria por exemplo de dizer que quando nós estamos dizendo que os conteúdos da phc são críticos nós não estamos nos reportando a linguagem corrente não é a a nossa linguagem cotidiana que que entende a crítica num sentido positivo e no sentido negativo não é eh no nosso cotidiano por vezes eh a palavra crítica se reporta a um comentário que eu faço de um colega destacando o elemento negativo dele não é Olha eu tô fazendo uma crítica a ele quando a pedagogia histórico crítica usa a palavra CR não é nesse sentido da linguagem corrente e na
linguagem corrente na linguagem cotidiana por vezes também a palavra crítica adquire o seu sentido inverso não é eu digo assim o reggis é um professor um pesquisador crítico aí a mesma palavra não é nessa linguagem corrente ela adquire uma conotação positiva como uma capacidade de alguém que tem a possibilidade de analisar com determinada racionalidade e profundidade é alguma coisa Então veja que a palavra crítica é um negócio complicado porque na linguagem corrente ela pode ser usada no sentido negativo e positivo olha não é nesse sentido que a pedagogia histórico-crítica eh entende a palavra crítica não
é nesse sentido corrente não é também eh não ela eu não sei mas talvez se aproxime mas mais se distancie do sentido originário e e etimológico da da palavra crítica a palavra crítica AD vém é do grego né que se eh que se reporta a crise e crise não é na terminologia Grega tem entre outros significados um bastante interessante Não é porque está em crise algo que tinha alguma articulação interna alguma racionalidade interna e por algum motivo essa raci idade foi quebrada pensem por exemplo num Como é que chama aqueles aqueles coisas de catedrais de
igrejas e aqueles vidros coloridos que formam imagem vitra pensem em Vitrais né o Vitral ele é uma série de pedaços de tamanhos diferentes de cores diferentes que De algum modo organizados forma uma imagem belíssima não é o Vitral entrar em crise nos sentido grego originário seria ele cair no chão e se despedaçar aí ele se desfaz ele perde aquela articulação interna não é então entrar e crise é complicado no sentido originário não é eh grego da palavra crini porque é a se reporta aquilo que De algum modo tinha uma articulação e ela foi partida quebrada
assim como o Vitral quando cai no chão então eh tem um sentido negativo eh grego etimologicamente mas quando uma coisa perde a sua racionalidade interna a sua organização interna isto ela entra em crise isso lhe possibilita reconstruí-la né de outro modo por exemplo no Vitral é possível você reconstruí-lo inclusive formando outras imagens ou imagens talvez mais poderosas sobre ponto de vista estético mais bela sobre o ponto de vista estético é por isso que a palavra crítica no sentido originário ela é interessante porque ela tem como decorrência um sentido de que estar em crise é estar
Despedaçado é estar desestruturado mas o fato de você se desestruturar pode ser um ponto de partida para você se reestruturar ó eu falei tudo isso para dizer que a pedagogia histórico-crítica quando fala de crítica não se reporta isso né Então desculpe e tem Talvez uma terceira eh eh eh entendimento da palavra crítica que é muito claro eh na história da filosofia não é que se reporta ao criticismo cantiano nãoé em relação a isso é é preciso a gente precisaria se reportar a história da filosofia para mencionar o fato de que quando quando Kant eh eh
apresenta a sua o seu criticismo não é ele o faz num contexto em que havia duas grandes resposta para uma mesma pergunta não é duas grandes respostas para uma mesma pergunta de onde vem as nossas ideias como é que surgem as ideias em nós e as Duas respostas que se articulavam eram respostas eram respostas bem distintas por vezes antagônicas não é havia uma resposta de que as nossas ideias advém dos Sentidos não é e uma outra resposta que as nossas ideias nos são inatas não é então eu surge as ideias a corrente empirista afirmava isso
não é as nossas ideias surgem porque eu nasço com uma tá Rasa e os nossos sentidos imprimem informações e daqui surgem as ideias não é e uma outra corrente dizia não a gente já nasce com algumas ideias não é e na medida em que os sentidos vão alimentando ah a nossa cabeça o nosso pensamento essas ideias vão se colig e formando novas ideias não é então eram duas respostas à mesma pergunta de onde vem as nossas ideias a genialidade do Cante ao meu juízo reside no fato de que ele produziu uma síntese superadora dessas Duas
respostas não é ele disse assim olha Eh nós nascemos com alguma coisa mas não com a ideia nós nascemos com alguma coisa não com a ideia nós nascemos com aquilo que ao ser operado produz as ideias que é o que ele chamou de razão que é uma capacidade humana de operar dados para produzir ideias né então estavam certo aqueles como descart que afirmavam que a gente já nascia não é com alguma estrutura que nos nos possibilitava produzir ideias não é o Kant diz mas esse negócio que você já nasce aqui que é um sistema operacional
de computador né Ele é uma capacidade de operação de dados assim como o sistema operacional do computador e vazio ele não produz nada quem que tem que alimentá-lo quem que deve alimentar um sistema operacional é você digitando não é no no caso do ser humano são os dados que vê dos Sentidos os nossos sentidos coloca lá naquela aquele negócio chamado razão os dados e disso Ela opera e produz ideias estão então estão certos os empiristas mas não totalmente certos porque embora os sentidos sejam necessários paraa produção das ideias ele sozinho não produz ideia nenhuma se
ele não abastecer uma estrutura que nós já nascemos com ela chamada razão porque ela que é o sistema operacional que produz ideias Esse é o criticismo cantiano por que que eu falei tudo isso porque não é disso que se trata quando a gente f de pedagogia crtica né também noo da educação né E aí talvez a gente tenha alguma aproximação com o sentido de crítica quando a gente trata de phc não é é na educação normalmente a gente costuma identificar a crítica com uma capacidade avaliativa né de Diagnóstico que nós todos no processo de ensino
e aprendizagem desenvolvemos e que nos possibilita produzir juízos sobre sobre Tais sobre Tais processos né E esses juízos podem ser desenvolvidos né essa capacidade crítica a partir de diferentes caminhos de diferentes percursos de diferentes métodos uma simples descrição não é ou uma interpretação e compreensão ou até mesmo a produção na nossa cabeça do movimento real daquele processo que está se desenvolvendo uma descrição aparente daquilo que a gente tá fazendo que é processo educativo orientado pelo positivismo a compreensão da Essência a Interpretação da Essência daquilo que nós estamos fazendo é o caminho orientado pela fenomenologia e
a produção na nossa cabeça do movimento real do processo é a produção do concreto pensado orientado pelo Marxismo né bom quando a gente diz assim alguns críticos marxistas dizem que a pedagogia histórico crítica ao se apegar ao conteúdo se aproxima da pedagogia tradicional os críticos do nosso campo que afirmam isso talvez eles desconheçam que quando na pedagogia histórico crítica nós estamos usando a palavra crítica nós não estamos nos reportando ao sentido corrente dessa palavra no nosso cotidiano nós não estamos nos reportando ao sentido etimológico dessa palavra nós não estamos nos reportando ao sentido dado eh
pela pelo criticismo cantiano e nem né Muito embora com alguma relação nem nos reportando aquele aquilo que normalmente é feito no campo da educação que é identificar crítica como a capacidade de produzir juízos quando a gente fala na pedagogia histórico-crítica sobre essa palavra crítica nós estamos nos reportando a um a um tipo de relação né que o saviani eh formulou entre educação e escola não é e a dinâmica das da realidade A partir dos seus condicionantes objetivos da estrutura da vida social crítica na pedagogia histórico-crítica se reporta se reporta a um tipo de visão entre
educação e escola e a estrutura da vida social né então é crítico uma teoria pedagó desculpe não é crítica uma teoria pedagógica que vê educação e escola separado da dinâmica da da vida social da estrutura da vida social dos condicionantes objetivos a mais clássica entre as teorias pedagógicas que acredita que a educação e a escola são independentes autônomas da estrutura social e a pedagogia tradicional ela acredita que a escola é capaz de tudo de emancipar a pessoa porque ela não tem nada a ver com a estrutura da vida social né agora não é assim que
a gente concebe na pedagogia histórico-crítica a relação entre educação e escola e estrutura da vida social e dinâmica da vida social na pedagogia histórico-crítica essas duas esses dois entes na educação e a escola e a estrutura da vida social estão assim articulados ó de modo inter eh ligado interconectado e elas se interrelacionam elas se sustentam em relações recíprocas isso é o é a isso que se reporta a pedagogia histórico-crítica quando usa a palavra crítica ela se reporta a uma maneira de entender a educação e a escola e a estrutura da vida social de que maneira
de uma maneira articulada intercambiada interativa com relações recíprocas de maneira dialética para usar uma palavra né É por isso que quando eh dizem diin assim a pedagogia histórico-crítica pelo fato dela se centrar no conteúdo ela se aproxima da da da pedagogia tradicional a gente tem que responder isso não é verdade não é por quê Porque a pedagogia tradicional não é crítica e a pedagogia histórico-crítica é crítica os conteúdos da pedagogia tradicional não é estão desvinculados do contexto em que o processo educativo se desenvolve enquanto que na pedagogia histórico-crítica os conteúdos emergem da prática social percebe
ambas defendem a centralidade do conteúdo só que um conteúdo é selecionado escolhido identificado com a desvinculação da prática social e na pedagogia histórico-crítica os conteúdos emergem da dinâmica da vida não é na pedagogia tradicional os conteúdos são ID ministrados desenvolvidos desconsiderando o Saber Popular o senso comum axa na pedagogia histórico-crítica eles são o ponto de partida para o pleno desenvolvimento inclusive para seleção dos conteúdos né na pedagogia tradicional né os conteúdos são desenvolvidos são reproduzidos nos nos processos de ensino na escola com vistas a produzir e a reforçar a harmonia social os conteúdos na Pedagogia
histórico-crítica emergindo da prática social por meio da problematização eles são transmitidos com vistas a superar a harmonia social a questionar a harmonia social não é e é por isso que não dá para dizer como alguns críticos dizem que pelo fato de a pedagogia histórico-crítica ser uma teoria pedagógica que vê Central centralidade no conteúdo ela se identifica com a pedagogia tradicional numa resposta porque os conteúdos da pedagogia tradicional não são críticos e os conteúdos da pedagogia histórico crítico crítica são críticos entendendo por crítica não a linguagem corrente não sentido etimológico não sentido cantiano filosófico mas no
sentido que o saviani atribui ao termo que se reporta a uma relação entre educação e escola e estrutura da vida social bom esses são alguns críticos que falam que a pedagogia histórico-crítica pelo fato dela ser centrada nos conteúdos ela ela se aproxima da pedagogia tradicional mas talvez a colega que perguntou Zé esteja se reportando H há uma lista que agora eu perdi a referência que essa semana numa das listas que a gente participa um colega disse o seguinte olha eh eh um um como é que fala isso youtuber um youtuber famoso nãoé eu fui discutir
com ele o Jeferson Gonzales eu não sei qual lista que foi né e ele falou assim um youtuber famoso eh Me Diz ao discutir com ele sobre a pedagogia marxista e ele é um youtuber que faz um belíssimo trabalho de difusão do Marxismo nas redes sociais com uma linguagem voltada pra Juventude é um baita trabalho que esse cara faz o o nome dele é Jones Manuel né ele o Jefferson disse que ao conversar com o Jones e eh O Jones falou assim para ele pedagogia histórico-crítica né são velhos acadêmicos e conservadores ó eu tenho a
dizer o seguinte não dá para eu particularmente não dá para negar velho e acadêmico né Z não tem jeito né tô velho trabalho na academia Ué não tem jeito de negar isso aí né Eu já nem falo então aceito a crítica né do Jones Manuel em relação a aqueles que advogam Muitos são mas aqui nós temos pessoas que que eh não são velhos e velhas né mas no meu caso Sou velho né e não conheço vocês que estão aqui na sala que estão assistindo não sei se tem eh eh assim trabalho na academia mas nós
aqui trabalhamos na academia foi pelo grupo sted BR em debate ah pelo grupo sted BR em debate então Talvez a pessoa tenha participado daquele debate e tenha se referido assim ó tem críticos aí que e no campo marxista que critica pedagogia histórico-crítica então talvez esteja se reportando ao Jones Manuel eu gostaria de dizer então o seguinte n é eh aceitar a crítica que muitos de nós somos velhos e acadêmicos agora é preciso reconhecer também que inclusive este curso que tá sendo ministrado é uma tentativa de muitos velhos e acadêmicos de levar uma pedagogia crítica pro
chão da escola né de formar novas pessoas A partir dessa perspectiva de uma teoria pedagógica crítica que Visa a emancipação das classes subalternas Então embora sejamos muitos de nós velhos e acadêmicos nós estamos assumindo um compromisso isso dá muito trabalho que é de fazer a formação de novos pesquisadores de novas pesquisadoras e de nov educadores e novas educadoras orientados para uma teoria pedagógica que quer conhecendo os limites e as possibilidades dessa dinâmica de vida que a gente tem trabalhar pela superação dela né Então queria reconhecendo que somos muitos de nós velhos e e acadêmicos destacar
que nós estamos fazendo um esforço né para levar a pedagogia histórico crítica no chão da escola e destacar também não é zeso que eh Alguns de nós estão inovando o próprio saviani tem feito esforço de levar a pedagogia histórico-crítica para além da escola em espaços não escolares em diálogo com o MST em Espaços educativos não escolares como junto aos movimentos sociais Então somos velhos e acadêmicos muit de nós sim mas estamos nos esforçando para formar jovens não é que além da de da na academia possam atuar em outros ambientes escolares e não escolares de maneira
crítica acad signica não acompanhar a contempor Exatamente isso exatamente agora me incomoda chamar de conservador né você chamar de velho acadêmico nem não me incomoda não me incomoda se chamar de conservador não dá aí não dá mas não dá por quê Porque o próprio formulador originário da pedagogia histórico-crítica né e os colegas que tem colaborado pro desenvolvimento dessa teoria pedagógica não existe forma de ser mais explícita não existe forma de ser mais explícita de que essa teoria pedagógica ela advoga a superação do modo de produção capitalista e Visa construir uma nova civilização para usar um
termo gramano não é que é superadora do capitalismo como modo de produção de isso tá nos textos do saviani nos textos do R nos textos do do do zes nos textos da liia nos textos da Ana Carolina nos textos do Newton não tem jeito de ser mais explícito em relação a isso eh ao meu juízo a pedagogia histórico-crítica é aquela que mais entre as teorias pedagógicas contra hegemônicas É talvez a que mais implicitamente revela suas finalidades né que para usar terminologia marxista é uma finalidade revolucionária isso tá escrito Ah eu não gosto de revolução então
adota outra pedagogia é claro isso então chamar gente de conservador aí Aí talvez desconhecimento ou falta de leitura né mas talvez o conservador não se refira à finalidade que a pedagogia histórico-crítica se coloque talvez se refira ao fato de que a pedagogia histórico-crítica sustentando-se entre as as suas principais eh fundamentações teóricas no gramich ela seja uma teoria pedagógica que advogue também claramente por uma certa disciplina no estudo Rigor no estudo e na pesquisa não é que Visa uma dinâmica educativa que a gente poderia chamar de conservadora considerando que não é conservador aquilo que a gente
tá aí né O que que a gente tá aí bom o aluno a partir do interesse do aluno eu defino toda a dinâmica da escola não é Ou seja uma dinâmica orientada pelas pedagogias do aprender aprender então se ele está se reportando ao fato de nos acusar de conservador porque a gente defende na pedagogia histórico-crítica baseado em grames que para para as classes subalternas aprenderem já que elas não têm em casa né uma cultura do estudo elas vão ter que passar por um certo sofrimento quando for paraa escola estudar ela vai ter que passar por
um sofrimento vai ter que ter disciplina no estudo Rigor que é coisa que não faz parte da vida dos trabalhadores e das trabalhadoras mas faz parte talvez da vida de uma de de indivíduos das classes dominantes Porque vão pra escola Tem suporte psicológico tem e não sei o que lá não sei que faz parte do universo eh o Bdi chama de Capital cultural não é não é um capital do universo cultural das classes trabalhadoras sentar e estudar e ler e se concentrar e a pedagogia histórico crítica entende que nós vamos ter que fazer um esforço
danado né para poder fazer isso Uai se você quiser chamar de conservador beleza mas aí é o seguinte chama identifica que é isso que você tá falando e aí não sei o zés o rges os colegas eu assumo Se se isso é conservadorismo sou conservador Porque advogo que as classes subalternas tem que ter a possibilidade de estudar com disciplina e Rigor para bem entender quem elas são quem é o mundo e qual a relação que nós estabelecemos com o mundo isso precisa de Rigor isso precisa de disciplina de estudo então é assim desculpe oô Márcio
me alongar muito nessa primeira resposta prometo que as próximas serão piores Obrigado professor Marcos muito boa a resposta vou deixar vou dar aqui alguns recados enquanto o professor Marcos tá molhando a garganta porque a resposta foi profunda Então muitos comentários no nosso chat inclusive rolou um Chico Science aqui falando eu me organizando posso desorganizar da cítia Santos Obrigado Cíntia outro recado aqui da cásia a Cássia pediu professor para disponibilizar o PowerPoint porque ela tem baixa visão e a gente coloca lá no site para ela conseguir dar uma lida porque no vídeo por pela questão da
baixa visão dela ela não conseguiu ler direitinho então cascia não se preocupe nós vamos pegar aí os slides do professor colocar no site do stad BR para que você possa novamente revisitar o vídeo do professor e obviamente acessar aí os slides da melhor forma outra questão também que é importante é essas questões que o professor tá colocando vão ficar armazenadas aqui no nosso site doad e a gente vai poder discutir ampliar de forma democrática e também construir uma pedagogia históric crítica que possa superar os problemas e superar o capitalismo também segunda pergunta de que forma
a pedagogia histórico-crítica pode contribuir para a formação de uma consciência crítica em alunos e aqui eu vou ampliar né alunos sociedade que vivenciam contextos de opressão e desigualdade social então mais bastante rapidamente não é eh eu queria nesta resposta eu queria ser bem mais breve Até porque não serei eu a responder será o próprio saviani por quê Porque foi mencionado né aquilo que ao meu juízo é uma finalidade explícita da phc então de que forma a pedagogia histórico-crítica pode contribuir para a formação de uma consciência crítica em alunos que venciam contexto de de opressão eh
e desigualdade social eh veja que é o próprio saviani que na que na naquele livro chamado pedagogia histórico-crítica quo ano ele diz assim assim como Marx esperava que sua teoria da sociedade pudesse ser vir como uma arma nas mãos do proletariado em sua luta para instalar outra forma social também se espera que a pedagogia histórico-crítica Sirva como arma nas mãos dos trabalhadores para instaurar eh relações educativas que correspondam às suas necessidades E aspirações então a pedagogia histórico-crítica tem como uma das suas principais finalidades né produzir uma elevação do nível de consciência das pessoas a um
outro platamar para que elas vivenciando em contextos de opressão e desigualdade social talvez eu pudesse completar em contextos marcados pela exploração e pela alienação elas possam eh superar esses Essa realidade vivenciada essa é a primeira parte da resposta a segunda resposta é a seguinte percebe-se ali na pergunta não é de que forma a pedagogia histórico crí pode contribuir E aí quando a gente fala na forma a discussão é direcionada para a questão do método né então de que forma vai pelo método pelo por aquilo que a pedagogia histórico-crítica na sua formulação originária do saviani e
coletivamente agora nas mãos eh de vários autores e autoras né na forma em que eles estão eh explicitamente dizendo que deve se desenvolver o processo educativo né e o que que a gente tem de formulado em relação ao método na pedagogia histórico-crítica bom a gente não tem receita é interessante Porque sempre quando você vai falar da pedagogia histórico-crítica em algum lugar as as pessoas perguntam assim mas como é que faz é primeiro eu sento com as pessoas e faç pergunta para ela não não tem um método com uma receita pronta a ser executado universalmente em
diferentes contextos educativos não há um método eh formulado acabado uma receita pronta Mas isso não é por incompetência do formulador originário ou daqueles e daquelas que hoje estão formulando a pedagogia histórico-crítica é é simplesmente pelo fato não é por vontade que não se tem o método Mas é por uma concepção de mundo não é pela Concepção ontológica né a concepção ontológica ela da pedagogia histórico-crítica vê o mundo como algo que não é mas que está sendo não é a cada momento é é algo em movimento por isso se é algo em movimento como é que
você vai estabelecer uma receita para aplicar aqui e aqui que seja a mesma receita não tem condição disso acontecer não é então em relação à forma devemos seguir eh conhecer né exercitar aquilo que tem sido produzido na por saviane e pelos formuladores originários não é de modo que ao efetivar o ensino deve-se deve se considerar a situação concreta de cada contexto educativo para você colocar em prática aquilo que a gente chama não de receita pronta mas de princípios metodológicos né em outras palavras pode-se dizer que a proposição metodológica da pedagogia histórico-crítica ela não tem um
método de ensino formal e universalmente válido porque varia de realidade para realidade mas há princípios metodológicos né que estabelecem Quais são os caminhos a serem percorridos neste processo cuja culminância né cujo objetivo final é produzir uma elevação da consciência dos sujeitos individuais e coletivos né Eh do senso comum a consciência filosófico para que eles possam produzir uma Catarse isto é uma segunda natureza humana em si de modo que eles na prática social da qual eles nunca saíram eles têm um outro tipo de ação né um outro tipo de eh de comportamento ali não é bom
eh de onde o tirou os princípios metodológicos da do método da economia política do Marx né savian é explícito dizer isso minha inspiração minha referência ao elaborar princípios metodológicos foi lá o método da economia política é por isso que é sempre importante ao discutir a as questões metodológicas da phc a gente conhecer um pouco do método da economia política não é proposições metodológicas da PAC da phc informam que a dinâmica das relações é que se dão né discutir o método em educação a gente tem que falar sobretudo de dois sujeitos educador e educando né falou
em método o método o caminho a ser seguido num processo de ensino e aprendizagem sempre envolve dois sujeitos o educador e o educando então em relação ao método inspirado na no método da economia política do Marx e não sendo uma receita pronta não é ao discutir o método tem que pensar na relação professor aluno né E que o savian assim definiu do professor né se espera um movimento descendente para que ele possa com nível de consciência sobre si sobre o mundo mais elevado ele possa alcançar não é não só a consciência mas o próprio sentir
daqueles e daquelas que ele pretende educar não é e que não tem o mesmo nível de consciência do professor o exercício do professor é alcançar a compreensão o saber e o sentir dos seus educandos para que possa fazer um processo de fazê-los acender eles que T uma visão e caótica da realidade que não tem uma visão Clara daquilo que é realidade do mundo e de si né o saviani chama isso de visão sincrética os educandos que têm uma visão caótica eh não tão Clara da realidade os educandos e as educandas tem uma visão sintética ao
professor que tem uma visão mais clara racional mais elaborada ao professor cabe fazer o exercício de ir aqueles que têm essa visão sincrética para elevá-los a uma uma consciência sintética né de modo que neste processo o movimento eh feito pelo aluno é ascendente não é propiciado pelo trabalho pedagógico então de que forma vai com o professor na relação com o aluno fazendo o movimento da síntese a síncrese para ir levar os educandos a essa visão sintética da realidade não é e qual o caminho a ser percor Isso não é bom aí já foi falado aqui
várias vezes em outras aulas percorrendo um caminho em que você parte da realidade social né que você não onde quer que você v educar orientado pela phc isso vai te custar né tempo trabalho para conhecer a prática social onde você vai exercitar a sua atividade educativa antes de começar a educar você vai ter que fazer um exercício de conhecer aquele lugar onde você vai onde você vai educar você vai ter que conhecer a prática social ali desenvolvida né e num segundo momento problematizá-la né e problematizá-la no sentido que o saviani esclarece no livro Educação do
senso comum a consciência filosófica problematizá-la no sentido de identificar problemas que desafiam a existência das pessoas que vivem naquele contexto né então o educador orientado pela phc quando ele vai a um contexto educar né se ele não for de lá ele vai ter que conhecer aquilo lá inclusive com estudos prévios e ali estando ali né Eh com o pé naquele chão ele vai ter que De algum modo no diálogo com eh as pessoas ali convivendo com as pessoas ali ele vai ter que fazer um exercício de identificar aquilo que desafia a existência daquelas pessoas Isto
é as contradições vividas né nisso consiste sobretudo a problematização por quê Porque identificando o que desafia a existência identificando as contradições mas não é qualquer contradição né são aquelas contradições que desafiam a existência da comunidade escolar da comunidade educativa você pode identificando isso não é eh primeiro mobilizar as pessoas em relação ao interesse né porque uma coisa é você chegar lá e e vomitar um conteúdo mesmo conteúdo clássico outra coisa é dizer o seguinte você chegar lá observar aquela realidade dialogar com as pessoas conviver ali e com aquelas pessoas identificar o que é que desafia
a existência delas não é É muito difícil que um exercício como esse não desperte o interesse delas em aprender aí aprender o quê vai você vai instrumentalizá-los você que tem uma visão que se sintética você vai selecionar conteúdos e que sejam os conteúdos clássicos para que aquelas pessoas sabendo do que desafiam a existência elas possam com os clássicos entender melhor a situação vivida né é isso no que consiste a instrumentalização você fornecer às pessoas que identificaram problemas que identificaram situações que desafiam a existência você fornecer instrument para que elas bem possam compreender isso né Quais
quais conhecimentos Não não é qualquer conhecimento não é conhecimento e que a gente pode chamar de doxa de senso comum não é conhecimento de Filosofia de vida né de Sofia é conhecimento de base epistêmica não é de base racional vai mas então a dox e a Sofia não está presente está velho está porque quando você vai lá conhecer a prática social é a dox e a Sofia que se manifestam a dox e a Sofia elas são importantes para você identificar as situações que desafiam a existência das pessoas é pela dox e a Sofia que as
pessoas vão te ajudar a problematizar a identificar os problemas que desafiam a existência agora o a o compromisso é usando a dxa e a Sofia no processo de identificação daquilo que desafia a existência você dá um salto qualitativo e selecionar conteúdos para que essas pessoas possam bem entender essas realidades É nisso que consiste ao meu juízo a instrumentalização se você assim fizer né Há uma aposta né Não sei se isso é o bom termo mas eu vou utilizá-lo há uma aposta da pedagogia histórico-crítica que você colocará as pessoas em condições de não apenas bem entender
a realidade Mas você Mobil Ará as pessoas né os seus corpos os seus sentidos a sua visão de mundo mobilizará as pessoas para que elas tenham uma eh uma nova ação naquele contexto do qual ela nunca saiu isso é que é catálise é colocar para fora aquela aquela pessoa que a identificava e que Lia a realidade a partir da doxa e da Sofia e sequer entendia que determinadas situações lhe desafiavam a existência essa pessoa é colocada para fora é extirpada não é e você constrói por meio do processo educativo uma uma segunda natureza humana uma
segunda pessoa no mesmo ser humano uma segunda pessoa que entende entende o mundo e tem instrumentos para que não só possa entender mas instrumentos para mobilizar ações em função de superar eh penso que esses princípios metodológicos não é é que eh São mobilizados pela pedagogia histórico-crítica na sua discussão metodológica então de que forma a pedagogia histórico crítica pode contribuir para a formação de uma consciência crítica nãoé considerando esses princípios metodológicos só que são princípios metodológicos não são não se trata de uma sequência lógica cronológica prática social problematização instrumentalização eh Catarse e a volta para até
volta da prática social a gente nunca saiu né gente e uma nova ação na prática social isso não se dá e de maneira lógico cronológico o saviani bem Trabalhou isso num texto chamado eh phc e educação no campo vocês encontram isso na pedagogia histórico-crítica 4º ano encontra na forma de artigos também ali ao discutir com com com com as pessoas da Educação no campo né sobre a questão da sementes trang ele bem Explicita que são princípios metodológicos e não uma sequência lógico cronológica É isso aí mar Obrigado professor enquanto o professor vai tomando uma água
aí para molhar a garganta gostaria de agradecer os comentários no chat muitos comentários a elga Souza aplaude a frase formar e levar a pedagogia para o chão da escola a nossa querida professora Ana Lun de padil grande pesquisadora da Educação Especial faz o seguinte comentário Estamos fazendo muito esforço várias vários pontos de exclamação antes da nossa morte e Rose Oliveira Que bom que já abre aspas velhos acadêmicos fecha aspas preocupados com por exemplo professores e professoras da educação principalmente da Educação Básica irmos uma pedag em nosso espaço desculpe outra coisa antes da próxima pergunta é
agradecer a equipe que ajuda a construir esse a possibilidade desse curso né então nossa professora que seria hoje a nossa apresentadora professora rosim da Unirio um grande abraço teve problemas técnicos mas sempre tá na retaguarda aqui do curso nos ajudando indicando acadêmicos para nos dar apoio pro curso não se constrói um curso como esse sem o apoio de diversos colegas e de todos aqueles que nos possibilitam tecnologia e técnicas para que a gente possa chegar cada vez mais longe então um grande abraço também pra equipe aí da Unicamp que tá nos ajudando aí com a
sala Onde está o nosso comitê central do curso hoje o professor professor Marcos professor zeso professor Régis e todos aqueles que estão no na disciplina Parabéns a todos vocês além obviamente da professora Luciana Coutinho que tá sempre na nossa retaguarda Professor Ribamar e outros colegas estão nos ajudando a construir esse curso muitos comentários no chat muito obrigado por isso mas estamos com 259 pessoas assistindo a transmissão mas poucas curtidas no vídeo então eu como apresentador como chato da história aqui peço a curtida no vídeo por favor curtam o vídeo nos ajudem a ampliar Nossa possibilidade
de socialização dessas informações para que a produção do conhecimento científico na área de educação voltado para os interesses da classe trabalhadora possa chegar a mais pedagogia histórico crítica no chão da escola como o professor Marcos acabou de falar próxima pergunta qual é a importância das interações sociais para a formação da consciência de acordo com a perspectiva marxista bom em relação a isso O que eu tenho a dizer é o seguinte talvez fosse o caso de para ser mais oroso na resposta identificar algum autor a partir do qual não é ele eh ou ela não sei
quem eh já eh Quem fez a pergunta Márcio eu não anotei aqui tem o nome da pessoa ou não não vou olhar e já lhe retorno tá bom eh Bom eu não sei quem fez a pergunta se utilizou o termo interação social sustentando esse conceito em algum autor não é nós temos autores que trabalham com esse conceito o próprio vigot que me parece que trabalha o Thompson Parece que trabalha eu não sei em que se ela empregou ou ele empregou eh o termo interação social como um conceito então não daria para fazer um comentário a
partir de um autor porque não tá identificado então eu vou considerar as interações sociais eh de dois modos né um com viés ontológico e outro com viés antropológico né sobre ponto de vista ontológico né o Marxismo considera que a realidade Educacional ela é parte de uma totalidade nãoé os processos de ensino e aprendizagem não se dão num vazio não se dão isolados da vida social pelo contrário eles formam uma tot Oi desculpe interromper Jaine da UFT de Arraias Ah legal agradeço a a Jaine então Jaine como na pergunta não tá ali se interações sociais você
trabalhou com algum autor não dá para eu fazer um comentário a partir disso há vários autores que trabalham com o conceito de interação social então vou fazer dois comentários um com viés ontológico e outro com viés antropológico só o ponto de vista ontológico não é eh a formação da consciência né nessa numa numa visão marxista ela não se dá No Vazio né pelo contrário ela é parte integrante da totalidade da vida social a totalidade da vida social não é ela ela se compõe de diferentes processos de diferentes fenômenos inclusive do fenômeno educativo então se você
concebe a realidade como a totalidade articulada de diferentes partes e que essas partes entre si estão em movimento e o que causa o movimento é a contradição não é se você tem a essa noção marxista né uma noção ontológica porque diz respeito àquilo que é a realidade aquilo que é o ser obviamente a conclusão que a gente chega é que não existe processo educativo senão por meio de interações sociais por quê Porque ninguém se educa sozinho não é é impossível processo educativo é sobretudo interativo interativo entre os seres humanos entre si e dos seres humanos
com a nza e com a estrutura da vida social seja a a infraestrutura seja a superestrutura né os elementos de base material e os elementos subjetivos da base imaterial então sobre o ponto de vista ontológico A resposta é de acordo com a perspectiva marxista que não existe processo de formação da consciência sem interações sociais sob o ponto de vista antropológico daria para dizer o seguinte não é é que ao Marxismo né como é que a gente poderia dizer a concepção marxista ela entende que o ser humano é relações sociais né que o ser humano é
um ser de relações né na Perspectiva marxista o ser humano e a sua consciência portanto é expressão de relações sociais perceba se o ser humano é ser de relações se o ser humano e a sua consciência a sua ação é fruto das relações sociais a perspectiva marxista se apresenta em Oposição a uma outra concepção de ser humano que é a Liberal não é para a concepção Liberal o ser humano é um átomo é uma unidade orgânica simples que se basta a si mesmo essa é a noção de ser humano para O Liberal né então para
o liberalismo possa até decorrente dessa concepção de ser humano como uma môa como um átomo como uma unidade orgânica simp que se basta a si mesma pode até ocorrer de você compreender que o processo de formação da consciência é do indivíduo com o indivíduo para o indivíduo no Marxismo isso é impossível né porque a concepção eh antropológica fundante eh do Marxismo é justamente que o ser humano é um ser de relações e esse ser humano como ser de relações ele se apresenta eh como uma totalidade também né o ser humano é ser de relações e
ele o ser humano também é uma totalidade e eu diria articulada por três dimensões o ser humano é um ser natural é isso é uma dimensão humana né so ponto de vista marxista sempre se afirma que o ser humano é um ser natural mas ele não é só natural porque ele é ele é sócio político também mas ele não é só sociopolítico e e natural ele é cultural simbólico também por isso na concepção marxista a formação da consciência é fruto de relações sociais de um ser que ao tentar garantir a sua sobrevivência físico-biológica ele se
projeta no no junto de outros seres humanos não é e ao se projetar no conjunto dos outros seres humanos ele desenvolve diferentes relações ele produz diferentes coisas e a essas coisas ele atribui sentidos e significados né formando não só um mundo objetivo um mundo empírico mas também todo um universo cultural simbólico cuja principal expressão se dá por meio da linguagem não é então a o Marxismo toda a formação da consciência não é se dá por meio dessas interações sociais não é Diferentemente talvez de uma abordagem Liberal que entende o ser humano como uma môa como
um átomo como um ser que se basta a si mesmo é isso mar Muito obrigado professor Marcos e agora chegou O tão esperado momento do nosso intervalo aonde o zeso vai pagar o cachê do professor Marcos que é o cafezinho aí na UNICAMP pro professor também poder ter um tempinho aí para confo tá confiante nisso a gente tá aqui na pressão né pelo menos no fazendo essa pressão necessária aí para que a gente possa cumprir aí as nossas metas Então daqui a alguns minutos Professor 10 minutos nós retornamos vamos agradecemos aí o pessoal da Unicamp
vou retirar da nossa plataforma aqui para que a gente possa também dar os tempos necessários pro pessoal também aí ter um tempo para conversar mas também para ir ao banheiro e assim por diante desculpem vamos lá comentários Conceição Mendonça que aula maravilhosa quantos conhecimentos importantes para nos fortalecermos assim podemos fazer a intervenção de forma consciente frente à realidade desafiadora que temos e enfrentamos lembrando Obrigado Conceição pelo comentário óbvio que a gente também aqui Seguindo os ensinamentos do professor saviane e ele tem cobrado bastante que a gente não se limite às questões remotas né é preciso
reunir os professores de forma presencial e discutir as questões do curso a gente ainda Precisa avançar na política de organização local Regional e também Nacional da classe trabalhadora reforçar aí essas questões nos ajudam a ampliar as possibilidades de intervenção na realidade não de agir de forma contemplativa mas na realidade concreta transformar a realidade Maria de Fátima Silveira Medeiros Bom dia Bom dia Maria de Fátima Bom dia Cristiane Ribeiro de Souza Bom dia Vilma Portela Bom dia de Ibiapina Ceará o pessoal do Ceará aí tá em peso espero ver o pessoal do Ceará lá na nossa
jornada do sted BR de 11 a 14 de novembro lá em Fortaleza na Universidade Federal do Ceará os nossos anfitriões são a Universidade Federal do Ceará é a Universidade Estadual do Ceará e também diversas outras universidades que estão sob comando da Professora Clarice do professor te humano e diversas outras pessoas estão construindo aí uma grande jornada para que a gente possa discutir a pedagogia histórico-crítica mas também pensar a educação brasileira vamos lá Vanessa Mota essas aulas nos renovam a cada semana Obrigado Vanessa Depois deixa aí Vanessa Da onde você tá falando vamos tentar integrar você
a um dos nossos grupos iu Yolanda da Nóbrega ótimo debate é muito para se discutir os desafios são muitos os inimigos da classe são fortes e o tempo da humanidade é em meio à crise estrutural do capitalismo é escasso Tá certo Yuri muito obrigado pelo comentário Vamos tentar nos unir cada vez mais pela nossa identidade de classe trabalhadora pela nossa consciência de classe trabalhadora mas também entendendo que existem diferenças e elas TM que ser respeitadas num debate democrático amplo e fraterno também porque temos objetivamente um a um inimigo aí a ser superado que é o
capitalismo língua portuguesa surda curtindo desde Campo Grande professora Ana Maria de ciências naturais dos anos iniciais do fundamental um obrigado professora pelo comentário parabéns Excelência em tudo como sempre Luciana Freitas obrigado Luciana pelo comentário muito importante Adriana Muniz as propostas de saviani são muito boas Muito obrigado Adriana Deixa aí depois pra gente um comentário dizendo aonde você tá falando para que a gente possa integrar também essas pessoas que estão participando do curso de maneira remota para que elas possam se encontrar nas suas localidades com pessoas de outras escolas universidades faculdades e assim por diante para
que a gente possa discutir a pedagogia histórico-crítica mas também nos organizar enquanto classe trabalhadora Damares meug gaco ou é meu gaço desculpe gosto muito da proposta do savian entendendo que o movimento da Praxis que não se encerre em si mesma pois ela está em constante movimento é exatamente isso da mares e nós obviamente estamos t tentando também Superar as imposições que n nos são postas aí no dia a dia dos professores das professoras e também dos estudantes da classe trabalhadora né nesse momento de uma sociedade com muita informação o papel do professor é cada vez
mais importante lembrem que o professor Marquinhos deixou muito claro sobre a questão do Saber sistematizado ou seja não é qualquer saber e pro saber ser sistematizado a gente tem que ter os princípios e e os fundamentos muito bem consolidados porque nós estamos falando de formação humana nós estamos falando de emancipação da classe trabalhadora de uma intencionalidade e essa intencionalidade passa por um método também que está em construção não é uma verdade absoluta ele é um processo de construção coletiva vamos lá Professor Vittor Marcelo Vieira para começar nas mesas salas de professores de Educação Básica você
encontra bastante são os livrinhos da Natura Boticário e Avon vamos ter que levar para essas sala dos professores aí os livros da pedagogia histórico-crítica Professor Vittor para que a gente possa aí superar essas contradições entendendo que eh quando se tem esses livrinhos também nós estamos falando aí de uma categoria que e precisa ser melhor remunerada e para ser melhor remunerada nós vamos precisar lutar muito muito obrigado a todos nereide molino consciência de clata deve ser aproximadamente 1% da população rica e 99 pobre a classe média é uma invenção abstração para dominar e suas subdivisões fortalecem
ainda mais o domínio exatamente nereid Obrigado pelo comentário importante a gente tá discutindo no chat eu vou voltar aí para ver se tem novos comentários Luciana Freitas deixou o comentário esse comentário é importante o comentário da Luciana é importante partiu café é isso mesmo Luciana partiu café porque a classe trabalhadora também tem que ter o seu momento aí de tomar o seu cafezinho de conversar de poder aí ter alguns minutos para refletir e maturar todas as questões que o professor Prof Marquinhos professor Marcos Francisco deixou muito Claro aí para nós Lembrando que a nossa próxima
aula do curso do sted BR está agendada para o dia 28 28 de novembro é a última aula aula com o professor Demerval savian Tô entrando aqui na página para conferir né né Hoje é dia 31 de outubro a próxima aula é a aula 14 a pedagogia histórico crítica e a formação escolar crítica dos trabalhadores numa época de transição 28/11 de 2024 Então tem muito tempo aí para maturar organizar a leitura aqueles que estão fazendo de forma remota podem rever vídeos ou aqueles que perderam alguma das aulas pode organizar aí o tempo até o dia
28 para que a gente possa tá cada vez mais com as aulas em dia vendo as referências e discutindo também sobre as pedagogias contrahegemónico as discussões que a gente fez e essa lembrando é a nossa 13ª aula então todos aqueles que estão participando ativamente sejam bem-vindos tô vendo aí pessoas eh que sempre contribuem nos ajudam vou colocar o comentário da Sandy Maria do Rio Branco da Universidade Federal do Acre Laguna também tá conosco querida superis que sempre nos ajuda aí nos comentários quando algum dos nossos colegas tem alguma dúvida mais uma excelente aula Graziele schuman
de Laguna Graziele muito obrigada muito obrigado por estar nos ajudando aí também durante todas essas aulas você tem sido muito importante então queria te agradecer em nome da Coordenação Nacional doed BR por também tá ajudando a construir um curso voltado paraa classe trabalhadora Lucas Ótima aula do professor Marquinhos devos legar a phc a pedagogia histórico-crítica para o debate na base da educação Parabéns sted BR Muito obrigado Lucas e contamos com você também estamos aqui com a Jaqueline cenote maon excelente aula estou participando aqui de Ijui no Rio Grande do Sul pelo curso de extensão da
do grupo Cairo grupo CZ da Universidade Federal de Santa Maria aliás um grande abraço pro pessoal do grupo Cairo também tem feito um excelente trabalho de divulgação da pedagogia histórico-crítica acabaram de ter aí seminários organizando seminários as defesas das pesquisas socializaram conosco aí uma série de eventos de defesa de Pesquisas também muito bom produção científica crítica voltada paraos interesses da classe trabalhadora Francisco Carlos de Matos lembremos que de pé no chão também se aprende moid de Gois e que chão da escola não pode nem deve se restringir a alguns metros quadrados de um cômodo dentro
da institui ição de ensino né e ainda continua se convencionou como único espaço para apropriar o conhecimento socialmente constituído do chão da fábrica ainda nos espera exatamente Francisco Lembrando que o professor Marquinhos também deixou durante a a sua exposição bem claro que nós temos uma limitação na materialidade da nossa escola pública então houve a expansão do acesso à educação pública mas sempre de forma muito controlada pela classe dominante as nossas escolas ainda carecem de muita estrutura ainda carecem de livros de eh aparelhos tecnológicos para que a gente possa cada vez mais estar discutindo e fazendo
aquilo que o professor Marquinhos e tantos outros professores nos ensinaram né fazer que a classe nominada domí aquilo que os dominantes já dominam Parabéns a todos Rogério Assis parabéns por nos proporcionar encontros tão ricos e valiosos saudações de Assis São Paulo sou da cidade de Assis e conscientemente meu nome também é Assis então muito obrigado aí Rogério Assis se vamos tentar aí essas pessoas dos quatro cantos do Brasil fazer com que essas pessoas se encontrem também em grupos presenciais para que a gente possa organizar cada vez mais a nossa classe trabalhadora aqui o professor marquin
eu já tô vendo ele ali na ponta da da mesa então Paulete Sales fui orientando do professor Marquinhos e não me canso de ouvir seus ensinamentos hoje como sempre muito bom Parabéns aí professor Marquinho suas orientandas Maria de Fátima Silveira excelentes encontros Damares Já falamos com a Damares aulas todas excelentes vamos ver se temos novos comentários aqui grupo de pesquisa Antônio Carlos de Souza grupo de pesquisa história sociedade e educação no Brasil sted BR Norte Pioneira do Paraná ST no PR Estamos aqui na luta Professor Antônio grande abraço Professor Antônio que também tá nos dando
uma retaguarda é da equipe que também nos ajuda na construção desse curso vamos voltar equipe da Unicamp vamos voltar ao comitê central da Unicamp retomando aí com o professor Marcos vou reorganizar aqui o nosso lout para que a gente possa continuar próxima pergunta Professor além da pedagogia histórico-crítica quais outas pagi no Brasil e no mundo são marxistas então mar é uma pena que o zeso nós saímos no intervalo aqui São muitos os encontros que a gente tem com colegas aqui nãoé e por vezes a gente fica preso ali no intervalo eu que já estamos voltando
você pod avisar o z e o eu queria muito que eu vou cometer uma indade aqui e eu queria que o o zeso e o ris estivessem presentes e porque eu vou na resposta que eu darei aqui Márcio eu vou fazer inclusive Talvez uma autocrítica uma crítica desse curso que nós todos estamos articulando né por diferentes instituições na modalidade de curso de extensão e de cursos de programas de pós-graduação eh mas acho que ficaram amarrados ali vamos a resposta não não não se preocupe professor é depois eles pod aguardar um pouquinho aqui lembrando que também
uma Uma das uma das considerações que eu queria fazer aqui para quem tá nos assistindo temos 260 pessoas 259 pessoas nos assistindo o pessoal ouviu nossos clamor e começou a curtir o nosso vídeo muito obrigado mas vejam vejam que importante ensinamento do professor Marquinhos Ele nos coloca uma questão que é importante e também um desafio agora nesse momento que a gente tá nessas ações remotas né de fazer a a nossa produção científica com base numa paração de forma sintética mesmo receber antes as perguntas fazer a formulação porque há uma necessidade de que a gente possa
não de forma voluntarista ou improvisada responder mas de forma profunda rica para que a gente possa trazer novos elementos trazer livros Professor Marquinhos também nos nos colocou aqui diversos livros diversos artigos citou autores e isso tudo é é uma marca daqueles que TM compromisso com a formação da classe trabalhadora Então não é uma resposta qualquer né é uma resposta que tem naquele né alguns às vezes confundem o que que é o saber sistematizado né é o Saber organizado porque hoje nós temos a produção de muitas informações no na internet mas nem tudo que é produzido
tem importância pra emancipação da classe trabalhadora então nós precisamos reforçar a importância dos professores dos intelectuais e dos pesquisadores da principalmente na nossa área aqui que é a área da Educação mas de todas as áreas que estão pensando na emancipação da classe trabalhadora formar uma nova geração e que essa geração consiga entender e se apropriar daquilo que os dominantes já dominam obviamente nós estamos falando da escola obviamente o professor Marquinhos falou do esforço do professor saviani também eh em também discutir outros espaços o diálogo com a MST e com os movimentos sociais então mais uma
vez para aqueles que não entenderam ainda essas conexões e que são importantes a gente possa discutir e crítica e autocrítica de forma solidária e revolucionária né como diria meu falecido pai né engorda e faz crescer né não que não engu guarda muito mas faz crescer então a gente precisa crescer Aí como movimento dos Trabalhadores de todo o Brasil então vou retomar aí a leitura da pergunta e aí o professor se sinta à vontade além da phc quais outras pedagogias no Brasil e no mundo são marxistas então Eh na resposta obviamente Eu dividi entre Brasil primeiro
e depois mundo depois mundo né então além da da phc quais outras pedagogias no Brasil então a própria pergunta já indicou que a phc é marxista Mas neste curso não é nós vimos outras pedagogias que se referenciam no Marxismo em se tratando de pedagogias contra-hegemônicas não é quais são as pedagogias de base marxista no Brasil algumas delas foram apresentadas aqui não é no curso Então a pedagogia crítico social dos conteúdos do Libânio e declaradamente o Libânio aqui em numa aula acho que foi na aula 10 se eu não me engano ele disse olha a referência
é marxista uma outra pedagogia que foi apresentada aqui a pedagogia do movimento se eu não me engano aula 12 pelo companheiro Walter leate do MST também a pedagogia do movimento é uma pedagogia que alegadamente marxista até porque eh produzindo sínteses entre diferentes foi assim que eu li a fala dele né do Companheiro Walter fazendo sínteses entre diferentes propostas pedagógicas né zeso Eh atualmente eles estão muito interessados numa referência pedagógica que é escola única do trabalho russa que é sobretudo uma tentativa um esforço hercúleo de tentar colocar em prática na prod na na construção de um
sistema de ensino na Rússia colocar em prática as formulações marxistas não é eu diria marxianas não é de Marx e engels então além da phc pedagogia crítico social dos conteúdos Pedagogia do movimento e aí eu não queria falar isso sem diga pode falar oo trabalhando com professor zeso vou interrompê-lo Diga lá o professor Evaldo trabalhando com Marxismo heterodoxo tal como foi a el ainda não dá para lhe ouvir o professoral trabalhando com Marxismo heterodoxo mesmo discutindo a pedagogia anarquista fazendo referências ao Marxismo né isso que o zeso disse antecipando o que eu ia o que
eu ia dizer depois não tem problema mas eu não queria dizer uma coisa Z sem você está presente que é o seguinte Quais são as pedagogias que se querem marxistas hoje no Brasil então nós identificamos a a própria pedagogia histórico-crítica tá ali na pergunta a pedagogia crítico social dos conteúdos a pedagogia do movimento a pedagogia anarquista Até mesmo porque o anarquismo né e o Marxismo participaram de mesmos movimentos articulados como por exemplo a Internacional e é e é dali que eles beberam algumas fontes para fazer formulações educativas né é e há um há uma linha
dentro do do anarquismo que é o anarcocomunismo Há uma linha dentro do do anarquismo que é o anarco Marxismo que bebe nessa fonte anarcocomunismo que bebe nessa fonte Então mas o que eu ia Então queria ess essas aí são não é aí você me pergunta assim e a pedagogia Libertadora do Freire você não vai citar né Então aí é então aí aí é o seguinte não é Ah é por isso que eu tenho que ter um cuidado acadêmico e até eh ético político de fazer comentários a respeito mas eu não poderia deixar de me posicionar
no seguinte sentido a pedagogia Libertadora de Freire ela pode ser identificada com uma pedagogia marxista olha se o Márcio citou o ensinamento do pai dele eu vou citar um ensinamento da minha avó né que dizia aí vareia né meu filho Então por quê Porque a diferentes apropriações da pedagogia do Freire há apropriações a partir de de de de de paradigmas próximos à fenomenologia como a teoria do existencialismo Cristão né o Freire por vezes é apropriado não marxist mas tendo como referência o existencialismo Cristão do qual resulta inclusive no diálogo com A fenomenologia o método do
Círculo de Cultura né então tem essa essa apropriação que é o ponto de e que é o ponto de partida do Freire se você for nos primeiros textos você vai ver essa afinidade muito grande né O problema é que as pessoas não nascem prontas e o Freire também não nasceu Pronto ele amadureceu e o processo de amadurecimento do Freire da própria proposição pedagógica dele se deu em diálogo com o Marxismo mas não é só com o Marxismo so ponto de vista acadêmico é com Marxismo em processos revolucionários inclusive vens venados na África e É nesse
processo de em processos revolucionários vividos no Chile para onde ele foi exilado mas ele chegou a mandar uma carta para conselho Universal da igreja quando viveu processos revolucionários na África dizendo o seguinte em uma das cartas Olha tenho AES dizer porque era uma instituição que o financiava ele chegou a dizer o seguinte tenho AES dizer ao conselho mundial de igreja tenho AES dizer que aderia evolução a carta dele nesse sentido Então ninguém nasce pronto o Freire não nasceu pronto e a origem fundamental do processo de formulação da pedagogia Libertadora não é marxista se sustenta no
no existencialismo Cristão e so o ponto de vista do método muito próximo da fenomenologia agora ele amadureceu não é e ao meu juízo nesse processo de amadurecimento né Eh ocorreu em encontro do Freire com algumas referências marxistas seja no Chile seja na na África se deu o encontro com o Marxismo e hoje não é e hoje o que a gente percebe é que o Freire é apropriado de diferentes modos por diferentes pessoas existe uma apropriação do Freire ainda de base existencialista Cristã existe uma apropriação de Freire há teses E dissertações sobre isso que eu vou
falar agora ó existe uma apropriação de que o aproxima da fenomenologia existe uma apropriação de Freire que o toma como um pós-moderno que o toma como um pós-moderno existem teses sobre isso né E existe eu não sei se minoritário ou majoritariamente ao meu juízo pelo pouco que eu sei minoritariamente que lê o Freire a partir da chave marxista existe essa apropriação E aí eu vou falar bem baixinho o que que eu vou falar agora né que é o seguinte essa apropriação marxista de Freire ao meu juízo não esteve presente nas duas aulas que nós tivemos
nesse curso sobre a pedagogia Libertadora que foi com quem a primeira com o Miguel Arroio e a segunda com o jazon Mafra E por que que eu digo isso né que as duas aulas que nós tivemos da pedagogia Libertadora aqui não evidenciaram a referência marxista então primeiro na fala do Miguel Arroio Olha eu fiquei zeso impactado com aquela aula eu vou dizer verdade para vocês procurei meus amigos freirianas e disse assistam a aula do Arroio porque por muitas vezes as pessoas dizem assim pedagogia Libertadora pedagogia freiriana Arroio eu falei cara assista a aula do cara
lá eu fiquei profundamente impactado quando o arroio sintetizando as suas falas ele disse vocês devem ter acompanhado ele disse qualquer pedagogia que se proponha a conscientizar é autoritária gente eh eu não entendo assim né E penso que ao fazer esse tipo de afirmação o arroio se distancia de uma referência marxista e se aproxima de uma referência que é do arroz da década de 80 de 70 que é a referência anarquista a mim me parece que quando ele foi nos dar a aula aqui ele se afastou um tanto do Marxismo e se aproximou de um certo
anarquismo né agora para ser gentil né zeso para não falar que ele eh tá muito com um pé assentado no anarquismo para ser gentil eu diria assim não então ele ele tem um acento no Marxismo ainda E aí eu eu pensei mas qual o Marxismo né E aí me lembrei do debate entre Lenin Rosa de Luxemburgo né sobre no que consiste o processo de produção da consciência Operária Lenin Rosa de Luxemburgo debateram sobre isso e o Lenin dizia a consciência Operária não é é formada pelo partido certo no livro O que fazer lá vocês encontram
isso né bem como em outras publicações eh do Lenin né o Lenin defende portanto que deve haver uma Vanguarda eh Operária revolucionária na direção do partido que deve por meio das ações do partido produzir eh um processo revolucionário no processo revolucionário isso exige a produção de uma consciência e de classe não é por quê Porque deixar doos trabalhadores segundo Lene ao sabor das dos movimentos o que vai se produzir é uma consciência limitada e espontânea né que no máximo que pode avançar é numa consciência corporativa sindical baseada na luta econômica e não na necessária consciência
eh de processos políticos necessários pra revolução então Lenin é o partido que educa a classe e o partido por meio de uma Vanguarda de intelectuais a Rosa se opondo a Len né acreditava até acreditava no valor do partido mas naquele naquele texto de 1906 greve de massas partido e sindicato ela advoga que a consciência revolucionária se foja na luta de classe né se foja pela experiência de classe né pela experiência revolucionária que se forja então para ser gentil né ó eu entendi que o arroio se afastou do Marxismo e se aproximou do anarquismo ou assumiu
um Marxismo de linha Rosa luxemburgues sabe que é de um certo espontaneísmo das massas no processo de construção de consciência de classe né Então essa é a primeira coisa então ó Quais são as as pedagogias hoje no Brasil que são marxista pedagogia crítica social dos conteúdos Pedagogia do movimento eh eh pedagogia anarquista num determinado viés e a pedagogia Libertadora tem autores que a leem na chave marxista mas ao meu juízo e entre esses autores não está o Miguel Arroio se você considerar o Miguel Arroio pela fala que ele fez aqui né e a pedagogia Libertadora
também zeso não é eh na na interpretação do jazon Mafra eh que deu a aula 8 eu não sei se ficou evidenciado o Marxismo ali S eu entendi o jazon como alo como alguém muito próximo aqueles e aquelas do Instituto Paulo Freire e o Instituto Paulo Freire como a gente sabe há muito tempo abandonou né o Instituto Paulo fre abandonou a luta de classes como uma referência interpretativa da realidade e guia para ação de superação nela Então eh Quais são as pedagogias marxistas pedagogia crítica social do conteúdo Pedagogia do movimento pedagogia anarquista divertente anarc comunista
e a pedagogia Libertadora desde que lida por na chave marxista ao meu juízo essa chave não foi não ficou explícita na fala do Miguel Arroio e na fala do do jazon porque a questão de classe passou longe ali né Então essa leitura que eu tenho não é diga zel Pode falar a a observação a fazer é é é curta e simples o objetivo foi estar colocando em relevo as pedagogias contra-hegemônicas naquilo que ela tem de mais e eh difundido definido né da pedagogia freiriana é estar trazendo alguém que que participou da também do Paulo e
de certa forma mantém esses esses pressupostos e o Miguel arroio é uma referência DVA o outro de um estudioso que procura se apropriar da pedagogia freiriana enquanto uma síntese ao longo de sua ória e o jazon ele expressa essa posição né reconhecendo Inclusive a contribuição marxista na pedagogia freiriana né então sua observação está correta e também ela diz respeito à pedagogia histórico-crítica que também se olharmos hoje para esta pra produção da pedagogia histórico-crítica você tem apropriações de diferenciadas da pedagogia histórico-crítica pero que podem até ter uma inspiração e eh marxista mas não necessariamente marxiana dúvida
são apropriações diferenciadas né E que vão estar no futuro gerando encaminhamentos diferenciados destas propostas pedagógicas o fundamental na disciplina Marquinho é que a gente procurou está procurando eh trabalhar na seguinte perspectiva conhecemos e sabemos as diferenças entre as diversas posturas filosóficas que estão na base das diferentes pedagogias contra-hegemônicas nós sabemos conhecemos aprofundamos conseguimos ir pro quadro negro como diversas vezes a gente faz em nas disciplinas que ministramos e trabalhar Quais são os pressupostos ontológicos dessas concepções Quais são os pressupostos gnosiológico dessas concepções e axiológicos certo entretanto politicamente estamos num momento politicamente complexo e que exige
de nós um exercício em superar as nossas diferenças e buscar eh as nossas unidades unidades O que é possível somarmos nas diferentes posturas pedagógicas perfeito nenhuma vírgula acrescentar ou a retirar naquilo que o zeso falou bom e por fim então na segunda parte aqui Márcio no mundo né Quais são as pedagogias que são marxistas bom eu não tenho essa informação não não não me detive a fazer essa busca o que eu sei não é é que eh o Marxismo é uma fonte para diferentes teorias pedagógicas E essas teorias pedagógicas nos diferentes países Elas têm denominações
Diferentes né se no Brasil uma teoria uma teoria eh crítica de de de base marxista pode assumir a denominação de pedagogista histórico crítica né em outros países a tentativa de tradução da teoria eh marxiana numa proposta pedagógica pode adquirir outros nomes não é nós por exemplo no sted BR né Z lev Savi te mandando o recado então o professor Demerval mandou um recado aqui Maros o próprio Ele está te ouvindo é muito obrigado pela audiência Professor então bendo aqui uma mensagem do professor Demerval eh o próprio feires se manifestou claramente dizendo que ele não pode
se considerar marxista porque admite crenças a priori não pode ser não pode se considerar marxista Então veja que ele sempre se considerou um cristão ele sempre nunca nunca deixou de se considerar Cristão mesmo no processo de ao se aproximar do Marxismo adotar o materialismo como método de Interpretação da realidade Então como o próprio Professor saviani disse né acho que eu tentei deixar isso evidenciado na minha fala que tá gravada né o Freire Dá para se considerar marxista difícil porque ontologicamente ele admite uma a priori na história não é Então aí fica muito difícil e e
quem tá dizendo isso não sou eu não é nem o Saviano é o próprio fre né cujo cujo que foi entrevistado pelo saviani e cuja entrevista tá na naquele interlocuções pedagógicas e o fre Freire perguntado sobre se era marxista ele disse em respeito a Marx não porque eu assumo a priori na história não é bom eh muito grato eh zeso pelos comentários e por trazer a a fala do professor savian então e no mundo né gente é muito difícil você ver isso agora o que a gente sabe é o seguinte se se da teoria desse
paradigma teórico me óg chamado Marxismo é possível eh dele eh produzir uma teoria pedagógica no Brasil ao meu juizo a que mais explicitamente faz isso é a pedagogia histórico-crítica nãoé é a pedagogia histórico-crítica agora em outros países eh esse processo também acontece em países latino-americanos por exemplo e por vezes se adota a referência marxista como fundante mas se dialoga com autores locais e é por isso que em determinados países as pedagogias que se querem marxistas assumem outros nomes não é nós aqui no sted BR né zeso Nós tentamos montar recentemente a chamada rede internacional de
pedagogias marxistas tivemos a a a a primeira reunião em setembro de 2023 por via remota E chegamos até mesmo nessa rede internacional de pedagogias marxistas a oferecer um curso intitulado educação e política na América Latina pedagogias críticas em que colegas de diferentes países apresentavam as suas concepções pedagógicas de base marxista né e isso a gente viu lá que as propostas pedagógicas tinham nomes diferentes se dialogavam com autores locais né E chegamos até a criar um grupo de WhatsApp que funciona até hoje nós estamos sem muita atividade não é zes no grupo etc e tal mas
há uma articulação latinoamericana de colegas de teóricos de e que atuam na escola ou fora dela que se inspiram no Marxismo que admitem o Marxismo como fonte para que eles formulem propostas pedagógicas teorias pedagógicas Então é assim que eu vejo no mundo Márcio Muito obrigado Professor obrigado ao professor zeso aí pelas suas considerações obrigado ao nosso professor saviani aí que também tá atento a as nossas aulas e sempre contribuindo uma generosidade revolucionária admirável é por isso que ele é a nossa referência né nas leituras e mas também no seu cotidiano Então temos aí diversos comentários
sobre a aula elogiosos professor e Obviamente as pessoas discutindo no chat nas mais variadas questões termos conceitos e assim por diante mas o mais mais importante é exatamente a gente tá podendo produzir um curso como esse que a gente possa também que as fazer com que as pessoas acessem esse conhecimento discutam ele mas também é importante considerar as limitações que se tem dos próprios entendimentos e obviamente os professores deixaram isso muito claro então vamos à próxima pergunta pedindo para todo mundo aí estamos com 249 pessoas nos assistindo nesse exato momento ao vivo pedir para as
pessoas curtirem o vídeo e compartilharem para que a gente possa também chegar a cada vez mais professores professoras alunos trabalhadores da educação próxima pergunta é há no Brasil uma escola quem trabalha com pedagogia histórico crítica legal ô má deixa só fazer um comentário porque tivemos a interação do savian a interação do zeso e eu não entenderam porque que eu não queria falar sem a presença do zeso né porque é um debate que a gente faz mas eu queria Márcio deixar muito explícita a minha posição a pergunta se referiu a pedagogias de base marxista não é
eh e aí eu fiz uma leitura das aulas que tivemos da pedagogia Libertadora agora devo confessar Z já sabe disso mas eu vou reiterar para ele eu eu considero admirável essa esse esforço e de velhos acadêmicos mas não conservadores né zés de montar uma frente né Eh que possa a partir da pesquisa eh da educação e da atividade educativa eh dar uma contribuição no processo de enfrentamento do contexto que nós estamos vivendo né então eh a gente poderia falar das outras aulas Que nada tem a ver com o Marxismo a aula que o Silvio galo
deu né não tem nada a ver com o Marxismo aquilo né mas numa luta antifascista nós não vamos contar com colegas anarquistas né Uai eu quero esses colegas do meu lado mesmo não sendo marxistas né Por quê Porque é na diversidade que a gente deve construir a unidade na diversidade teórica a gente constrói idade na luta e hoje nós estamos precisando como nunca dessa dessa unidade né nos diferentes espaços que a gente participa para enfrentar essa força das da do bloco que se formou não é entre conservadores E reacionários e reacionárias esse bloco de forças
não é é que não foi derrotado nas eleições municipais e precisa ser enfrentado E aí nós temos que construir uma frente Ampla ou melhor uma frente Popular né Por que uma frente Popular uma frente daqueles e daquelas que tem uma base fundamental por exemplo anticapitalista anti exploração anti Alena e anti opressão né então é admirável eu queria e publicamente deixar isso registrado né Eh esse esforço que algumas pessoas como o zeso t feito nesse sentido de construir essa frente eh importante nesse momento bom então Obrigado Zé eh há no Brasil uma escola que trabalha com
a phc eh eu só eu vou ser bastante breve mesmo máo porque isso já foi mencionado inclusive em algumas aulas e em outros cursos que oferecemos né ah h tentativas de levar a phc eh pro chão da escola e para espaços não escolares e aí foram mencionados algumas experiências no Paraná em Bauru e a mim me parece que uma experiência mais recente e frutuosa pelo pco que eu conheço é a experiência que o zeso fez em em Limeira na Secretaria de Educação e que contou com a colaboração de companheiros e companheiras Na tentativa de eh
usar aquele espaço da Secretaria de Educação de Limeira como um espaço de de de eh implantação da pedagogia histórico-crítica senão dela completamente mas dar os primeiros Passos nesse sentido então ficam aí registrados esses apontamentos de locais onde a pedagogia histórico-crítica tentou se eh instaurar né é isso Márcio Muito obrigado Professor Vamos à próxima pergunta a próxima pergunta Professor tem duas partes aqui só para explicar para quem tá nos assistindo é que o Banner da plataforma streamyard ele contempla até 200 caracteres Então como a pergunta tinha mais de 200 caracteres ela vai sair em dois banders
muito se fala da relação de ensino aprendizagem de teorias pedagógicas que ora enfatizam uma dimensão ora a outra de modo que faz parecer que as ênfases são mutuamente excludentes a ênfase do ensino recai na didática e a ênfase da aprendizagem recai na psicologia normalmente não é possível um professor operar com robustos acabol teóricos tanto da didática quanto da Psicologia eh eu entendo Márcio eh que é possível sim eh eh como é que tá escrito ali eh que ao professor a professora operar com robustos arcabouços teóricos tanto da didática quanto da psicologia Eu acredito que sim
eh e eu nem Gostaria de responder essa questão eh com as minhas palavras eu gostaria de ler um trecho eh de um texto do savian intitulado o conceito dialético da de mediação na pedagogia histórico-crítica em intermediação com a psicologia histórico-cultural vocês podem encontrar esse texto na internet eh e no E tá lá no livro também eh pedagogia históri crítica 4º ano professor saviani fala assim ó portanto as relações entre a pedagogia e a psicologia se expressam na forma de ação recíproca né o que transparece com meridiana clareza já que no próprio título de um recente
artigo da professora Lígia Martins os fundamentos psicológicos da pedagogia histórico-crítica e os fundamentos pedagógicos da Psicologia histórico cultural a pedagogia olha só a pedagogia se constrói sobre fundamentos psicológicos E no caso da pedagogia histórico-crítica esses fundamentos são aqueles elaborados pela psicologia histórico cultural mas a psicologia também se constrói sobre fundamentos pedagógicos né sendo que no caso da Psicologia histórico cultural esses fundamentos são os que vem sendo delineados pela pedagogia histórico-crítica né Então veja essas esses arcabouços teóricos tanto da didática quanto da Psicologia em se tratando da da pedagogia histórico-crítica ele se articulam nãoé e se
a psicologia histórico-cultural encontra o seu fundamento pedagógico na psic na pedagogia histórico-crítica a pedagogia histórico-crítica encontra os seus fundamentos psicológicos na psicologia histórico-cultural né e em suma uma intermediação entre pedagogia histórico-crítica e a psicologia histórico-cultural que pode ser expressa nos seguintes termos a pedagogia histórico-crítica é a mediação para que a psicologia histórico cultural se constitua como ciência dialeticamente fundada do desenvolvimento do psiquismo humano e a psicologia histórico-cultural é a mediação para que pedagogia histórico-crítica se construa como ciência dialeticamente fundada da formação humana tendo em vista o objetivo de produzir em cada indivíduo singular a uma
umidade que é produzida histórico coletivamente pelo conjunto dos seres humanos então a resposta à pergunta é sim a pedagogia histórico-crítica faz isso na intermediação com a psicologia histórico-cultural É isso aí mar Muito obrigado Professor só para deixar claro aqui a gab Benvenuto diz que existe experiências de pedagogia histórico-crítica em Brasília só para fazer esse registro Obrigado gab Benvenuto por est atenta aí no chat e obviamente a gente tá tentando responder a todas as perguntas da melhor forma possível lembrando a todos que a nossa próxima aula será no dia 28 de Novembro após a jornada de
Fortaleza e uma aula que vai ser aí capitaneada pelo professor merval saviane próxima pergunta e última pergunta é uma pergunta que é a seguinte Lenin escreve que em uma perspectiva marxista tenha uma organização dos trabalhadores por fora do Estado como a pedagogia histórico-crítica entende essa discussão bom eh obviamente eu vou apresentar aqui a minha leitura né Eh talvez outros colegas eh que aderem a pedagogia histórico-crítica formulem outras respostas né então vou formular minha a partir das minhas referências e eh e a minha referência não é é uma da tô lendo aqui ó o palavras do
professor saviani naquele livro gram No Limiar do século XX então voltando aqui as minhas referências a leitura que eu vou a resposta que eu vou dar vai ser articulado pelas minhas referências e as minhas referências e se sustentam em grande parte em grish e grish e é entendido pela pedagogia histórico-crítica como das suas principais referências é o saviani nesse livro chamado gram no linear do Século XX e depois em outro texto nãoé o professor saviani naquele texto pedag histórico crítica 4º ano que tem todo um capítulo lá sobre a a relação da pedagogia histórico-crítica com
gram o savian diz assim dentre os teóricos marxistas gramich foi aquele que mais avançou na discussão escolar e alimentou as minhas o saviani fal falando as minhas análises pedagógicas inspirado nele lancei mão da categoria Catarse para caracterizar o quarto passo do método da pedagogia histórico-crítica constitutivo do momento culminante do processo educativo também gramis me inspirei para indicar o caminho para a construção de um currículo escolar adequado às condições atuais desse período de transição da forma capitalista para uma forma socialista então a pergunta não é como a pedagogia histórico-crítica entende isso eu vou responder a partir
das minhas referências e a minha principal referência é grande agora o saviani tá dizendo a principal referência também uma das principais referências da pedagogia histórico crítica é grames e sou o ponto de vista da Leitura que eu tenho do grames eh Lenin escreve em uma perspectiva marxista tem uma organização dos trabalhadores por fora do Estado bom eh eu poderia dizer o seguinte que é preciso entender o contexto em que o Lenin disse isso e entender a transição desde aquele contexto leninista da Revolução Russa até chegarmos no momento atual né então não dá para entender a
frase do Lenin fora do contexto em que Ele viveu e É nesse sentido que outros autores marxistas procuraram em contextos diferentes atualizar as proposições marxistas leninistas mas ortodox seguindo as próprias diretrizes que o o Lenin indicou e a diretriz metodológica eh sintetizada por Lenin é análise concreta da situação concreta Quem que fez isso vários autores inclusive grams na Itália então o Lenin falou que uma organização dos trabalhadores por fora do Estado falou no contexto que Ele viveu agora o pegando Lenin e lendo né atualizando essa leitura pro contexto eh italiano e que é um trabalho
eh feito pelo gramich nós temos que interpretar de diferente modo essa essa formulação né então para responder a partir de grams eu Suponho que seja uma resposta adequado aquilo que se espera não é daqueles que advogam a phc n é eh grams tentou traduzir o Marxismo leninismo ao contexto por ele vivido né o contexto vivido por Lenin era de um de uma sociedade né cuja forma social capitalista não estava plenamente desenvolvida haja Vista que naquele naquele contexto vivido por Lenin o o poder estava Centralizado numa pessoa né E essa pessoa o quisar representava o estado
e o estado para manter a o ordenamento social e mesmo a ordem social ele fazia uso de instrumentos de força que chamamos de sociedade política esse tipo de sociedade o gram chamou de sociedades de tipo oriental ó sociedade Oriental a palavra Oriente em gram não se reporta a dimensão geográfica do termo mas se reporta um tipo de estrutura da vida social e de dinâmica da vida social em que o capitalismo está presente mas não plenamente desenvolvido Portanto o maior instrumento de poder não é que é o estado ele age a partir de uma de uma
forma restrita com força para manter o ordenamento social ocorre que do contexto da Revolução Russa para outros contextos né tentaram pegar o exemplo Russo de modo ipsis literes ao pé da letra e levar paraos outros países foi isso que fizeram na Itália né tentaram reproduzir os sovietes russos nos conselhos de fábrica na Itália no biênio vermelho 1919 1920 sabe o que aconteceu um fracasso um fracasso da revolução na Itália foi isso que levou grames a pensar o que que a gente Dev fazer para produzir a revolução em países do Tipo italiano e são países são
formações sociais cuja forma social capitalista é diferente daquele tipo oriental Russo o gram chamou essa forma capitalista na Itália e na Alemanha de sociedades ocidentais em sociedades de tipo ocidental em que o capitalismo é mais desenvolvido né o estado não está Centralizado numa pessoa numa instituição ele está difundido no meio social em diferentes instituições organizações movimentos sociais coletivos o estado o poder do estado não é para ordenar a vida social para estruturar a vida social para imprimir um ritmo e uma finalidade paraa vida social se dá não um estado cujo poder está Centralizado mas num
estado cujo poder está disperso em diferentes instituições nãoé e assim o estado não usa só a força dos aparelhos repressivos que ele tem dos aparelhos da sociedade política o estado usa outros aparelhos para manter a ordem social o ordenamento social a dinâmica de vida usa em instrumentos para produzir consensos sociais em torno da visão de mundo burguesa por quê Porque se você consegue comandar se você consegue incutir nas pessoas a concepção de mundo burguesa você não precisa dar força para obrigá-la a fazer isso ou para obrigar a não fazer aquilo nesse sentido e apresentado eh
se Lenin viveu a época de um estado Centralizado numa pessoa numa instituição e o estado tinha uma dimensão restrita que usava a força para administrar a vida social numa sociedade de tipo que o gram chamou de oriental no contexto italiano a gente poderia falar em outros contextos como a da Alemanha também que a Revolução fracassou né mas no contexto italiano o estado já não tinha mais isso o estado contava com instrumentos com aparelhos que produziam uma concepção de mundo incutia essa Concepção de mundo nas pessoas aparelhos ideológicos aparelhos ideológicos né que incutindo nas pessoas como
a escola como a família como a igreja como os meios de comunicação que eram pouco desenvolvidos na Rússia mas na Itália já tinha jornais de grandes tiragens etc etc etc os aparelhos que o gram chama Esses aparelhos de hegemonia de produzir uma concepção de mundo e dirigir a vida da pessoa inder rumo Esses aparelhos que gram chamou de sociedade civil fazia com que no interior da sociedade né o poder do estado se fizesse presente não na forma da força mas na produção de consenso por isso fazer revolução na Rússia significava tomar o poder do estado
Como que o poder do estado se instituía na Rússia por meio da força Então seria algo que precisaria força e onde ele estava entr numa pessoa então tinha que ir lá e tomar o poder da pessoa o quisar agora numa sociedade de tipo italiana né numa sociedade ocidental de um capitalismo mais desenvolvido Onde tá o poder do estado não tá Centralizado numa pessoa não tá Centralizado numa organização numa instituição ele tá difundido no meio social por isso a revolução ali não funcionou como um ato de violência de tomar o poder de alguém ela não funcionou
ela fracassou a em países ocidentais se dá por meio de processos de longos processos em que você emprega força mas tem que ocupar espaços que lhe dão a possibilidade de difundir consensos sociais também né considerando isso não é essa diferença de contextos do Lenin de uma sociedade oriental e e do gram na Itália não é em sociedades ocidentais o Estado está presente em todos os espaços o estado se ampliou na sua função de dirigir a vida social ele não tá presente só na Instituição No Poder Executivo no poder legislativo e no poder judiciário o estado
como uma organização que Visa a manutenção da realidade ele está presente na família nos nas nas outras instituições inclusive privadas como as escolas privadas mas em redes de ensino também privadas está em em religiões que tem uma articulação privada está no meio de comunicação que não são estatais são privados O Estado está ali presente o poder do Estado está ali presente articulando as concepções de mundo né de modo a que elas favoreçam um tipo de comportamento dos indivíduos e dos grupos sociais de acordo com os interesses e as necessidades burguesas por isso tem uma organização
dos trabalhadores fora do Estado a resposta que eu teria para dar para vocês é que na sociedade do tipo nossa que é uma sociedade ocidental Não há nada fora do Estado mesmo instituições privadas Não há nada fora do Estado porque o estado se na passagem do século XIX pro século XX o estado de uma visão restrita como sociedade política ele El ele ele se ampliou ele se tornou sociedade política mas sociedade civil mecanismos de força e mecanismos de produção de consenso e esses mecanismos por vezes não são estatais são não estatais como uma escola uma
rádio uma eh uma igreja uma né um um site da internet mas todos eles participam de uma dinâmica em que o principal elemento que admin o poder com vistas a manter o poder na mão de uma minoria ele está ali presente né então não há como né você ter uma organização dos trabalhadores por fora do Estado essa a resposta que eu tinha para dar sabe então o Len falava assim por fora do Estado mas a visão do estado do Lenin no não é que a visão do estado do Lenin a realidade do Lenin você tinha
um estado com poder Centralizado numa pessoa então você estava lá ou fora dele né O problema é que na sociedade aquilo era uma sociedade oriental mas a dinâmica da vida social fez o estado ampliar os seus espaços de intervenção ao ponto de assumir dentro da sua dinâmica inclusive os espaços privados da família da escola das religiões dos das das instituições sociais né Fundação leman o que que é Fundação lem que é alguma coisa mais privada do que isso nãoé Ela não ela não é articulada ela não participa dessa dinâmica de eh de eh produzir uma
concepção de mundo nas pessoas de acordo com os interesses de quem administra o poder do estado ela é uma situção completamente privada mas nesse sentido a tua em função está sendo articulada em função do estado no sentido amplo que o grams fala Então por exatamente isso que o dermeval mandou um recado para você puxa vida então vamos a outro recado do professor savian Lenin deve ter se ser deve ter se referido aí ao estado em sentido restrito né estado em sentido restrito só como força só como sociedade política exército lei etc etc ou seja nos
termos granos a sociedade política Gram amplia conceito de estado abrangendo a sociedade civil tá vendo que eu aprendi direitinho com os professor savian né sou um bom aluno Professor então gente a resposta que eu tinha para dar Márcia é que se Lenin advogou essa ideia ele advogou essa ideia de algo fora do Estado num contexto em que o estado era restrito era visto como sociedade política como mecanismo de força na realidade em que a gente vive não é a realidade russa de uma sociedade oriental é uma sociedade ocidental em que o estado penetrou ele se
capilarizado por diferentes meios e processos e está presente em todos os ambientes sociais seja pela força seja pelo consenso administrando a vida para que ela tenha um rumo né Qual é o rumo o rumo que que que favorece os interesses e as necessidades da da classe dominante dirigente Então por mais que eu queira é terça-feira nós vamos falei para você né Z que eu tô ajudando lá nos sindicatos Metalúrgicos eu tô ajudando no processo formativo de Sindicatos Metalúrgicos terça-feira nós temos um curso lá né o sindicato Metalúrgicos é uma instiuição privada ele está ausente do
Estado de forma nenhuma né O problema é não é se todos nós de algum modo de modo mais direto ou indiretamente estamos dentro de uma dinâmica da vida social administrada pelo Estado pelo poder que o Estado tem eh como é que a gente foge disso né como é que a gente foge disso E aí é não é com um ato Como foi na Revolução Russa né Ah vou dar uma metralhadora para cada um sim mas nós vamos matar quem porque não tem um kizar centralizando o poder não nós vamos matar o o sei lá o
Lira não você matou o Lira vai continuar a dinâmica capitalista não vou matar o sei lá que o dono da Rede Globo sim tem a Rede Globo tem as internet você não tem como matar ninguém para assumir o poder porque o poder não tá mais Centralizado ele tá difundido por isso revolução em sociedades ocidentais não se caracteriza como um ato se caracteriza como um longo processo de disputa de corações e mentes né de disputa de corações e mentes para que você forme nas pessoas uma concepção de mundo que que que te possibilite articular os grupos
sociais as instituições sociais em um bloco que tem a força suficiente para dirigir a vida social não no rumo da burguesia mas no rumo que interessa aos trabalhadores é isso que a gente chama de hegemonia é a capacidade que um grupo social ou que grupos sociais T de articulando pessoas instituições e organizações num bloco eles tenham força suficiente para dirigir a vida social tenham capacidade suficiente para dirigir a coletividade em outro rumo que não no rumo burguês capitalista etc mas isso não é um ato isso é um processo tá certo é isso má muito obrigado
Professor excelente Muito bom temos muitos comentários muitas questões que foram colocadas mas eu queria uma delas eu queria deixar aqui porque eu acho que ela é uma síntese de tudo que nós falamos o nosso subcomandante zeso que também é Vanguarda e retaguarda ele é Vanguarda da organização do curso e fica na retaguarda no chat conversando com as pessoas ele deixa o seguinte companheiros e camaradas os zalos da burguesia jogam pesado na divisão alienação e desorganização Precisamos superar a ênfase nas diferenças que nos divide e buscarmos o que soma o que articula são palavras do nosso
subcomandante José clne lombarde vulgo zeso e agradecer aí também a professora Luciene Silva que é a nova Ela acabou de se associar aí ao nosso canal Muito obrigado Luciene por pela sua colaboração e obviamente tem que estimular mais pessoas também associar ao canal antes de passar a palavra para o professor Marcos para suas considerações finais eu gostaria de fazer uma homenagem ao professor Marcos em nome de todos aqueles que estão ajudando a construir esse curso e capitaneados aí pelo professor zeso pelo professor Régis pela professora Luciane pelo professor Demerval saviani o professor Marcos tem se
dedicado a vida inteira a trabalhar pela classe trabalhadora e produzido e feito do seu trabalho uma produção para a emancipação de todos os trabalhadores do Brasil e do mundo a colaboração dele aqui hoje não é marca somente de um professor que tem compromisso pontual com a classe trabalhadora mas compromisso integral com a classe trabalhadora Então gostaria muito de agradecer a gentileza do aceite pelo convite o professor Marcos tem sido uma das pessoas que estimula o debate nos nos nossos grupos de WhatsApp sempre com eh comentários ponderados sempre estimulando o debate um debate de qualidade e
obviamente é assim que a gente se forma também eu gostaria de agradecer ao professor Marcos pela colaboração que ele dê que ele dá também na minha própria formação como professor e também como trabalhador da educação muito obrigado professor Marcos acho que as pessoas deixaram aqui n centenas de comentários explícito a qualidade da sua fala o seu compromisso mas obviamente que a gente não pode aqui como apresentador deixar de comentar também da sua dedicação a uma vida inteira de dedicação a emancipação da classe trabalhadora e é por isso que a gente agradece muito a sua participação
aqui eu já lhe passo a palavra para suas considerações finais não finalmente o que eu teria dizer é que usando o próprio gramit que há pouco tratamos dele né o gramit tem uma passagem que eu gosto muito eh e que Gostaria de reforçar aqui nesse momento final Porque para mim é alusiva ailo que deve ser eh o ponto de partida de qualquer teoria que se queira CR qualquer teoria pedagógica que se queira crítica eh obviamente não vou citar de memória como tá escrito né mas ele diz assim ó o povo sente e os intelectuais sabem
e compreendem né Nós viveremos uma outra realidade quando o povo souber o que os intelectuais sabem e compreendem e os intelectuais sentirem o que o povo sente aí nós teremos condições de articular iniciativas para transformar essa realidade superando a forma social capitalista e vivendo uma outra forma social socialismo não é e em que a emancipação humana o pleno desenvolvimento da pessoa possa se efetivar é por isso que eu gosto muito da phc porque quando ela fala que vai na prática social isso não é o exercício teórico abstrato de um professor que cai de lá de
paraqueda o professor tem que saber e compreender aquela prática mas tem que senti-la também por isso que eu gosto da palavra pé no chão da escola se for a escola o espaço em que a pedagogia histó criso vai se efetivar sentir significa conviver né significa ser afetado por aquelas condições que a comunidade educativa onde você docente foi lá eh ministrar aula etc etc sentir significa eh ser afetado por aquelas condições vividas na comunidade e que desafiam a existência deles não é é só sentindo sendo afetado por isso que a gente poderá melhor problematizar instrumentalizar e
produzir Catarse então que todos nós possamos não apenas velhos acadêmicos né zés possamos não somente saber e compreender Mas sentir também é isso aí Márcio Muito obrigado Professor maquinhos pergunto ao professor subcomandante zeso se quer fazer aí alguma consideração final tô fazendo aqui no no chat né Para que as pessoas não se esqueçam de que as pessoas não esqueçam de dar o positivo aí pra aula mas principalmente para se inscreverem no canal do st BR né e tornar-se membro do canal né a contribuição é de apenas 1,99 ao mês praticamente simbólico né acab Acabei de
passar antes de vir pra aula na padaria e recebi no valor de r$ 2 de Troco quatro balas quatro balinhas n de fundo de raspa do taxo de raspa do taxo quer dizer o99 é equivalente a quatro balas então acho que não não pesa para ninguém é ISS ISS daí abç gostou do do zes sendo Ancora do 247 do dcm do icl gostou muito obrigado professor Marcos aqui vários comentários viva professor Marcos É isso mesmo viva professor Marcos viva pedagogia históric crítica Viva o povo brasileiro Muito obrigado já agradeo também de imediato já vou colocando
aqui para que todos possam ir acompanhando a lista de presença tá vou aumentar ela Não se preocupem mas antes de aumentar o QR Code eu gosto eu gostaria de novamente insistir para que todos possam lembrar que a nossa próxima aula será somente no dia 28 de Novembro com o professor de merval saviani então obviamente o que nós queremos agora é que vocês possam aproveitar esse tempo para rever os vídeos para acessar as referências e aqueles que tiverem alguma dificuldade obviamente podem entrar em contato mas na semana que vem por favor lembrem que a nossa próxima
aula só vai ser no dia 28 de novembro e os nossos coordenadores muitas vezes querem eh aproveitar esse tempo também para ajudar os colegas que então em outros cursos em outras atividades Muito obrigado aqueles que estão conosco desde o início da transmissão e para aqueles que estão conosco acessando aí o site do sted BR por favor continuem curtindo como dando seu joinha como o professor zeso deixou bem claro se inscreva no canal Ative o Sininho para receber as notificações isso é muito importante e não se esqueça daqueles que puderem dar uma contribuição mensal aí de
1,99 se associe ao canal e você vai est contribuindo para um canal que tá produzindo conhecimento paraa emancipação da classe trabalhadora brasileira e para todos os trabalhadores do Mundo Muito obrigado até o dia 28 de Novembro com a nossa última aula do curso de extensão uma bom Um bom dia para todos e seguimos em frente [Música] k [Música]