Ragnar Nurkse - Círculo Vicioso da Pobreza

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Professora Fernanda Cardoso
A pobreza de uma nação como causa e consequência do subdesenvolvimento. Como superar? Referências i...
Video Transcript:
é um país é pobre porque é pobre essa frase aparentemente simplória é do ragnar nurkse e ele é o tema do meu vídeo de hoje o ragnar urixi é um economista nascido na estônia e 1907 e falecido em 1959 o ragnar nurix é um pioneiro do desenvolvimento da primeira geração o livro dele que eu uso como base para discutir no meu livro é chamado problemas da formação de capital em países subdesenvolvidos esse livro do nurkse foi publicado em 1953 e é nele que ele apresenta o conceito de círculo vicioso da pobreza que tem tudo a
ver com a frase que eu iniciei o vídeo de hoje que é um país é pobre porque é pobre mas nós precisamos entender como que se e essa causalidade entre pobreza e pobreza mas para entender o fundamento dessa frase que a princípio parece ser bastante simples precisamos entender como é que a pobreza aparece aqui como causa e consequência desse círculo vicioso pois um círculo vicioso tem justamente por trás dele a ideia de que as causas elas não apenas se confundem mas ela se retroalimentam é o número que se assim como os outros pioneiros de desenvolvimento
tem como foco de discussão os países subdesenvolvidos que ele deixa isso muito claro né qual é a preocupação qual é o foco investigativo do nurce são as duas terças partes mais pobres do mundo e aí ele olha para essas duas terças partes mais pobres do mundo motivado pela pergunta o que fazer para garantir com que essas nações me digam progredir e romper com a condição de subdesenvolvimento como que o número que se define país subdesenvolvido como está sugerido no título do seu livro né a grande preocupação do número que você está na questão da formação
de capital então ele vai definir os pais subdesenvolvidos comparativamente aos países desenvolvidos a partir da capacidade de formação e de acumulação de capital observada nesses países então acumulação de capital a demais ela vai aparecer prurix com uma condição necessária embora não suficiente para garantir as condições de progresso econômico ele diz o seguinte o desenvolvimento econômico é muito condicionado a peculiaridades humanas atitudes sociais e políticas e acidentes históricos para o progresso o capital uma condição necessária mas não o suficiente porque né porque além de resolver a questão da formação de capital no contexto dessas nações subdesenvolvidas
faziam-se necessárias ações e políticas complementares para garantir esse processo sustentado de desenvolvimento agora explico com pouco mais é de qual mais de detalhes o que que significa a ideia do país é pobre porque é pobre e que define importante o círculo vicioso da pobreza as principais relações circulares que compõem esse círculo vicioso da pobreza são aquelas relacionadas aos problemas de formação de capital e elas estão dentro do lado da oferta de capital quanto do lado da demanda de capital aqui o que estou entendendo como oferta de capital e como demanda oferta de capital entendo aqui
como as disponibilidades de recursos nessa e para que eles se transformem em investimento na capacidade produtiva dessas economias e o que estou aqui entendendo como demanda por capital hora é o estímulo que aqueles que têm acesso ao crédito ou que têm capital acumulado tem para investir na capacidade produtiva dessa economia então quê que o número que se vai destacar olha no contexto de países é inicialmente pobres empobrecidos e subdesenvolvidos do ponto de vista da oferta de capital em sendo países e nem somente pobre não há disponibilidade de capital do ponto de vista da demanda da
mesma forma não há incentivo para o investimento nessas economias porque hora hein sendo economias pobres o mercado interno delas né e o nível de renda que decorre desse mercado de baixa produtividade também abaixo então tanto do lado da oferta quantos lado da demanda o estímulo para o incremento da variável chave para impulsionar o desenvolvimento das economia que a variável investimento então se nem de um lado nem do outro a um incentivo para retirar essa economia do círculo vicioso da pobreza como fazer para romper com essa condição aí que entra a questão chave do desenvolvimentismo que
é o planejamento que quando nós falamos em planejamento a inevitável destacar aqui a necessidade de um estado que a tui nesse planejamento e também além de atuar no planejamento seja por meio de incentivos ao setor privado seja por meio do incentivo de atração de capital externo ele também pode atuar diretamente em investindo nesta economia e como tem que ser essa aplicação planejada de capital o número que se aqui se junta a perspectiva do rosto está em rhodan que aquela ideia de que é necessário a mexer em vários setores ao mesmo tempo para se aproveitar das
economias externas geradas em cada um desses setores ou seja ao diluir o investimento em vários setores industriais em vários setores produtivos permite se com isso geraram mercados uns para os outros e a partir daí impulsionar a possibilidade de efeitos multiplicadores de renda e do emprego desse investimento inicialmente colocado outra questão importante destacadas pelo nurkse é que por mais que o setor externo seja a importante como fonte de impulsos iniciais o que vai de fato sustentar esse processo de rompimento com a condição inicial de pobreza é potencializar o mercado interno para potencializar o mercado interno voltamos
para o início desta discussão é necessário incrementar a formação de capital desses países incrementando a formação se expandindo a capacidade produtiva e diversificando a sua capacidade imprime-se um choque de produtividade que por sua vez permitirá ao estar essas economias a um nível de renda maior e com isso tornando o mercado interno dessas economias mais robusto desse modo o impulso permitido pelo mercado interno seria também combustível para requalificar o padrão de inserção externa dessas economias que passariam agora a poder exportar produtos que antes não poderiam exportar e que também agora estariam menos dependentes do ponto de
vista da sua falta e importadora outra questão bastante interessante e importante estrategicamente levantada pelo nurkse diz respeito ao risco do chamado efeito demonstração o que que número que você está querendo dizer com isso né que frente a um aumento da renda interna dessas economias inicial e corre-se o risco de direcionar essa renda para a demanda pelo chamados bens de luxo que poderiam ser tanto bens importados o que implicaria uma pressão sobre a balança de pagamento dessas economias implicando por sua vez uma tendência ao desequilíbrio externo e mesmo que não fossem bens importados isso poderia levar
a um sobre a investimento de capital em setores produtores de bens de luxo essa preocupação do nurix é se mostra especialmente importante na medida em que ou a concentração da demanda por bens importados ou até o sobre investimento apenas em determinadas indústrias produtoras esses bens de luxo e sofreria a possibilidade de crescimento de desenvolvimento dessas economias que encontrariam portanto um limite então esse capital que estaria disponível nessas economias seja por meio da captação os cursos externos seja porque impulsionado pelo processo de industrialização se elevaria uma possibilidade de acúmulo de capital aplicação desse capital excedente tem
que ser planejada e tem que ser planejada motivada pelo espírito inicialmente destacado de diversificar esses investimentos especialmente em setores considerados mais essenciais quando nomeamos aqui bens como bens de luxo estamos justamente destacando o aspecto de serem bem super fofos e portanto não essenciais seja para o consumo individual seja para transformar a matriz produtiva de uma economia subdesenvolvida e aqui o número que se aproxima muito da perspectiva do celso furtado que também faz essa discussão sobre o impacto da emulação de padrões de consumo sobre as possibilidades de rompimento com a condição de subdesenvolvimento aqui é o
cinto uma frase basta a mágica do número que se que fala sobre isso ele diz o seguinte é sempre mais fácil adotar hábitos de consumo superior do que métodos aperfeiçoados de produção e que perigo colocado pelo efeito demonstração tal como destacado pelo ragnar nurix significa que a desigualdade internacional observado a partir dos padrões de consumo e portanto permitida pelo nível de renda que se observa em cada uma dessas nações essa desigualdade internacional por meio do efeito demonstração tem de portanto a reforçar o círculo vicioso da pobreza então para impedir esse novo bloqueio essa nova forma
né de aprisionamento nesse círculo vicioso faz um se novamente necessária a adoção de políticas complementares uma política que apareceria aqui como decorrência seria justamente uma política protecionista impedisse a entrada se importasse grandemente a entrada de bens de luxo nessas economias uma outra forma para evitar que dentro dessas economias houvesse o sobre investimento em determinados setores né especialmente de setores que não teriam esses efeitos de transformação na matriz produtiva tão importantes estratégicos para nações ainda subdesenvolvidos seria novamente o planejamento do investimento do capital que está disponível nessas economias em outros setores que não necessariamente aqueles que
produzem bens de luxo em complemento a essa ideia de necessidade de políticas e ações complementares para potencializar esse processo de formação de capital a partir da diversificação da matriz produtiva interna e do impulsionamento da robustez deste mercado interno o número que se vai justamente destacar que não é possível romper com a condição de subdesenvolvimento importante a ver com círculo vicioso da pobreza na ausência do que ele vai chamar aqui de grandes esforços internos e sobre isso cito aqui uma outra frase bastante marcante do haruma nurkse que jesus seguinte em certo sentido pois tudo se resume
a isso capital é realizado em casa dessa ideia de que o capital é aquele que se realiza em casa e que portanto mais uma vez é aquele que se sustenta em internamente impulsionado pelo mercado interno que se forma a partir dessa diversificação da matriz produtiva que levam um choque de produtividade nessa economia e que impulsiona o nível de renda dessa economia por meio de uma coalizão nacional para o desenvolvimento e aquele diz o seguinte sobre isso a formação de capital que é a preocupação precípua do ponto de vista da muriquis e para garantir e são
de rompimento com o subdesenvolvimento só pode ser permanentemente bem sucedida numa comunidade que tenha consciência do problema e aqui coloca novamente em foco iluminada pelo ragnar nurce que o desenvolvimento ele não acontece de forma espontânea no contexto de nações subdesenvolvidas o planejamento se mostra que como condição estritamente necessário para que um plano nacional de desenvolvimento de fato consiga romper com a condição inicial de círculo vicioso da pobreza na ausência de planejamento os desenvolvimentos não acontece ele não vem de bandeja não é o livre mercado segundo a perspectiva desses autores entregar a esse resultado
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