a psicologia nos últimos anos ela tem se voltado a discutir a questão indígena com uma implicação e uma relação ética e política muito forte muito presente isso vem muito a partir também da relação com as políticas públicas né no entanto a nossa formação enquanto psicólogo ela ainda é muito difícil nesse sentido porque a gente carrega e um histórico de uma psicologia assim como as outras ciências bastante euros entrada ou seja é que que tem uma constituição histórica onde os povos indígenas ocupam um lugar enquanto o povo colonizado ea psicologia sempre criou uma ideia de sujeito
universal e também contribuiu muito para a construção do privilégio da branquitude né da idéia de que existem é diferentes raças né a psicologia tem infelizmente essa contribuição histórica e então quando a psicologia se envolve com povos indígenas é fundamental primeiramente ela se revê enquanto ciência e problematiza né e essa a alimentação é preciso ser feita dentro das universidades nos currículos na forma como a gente estuda que autores a gente estuda é que pessoas a gente acessa e também a forma como se faz com logia porque a oralidade por exemplo que é algo muito presente nos
povos indígenas por vezes não é considerada como um saber legítimo a ser discutido dentro da universidade a descolonização é do pensamento do saber e do fazer psicológico ela passa por se reconhecer também enquanto colonizado se reconhecer enquanto latino américa se reconhecer enquanto é o povo que tem aí na sua marca na sua estrutura uma uma constituição que é de divisão de classes de gênero de raça muito forte ea psicologia parece que está se dando conta no último anos de que a sua a sua forma de desenvolver com isso é também na luta pelos direitos dos
povos indígenas é uma implicação política e militante também em santa catarina a gente é identifica uma problemática que talvez em todo o brasil exista mas aqui fica muito forte por conta da nossa história da imigração aí é italiana e alemã muito presente então a gente vê ainda uma negação muito forte da presença da existência dos povos indígenas então ao trabalho é tão difícil e nesse sentido porque você primeiro precisa ainda afirmar a existência afirmar a existência e argumentar e apresentar as realidades de verdade como elas acontecem não como a mídia acaba passando né então por
exemplo puxou clay vive cotidianamente uma violência na região de lá onde eles moram num vale que é chamado vale europeu que é conhecido nacionalmente como um como um lugar turístico do vale europeu de uma pequena europa no brasil então essa reivindicação de identidade europeia ela é já a própria da colonialidade né não só de santorini existe surto de existe né três etnias três povos não indígenas é meu povo cachorro no crono que os kaingang e guarani com cerca de 16.000 é pessoas indígenas no estado de santa catarina mas nessas comunidades não é muito inserido a
o psicólogo não existe muito psicólogo trabalhando dentro da comunidade indígena sabe enquanto psicologia a gente a gente percebe pontualmente ações é acontecendo em todo estado psicólogos e psicólogos trabalhando se envolvendo e trazendo a discussão para o plano também político né e de discussão de direitos e mais do que isso falta a compreensão de que qualquer psicólogo qualquer psicóloga deve conhecer essa temática se aprofundar e trabalhar suas próprias questões aí em relação a isso mas os seus preconceitos a desconstrução de estereótipos né e isso exige então o que a gente se una mais enquanto o categoria
profissional que a gente tenha esse essa compreensão de que não existe psicólogo dengue já existe psicólogos que trabalham e que tem uma compreensão ou não sobre a questão na verdade existe você sabe sobre as pessoas onde acima e também tem a questão do preconceito então as obras diferente com uma visão diferente de mim que deixar os indígenas de lado mesmo sob é difícil para a população catarinense é semi europeia admitir a presença dos povos indígenas assim como os povos quilombolas a população negra é difícil isso envolve a gente abrir mão aí de lugares de privilégio
então eu acho que para a psicologia é a mesma coisa aos psicólogos e psicólogas ainda estão aprendendo sobre isso então a gente precisa ter esse debate repetitivamente várias vezes em diversos aspectos espaços e pensar um pouco é e problematiza junto com essas pessoas como que enfim é essa compreensão ou essa falta de compreensão afeta diretamente o trabalho deles quando por exemplo uma pessoa indígena chega para ser atendido no centro de saúde e aí a no centro de saúde se compreende que essa pessoa não deveria estar livre está na aldeia né então essa essa dificuldade de
compreensão da pessoa indígena no espaço urbano por exemplo na cidade universitários indígenas isso ainda é muito forte então a gente observa uma experiência ainda de muito preconceito muita muita muito racismo o racismo contra indígenas nesses espaços urbanos e aí como a psicologia acabou quando muitos lugares a gente observa que infelizmente muitos psicólogos também reproduzem essas compreensões estereotipados em relação aos povos indígenas existe muitos indígenas não é que moram na fora da cidade fora da comunidade indígena mas que nem por isso não é só por quem mora fora da comunidade que não indígena a existe essa
essa concepção de que indígenas não pode fumar a roda fora da comunidade já não pode ter celular eles não pode ter carro né ah mas existe sim bastante indígenas que moram fora da comunidade é que continuam a relação com a comunidade sabe muitas vezes as pessoas acham que só por questão de ser indígena que não sofre é porque eu não tenho doença psíquica sabe há muitas pessoas e indígenas nessa sofrem de depressão ansiedade e muitas das vezes elas nem sabem que estão passando por aquilo mas que indiciam sofre sina com essas questões psíquicas é tão
normal quanto qualquer outra pessoa que não é indígena que tem esses problemas mentais se um por uma psicóloga que entra na comunidade sabe só para atender uma pessoa de uma vez por mês uma vez por ano sabe o quanto é isso acontece muito bem da comunidade indígena que o psicólogo vai lá atende só aquele momento e depois só sabe depois não aquela pessoa nunca mais ver não sabe não sabe o que está acontecendo aí só quando acontece algum problema que ele é chamado é pra fazer esse atendimento e depois vai embora e não volta mais
no na hino não tenho sim interesse de conhecer como é que a cultura então eu acho importante o psicólogo se inserir mais na comunidade é procurar até ter mais conhecimento sobre a cultura desse povo para poder ter uma relação mais afetiva com esse povo ele poder ter um trabalho mais é mais sociável digamos assim sabe com pessoas né e da comunidade para que ela sempre possa ter confiança nesse no profissional do clube da psicologia eu acho que um pouco é isso a gente se identificar com a história indígena com as histórias dos mais de 300
povos indígenas brasil com mais de 270 línguas faladas é hoje no brasil segundo o censo de 2010 então a gente é muito mais do que um brasil é uno e que fale todo mundo português e todo mundo se compreenda da mesma forma a nossa construção histórica ela é foi estruturada a base de violência infelizmente né a atualização é uma violência foi uma violência porém a gente vive hoje é os resquícios saído das dificuldades e também a riqueza disso tudo a gente vive a riqueza da diversidade no brasil então acho que o desafio é a gente
conseguir ultrapassar e os os limites e as fronteiras que nos que nos são colocadas porque estas fronteiras produzem desigualdade social então é não é uma fronteira imaginária simbólica o que que é o que a gente acredita que existirão ela existe ela produz desigualdade social e violência cotidiana