[Música] Olá você que nos acompanha seja muito bem-vindo e muito bem-vinda ao olhar crítico um programa semanal sobre Jornalismo e cultura na vida social Esse trabalho é feito pelo centro de crítica da mídia e o programa de pós--graduação em comunicação social da PUC Minas meu nome é Nara escabim e eu estou acompanhada pelo estudante de jornalismo Larissa agino Olá Larissa Olá Nara Olá Lúcia muito obrigada pela oportunidade eu estou muito feliz de estar aqui a gente que agradece um prazer Larissa e a nossa convidada de hoje é a professora Lúcia lamoni Sena ela possui graduação
em história pela Universidade Federal de Minas Gerais mestrado em comunicação social também pela UFMG e doutorado em Ciências Sociais pela PUC Minas é especialista em comunicação pública da ciência pela UFMG e faz parte do grupo de pesquisa mídia e memória da PUC Minas atuou como assessora no comitê técnico científico do projeto Brumadinho UFMG coordenando o núcleo de comunicação e desde 2023 passou a integrar a Comunica a comissão científica da Federação das apis hoje conversaremos com a professora Lúcia sobre o papel das mulheres na ciência e a divulgação Científica Olá Lúcia Olá Olá muito obrigada viu
pelo convite é um prazer ter você aqui com a gente Lúcia e e eu queria começar perguntando para você sobre o seu projeto elas na ciência né que é um projeto que você tem desenvolvido na PUC Minas com esse papel tão importante de fazer o registro né e a valorização a divulgação da produção do conhecimento científico feito pelas mulheres pesquisadoras eu queria que você Contasse um pouquinho pra gente sobre esse projeto como ele nasceu e como tem sido trabalhar com ele desde então então né esse projeto ele é fruto de do meu trabalho de conclusão
de curso na especialização e comunicação pública da ciência e também é fruto da experiência anterior que eu tive no projeto Brumadinho em que uma das questões importantes assim a gente tinha uma mais de 22 coordenadores que eram e nesses coordenadores algumas professoras né não muitas muitos homens né então assim aquela ciência muito masculina e e uma das coisas que eu interessei foi exatamente divulgar o papel das professoras que eram coordenadoras mas também a gente tinha desde alunas de iniciação científica até o nível eh pós-doc né então nessa nessa plataforma que foi criada eu eu criei
essa plataforma especificamente para divulgar as mulheres então quando eu fui fazer esse trabalho de iniciação científica eu falei bem Eu trabalho na PUC conheço muito pouco o trabalho das mulheres na PUC Minas Então acho que vai ser uma ótima oportunidade para criar uma proposta que a gente possa dar visibilidade também um espaço para questionamento do trabalho das mulheres na minas na ciência né E foi assim que nasceu o projeto uma proposta multimídia né inicialmente era era um projeto muito mais grandioso do que nós conseguimos então era um site esse né já tá eh no ar
né e há um tempo e nesse site nós fazemos um um trabalho de entrevista são entrevistas narrativas em que essas professoras eh falam da sua trajetória né então desja a escolha sei lá por que eu resolvi ser engenheira química né uma das professoras aí como é que tem toda uma história às vezes do ensino médio algumas por incentivo dos Pais outros ao contrário né O pai não queria tem uma história até bem engraçada assim de uma professora que ela falou que ela tinha pavor de insetos baratas e ela é da biologia ela falou bem então
eu tinha esse pavor e hoje eu estudo sapos e pererecas né então acho que tem muito dessa dessa história de como é que essas mulheres têm construí a sua trajetória os enfrentamentos né de gênero acho que a gente vai ter bastante espaço para falar sobre isso assédios e etc então tem esse site e como apoio atualmente nós temos o Instagram né que é uma mídia assim muito potente pra gente divulgar as entrevistas e outras coisas também que circundam toda essa temática então foi assim que nasceu e qual foi a sua motivação pessoal para explorar essa
relação entre gênero e prática científica então Eh se eu dissesse que eu sou uma mulher não é suficiente né Começou quando eu também né no curso de Ciências Sociais eu atuo lá também com metodologias qualitativas eu fui uma das fundadoras de um núcleo em que nós estudávamos segurança pública e e num certo momento né estudando a questão de redes de os mercados Ilegais né do tráfico de drogas eu me deparei com uma uma questão muito importante primeiro assim como é que quando se falava das mulheres era muito moralista tudo sabe então sempre as mulheres eram
colocadas ó pobres mulheres né que se dedicam a isso porque são subjulgar das mulheres de forma muito e sub julgada pouco autona né e não necessariamente era isso que eu encontrava no campo de pesquisa porque eu gosto de pesquisa de campo assim e tal e E aí numa dessas eu encontrei um um garoto assim né numa dessas entrevistas e ele falou Olha eu acho que seu trabalho é ficar muito mais legal se você pesquisasse as mulheres né E aí me contou a história Super doida dele com as mulheres ele era um jovem assim na na
minha pesquisa eu até chamei esse garoto de anjo né veio assim com aquela carinha os cabelos anelados e tal e era um mega daqueles assim era tráfego de tudo que a gente puder imaginar né Clone de cartão era uma coisa muito bar pesada e uma relação muito complicada com as mulheres mas não dava mais tempo eu finalizei esse trabalho e resolvi então estudar só mulheres nos mercados Ilegais né das drogas e enfim né uma coisa vai puxando outro acho que é uma trajetória mesmo depois eu fui estudar a maneira como a mídia também aborda essa
as questões então é as moralidades são terríveis né Eu acho que a gente tem muito que se dedicar ao estudo eh da ciência o gênero porque tanto da parte Eh vamos dizer do próprio Campo científico quanto de outros Campos a maneira como você percebe as mulheres ainda é muito carregado né de valores enfim os mais né vamos dizer os mais moralistas os estereótipos muito bom Lúcia a gente tem agora uma pergunta da estudante Maria emanu que trouxe aqui uma questão para você vamos ver o que que a Maria Emanuele te pergunta Olá a todos meu
nome é Maria Manuel minha pergunta vai pra professora Lúcia que inclusive foi minha professora eu tenho um grande carinho bom Enedina Alves Marques foi a primeira engenheira civil Negra formada no Brasil no ano de 1945 e a boad que ela ia trabalhar numa usina lá do Paraná com uma arma na cintura e ela dava tiros pro alto quando ela queria se impor e ser respeitado no meio daquele público majoritariamente masculino e bom pensar sobre isso é pensar sobre como as mulheres elas são silenciadas principalmente mulheres negras e o quanto que se a gente se impõe
a gente vai tá achada como grosseiro Então minha pergunta está relacionada à questão da intersecionalidade e ao efeito tesoura atualmente Quais são as políticas de inclusão eh voltadas para mulheres negras na produção científica e nos cargos de liderança Eu gostaria muito de saber obrigada gente Ah então agradeço muito essa pergunta eu acho assim pra gente explicar um pouco pra audiência né porque às vezes a gente tem termos assim e meu papel é popularização da ciência né primeiro assim Eh vamos entender esse conceito de interseccionalidade né Eh vamos imaginar Avenida fonso pena que começa lá na
praça da rodoviária e sobe até Bandeirantes né Avenida fons pena ela é cortada por uma série de de ruas né então vamos entender as interseccionalidades como esses atravessamentos na trajetória de todos nós se a gente vai pensar eh uma uma questão dessas desses atravessam atravessamentos ou isso que ela falou o efeito tesoura seria quer dizer né na sua trajetória tem a tesourinha que tá ali cortando não necessariamente a gente só por uma questão de mérito e tal nós começamos vamos dizer né Eh em algum lugar e Terminamos uma super ensta e tal né então tem
vários atravessamentos e esses atravessamentos eles são também fruto daquilo que estrutura qualquer sociedade e se a gente pegar só a sociedade brasileira que é uma sociedade extremamente desigual uma sociedade que é racista né declaradamente racista Então a gente tem todos os os indicadores que vão demonstrar isso então só pra gente trabalhar com esses conceitos né para poder responder ela como é que a gente pode então superar esse esses atravessamentos esses efeitos tesouro Olha a gente tem eh mais 53% e algum um quebradinho assim da população eh brasileira é parda e 10 pon alguma coisa eh
são são pessoas pretas né declaradas pretas bem quando a gente olha o que que significa eh esse esse montante de uma sociedade então a sociedade brasileira não é uma sociedade Branca se a gente comparar em termos das mulheres né então as mulheres no Brasil Elas têm mais escolaridade mas não necessariamente as mulheres no Brasil ganham às vezes ocupando os mesmos cargos ganham o mesmo que os homens se a gente pegar uma interseccionalidade int gênero por exemplo né O que que significa horas trabalhadas por semana com afazeres domésticos né em média os homens têm por semana
gastam eh 11 horas com trabalhos domésticos né as mulheres gastam em média 21 horas quando a gente compr compara por exemplo mulheres eh negras né brancas e pardas e mulheres brancas as mulheres pretas têm 22 horas e as mulheres brancas 20 né a gente tem aqui eh em termos da do que são as mulheres com ensino superior não é então a diferença entre mulheres eh negras né brancas e pardas e aquilo que são as mulheres eh brancas Então a gente tem 29 por de mulheres brancas com Escol idade superior e 14.7 de mulheres eh eh
pretas e pardas então quer dizer isso isso significa eh a interseccionalidade né então quer dizer como é que não é necessariamente só querer mas é como é que esses atravessamentos vão chegando até lá eu acredito que a única forma da gente superar né essas questões é com política pública né então todos todas as políticas que podem de alguma forma quanto contribuir para que esses atravessamentos eles sejam menos né vitim menos aqueles que estruturalmente tem né já são penalizados Larissa então para contextualizar a próxima pergunta eu gostaria de mencionar um estudo publicado na revista Science em
2017 que revelou que meninas de 6 a 7 anos tendem a considerar a se considerar menos brilhantes eh Além disso ao citar eh exemplos de pessoas inteligentes a maioria dessas meninas menciona meninos e não né mulheres eh na nossa sociedade isso se reflete no fato de que brinquedos de Alquimia geralmente são eh oferecidos para meninos e brinquedos de cuidado como casinhas e bonecas são geralmente destinado às meninas destinados às meninas reforçando assim o papel social imposto às mulheres né então eh qual que é o papel da instituição Educacional na formação do pensamento crítico desse público
infanto juvenil para evitar a reprodução desses comportamentos e e quais são eh os desafios a serem enfrentados Em uma sociedade que vê esse comportamento das instituições como doutrinação Olha eu acho que a escola é é Central né vou contar um casinho bem rápido assim eh meu pai gostava muito de ver astros estrelas aquela coisa ele tinha um telescópio E aí quando nós estávamos assim né no ensino fundamental na minha família era muita muita mulher e tinha um primo e eu achava aquilo Espetacular e pedi o meu pai ele falou ah não isso aqui não é
para você não e deu pro Renato esse meu primo né E isso mostra um pouco como é que a família quer dizer a escola é Central mas a família já traz muito isso né meu pai que tinha escolaridade achava que pra mulher assim né uma boa tecnologia de pano de chão essas coisas tava ótimo né brincar de casinha de boneca né exatamente Então eu acho que hoje a escola ela já mudou né então assim Ainda bem né a gente tá falando de um século atrás né sou bem velhinha e e a escola hoje ela já
não não não reforça pelo contrário né Eu acho que inclusive essas iniciativas quando a gente olha as jornadas da matemática e outras coisas há um incentivo grande que as meninas participem né Mas claro que e como a gente tá falando também das estruturas quer dizer aquelas Pedras né os alices da sociedade a gente não não sai derrubando tudo rapidamente eu acho que ainda Há questões que são muito importantes essa questão das meninas se acharem né menos inteligentes porque também o que que é a ideia que a inteligência ela tá ligada só as ciências exatas né
como se por exemplo as humanidades não fosse uma dimensão de inteligência a literatura não fosse uma dimensão de Inteligência é o a o próprio Cuidado então quando a gente olha por exemplo essas disciplinas que são ligados à Odontologia às áreas da saúde tem muita mulher muito em função dessa ideia de que a as questões do Cuidado estão relacionadas às mulheres e mesmo a medicina né então medicina já foi predominantemente masculina mas ela também foi se tornando eh feminina mas uma ideia de quem vai desenvolver ciência na medicina a princípio são homens então acho que a
escola né desde a escola infantil mesmo até a própria univ un cidade a gente tem que ir quebrando essas questões eu acho que é se a ciência é produzida em centros acadêmicos né então a ideia da academia ela começa bem lá atrás e a gente vê por exemplo agora o caso do Enem né Lúcia com e eh trazendo esses debates né a gente acabou de passar aí por um por uma edição do Enem né 2024 que traz debate sobre igualdade de gênero diversidade igualdade racial isso é importante né para para estimular que esses debates aconteçam
em sala de aula né e que essa as práticas também sejam transformadas em sala de aula não é isso não isso é fundamental né Inclusive a gente sempre tensionar né eu gosto muito assim dessa disciplina de metodologia qualitativa começar gente quando eu falo em cientista aí a galera começa Ah é jaleco Ah é Einstein é é marico falei caramba só existe assim marico Einstein jaleco sabe um homem eu penso em ciência eu penso em um homem penso em um homem Maluquinho e tal né imagino né exato Então acho a gente tem que ir quebrando essas
questões né E sobre a questão da da doutrinação eh eu acho que as famílias por essa estrutura que você disse elas reforçam isso e acreditam que a escola quando elas têm um posicionamento de de valorização da Inteligência feminina a família vem eh em Contramão a isso e considera isso uma doutrinação da das próprias filhas né Eh Se você pudesse comentar isso é eu acho que né nesse momento acho que nós estamos vivendo assim assim uma um desafio grande porque também a ciência tem sido muito questionada né Eu acho que tem tem esses tensionamentos Nós voltamos
para de com força muito intensa a questão dos negacionismos né a próprio movimento antiva que é o movimento antivacina né tem eu acho que a gente tem tem assim é um um caldeirão mas eu acho que quando a escola ela também ela traz algumas coisas renovando pensamento é é mais comum que a família junto sabe do que a família Então acho que também é isso é a escola eh conseguir trazer a família para dentro desse conhecimento né a família também tem que ser incluída né nesse processo Claro Claro porque a família é importante não adianta
também a escola era isso ah não adianta a escola dizer não você pode usar o telescópio se meu pai né falar Ah não isso aí não né esse telescópio não é não é para você Ah então é isso os primos tiravam carteira primeiro porque os homens né já Man pulava os carrinhos e tal e a gente ficava lá com panelinha não sei o que se você quiser queria fazer uma alquimia com as panelinhas já vinha a mãe correndo não isso é perigoso não sei o que né também eh eu tinha uma irmã que gostava de
de plantar para ver sementinhas nascer né ela era da da instintivamente assim da área da biologia e tal a minha mãe vai sujar a roupa toda fica fazendo então às vezes alguns impedimentos em relação às mulheres né que era muito comum não quer dizer que isso Acabou mas eu acho que a gente tá rompendo com isso e a escola tem contribuído muito Lúcia tem uma questão que acho que permeou um pouco essa sua última resposta principalmente a pergunta da Larissa também né que é a questão das dualidades na Cultura né a cultura ocidental sobretudo até
como uma herança colonial né se Ancora muito nessas dualidades o homem e a mulher o racional irracional né o o racional e o emocional o civilizado e o incivilizado né Como que você vê o o o peso dessas dualidades que são estruturantes da nossa cultura na percepção que a gente tem sobre o conhecimento científico produzido sobretudo por mulheres aí você acha que tem uma uma ideia de que essa dualidade parcialidade imparcialidade atrapalha o conhecimento feito produzido pelas mulheres como é que você vê isso então também né pra gente entender eh quando a gente tá falando
de Ciência nossa herança né ocidental uma coisa que começa muito lá atrás né então vou falar lá do século X quer dizer muito lá atrás em que eh a própria construção da ciência ela foi toda eh sob Pilares que são os pilares da dualidade né o dualidade mais Central era a ideia daquilo que é o mundo social e o mundo físico o mundo biológico né a ciência nasce tentando exatamente superar a dimensão de natureza no sentido de que a natureza subjugava a o né as o o homem a sociedade né claro grandes geadas o frio
então também toda uma natureza que realmente ela foi né era necessário domar a natureza entre homem e natureza Então essa dualidade né o o aquilo que é o biológico o social o natural o artificial todas essas contraposições elas foram fundamentais para uma construção daquilo que foi o conhecimento agora uma questão muito importante que tá assim também no no nascimento da ciência moderna é a ideia da parcialidade imparcialidade então uma defesa de que o conhecimento científico ele era Imparcial ele não tinha nenhum lastro vamos dizer não deveria ter nenhum lastro né com a dimensão religiosa com
a dimensão política era uma afirmação de uma da Liberdade do conhecimento né que foi algo muito importante no entanto eh quando a gente né quer dizer todas as as construções historicamente elas vão também se ajustando às vezes melhorando às vezes piorando uma questão que se consolidou foi uma ideia de que a imparcialidade científica ela justificava qualquer tipo de conhecimento científico porque era uma ideia de que aquilo era só qualquer conhecimento era só para né o bem vamos dizer assim né a ciência seria essa linha reta que libertaria nos levaria né ao paraíso né então eu
acho acho que isso também está relacionado à ideia dessa binaridade homem e mulher primeiro porque também a ciência ela nasce como sendo feita por homens né a gente tá aqui até hoje nessa disputa né tendo que eh fazer um memorial né uma perspectiva multimídia para divulgar o trabalho das mulheres né e não só aqui na PUC Enfim no geral Então essa ideia de que os homens estavam ligados à racionalidade à objetividade e a mulher à subjetividade a e e e e contrapondo essas coisas como se essas coisas uma fosse superior à outra né e portanto
o conhecimento que vem das mulheres é um conhecimento subjetivo e olha a gente tá falando de algo que começa lá no século X vou contar um casinho super rápido adoro casos né para ilustrar também pra nossa audiência entender eu tava num num num congresso internacional agora em Julho e uma das das questões foi exatamente a questão das bolsas de produtiv idade né que são bolsas que pesquisadores já numa fase madura da sua carreira ganham para que eles possam continuar produzindo né temas assim que são importantes uma das das das uma das pesquisadoras estava lá e
uma das proposições dela Era exatamente uma perspectiva ligado à maternidade e ela dizendo que a sua bolsa tinha sido negada porque o tema era maternidade a justificativa é que era um tema muito vamos dizer assim assim subjetivo emocional ligado a uma dimensão ela falou como assim né claro que é isso mesmo n quer dizer eu sou mulher o fato de eu ser mulher não significa que querer estudar maternidade ciência é uma questão subjetiva né então acho que isso mostra um pouco como que às vezes o trabalho das mulheres eles têm essa essa dimensão a Mari
curri por exemplo né que é esse ícone ela durante a sua trajetória né como cientista tem momentos né depoimentos assim toda a a biografia dela que ela se orgulhava muito de não saber fazer nenhuma sopa né isso por quê Porque ela queria fugir completamente do que é o estereótipo mulher naquele momento porque a ciência era masculina né E para começar esse bloco A gente tem uma pergunta de uma estudante que é a Isabela Prates do curso de publicidade e propaganda da puuk Minas vamos ver o que que a Isabela trouxe pra gente Olá meu nome
é Isabela França Sou aluna de Publicidade propaganda do terceiro período e hoje eu tenho uma pergunta pra professora Lúcia professora no seu projeto elas na ciência você aborda tanto a presença Quanto a subrepresentadas você acredita serem as mais eficazes não só para aumentar a visibilidade das mulheres na ciência mas também para assegurar que essas conquistas sejam reconhecidas de forma Justa e duradouras especialmente no cenário brasileiro isso Boa pergunta Ótima pergunta ó vou começar respondendo com um caso nosso aqui né Que é que foi aquela estudante a Laísa Peixoto la né uma estudante de Contagem tinha
18 anos e no computador da casa dela ela identificou um asteroide até batizou né esse asteroide E com isso ela ganhou uma bolsa para passar uma temporada na NASA estudando né enfim foi quee Cesa aqui em Contagem na região metropolitana de Belo Horizonte foi em 2021 fo e ela foi eh em 2022 né que ela foi pra nas então numa numa entrevista eh uma da uma um dos dos Jornalistas perguntou para ela né e tal o que que ela achava ela falou olha que aquilo que ela mais se ressentia é como que no livro didático
ela nunca tinha estudado nenhuma mulher ligada à área da astronomia ela até não vou lembrar qual que foi né A ela falou ela batizou mais de 30 estrelas e o nome eu nunca nem nem tinha conhecido o nome dela no meu livro didático né Eh então eu acho que essa questão também tá relacionada a toda uma história das mulheres né vou falar aí desse Campo que é o campo aí dessa né super eh cientista Mirim né começando também eh uma cientista henrieta livet eh lá no século XIX ela trabalhava numa numa num Observatório da da
Universidade de Harvard ela trabalhava nesse Observatório com várias outras mulheres atendendo a um astrônomo né que era o pickering e ele eh contratava mulheres porque elas eram boas observadoras e sabiam fazer imagens a gente tá falando né de outro tipo de produção até muito mais manual Puxa essa super eh eh astrônoma que inclusive ela identificou uma questão que das estrelas o cintilar das Estrelas el el ganhava 30 centavos de dólar à hora de trabalho né e o pickering passou para né vamos dizer assim para os livros didático e ela não né a gente sabe dessas
histórias hoje porque a gente tá num grande movimento social de né Eh de valorizar o trabalho das mulheres a lua ela tem várias crateras na lua são batizadas a gente tem mais de 100500 crateras que são batizadas com nomes de pessoas agora não pode mais né mas com nome de pessoas bem desses nomes de pessoas dos mais de 1500 crateras que são batizadas 31 crateras 34 31 crateras são com nomes de mulher Ué como assim quer dizer que só tem cratera masculina né então eu acho que eh a forma da gente né reverter respondendo um
pouco o que ela tá falando é a Isabela tá perguntando é para eh primeiro eu acho que divulgação Científica né Eu sou uma né tenho feito divulgação Científica e acho que a gente tem que aprender a fazer comunicação pública da ciência inclusive assim eh olhando para os nossos próprios pares as mulheres com as quais a gente trabalha não é a gente trazendo pra sala de aula desde o ensino fundamental médio Quais foram as mulheres na ciência a gente buscando inclusive no caso do Brasil a gente tem né muitas cientistas mulheres importantes né Eu estudei um
livro de uma delas a Beatriz Alvarenga que era da Física não é e Enfim então acho que a gente tem que a gente vai construir de maneira menos em vez da gente ficar né né Eu acredito que essa luta ela vai chegar um momento que isso vai ser comum mas enquanto a gente ainda tá na batalha é realmente a gente pensar no nosso campo Como olhar as mulheres por exemplo eu acho que Hollywood né Eh eh eu falei Hollywood por por conta dessa grande referência mas o cinema a Literatura e as artes são muito importantes
assim e se hoje as meninas têm pelo menos maric cori como uma referência né Na minha época era só homem né então Eh quem era a tinha uma série que chamava din din é é um gênio né E ela era uma tipo uma feiticeirinha casada com uma um um astronauta né E ela chamava o Astronauta de meu amo né enfim Então acho que eh eh também nesse espaço que são as novelas a série o cinema são espaços da gente construir uma outra forma de ver as mulheres na ciência né mar R é uma grande referência
mas não existe só ela não é a única né embora seja importante e então professora no seu artigo a mulher faz uma ciência diferente gênero essencialidades e prática científica você apresenta como destaque um dos eixos na sua pesquisa que buscou observar a diferença entre homens e mulheres como uma essencialidade Como você explica Esse aspecto da essencial Uhum é então vamos entender o que que é né Essa palavra que parece chique assim né O que que é essencialidade eh é uma maneira da gente olhar pro mundo olhar pras coisas e dizer que aquilo é da Ordem
da natureza né quer dizer do biológico da formação das coisas então é mais ou menos a gente falar assim Ah os cachorros são eh muito companheiros são né são companheiros e eh o cachorro é essencialmente companheiro O gato é essencialmente eh não é afetivo é autônomo né as mulheres são essencialmente assim os homens são essencialmente assados né então isso é isso aqui é uma ideia da essencialidade e a grande contribuição dos estudos feministas foi mostrar que aquilo que se falava em termos das essencialidades os homens são fortes inteligentes as mulheres são doces meigas agregadoras e
tal pacientes né cuidadoras é não é uma questão essencial Não há nada não há nenhum fator DNA ou uma dimensão biológico exato que nos faz ser de uma forma ou de outra né E que aquilo que se falava em relação às mulheres inclusive as mulheres não são afeitas à ciência ou à política e tal era uma dimensão cultural então a ideia da né dos essencialismos e e da cultura exatamente a gente quebrar qualquer explicação vamos dizer assim que seja dessa ordem e colocar na cultura numa formação nas hierarquias nas disputas de poder que existe né
na sociedade determinadas condições a um a outro né inclusive por exemplo vão pegar que essa dimensão eh foi uma uma dimensão muito importante para para justificar por exemplo não só o lugar das mulheres né em em determinados lugares do espaço doméstico mas por exemplo inclusive naquilo que diz respeito à criminalização da pobreza a criminalização né das pessoas eh pretas né então e essa dimensão é muito importante da gente colocar isso no social na cultura na minha pesquisa eu sempre indago para as mulheres isso as mulheres fazem uma ciência diferente iso é uma pergunta né na
narrativa mas olha eu eu tô encontrando dois elementos aquelas que aquelas mulheres que vão dizer sim as mulheres fazem uma ciência diferente né Eh temos mais jogo de cintura no campo de pesquisa né enfim negociamos sabemos temos um olhar crítico elas vão dizer de uma dimensão da essencialidade e outras que vão dizer olha Talvez nós façamos uma ciência diferente porque culturalmente estamos nesse lugar e tal temos que que trabalhar mais para justificar então isso ainda tá em aberto sabe né Eu particularmente eh eh não acredito que as mulheres façam uma ciência diferente porque somos né
Acho que qualquer pessoa faz uma ciência diferente porque pelo seu objeto pela maneira como se dedica E por aí vai seu histórico de vida né tudo isso muito bom Lucia a gente tá quase no finalzinho do bloco mas tem tempo para mais uma pergunta do Estudante João Vittor ferreira vamos ver o que que o João pergunta para você Oi Lúcia meu nome é João Vítor eu sou estudante de publicidade e atrás de um grande homem sempre existe uma grande mulher e em contraposição a essa frase o filme estrelas além do tempo mostra como Mary Jackson
e Catherine Johnson e dor V fizeram contribuições ao lado de outros cientistas para que fosse possível a chegada do homem à lua enfrentando racismo machismo e eu queria saber o que que a gente pode tirar disso dessa desvalorização das grandes mentes femininas e como essa negligência que ainda acontece pode comprometer a ocupação das mulheres em posições científicas e não só isso mas também comprometer o futuro da das descobertas científicas e pra humanidade é isso eu espero que você me responda beijo isso pergunta inteligente e muito simpática também adorei esse beijo no final então João eu
acho né Eu acho que a gente tá aqui eu sou uma pessoa muito otimista né então sou uma uma mulher lutadora pelo espaço das mulheres e eu eu vejo com otimismo não vejo como isso compromete né Eu acho que eh que na verdade assim essas diferenças como eu falei são de dimensões estruturais Claro se a gente olha assim quem eh eh globalmente ocupa os espaços mais ligados às áreas tecnológicas mais de 80% são homens né quando a gente olha essas hoje esses eh grandes essas grandes empresas né essas bigtech que são hegemônicas que comandam a
nossa vida né então a gente tá falando da meta a gente tá falando Google a gente tá falando né Eh da da do tiktok estamos falando também do X né o antigo Twitter esses comandos são masculinos né então eu acho que realmente assim ainda nós temos esses espaços ligados sobretudo as áreas tecnológicas muito ocupado por homens né e que é alguns sim outros não tiveram ao seu lado ou tem a seu lado mulheres que às vezes são mulheres Mas isso não foi só na ciência na fotografia também né grandes eh eh eh fotógrafos tiveram mulheres
que os acompanhavam que também faziam Enfim então eu acho que a gente sempre tem essa essa questão mas eu vejo que cada vez mais a sociedade tem construído e tô falando a sociedade Global tem construído espaços que são espaços para que as mulheres realmente né para que a gente conquiste essa Equidade de gênero então aqui eu tô colocando mulheres mas a gente né gênero é uma coisa muito mais ampliada eu acho que a gente pode ver eh os objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU um dos objetivos que é o ods5 propõe Equidade de gênero e
quando a gente olha o compromisso do Brasil com isso há desdobramentos né desdobramentos no sentido inclusive de mais espaço para para mulheres nas áreas no acesso às tecnologias da informa ação da comunicação a a a questão financeira e tudo isso né então acho que isso é uma uma uma forma mesmo né da gente da gente ir quebrando então eu sou mais Eh vamos dizer assim mais otimista em relação a isso eu acho que se há grande comprometimento por outro lado há também mulheres que tão né Batendo Nas Portas e às vezes pé na porta né
Vamos lá e a gente vai conseguir né então Então seja mais esperançoso João é Lúcia em um dos seus artigos você menciona ali a partir de dados da Agência Brasil de 2021 eh a questão dos prêmios Nobel né a distribuição dos prêmios Nobel e que até aquele ano ali da pesquisa de 2021 né dos 947 cientistas que já haviam sido agraciados né com com o prêmio Nobel Aí você aponta ali né que menos de 3% eram mulheres 2,90 5% eram mulheres 1.8% eram de pessoas africanas né E 0,63 por de latino-americanos sendo que entre os
africanos latino-americanos não havia nenhuma mulher premiada esses dados ele chamam Mita atenção né Lúcia porque a gente vê aqui na verdade uma reprodução de uma estrutura de divisão do trabalho de divisão de recursos que na verdade perpetua a lógica Colonial né o centro capitalista os países centrais do capitalismo exercendo e sendo reconhecidos né por esses papéis de liderança de destaque no na produção científica tecnológica eh quando você olha esse quadro você falou bastante sobre como a gente pode buscar caminhos buscar né formas de transformar esse cenário de pouca visibilidade das mulheres na ciência de pouco
espaço né Mas será que a gente consegue eu queria deixar aqui essa questão né pra gente pensar será que a gente consegue transformar e essa pouca visibilidade esse pouco acesso de mulheres pessoas africanas latino-americanas sem transformar as estruturas produtivas da sociedade do capitalismo da divisão internacional do trabalho como é que você vê Será que a gente consegue ser otimista mesmo diante desses números né Uhum é olha só né Eu acho que esses números eles revelam pra gente uma aquilo que a gente tava falando até das interseccionalidades né então porque elas também eh envolvem regiões né
envolvem outras né são uma série aí de não só de gênero né exato não só de gênero Então acho que no caso da ciência é isso É muito visível né os grandes centros que são centros de pesquisa porque também como nós já falamos né aquilo que a gente reproduz como ciência é uma ciência europeia sobretudo né E aí a gente tá falando de europeia a gente tá falando também né dos Estados do norte aí eh Global por exemplo dos Estados Unidos enfim eh são são são prêmios né que é mais ou menos como a gente
pensar o prêmio de Hollywood né então não necessariamente as estatuetas elas virão para latino-americanos para africanos para mulheres e tal pode ir para mulheres mas a gente tá falando de de Prêmios que né que estão ali para homenagear um cinema uma indústria cinematográfica que é feita lá a mesma coisa na ciência né então eu acho assim eh para mudar isso né Realmente a gente tem que pensar então em políticas nossas políticas locais né V se a gente pegasse o caso do Brasil a gente quer realmente incentivar a ciência então gestores né invistam na ciência invistam
na ciência local sabe então a gente precisa investir em centros de pesquisa em bolsas para desenvolvimento né de ciência eh em em bolsas inclusive como a gente tá falando que possam beneficiar outros grupos que não só os grupos brancos né acho que isso é importante a gente realmente ter todo um tipo de cadeia produtiva que possa fazer com que o nosso desenvolvimento científico as nossas vacinas elas possam ser produzidas e colocadas nos postos de saúde não é eh eh por exemplo eu eu conheço me chegou um grupo que é um grupo ligado à agrofloresta e
que produz Cacau que tá desenvolvendo um tipo de cacau um tipo de chocolate brasileiro com cacau nosso enfim porque se a gente continuar e simplesmente fazendo funcionando como commodity quer dizer a gente vende matéria prima e tal tal e depois compra os remédios compra tecnologia realmente essa essa questão não vai mudar muito bom Lúcia a gente tem agora mais uma pergunta só da aluna oad Natalie Bispo vamos ver o que que a oad traz pra gente Olá meu nome é oad Sou aluna do terceiro período de jornalismo no Campus ludes e eu queria te fazer
uma pergunta a gente tem visto que as mulheres T alcançado lugares cada vez mais altos na ciência porém nem sempre seus avanços são noticiados você poderia dizer pra gente algumas cientistas contemporâneas que você acompanha o trabalho que você conhece e quais foram os seus maiores avanços nos últimos tempos Obrigada isso AD muito né Muito obrigada aí por essa questão Então acho que a gente todas as questões aí colocadas pelos alunos a gente tá sempre batendo nisso né Assim como é que a gente vai avançar como é que a gente vai dar visibilidade termos de cientistas
que eu sigo e hoje especificamente né eu conheci nesse ano uma uma cientista muito legal que a Kat banon ela é eh uma cientista ligada à área da biologia evolutiva e que produziu uma coisa Espetacular um livro assim é uma pesquisa muito eh sólida em que ela refaz toda uma perspectiva daquilo que foi a lógica da ciência evolut biológica do ponto de vista das mulheres né então ela vai dizer isso que uma das questões tem a ver olha eh eh homens sofrem mais infartos que que mulheres não mulheres sofrem mais né Eh determinadas determinados tipos
de de por exemplo de medicamentos funcionam eh pras mulheres ou não porque também as amostras geralmente são amostras testadas em homens Então ela tá fazendo toda uma trazendo assim a essa dimensão do que que né do que seria a ideia do da fêmea né para toda para recontar uma história que é essa história e da biologia evolutiva que é um trabalho Espetacular né não é a minha área mas eu acho que eu tenho cada vez mais olhado com muito interesse para esse campo e as latino-americanas então também uma descoberta muito importante eu acho que a
gente tem que isso que eu falei a ciência a gente tem que decolonizar esse nosso pensamento né então por exemplo a Maria lugon que vai trazer essa perspectiva também de decolonizar a própria perspectiva de gênero as pesquisadoras eh mexicanas não é então toda uma uma discussão até mesmo problematizando esse conceito de gênero que não é um conceito nosso né E que a gente faz aí adaptações E no caso assim eh do Brasil especificamente aquilo que né que eu tô tendo um prazer enorme de conhecer são eh eh Lela Gonzales né a de Jamila enfim que
estão trazendo uma discussão também da perspectiva aí né da desigualdade racial como elemento Central nas pesquisas Então são essas olha essa conversa tá muito boa a gente podia ficar aqui várias horas mais Conversando a gente continua numa próxima oportunidade viu Lúcia falando sobre as mulheres na ciência mas a gente precisa agora passar pro nosso momento da Dica cultural eu vou começar indicando um livro que é o livro chamado cinema vivido da Bell hooks né aqui mantendo né a a a nossa proposta de pensar de valorizar as pensadoras as cientistas mulheres a Bel hooks que foi
uma teórica pensadora teórica feminista ativista né uma mulher negra estadunidense nasceu nos anos 50 né ela pesquisou muitas relações entre raça gênero né esses cruzamentos aí os atravessamentos das Avenidas né como a Lúcia falou na Perspectiva da interseccionalidade em relação à história em relação à arte em relação às Mídias e também em relação ao cinema que é o foco né desse livro da Bell hooks que é um livro que reúne críticas cinematográficas né Eh que ela escreveu sobre diversos filmes tanto hollywoodianos quanto filmes Independentes ela se propôs muito a pensar eh essa representação das vidas
negras né das pessoas negras no cinema ela tem um interesse aí em especial pelo cinema do Spike Lee por exemplo né entre outros cineastas h e é um livro então muito an pra gente pensar né Essa produção cinematográfica e também conhecer um pouquinho mais o trabalho da Bell hooks fica aí a minha indicação né de livro de hoje e Larissa O que que você trouxe pra gente hoje e eu trouxe um livro também é um livro autobiográfico de uma bailarina n ela no caso tá no campo das Artes não da ciência mas ela foi um
dos primeiros livros que eu fiquei assim muito apaixonada é a história dessa dessa bailarina que se chama Micaela de Prince ela era uma refugiada de guerra eh na Serra Leoa e ela perdeu os pais dela na guerra e ela foi adotada por uma família estadunidense e ela conseguiu realizar um sonho que era ingressar no mundo da dança e e ela foi uma das bailarinas mais importantes de um teatro de Nova York e assim uma história extremamente inspiradora de uma menina que ela viu a foto de uma bailarina na numa revista lá eh na no país
que ela nasceu na Serra Leoa e ela eh se encantou com aquilo mas no cenário que ela vivia era impossível ela ingressar nesse mundo e e ela consegue e ela também eh tinha Vitiligo e as pessoas também eh além dela ser uma mulher negra ela ainda tinha eh Vitiligo que fazia com que ela fosse ainda mais discriminada no mundo do Balé que é o balé muito historicamente branco e e seguindo um padrão e no qual ela rompeu e eu achei isso muito importante assim infelizmente eu eu vi que ela faleceu no último mês e com
apenas 29 anos que a família divulgou eles não divulgaram a causa da da Morte dela mas assim foi é uma pessoa muito importante para mim uma inspiração eh e eu acho que para qualquer pessoa da arte assim ela tem uma história de de muita vitória e e e infelizmente ela não está mais entre nós mas ela fez ela deixou seu nome marcado pra história Obrigada Larice e você Lúcia que que você trouxe então eu vou repetir o Eva né olha eu esse livro é delicioso então assim mesmo para quem não é da área da ciência
Eu acho que vale a pena ler ela tem uma escrita assim até e às vezes faz até a gente rir né ela começa a dizer não é porque eu tenho celulites é porque isso porque eu menstruo sabe então como que uma uma maneira assim também da gente olhar pra história vamos dizer assim né das das dos homens homo sapiens né então de uma maneira muito diferente é divertido eu é um livro PR as férias Boa Dica Lúcia muito obrigada não li ainda mas agora temos aí um incentivo a mais né para conhecer a obra eh
queria agradecer muito a vocês então Lúcia muito obrigada pela sua participação por compartilhar todo o seu conhecimento né Por trazer pra gente reflexões tão importantes foi um prazer est com você aqui hoje ah Eu que agradeço também pela oportunidade vou pedir a todo mundo para seguir a gente nas redes sociais eh no Instagram é @ elas elas na cencia PP Minas e o nosso site é elas na cencia PP minas.br muito obrigada Lúcia Larissa Obrigada você também eu gostaria de agradecer também Lúcia Obrigada pela oportunidade de de dividir o seu conhecimento aqui nessa mesa que
já trouxe tantas pessoas incríveis E você também muito eh com muito conhecimento pra gente muito obrigada obrigada Nara pela oportunidade obrigada gente foi um prazer Obrigada a você que nos acompanha de casa e assim terminamos aqui o nosso programa lembramos a você que ele está disponível também no YouTube e nas plataformas Spotify e dezer nos acompanhe por lá também um abraço e até a próxima semana [Música] [Música]